Textos que podem conter conotação sexual, palavras, atos e cenas descritivas de violência e sexo. Só leia se for maior de idade.

domingo, 21 de agosto de 2011

Miedo 16 - Não


Não  

_Adeus! – Hermione gritou para seus amigos pela última vez escondendo-se atrás de suas malas e esperando por Gina, Harry e Rony para sair antes de ir encontrar seus pais.


Depois de terem desaparecido por meio do portal, ela virou-se e chamou a atenção de seu pai, acenando. Olhou de soslaio para Don e isso lhe causou náuseas. Sua família passou por cima das malas, abraçando-a e desnorteando-a com toda a tagarelice de boas ao mesmo tempo. Abraçou Don forçadamente por ele.




_Que bom que voltou. Estava com saudades das nossas noites. – Ele murmurou no ouvido dela só para que ela escutasse.
Hermione estremeceu. Ela viu a cabeça de Draco desaparecendo em um carro por cima do ombro de Don, e ela rezou para que tudo desse certo na manhã seguinte. Antes que ela se desse conta, Hermione estava sendo levada no carro da família pela avenida principal da cidade em direção a sua casa. Um sobrado em um bairro tranqüilo, com varias árvores no jardim da frente e uma mesa de piquenique nos fundos.

Quando chegou a casa, ela foi direto para seu quarto com o pretexto de descompactar e começar reorganizar as suas coisas, enquanto o jantar estava sendo feito. Na verdade, ela tirou todas as coisas que tinha levado para Hogwarts (seu dormitório, pequeno estava ficando lotado).
Quando fizera as malas na escola, planejara uma maneira de trazer tudo que ia levar pra casa de Draco sem que ninguém percebesse que faltava alguma coisa. Encolhera boa parte de seus pertences e colocara dentro de uma valize. Ela tinha que estar pronta para ir amanhã.

A ceia foi bastante fácil, ela conversou um pouco com a família, Don inclusive. Era tão fácil fingir que nada estava diferente entre eles, que nada aconteceu a portas fechadas. Ela tinha feito isso por tanto tempo. Mas, recentemente, ela começou a sentir que talvez nada daquilo devesse acontecer. Talvez ela não merecesse isso... Bem, não, ela deixou que situações como aquelas acorressem, ela fez algo inconscientemente, que deixou os homens atormentados... Que os fizeram machucá-la e usá-la. Ela era parente de Satanás, não havia outra explicação. Sempre lembrava o rosto vermelho de raiva do padre na igreja, sua potente voz dizendo do fogo eterno e do pecado e do Diabo. Ela não tinha idéia de onde veio, mas uma força maior que a fez querer mudar foi surgindo lentamente, um pensamento retrógrado a cada momento e, em seguida foi avançando em sua mente, um impulso ocasional para lutar, para ser executado.


***


Depois do jantar, eles se mudaram para a sala de visitas. Sentou-se perto da lareira, admirando a árvore, que já estava decorada, e as quantidades abundantes de presentes debaixo dela. Hermione decidiu que focaria seus pensamentos seriam focados nessa noite em Draco Malfoy. Seria algo para manter seu coração aquecido. Seria um porto seguro para quando ela estivesse sozinha, triste ou com medo. Toda vez que seus olhos encontravam os de Don (que ela sabia não haviam desgrudado dela desde a estação), sua respiração acelerava e seu corpo sentia calafrios do medo. Mas ela foi abençoada naquele momento, porque sua mãe a convidou para dormir com ela essa noite para que elas pudessem recuperar e ter uma “conversa de garotas” antes que ela partisse para Marselha na manhã seguinte. Ela viu Don olhar decepcionado e enfurecido para a irmã. Hermione nunca tinha amado a mãe mais do que naquele momento.





***

Elas ficaram até tarde da noite acordadas e Hermione contou a sua mãe todas as notícias sobre Harry, Ron e Gina e um pouco sobre o seu pequeno relacionamento com Neville. Sua mãe estava entusiasmada com o fato de que Hermione tivesse um namorado. Elas finalmente adormeceram e quando acordaram, o pai de Hermione trouxera café na cama. Eles comiam juntos, sentados na cama como nos velhos tempos, e Hermione se sentia mais confiante sobre seu plano para ir para casa de Draco no feriado de Natal. Enquanto seus pais acabavam de arrumar a bagagem que levariam na viagem, ela foi para seu quarto e escreveu um bilhete para deixar para tio Don.

