Cap. 32. Chama Eterna
Na manhã seguinte, Draco seguiu para a enfermaria, antes das aulas. Encontrou Hermione acordada, de pé e olhando pela janela.
_Não devia estar de pé!
_Bom dia, e, caso interesse – ela fez uma pausa – Sinto-me muito bem essa manhã. – ela disse educada.
_Você não devia estar de pé, pode não ser bom para a sua saúde. - ele disse mal humorado.
_Você é sempre tão ranzinza assim pela manhã?
_Só quando não durmo com a minha esposa. - ele respondeu ríspido e a viu ficar vermelha.
_Prefiro que não fale assim, ainda não me lembro de nada, e é constrangedor. – ela disse tímida e ele revirou os olhos.
_Volte para a cama, seu café da manhã deve estar chegando. E eu trouxe um livro pra você, eu mesmo o escolhi na bibliot... - ele ia dizendo enquanto a fazia se deitar.
_Escolheu um livro pra mim?- ela perguntou incrédula.
_Pensei que gostasse de ler. Hermione, você perdeu a memória, não a inteligência. – ele disse com um meio sorriso.
_Pelo jeito, gosta de me provocar ainda.
_Sim, principalmente no nosso quarto quando... - ele ia dizendo, mas foi interrompido por Pomfrey e Minerva.
_Ah, que bom que está aqui, Sr. Malfoy. E já que está se referindo aos seus aposentos – ela disse e Hermione corou mais uma vez, pois estava claro que as duas ouviram um trecho da conversa. – Devo dar-lhes a boa notícia.
_A memória dela vai voltar?- ele perguntou entusiasmado.
_Ainda não, meu querido. – a mulher disse e pôde sentir a decepção no olhar dele.
_Mas creio que ficara feliz em saber que ela já está de alta da ala hospitalar. - contou Minerva feliz.
_Conversei com outros especialistas e eles disseram que é aconselhável que ela esteja num meio conhecido e agradável, para que a memória volte gradativamente. – Pomfrey explicou.
_Voltar para o quarto com ele? – Hermione perguntou espantada.
_Claro, tendo visto que são casados e usam o mesmo dormitório há meses, não vejo motivos para que não seja assim.
Os três olharam curiosos para ela, que parecia muito confusa.
_Menina, sei que deve estar cada vez mais confusa, mas acredito que seu marido possa cuidar bem de você. O Sr. Malfoy tem sido muito atencioso. Sei que não irá descuidar de sua saúde. Não é mesmo, Sr. Malfoy? – Minerva perguntou com a voz firme.
_Claro. – Draco respondeu sem mais delongas.
_Não vejo necessidades para que frequente as aulas hoje. Dessa forma, poderão descansar e conversarem bastante. – Pomfrey disse alegremente – Porém, quaisquer problemas voltem imediatamente. Não acredito que haja algo errado com a criança. Ah, e levem essa poção para dor de cabeça... Elas podem ser freqüentes durante a recuperação. - ela disse entregando a Draco um frasco de poção.
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Caminharam devagar pelos corredores, que já estavam vazios, tendo em vista que os alunos já entraram para suas respectivas salas. O trajeto foi feito em completo silêncio. Num determinado momento, Hermione começou a andar mais devagar.
_Sente alguma coisa? - ele perguntou gentil.
_Não, é que não sei para que lado seguir, então preciso te acompanhar. - ela disse sem olhar para ele.
_Tá bom, vem. - ele disse e tocou as mãos dela, puxando-a para que ela o seguisse.
Mas Hermione se assustou e puxou a mão rapidamente. E ele a olhou sem entender.
_Desculpe. - ela pediu trêmula - É que ... - ofegou, procurando as palavras – É muito difícil para mim.
_Tudo bem, vamos...
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Ainda em silêncio, Draco separou algumas roupas para Hermione e lhe disse:
_Aqui estão as suas roupas, se quiser tomar um banho... Podemos passear depois.
_Não queria que perdesse as aulas.
_Tudo bem, recuperamos depois, o mais importante é que você está bem e o nosso filho também. – ele disse e sorriu, saindo do quarto. – Volto em poucos minutos, para a gente caminhar um pouco. Isso é, se tiver se sentindo bem.
