Os dias que se passaram na fazenda foram tranqüilos. Hermione estava se saindo tão bem nas horas em que estava na biblioteca com Draco fazendo a terapia, que surpreendia a todos. Era realmente misterioso, que ela aceitasse ficar sozinha com ele, embora a maioria das vezes ficasse em silêncio, ou ela o respondesse apenas por monossílabos. Draco realizava seu trabalho com total cooperação, ela lhe parecia tão normal, tão tranqüila que o deixou desconfiado.
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Luna convidou Ronald para um almoço em agradecimento por ter lhe salvado. E a cada dia se encantava mais com ele, e uma grande amizade surgia. Ela já não pensava em mais nada a não ser estar nos braços daquele homem, beijar os lábios dele...
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Ronald adorava o jeito insinuante de Luna andar, o sorriso espontâneo o fazia gelar, mas ela só queria brincar e ele sabia muito bem disso. Mas não permitiria que isso acontecesse, uma vez que a fizesse dele, não seria de mais ninguém. Se ela gostava de desafios, tinha encontrado a pessoa certa, mas ele não estava acostumado a perder.
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Harry estava feliz, para quem sempre sofrera por não ter uma família, aquele era um paraíso. Draco era o seu irmão mais velho, e o Sr. Malfoy seria para ele o que era para as garotas: um pai. Seus alunos entrariam como filhos. Filhos? Será que algum dia teria algum? Sim, gostaria de tê-los, um dia. Mas tinha que ser com uma mulher de verdade. Uma mulher como a Gina, não como aqueles tipinhos ao qual se acostumara. Tinha que ser diferente e especial como a Gina! Gina! Precisava parar de pensar nela, ela o detestava, e além do mais ela não tinha nada a ver com seu tipo de mulher. E ainda tinha o fato de que ela se casaria em breve. Então porque será que sua mente se recusava a deixar de pensar nela?
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Gina estava preocupada com o que ela e Luna estavam fazendo, sabia que tomaria uma bronca quando as descobrissem. Seu pai ficaria chateado, ela tinha passado à vida toda evitando qualquer coisa que o desagradasse. Isso tudo em agradecimento por tê-las acolhido. Mas Luna e Hermione sempre a faziam desobedecer a suas próprias regras. Ele estava velho e só queria vê-las casada e bem. Na verdade nunca quisera se casar, homem nenhum se interessava por mulheres de seu tipo. Mas Neville era apenas um bobão que não sabia de nada, era um fantoche nas mãos do pai. O pai dele queria netos, uma família para o filho e pronto o destino se encarregou do resto. Ele era um homem bonito, mas sua cabeça era vazia sua alma era vazia. Não tinha personalidade não tinha nada! O seu pai mesmo lhe dissera: _Meu filho precisa de uma mulher forte que o puxe pelo cabresto! Bom, pelo menos não seria mais uma dona de casa mandada pelo marido, seria a dona da situação...
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Hermione estava sentada numa poltrona da biblioteca e remexia os dedos num gesto nervoso. Draco que estava sentado a sua frente perguntou-lhe:
_Alguma coisa errada Hermione?
_Não, não é que começamos mais cedo hoje!
_Sim, desci do quarto mais cedo, mas que mal tem isso? Só porque você sempre chega primeiro?
_Podemos ser rápidos hoje?
_Não é educado responder uma pergunta com outra. Mas porque tanta pressa?
_É...é...- enrolou ela tentando ganhar tempo para pensar em uma boa resposta.
_O que há com você hoje? – perguntou olhando para trás em direção ao armário as suas costas. Ao ouvir um ruído.- Parece que está tendo um pequeno problema com esse armário. – disse ele e se levantou com passos firmes e Hermione fechou os olhos. – Será que andou vendo filmes sobre o mostro do armário?- ele brincou.
_ Não.- disse ela baixinho.