Tio Don,

Eu fui passar as férias de Natal com um amigo de escolaNós somos parceiros para um projeto escolarNão se preocupe comigoeu estarei bemNão precisa dizer aos meu pais, pois eles já sabemTenha um Feliz Natal!

Hermione 

Hermione sentiu-se mal por mentir para ele, mas ela esperava que ele nunca descobrisse. Se o fizesse, teria que sofrer as conseqüências. Ela tinha algumas horas antes de ir ao encontro de Draco, então resolveu terminar seu projeto Aritmancia antes de descer. Don estava fazendo um lanche rápido para a família na cozinha.

_Oi Hermione. Teve uma boa noite de sono? Eu ouvi Jane e você rindo na noite passada. – Ele sorriu, descuidando dos sanduíches de presunto que preparava.

_Desculpe, espero que não tenha acordado você. – Hermione sentou-se à mesa, e olhou para ele.

_Oh não. Você não me acordou. Eu estava me sentindo inquieto sabendo que você estava aqui... – Don riu para si mesmo, passando a mão no peito, bem no local onde havia um botão da camisa aberto. Hermione desviou o olhar enquanto ele limpava os dedos no par de jeans apertados azul que usava. – Você tem muito dever de casa para fazer neste feriado? – Mudou de assunto.

_Oh, não. Eu tinha alguns projetos, mas eu terminei. Eu só preciso terminar de fazer apenas um trabalho de poções. – Ela assentiu com a cabeça e ansiosamente tamborilou os dedos no lado da mesa.

_Essa é a nossa menina, sempre em adiantada com tudo! Eu aposto que você está recebendo boas notas. – Don sorriu enquanto continuou com o preparo dos sanduíches. O pai de Hermione entrou na cozinha sorrindo.

_Sim, a nossa Hermione é o melhor em tudo, não é querida? – Ele acariciou os cabelos dela carinhosamente antes de obter suco de laranja na geladeira. Ele derramou num copo e colocou-o sobre a mesa à sua frente, e depois a agarrou delicadamente pelo queixo. Hermione abriu a boca, conhecendo a rotina. _Ah! Dentes em perfeito estado, como sempre!

_Eu já verifiquei na noite passada, Gerry. – A mãe de Hermione andou pela cozinha, vestindo uma roupa que foi adaptada ao clima da França, e não a garoa e ao frio da Inglaterra. – Que horas são?

_É... 01:30! – Don falou olhando o relógio de pulso.

_Apenas meia hora para irmos querido! – Jane bateu palmas. – Gerry você arrumou todas as coisas na mala que eu coloquei em cima da cama? Pegou as passagens? Não esta esquecendo nada?

_Não se preocupe meu bem. Está tudo guardado e pronto. – Gerry sentou-se numa cadeira da cozinha e sorriu para sua esposa.

_Que bom. Bem, então acho que temos algo especial para Hermione, não é? – Jane piscou para Gerry quando ele puxou um pequeno presente embrulhado em papel vermelho e dourado e entregou a Hermione.


_É apenas algo para se lembrar de nós... Não quero perder o momento de ver você desembrulhar todos os seus presentes! Espero que vocês tirem algumas fotos na véspera de Natal e na manhã de Natal também. – Gerry falou olhando para o cunhado e para a filha.

_Mãe, pai, vocês não precisam me dar nada! – Ela disse.


_Aceite meu amor. É uma forma de demonstrar o quanto amamos você. – A mãe dela disse.


_Vocês fazem isso sempre. Espero que vocês gostem também dos presentes que comprei pra vocês. - Ela disse abraçando os pais.

_Sim. Tenho certeza que vamos adorar. Mas, quer, por favor, abra o seu presente, nós temos que pegar a estrada! – Gerry pediu a Hermione. Hermione cuidadosamente desembrulhou a pequena caixa do papel dourado e vermelho. Dentro havia um delicado colar de esmeraldas e um rubi vermelho em formato de coração como pingente. Hermione esbugalhou os olhos em espanto.

_Você gosta? – Gerry perguntou nervosamente, olhando Hermione em expectativa.