_Estou bem. Você é sempre tão superprotetor assim?
_Sim, sou. E você é sempre petulante e detesta me obedecer. - ele disse e saiu.
Hermione andou pelo quarto forçando a memória, tentando se lembrar de algo. Porém, em vão. Fitou a grande cama a sua frente e a imagem dela e de Draco nus vieram a sua mente. Seu corpo estava quente e adorava o cheiro dele. Recordou-se do cheiro, do perfume, da pele dele. Com passos firmes, foi até a cama e pegou um travesseiro, levando-o ao nariz. Era macio e perfumado, o cheiro dele a invadiu. Sentiu seu coração bater forte.
Não podia ser um engano, ela o conhecia e dividia a sua vida com ele. Compartilhavam muito... Até mesmo a criança dentro dela. Balbuciou umas palavras de negação. Não podia acreditar que ela e Draco faziam... Sexo. Que eram íntimos... Ofegante, afastou tais pensamentos e correu para o banheiro.
Depois do banho, desceu para o salão comunal e o encontrou jogado em uma poltrona, lendo um livro. Um flash de memória veio à tona: eles juntos naquela poltrona, dormindo...
_Ah! - Ela soltou quando a lembrança se desvaneceu com a mesma velocidade em que veio à tona.
_Que foi? Está se sentindo mal?
_Se perguntar isso de novo na próxima meia hora eu te azaro. – ela respondeu rindo.
_Tá, sei que está bem agora. Vamos, então? – ele disse se levantando e pegando um cesto pequeno.
_Que é isso?
_Frutas. Passaremos a manhã pelos jardins e não deve ficar sem comer nada.
Ele disse e esticou a mão para ela, que pegou depois de hesitar.
O dia estava ensolarado e realmente lhe fez bem tomar um pouco de ar. Embora a maioria do tempo permanecesse em silêncio. Resolveu quebrá-lo falando alguma coisa.
_Malfoy, você me enganaria? Ah, idiotice, nunca vai ser sincero.
_Primeiramente, não me chame de Malfoy. Somos casados, dividimos o leito, a nossa vida e o nosso filho, não acho justo ficar te chamando de Malfoy.
_Me chamando de Malfoy?
_Você carrega meu sobrenome agora! E em segundo lugar, deixa que eu respondo às perguntas que fizer, não tire você mesma suas conclusões a meu respeito.- ele disse calmo.
Os dois estavam sentados lado a lado no jardim.
_Quer saber se eu a enganaria? Bem, no principio, talvez. Mas não agora.
_Por quê? – ela o encarou e o notou pálido.
Draco sentiu o coração bater forte. Precisavam conversar, mas falar com ela naquele momento era tão difícil, tinha medo. De ser rejeitado, de que ela não aceitasse seus sentimentos.
_Porque sinto algo por você que nunca senti por ninguém. Porque com você eu aprendi o que significa viver.
Hermione ficou atônita, não acreditou no que ouvia, não poderia ser brincadeira.
_O que a Parkinson significa para você? – ela perguntou temendo a resposta.
_Nada. Aliás, no momento, ela significa muito. - ele disse pensativo e Hermione se levantou muito rápido, dando as costas a ele.
Não deixaria que ele visse as lagrimas que lhe turvavam a visão, certamente aquela megera dissera a verdade, e ele ainda tinha o despautério de assumir.
_Ei, espera eu terminar. - ele se levantou e ficou próximo a ela, e segurou o braço dela. – Ela significa uma pedra no me caminho, a pessoa que esta me tirando a paz, e se ela tiver alguma coisa com a queda que você sofreu vai pagar muito caro.
Hermione ofegou e a lágrima desprendeu de seus olhos, embora seu orgulho quisesse o contrário.
_Hermione, preciso muito fazer isso ou vou enlouquecer. - ele disse fitando os lábios dela.
E, no instante depois, a puxou até que ela ficasse de encontro a seu peito, segurou a nuca dela possessivo e uniu sua boca a dela num beijo voraz. Hermione prendeu um grito em seus lábios, porém, ao abrir a boca dele para gritar, permitiu que a língua dele invadisse sua boca. O contato dela com o céu de sua boca fez com que sentisse algo entre suas pernas. Cairia se não fizesse algo. Sem alternativa, segurou-se nos ombros dele. Não pôde deixar de sentir a língua a sondando, era como se conhecesse maravilhosamente cada movimento dele, e como se soubesse como responder. Fechou os olhos e se deixou embalar pelas investidas da boca dele. Gemeu involuntariamente ao sentir a ereção dela a cutucando. Afastou-se o mais rápido que pôde.
