Draco não queria ir para seu quarto, e seu antigo quarto na sonserina era a sua melhor opção. Embora não fosse mais querido naquela casa, ninguém ousaria o interromper. Subiu, rezando para não encontrar Pansy no caminho, ou cometeria um despautério. Ficou sozinho por horas, até que uma batida na porta o fez sair de seu estado de prostação.
_Me deixa em paz. _Você me deve um pedido de desculpas. – a voz de Blaise se fez ouvir, e aprrensivo Draco abriu a porta com magia. Não tinha forças e nem queria se levantar.
_Sabe muito bem que os Malfoys não se desculpam. - ele disse ranzinza - Agora me responda? Devo me retificar de meu erro? Ou não foi um erro?
_De onde tirou a idéia maluca e estúpida que eu estou a fim de sua esposa? Perdeu a razão? – Blaise disse se sentando de frente para ele. E pode notar as olheiras e a face pálida e cabelos desalinhados do amigo.
_Perdi minha razão ao aprender a amar. - ele disse seco, e Blaise permaneceu em silêncio, sabia que o amigo precisava conversar, e o ouviria quando ele estivesse preparado para falar.
Levou cinco minutos para que Draco abrisse a boca, era como se lutasse aquele tempo com ele mesmo, ou como se escolhesse as melhores palavras.
_ Ela se esqueceu de mim. Isso dói. Dói muito mais do que pensei que doeria.
_É amor Draco. Você ama a sua esposa, não importa como tenha começado esse casamento, você a ama. Ama tanto que socou todo mundo por ciúmes, como um idiota ciumento. – Blaise disse com um meio sorriso.
_Assim não está ajudando Zabini. - Draco disse bravo, e ele riu ainda mais.
_Ei calma ela vai se lembrar logo! – ele tentou consolar o amigo - Mas escuta, precisa ficar de olho na Pansy, já avisei. Pra mim isso é coisa dela. – Blaise disse sério.
_Eu vou acabar com a vida daquela vadia.
_Calminha ai. Precisamos pegá-la de jeito. Não podemos provar que ela teve algo com isso.
_É. Mas preciso me certificar que ela estará longe daquela enfermaria, até a Hermione voltar para o nosso quarto.
_Assim que se fala.
Blaise saiu e antes de sair Draco o chamou:
_Zabini?
_Quê?
_Obrigado por ter cuidado dela.
Blaise sorriu.
_Sou seu amigo Draco. Gosto de sua esposa como minha amiga. Te respeito, mas não vacile com ela. não permitirei que a faça sofrer. Se agir como um calhorda, não hesitarei em tomar seu lugar.
Draco olhou o amigo nos olhos, sabia que Blaise dizia a verdade e que era sincero. Engoliu em seco com medo de algum dia a perder.
_Desculpa por te bater?
_Sempre desculpo os idiotas apaixonados! - Blaise disse e saiu rindo.
Draco riu. Permaneceu mais algum tempo sozinho, e partiu, lutaria por ela.
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Draco entrou na enfermaria e estava tudo em silencio. Se aproximou da cama de Hermione, ela dormia tranqüila. Suspirou fundo, queria tanto beija-la, acaricia-la, tocar os cabelos dela. Mas ela viraria veneno caso acordasse ele estivesse ali. Porem não conteve o impulso de tocar o ventre dela. Colocou a mão direita sobre o ventre rígido. Os dois estavam tão ansioso para que ele crescesse logo, mas ainda era pouco visível. Mas ele sentia, e a noite ficava com a face no ventre dela, como se pudesse ouvir, ou sentir alguma coisa.
Permaneceu com a mão direita levemente sobre o ventre dela...
***
Hermione acordou com a presença de alguém, mas pelo menos não abriu os olhos. Queria descobrir quem era. Não se lembrava do perfume másculo que invadiu o ambiente, mas ele era imensamente agradável. Não era um cheiro conhecido mas sentiu seu coração acelerar. Abriu um pouco os olhos, o suficiente para ver por uma pequena fresta quem estava ao seu lado. Avistou os cabelos brilhantes e logo o toque em seu ventre.
Tentou não ofegar, mas o calor que aquele toque irradiou em seu corpo a surpreendeu, pensou que repudiaria o toque porem se sentiu bem com a proximidade. E se fosse verdade? E se eles se amassem? Seria possível?
A voz dele a tirou de seus questionamentos:
_Hermione, eu... me sinto tão estranho agora que você não se lembra de mim. Será que vai demorar a se lembrar? Oh Merlin não sei se poderei dormir na nossa cama sem você. Eu juro que não vou deixar ninguém te fazer mal. Quero que fique bem, e que volte logo pra mim.
Hermione não poderia crer no que ouvia.
_Meu filho, sei que está protegido agora, mas espero que posse me ouvir, ou me sentir. Estou aqui e tudo vai ficar bem. – ele disse próximo ao ventre dela.
Beijou a testa dela e saiu.