_Mãe, pai... – ela balbuciou. – Eu não posso aceitar isso! Quero dizer... é lindo. Eu amei, mas não podemos permitir uma extravagância como esta. E ainda estou estudando em Hogwarts, o material é caro... Eu não posso aceitar...

_Querida, não se preocupe com o custo. Sabemos que você trabalha duro e estamos muito orgulhosos de você. Você realmente merece, e nós queremos dar a você. E não é apenas um simples colar... trouxa! – Jane sorriu com orgulho. - Compramos em uma loja no beco. Tem magia nele! – Gerry assentiu com a cabeça em afirmação.

_Ele tem poderes especiais para que você seja feliz sempre que você estiver usando! Nós colocamos todo o amor que sentimos por você nele... De modo que você vai sentir o nosso amor quando você usá-lo. Você pode armazenar o amor em cada uma das esmeraldas! Assim você sentirá um amor diferente de cada pessoa que você gostar. Aposto como Harry e Rony irão fazer parte dessa lista. – Gerry sorriu esperançosamente, esperando a reação de Hermione.

_Gente, isso é maravilhoso. É o melhor presente que eu já ganhei de vocês! Obrigada. Eu realmente amo vocês. – Ela abraçou os pais novamente. – Eu já estou feliz! – Hermione sentiu lágrimas nos olhos e piscou para segurá-los de volta.

_Bem, nós devemos ir agora! – Jane disse vivamente.


***


Gerry trouxe as malas para o carro e empilhou-as no porta-malas. Dirigiu até o aeroporto onde fizeram as despedidas finais. Hermione se sentou no banco da frente do carro, olhando para o céu cinzento sombrio por onde, agora o avião de seus pais levantava vôo. Ela estava tão consciente de Don no assento ao lado dela, cantarolando junto com o rádio enquanto dirigia, que era quase doloroso. Agora que seus pais tinham ido embora, ela se sentiu tão insegura. Tudo o que ela podia fazer era pensar no momento em que ela entrasse no carro de Draco e fosse embora. Don entrou com o carro na garagem e Hermione começou a sair. Era 02:40 e ela não tinha muito tempo para ficar pronta.

_Eu acho que só vou vê-lo depois do trabalho Don. Na hora do jantar? Você só trabalhará no turno da tarde hoje? – Hermione perguntou, sentindo-se culpada em mentir para ele, mas ao mesmo tempo aliviada em ficar longe dele. Don sorriu para ela.

_Eu não vou trabalhar hoje. Eu tirei alguns dias de folga para passar algum tempo com você. – O coração de Hermione veio à boca.

_O quê? Não ... Não, não faça isso. Vou ficar bem aqui sozinha. Eu não quero te causar problemas! – Ela mal conseguia disfarçar sua voz trêmula.

_Eu já conversei com o meu chefe, não se preocupe. – Don sorriu para ela enquanto puxava a chave fora da ignição e saia do carro, batendo a porta.


Eles caminharam em direção a casa e entraram. Tirando os sapatos e casacos em silêncio. Hermione dirigiu em linha reta até as escadas para o quarto dela e Don não disse nada, ele estava ocupado olhando a correspondência que jogaram debaixo da porta.

Ela entrou em seu quarto e fechou a porta, seu coração batendo acelerado. O que ela poderia fazer? Ela olhou em volta, procurando um caminho para sair. Mas a altura da sacada do seu quarto até o chão era muito alto. Não conseguiria pular sem sair machucada. Ela gostaria de encontrar um caminho para sair. Desceu as escadas novamente. Don sorriu assim que a viu. Ele assistia a seção de esportes do jornal. Ela sorriu sem entusiasmo e entrou na cozinha para pegar uma bebida. Ela abriu a geladeira e teve um momento genial de lucidez.

 _Ah, não! – Ela chamou, quase alegremente. – Nós não temos leite e nem frutas em casa?! Você pode correr até a mercearia da esquina e obter algum, por favor? Eu estou morrendo de vontade de tomar uma vitamina de abacate. – Hermione enfiou a cabeça na esquina da cozinha e olhou para ele com expectativa.


