Textos que podem conter conotação sexual, palavras, atos e cenas descritivas de violência e sexo. Só leia se for maior de idade.

domingo, 10 de julho de 2011

Tormantas- Cap 2


Cap 2
          A fêmea estendeu uma das mãos temerosas para Qhuinn, que a segurou e sentiu a fraqueza da fêmea. Resignado e decepcionado Tohr abriu a porta do carro, e Blay ajudou a frágil mulher a entrar. Ela entrou passiva, e ele e Tohr se dirigiram a parte da frente. Logo o carro estivesse em movimento, à pequena mulher suja no banco traseiro, abriu a porta e saltou do veículo em movimento.
         _Inferno! - Tohr resmungou descendo, rapidamente e a seguindo com passadas largas.
         A pequena mulher apenas caíra e se levantara agilmente se pondo a correr, certamente não tinha um plano de fuga, além de correr.
         _Irmão, o sol... Vamos. - Blay alertou dessa vez muito preocupado.
         _Porra! Mulher. Estamos tentando salvar a sua pele. - Tohr mais uma vez alcançou os cabelos rebeldes e sujos e a puxou para si - Olha aqui, fêmea. Estamos no tempo limite. E você vem com agente. Já percebi que palavras doces não vão adiantar.
         Tohr a arrastou novamente, para dentro do carro, a jogou com força, e bateu a porta. Qhuinn travou as trancas, e saíram cantando pneus em alta velocidade.
****
         O carro entrou na sede da irmandade e segundos depois ouviram as cortinas se fecharem. Os dois machos naquele carro respiraram aliviados, por conseguirem se abrigar antes da luz do sol.
         _Vá chamar o rei, eu fico de olho nessa fêmea ardilosa.
         Qhuinn hesitou mais saiu em disparada, a procura do rei.      _Meu senhor. - Qhuinn chamou humildemente, entrando no escritório.
         Pode sentir a forte vinculação do rei, já que a rainha estava sentada em seu colo naquele momento.
         _Saudações, irmão, como foi a noite lá fora.
         _Normal, meu senhor, mas o que me trás aqui tão eufórico é que eu e Tohr trouxemos novidades.
         _Que novidades?
         _Meu senhor, é preciso que venha ao estacionamento para entender, Tohr está lá, a sua espera. Creio que precisaremos da rainha.
         _Minha shellan não será exposta a assuntos dos irmãos. - Whrat rosnou.
         _Meu rei, jamais exporíamos a nossa rainha a algum perigo, creio que ela seja a mais indicada pra situação devido sua diplomacia, e por ser uma fêmea.
         _Vamos logo...
******
         Tohr abriu a porta do carro, e olhou a fêmea ali encolhida, resolveu fumar um pouco, talvez um trago aliviasse a sua tensão, acendeu um cigarro, dando as costas para o carro. Foram segundos, mas segundos suficientes para ela tentar sair de novo.
         _De novo? Você não se cansa?- ele perguntou a puxando, ainda próxima ao carro, ela não conseguira chegar longe.
         Porém dessa vez, ela lutou, com unhas, dentes, socos e pontapés, o atingindo por todos os lados e em todas as direções. Tohrmenth apertou a fêmea entre ele e o metal frio do carro. Tentando imobilizá-la. Conseguiria aquilo facilmente, mas não repetiria a façanha de machucá-la mais uma vez.
         _O que está havendo aqui?- a voz forte do rei, os alertou da chegada. - E que cheiro é esse?
         _Oh!- Beth arregalou os olhos- Solte-a guerreiro. Está assustando-a.
         Tohr se afastou e a rainha se aproximou da pequena menina, chorosa, e ofegante.
         _Meu senhor. –Tohr disse também ofegante.
         _Explique-se Tohrmenth.
         _Estava num dos becos sujos de Caldwell, e consegui capturar o odor de um pretrans. Encontrei essa fêmea juntos aos mendigos de um beco.
         _Pela virgem, ela fede a esgoto. – o rei comentou.
         A fêmea respirou ofegante, e retirou mecha de cabelo espalhada de seu rosto, e todos puderam ver seus olhos. Verdes como duas esmeraldas, mas sua pele era marrom, como chocolate quente. Era negra.
         _Hellren ela é negra. Mas seus olhos são verdes como esmeraldas. - a rainha se admirou, explicando a rei cego.
         _Pela virgem. Cuide dela Leelan.
         _Oi. Vem comigo, vou te ajudar com um banho. - Beth se aproximou e segurou as mãos pequenas entre as suas, que se afastou com um solavanco. - Não vamos te machucar. Queremos ajudá-la. Qual seu nome?
         Ela tentou falar porem a dor em seu maxilar a impediu. E ela gemeu levando a mão no rosto machucado, e fazendo uma careta de dor.
         _Não importa. Vem comigo. Vou cuidar de você. Você pode confiar em mim? -  Beth perguntou docemente, e a fêmea foi quem estendeu a mão para ela, certamente louca para se livrar, da presença daqueles homens.

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