Hermione se sentou na cama, estava confusa.
_Malfoy. – ela chamou insegura, e ele se voltou rapidamente.
_Oi.- ele sorriu ao vê-la sentada e se voltou rapidamente – Está se sentindo bem?
_É verdade não é? Sou sua esposa mesmo?
_Sim. É uma longa história, mas somos casados.
_Foi por amor que nos casamos?
_Não. Ainda houve muita hostilidade entre nós depois no casamento. Mas aprendemos a nos conhecer, e quando percebemos, estávamos assim apaixonados um pelo outro.- ele contou sério avaliando cada expressão dela.
_Não acredito que você sinta algo por mim? Você é o Malfoy, o Draco Malfoy! E odeia os sangue-ruins. Odeia pessoas como eu.
_Muitas coisas mudaram Hermione e é uma pena que não se lembre. Porque tivemos momentos lindos. E eu mudei, sou um idiota apaixonado. Descanse um pouco, preciso ver a Pansy.
_O que quer com ela? Vai aproveitar que não me lembro pra poder ficar com ela? Transar com ela? – as palavras saíram cuspidas tão logo se formaram em sua mente.
Não entendia o porque desde o primeiro ano sabia que Pansy vivia grudada em Draco e que mais tarde se tornou a putinha preferida dele. Então porque se importava? Bom se ele era marido dela, não devia estar atrás da Pansy não é mesmo?
Draco sorriu reconhecendo o mesmo sentimento de posse que o dominou quando ela caíra da escada, se sentiu satisfeito o amor que ela sentia por ele estava ali, em algum lugar mesmo que ela não soubesse.
_A Pansy é nossa inimiga e tenta nos separar e te fazer mal. Tenha cuidado com ela. Caso ela se aproxime, e não esteja ninguém por perto, se afaste. – ele disse serio.
_Inimiga?Nunca fiz nada com ela! - Hermione se indignou.
_Se casou comigo! É rival dela. Além do mais você deu uma surra nela, que ela ficou na enfermaria vários dias. - ele contou rindo.
_OH! Eu? Eu fiz isso? Eu odeio violência!
_Eu sei, mas ela te irritou muito!
_Isso é uma loucura! – ela disse desanimada.
Ele se aproximou e abaixou sobre ela, tocou os lábios dela com um selinho.
_Loucura ou não é a verdade. Volto mais tarde. – ele saiu correndo da enfermaria.
_Droga ele me beijou. Merlin! Ele me beijou e eu nem arranquei um pedaço dos lábios dele. Estou louca Merlin Louca! – ela disse e se deitou, e se encolheu cobrindo até a cabeça.
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Pansy escolhera o momento certo para desaparecer pelo castelo, assim seria melhor para ela, porem não deixava de demonstrar o quanto era culpada pelo acontecido.
A enfermaria ficou movimentada quando os amigos de Hermione e tantos outros grifinórios foram a visitar. Porem ela recebeu uma visita totalmente inesperada. Tinha acabado de voltar do banho quando zabini entrou na enfermaria.
_Olá. – ele disse de longe.
_Oi! – ela disse tímida.
_Queria te ver, saber se está bem.
_Estou o melhor possível. Obrigada.
_E a criança?
_Está bem. – Hermione respondeu tímida, afinal não se lembrava de ter conversado com ele outras vezes, e ele parecia tão a vontade falando com ela. Mas não teve medo, ou receio como foi com Draco, uma simpatia subida a fez sorrir levemente. –Sente-se, há uma cadeira aqui para as visitas.
Ele sorriu e ela percebeu o quanto ele era charmoso.
_Não quero me arriscar a apanhar de novo de seu marido ciumento.
_Quê? – ela perguntou espantada- Pensei que fossem amigos.
_Amigos, amigos mulheres a parte.- ele sorriu- Você o consertou muito. Mas ele ainda pode ser um canalha quando quer.
_Eu?
_Sim, você fez milagres na vida dele, eu tinha medo de que ele não sobrevivesse a guerra. Mas você só não o ajudou a sobreviver a guerra, como o ajudou a se livrar dos ‘’ infortúnios’’ que ele teria após ela, e o ajudou a construir uma vida nova.
Hermione engoliu em seco com as palavras dele.
_Não me lembro dele.
_É uma pena, ele está sofrendo com isso. Mas tudo vai ficar bem espero que melhore rápido.
_Obrigada!
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Pansy voltava da Torre de Astronomia naquela noite a passos lentos. Não queria estar fora de Sonserina tão tarde da noite, poderia não ser seguro. A sensação de ser seguida trouxe um arrepio gelado a sua espinha, fazendo-a tremer. Calafrio. Olhos costurados em suas costas. Apressou o passo. Esquina. Na curva, teve um vislumbre da pessoa que a observava desde que deixara a torre. Sorrateiramente, deu meia volta e tencionou buscar outro caminho para chegar até seu Salão Comunal, onde estaria livre de quem quer que fosse.