Don estava de bom humor, ele concordou, puxando o casaco e dizendo-lhe que estaria de volta em breve. Ele lhe deu um beijo de despedida que a congelou até os ossos. Hermione olhou para o relógio. 02:50! Ela apressadamente subiu até o quarto pegou suas coisas, as sacolas com os presentes de natal dos amigos e desceu. Colocou a nota de Don em um lugar onde ele iria vê-lo e saiu para o jardim da frente.

Ela olhou ao longo da rua e viu um carro caro e negro em frente da casa dela. Seu coração pulou de alegria. Ela pegou suas coisas e saiu correndo. Ela bateu na janela e o motorista abaixou o vidro.


_Senhorita Hermione? – Perguntou o motorista levemente idoso ao volante. Hermione sorriu, seu alívio era real.

_Sim. Sou eu. – Ela respondeu sorrindo.


O motorista saiu do carro para abrir a porta e ajuda-la com a bagagem de mão.

Em uma explosão de dor súbita Hermione sentiu um aperto fortíssimo em seu braço.

_Onde você está indo, Mione? – Ele perguntou ríspido.


Ela se virou e olhou para Don. O motorista parou, segurando as sacolas e a porta aberta do carro.

_Desculpe, eu deveria ter mencionado isso antes. Estou indo à casa de um amigo... Temos que trabalhar em um projeto da escola... juntos e...


Ela se encolheu com o aperto em seu braço. A sacola do mercado ainda estava na outra mão.

_Você não vai me deixar aqui sozinho, não é? Eu tirei folga do trabalho para ficar com você, e você vai sair? – Sorriu tenso e a soltou quase a fazendo tropeçar para trás, foi então que arrebatou a bolsa do motorista, que parecia completamente confuso. Don sorriu para o motorita.


_Obrigado amigo. Diga ao amigo de Hermione que ela está ocupada, ok? Eles podem trabalhar em seu projeto quando voltarem para a escola. – O motorista assentiu com a cabeça fortemente e Hermione assistiu impotente ele voltar para o carro e ir embora desaparecendo na esquina. Por que ele não a ajudou?

Ela seguiu direto para dentro. Don atrás dela a passos firmes.


Dentro de casa, ele jogou os mantimentos e o tronco em cima do balcão da cozinha e voltou para a sala.


 Leu o bilhete que ela tinha deixado e rasgou-o em pedaços pequenos, sem dizer uma palavra. Tirou o casaco e as botas, de costas para ela, e finalmente virou-se para vê-la de pé perto da escada. Eles se entreolharam.

_Desfaça as malas. Você não vai a lugar nenhum. – Don avisou.


_Eu só ia fazer um trabalho na casa de um amigo...


_Eu não quero saber, você não vai. Agora suba e desfaça as malas.


Hermione obedientemente começou a subir as escadas.


 _Por que acha que pode me dar ordens? Eu...


Ela começou a resmungar, mas foi impedida de continuar com suas lamurias rapidamente.
Quando Hermione percebeu Don a encurralava no segundo degrau. Ela a prensou na parede com força.Hermione se encolheu e o medo a dominou.


_Eu não quero passar este Natal sozinho Hermione. – Ele disse docemente. – Podemos nos divertir juntos, como sempre costumava fazer. – Don olhou para ela, e tocou seu rosto quase que em adoração. Delicadamente com a ponta dos dedos esperando que ela assentisse. Hermione olhou para o chão. Ele continuou brincando com alguns fios de seu cabelo que teimavam em cair no rosto dela – Diz que vai passar o natal comigo. – Ele balbuciou esperançoso.


Mas esse novo sentimento de bravura estava brotando novamente dentro de Hermione, e por algum motivo ela não poderia prendê-lo de volta...

_NÃO. – Ela disse, levantando a cabeça para olhar Don no olho com uma clareza e força que ele nunca tinha visto ela antes. O medo havia desaparecido.
                                             *****************************************  
N/Josy: Querem o 17? bora comentando pq ele ta fervendo aqui na minha mao hauahaahuahaua... Afff tem que fazer chantagem senão nao sai né amores? rssr beijocas...

N/Landa: To de colunho com a Josy... Quanto mais comentarios, mais caps...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Lutando contra o plágio:

Licença Creative Commons
A obra Romances Josy Chocolate de Jôse Luciana Ferreira foi licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição-Uso Não-Comercial-Não a obras derivadas 3.0 Unported.
Com base na obra disponível em romancesjosychocolate.blogspot.