_Porque fez isso?- ela perguntou.
_Porque é minha esposa. Acho que posso beijá-la, não é mesmo? – ele disse sarcástico e tentou se aproximar dela de novo, mas ela deu um passo atrás.
_Você está... - ela disse e olhou para a frente das calças dele - Está...
_Sim, eu estou duro, estou excitado! – ele passou as mãos pelo cabelo pensativo – Ah, Hermione, caramba estou há dias sem você. Sabe como detesto ficar sem fazer isso e...
_A gente faz muito isso?- ela perguntou como se tivesse assustada.
Ele não resistiu dar um sorriso.
_Bom, treinamos um bocado antes que ficasse grávida.
_Ah! - ela soltou involuntariamente – Draco, porque não transou com a Pansy?
_Não fale besteira, você é a minha esposa. E só me deito com você. Confesso que no inicio foi difícil para eu conviver com essa verdade, mas você me satisfaz... Muito!
_Eu quero ir almoçar. – ela disse saindo apressada.
Mas ele a impediu de novo.
_Esquece a Pansy. Ela vai pagar pelo que fez a você. E vai ficar tudo bem, ok?
_Tá. –ela disse desanimada e partiu devagar, sendo seguida por ele.
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Pansy estava na aula de feitiços quando recebeu um bilhetinho.
“Quero me esbaldar sobre a vaca ruiva.”
Ela sorriu e amassou o bilhete.
Na hora do almoço, saberia com quem falar.
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_Então... Topa acabar com as vadiazinhas grifinórias?
_Só não se esqueça de que também sou grifinória, Pansy. – Romilda disse com uma careta – Mas a Weasley se acha a dona do bordel, aquela tripa seca.
_Sim, ela merece um par de chifres para combinar com o cabelo ruivo.
_Sim, vamos trucidá-las. Começando pela vaca desgraçada que tomou o Draco de mim. Vou fazer dela um queijo suíço. Cheia de buracos! - Pansy disse.
_Ah, Pansy, a Hermione fez um favor. Esse Malfoy é um chato. – ela disse com desdém.
_Quem é bom? O mongolóide do garoto que sobreviveu? Ah, sem ofensas, ta? Você quer o Potter e eu quero o Malfoy, pronto! Temos apenas que nos unir contra essas duas vagabundas.
_Tem um plano?
_Talvez.
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O dia foi cansativo para Hermione, após o jantar seguiu direto para seu quarto.
Agradeceu em mente por Draco dar a ela um tempo sozinha, se deitou o mais rápido possível, usando a beirada da cama. Estava nervosa, teria de dormir com ele. E aquilo destroçava seus nervos, ainda não acreditara sequer que era casada com ele.
Draco entrou uma hora depois, ouviu o barulho dele no banheiro, mas preferiu fingir que estava dormindo. Tremeu ao notá-lo se aproximar da cama. Apertou a varinha com a mão direita, que estava debaixo do travesseiro. Porém, ao contrário do que esperou, o colchão não cedeu ao peso dele. Para saber o que ele estava fazendo teria de abrir os olhos, ao menos um pouco, e ver os seus movimentos.
Com o coração aos saltos, sentiu uma respiração próxima, mas devia ser a sua própria. Abriu os olhos bem devagar, apenas um pouco, queria descobrir o que ele fazia.
_Você está bem? - ele sussurrou muito próximo a ela, tão próximo que ela poderia sentir o hálito de menta da pasta de dente que ele usara.
Tremeu, mas tentou continuar impassível, era melhor continuar seu joguinho. Para seu desespero, ele não se afastou...
Ela não está dormindo, ele chegou a essa conclusão ao senti-la tremer, mas sabia que ela estava bem, era apenas a aproximação dele. Optou por não incomodá-la mais. Levou a mão ao ventre dela e acariciou delicadamente, depositou um beijo casto nos lábios dela, e sussurrou:
_Boa noite!