Mas antes que pudesse sequer pensar sentiu mãos fortes em volta de seu pescoço.
_Onde vai com tanta pressa? - Blaise disse próximo ao ouvido dela.
_Não é da sua conta. E dá pra tirar essa mãos de cima de mim?Não usei meu repelente para inseto hoje, posso pegar alguma doença de você. - ela se debateu mas ela não a soltou.
_Voce não pensava assim quando dava pra mim pelos corredores.- ele disse sarcástico.
_Me solta seu verme imundo.
_O que você fez com a Hermione, sei muito bem que ela não caiu da escada atoa.
_Não tenho culpa se a vaca é uma destrambelhada que não aprendeu nem a descer degraus, foi um pena ela não ter perdido a maldita criança.
_Cuidado com o que fala Pansy, pode te complicar.
_ Eu te detesto e nem por isso você amanheceu amarrado na beira de um precipício. – a expressão confusa de Zabine a fez rolar os olhos em tédio e ironia - Só porque eu desejo que ela se exploda não quer dizer que fui eu quem mandou-lhe uma bomba.- ela disse sarcástica.
_Não brinca comigo, Pansy!
_Ah esqueci que também virou um defensor dos sujos e mal amados. Me solta, Zabine.
_Solta ela, Blaise. – a voz de Draco soou alta e Blaise a soltou.
_Draco! – ela disse aliviada por ele chegar.
_Feliz em me ver Pansy?- ele perguntou tocando o rosto dela com carinho – É bom saber que ainda aprecia a minha compania. Mas se eu fosse você eu me manteria longe de sangue-ruins, principalmente da minha esposa. – Draco disse com os lábios quase colados aos dela, e tocou as mãos de Blaise num comprimento de amigos.
Blaise riu da confusão que viu no rosto dela.
_Eu pensei que estivessem brigados.
_Isso era o que você queria. - Blaise disse com desdém.
_Pansy...- foi a vez de Draco se aproximar ainda mais a segurando pelo pescoço, e a rodar num gesto rápido e firme a encostando na parede fria do corredor.- Me escuta com muita atenção... esta me ouvindo?
_Tá me sufocando Draco! - ela disse com dificuldades.
_Não foi isso que perguntei.- ele disse entre dentes, a socando mais firme na parede, seu corpo encostado ao dela a comprimindo contra a pedra fria.
_Ai, está me machucando desgraçado.- ela reclamou chorosa.
_Está me ouvindo Pansy? Me ouvindo bem?
_Não sou surda Malfoy.
_Bom saber. Então... se eu imaginar sequer imaginar que você tem algo com o atentado que a minha esposa sofreu... eu mato você Pansy. Mato entendeu? E te enterro na floresta proibida, numa cova rasa.
Pansy arregalou os olhos.
_Você não ousaria tanto.
_Quer pagar para ver? – ele disse ameaçador.
_Pagar para ver o que Senhor Malfoy?- Minerva disse da ponta do corredor e Draco soltou Pansy instintivamente.
_Oh! Diretora...
Draco e Blaise se olharam, estava na cara que estavam encrencados Pansy diria que estava sendo ameaçada. Mas ela sorriu diabolicamente.
_Perdoe-nos diretora, por praticarmos atividades adequadas a uma cama nos corredores do colégio... Mas estava tão deserto que acabamos optando por nos divertir aqui mesmo!
_Se de o respeito senhorita. - Minerva gritou.
_Tudo bem, sei que Draco é um homem casado, mas ele não resiste. São as tentações da carne, Diretora, nem todos conseguem resistir! E por isso peço que, por favor, não incomode a Senhora Malfoy com tais trivialidades!
Draco sentiu vontade de esganar Pansy ali mesmo.
_Por quem me toma Senhorita? Não me envolverei na vida de um casal, mas a senhora está em detenção por falta de respeito na escola. Atentado ao pudor deve se encaixar senhorita. E isso constara nos seus registros escolares.
Pansy fez uma cara fingida de inocência.
_E o senhor, senhor Malfoy deveria se envergonhar. Eu pensei que tivesse mudado.
_Professora eu... – ele tentou dizer.
_Não me venha com mas, o senhor é de maior e casado, portanto dono do seu próprio nariz, mas por enquanto está na minha escola e exijo respeito. Eu pensei que o senhor estivesse mudado, e principalmente que se tornaria um homem correto e honrado. Mas vejo que o sangue Malfoy ainda prevalece. Já para seus dormitórios.
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_Não acredito que a Minerva te ofendeu.
Blaise disse depois que o amigo destruiu o antigo quarto num acesso de fúria.
_Nem eu! Ahhhhhhh!- O loiro gritou furioso – Essa Pansy me paga.
_O que você vai fazer?
_Mante-la longe de Hermione é claro.
_E como ''você'' vai se aproximar dela?
Draco sentou desanimado...
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ahhhhhhh, gente...........espero q ele consiga conquistá-la!!!
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