_Bem! Então...- disse ele ao abrir a porta, recebeu um sorriso sem graça de Gina. – O que temos aqui não se assemelha a nenhum mostro! O silêncio ainda reinava quando um espirro foi à perdição de tudo. Draco atravessou a sala, e Hermione tampou o rosto com as mãos e afundou-se no sofá. Num gesto rápido ele afastou a espessa cortina e disse para Luna que ainda tampava o nariz e a boca com as mãos. _Saúde! Isso é muito estranho! Será que alguma de vocês duas pode me explicar o que estão fazendo aqui? – indagou calmo, e elas apontaram uma para a outra e disseram ao mesmo tempo.
_Hoje era meu dia!
_Eu achei que você não viria por causa do resfriado. – defendeu Gina se dirigindo a Luna.
_ É mas eu vim, você devia ter me perguntado! – ralhou Luna.
_Hei, hei, hei. – ele interrompeu – Então que dizer que durante todo esse tempo de terapia da Hermione, vocês estavam aqui? Fazendo o quê? Hermione você tem algo a dizer sobre isso? Ou alguma coisa a ver com isso? Mas Hermione não respondeu permaneceu imóvel, e ele continuou:
_Tudo bem, será que vocês duas podem se retirar por favor. – disse Draco e foi até a porta e a abriu, Luna e Gina saíram apressadas. Draco fechou a porta e olhou para Hermione que roia as unhas do polegar. Com passos lentos Draco se aproximou e sentou-se na mesa enfrente a poltrona dela.
_Você ainda tem medo de mim? – delicadamente ele pegou as mãos dela que evitava olha-lo e batia os pés no chão nervosamente. –Você não acreditou em mim. Nunca confiou! Por que Hermione? Nós não nos comprometemos a ser sinceros um com o outro? Eu sei que elas estavam aqui porque você pediu. Eu acreditava em você e me surpreendia, mas você mentiu.
_Você quer me mudar.- acusou ela alterada- Quer invadir minha mente com esse jeitinho e esses estudos todos. Mas eu não vou deixar! – ela se livrou das mãos dele - Entendeu? Eu não vou deixar. Sabe o que tenho vontade de fazer? É de gritar!- Hermione se levantou e agora andava agitada de um lado para o outro da sala - Gritar até estourar, eu não agüento essa sala, essas poltronas, essas paredes. E não agüento você! Vocês acham que sou louca?
_Calma Hermione ! Calma!
_Calma o escambal! Tudo bem, se sou louca é melhor que seja uma louca bem direitinho. Com sorte você me interna num hospício!
Ela disse completamente transtornada e começava a arremessar alguns objetos no chão, quando Draco a segurou por trás. Ela se assustou com aquele toque e lutou para se libertar, porém seus músculos estavam sem forças, e moles como gelatina. Os lábios dele bem próximos ao ouvido dela. Dizia palavras amigáveis, bem lentamente, enquanto um das mãos dele segurava-lhe os pulsos bem próximos aos seios. A outra mão dele estava livre se movendo devagar perto do quadril dela.
_Calma, o que aconteceu? Porque isso tudo agora? Mas não se preocupe eu não vou ficar chateado... Ele respirava ofegante... Se quisesse lutar com certeza Hermione teria se libertado, mas algo a impedia de tentar. Com o coração aos pulos sentiu que ele se mexia perigosamente pouco abaixo de seu quadril, sentiu seu coração disparar ainda mais, e segundos depois sentiu uma alfinetada e dentro de instantes seus músculos relaxaram.
_Está tudo bem, isso é só para você relaxar um pouco, o efeito é rápido e amanhã de manhã quando acordar estará muito melhor.
_Como pode saber, por acaso já aplicou alguma dessas em seu traseiro? Ele a soltou, mas antes de sair ela o olhou mais uma vez nos olhos e disse: _Eu te odeio! Draco olhou para os medicamentos na gaveta, ele realmente precisava de uma dose daquela para conseguir dormir. Seu corpo estava tenso. Deus parecia um adolescente de quinze anos, só aquele breve contato foi o suficiente para fazê-lo ter uma ereção.
*******Fim do cap.********
N/A: E ai amores? Como estou me saindo?
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