Hermione não podia crer que ele tocava seu ventre, apertou novamente e com cuidado a varinha entre seus dedos, preparada para atacar, porém o que se seguiu foi um toque fugaz em seus lábios. Ele a beijara...
Sentiu o colchão se afundar com o peso dele, porém o cansaço a fez ceder rapidamente e adormeceu...
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Gina ficara até mais tarde na biblioteca, riu ao sair, imaginando Harry e Rony a chamando de Hermione. Mas precisava terminar umas pesquisas. A biblioteca estava praticamente vazia quando juntou as penas, tintas e os pergaminhos.
Caminhou para sua casa depressa, embora o namorado fosse monitor chefe, preferia não dar motivos ao ser pega fora de hora nos corredores.
_Não devia estar andando há essa hora pelos corredores.
A voz a fez gelar.
_Não devia estar nesse lado do castelo, Zabini. Está tarde.
_E porque não se o que eu quero está aqui? – ele disse sedutor, bem próximo a ela.
Gina sentiu as faces corarem, ainda bem que estava escuro, assim ele não poderia a ver com clareza. Mas certamente percebeu quando ela gaguejou ao falar.
_Bom, sendo assim, boa sorte. Tenho que ir agora. Boa noite! - ela tentou se afastar depressa, mas ele a seguiu de perto.
_Não percebeu? Já encontrei o que procurava. Era você!
_Sai dessa, Zabini. Não estou à disposição e não sou mulher para você. Procure alguma sonserinazinha idiota, já que parece ter se cansado da Pansy. - ela disse com desdém.
_Então, tenho alguma chance de tirar você desse seu relacionamento com o Cicatriz? - ele perguntou com cinismo.
_Nenhuma!- ela quase gritou - Ficou louco, Blaise? De repente eu fiquei interessante, assim, de uma hora pra outra?
_Sim, pode acontecer. Olha nossos amigos. Draco e Mione se amam.
Gina suspirou exasperada.
_Blaise, cai fora! Eu amo o Harry, por mais que ele possa ser idiota às vezes.
_A maioria das vezes.
_Ta certo. Mas eu o amo. Então desencana! –
_Ruiva, essa doeu! - Blaise disse com a mão no peito e um sorriso invejável no rosto.
_Boa noite, Blaise.
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_Vane!- Pansy chamou num corredor afastado enquanto a Grifinória passava.
_Parkinson, você sumiu a semana inteira.
_Sim, o Blaise está de olho em mim. Aquele estúpido me vigia o tempo todo. – ela contou enquanto as duas se entravam numa sala vazia.
_Já tem algum plano?- Romilda perguntou depressa.
_Pesquisei um livro de magia negra. Consegui descobrir uma maneira de deixá-la fraca.
_Pensei que queria que ela perdesse a criança.
_Não seja idiota, vai dar muito na cara. Preciso enfraquecê-la primeiro, deixá-la sem forças. E descobri como.
_Como? E por que, em nome de Merlin, eu devo machucar a Hermione? Quero atingir a ruiva maldita, não fazer mal a Hermione - Romilda disse exasperada.
_Ah! - Pansy rolou os olhos. – Uma coisa leva a outra. Pelo jeito, não entende nada de tática, não é mesmo?
_Sim, entendo, principalmente aquelas que beneficiam você mesma. - Romilda disse brava
_Escuta aqui, Vane. Nós duas queremos “nossos” homens, se não me ajudar com a Hermione, não tem como te ajudar com a Gina. Não percebe que elas são amigas? E que se desestruturamos uma a outra cairá, em conseqüência?
_Ta bom, o que tem em mente? – Romilda disse vencida.
_Preciso de uma mandrágora...
_Pra que?
_...
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O dia amanheceu ensolarado, Hermione se sentia bem, tão bem, mesmo que sentisse algo pesado sobre a sua cintura. Espreguiçou-se vagarosamente, seu corpo entrou diretamente em contato com algo sólido, porém macio e perfumado. Levantou-se num pulo. E foi impossível não gritar.
_Que foi? - ele pulou com a varinha na mão, apontando em direção a ela.
_Abaixa isso, seu estúpido! Você estava abraçado às minhas costas. - ela disse afetada.
_Ah!- ele se deitou pesadamente de costas na cama - É isso? Merlin, Mione, nós já discutimos tanto por causa disso, já tivemos brigas sem fim.
_E a que acordo chegamos?
_Não chegamos. Embora concordemos que é mais gostoso para ambos dormirmos abraçados. - ele disse cínico.
_Ah! Droga, droga, que quero as minhas lembranças de volta! - ela quase chorou e tapou o rosto com as mãos.
_Ei, eu também quero! Mas olha... - Draco se sentou ao lado dela – Que tal se deixasse eu te beijar, como em outras épocas?
_Me beijar? – ela perguntou incrédula.
_Pode ajudar nas lembranças. Você sempre foi arredia, mas, temos que admitir, valeu cada trabalho que tive para te beijar. - ele riu próximo ao ouvido dela. E beijou os cabelos emaranhados.
_Você acha que pode dar certo?- ela perguntou incerta.
_Podemos tentar, o que acha? Prometo ser cuidadoso, e se você se sentir mal eu paro. – ele disse sincero.
_Tá, mas primeiro preciso ir ao banheiro. - ela disse pensativa, mordendo os lábios inferiores.
_Vai lá. - ele disse tentando conter o sorriso de felicidade.
Iria beijar a sua esposa e sabia como ela quente, e talvez, se tivesse muita sorte, conseguiria algo. Sim, precisava de sorte, e se tivesse mais sorte ainda se ela se lembrasse com um beijo... Ah! Ele riu de seus pensamentos infantis e saiu em disparada do quarto, a fim de usar um banheiro do corredor. Fez tudo o que queria em tempo recorde, chamou um elfo e pediu dois copos de suco de abóbora.
Entrou no quarto ao mesmo tempo em que ela saía do banheiro.
_Oi! Pedi dois sucos, não sei se está enjoada hoje. - ele disse simples.
_Não, não estou, não. Hoje não. – Hermione se abraçou a si mesma, e ficou quieta no lugar.
_Vem cá. - Draco se aproximou.
Ele era tão mais alto que ela, sua figura impunha respeito, intimidação, mas o toque que ele deu em seu queixo dizia ao contrário, inspirava doçura e carinho.
Draco precisava de todo auto controle, a fez caminhar lentamente para a cama, fazendo-a se deitar calmamente.
A respiração de ambos se acelerou como se fosse o primeiro beijo.
O rosto de Draco desceu lentamente sobre ela, e ela a viu fechar os olhos, mas não podia fazer o mesmo, queria vê-la. Precisava identificar qualquer alteração nela, e, se fechasse os olhos, se perderia.
Porém o desejo foi maior, e, quando sés lábios se tocaram, ele se esqueceu de tudo... De quem era...
Doce, o beijo foi doce e lento... Durou muitos minutos, porem a necessidade de sentir a pele dela se tornou mais urgente, e ele dispensou beijos em suas bochechas e desceu para seu pescoço...
Hermione estava perdida, as lembranças não vinham. Não em forma de imagens, mas de sensações. Sensações que lhe traziam paz... Paz e fogo... Uma chama que queimava em seu peito e se acendia com a proximidade dele.
_Draco! - ela balbuciou tocando a língua na pele dele, o gosto era tão familiar.
Salgado e doce, quente e frio, queimava... Queimava seus sentidos... Numa chama que tinha certeza a consumiria pela vida inteira... Uma chama eterna...
_Hermione! - a voz rouca foi sua perdição...
Ou salvação... Não se poderia dizer, se despiram com calma e adoração. Toques sutis nos seios, no peito, nos quadris...
Sem poder evitar, Hermione abriu suas pernas a ele, como uma flor em manhã de primavera. Não podia evitar. Não queria evitar. Mas tampouco abriu os olhos...
Draco a penetrou lentamente, seus gemidos guturais em seu ouvido a enlouqueciam e a faziam queimar... O corpo másculo ondulando sobre o seu lhe deu coragem de se mover, apertou os braços dele, a cintura, as nádegas... Sua língua passeava atrevidamente pelos ombros, e mordeu, quando ele a instigou:
_Minha mulher, Hermione, é isso que você é. Minha! Minha amada esposa. – ele disse e gemeu a seguir, sentindo os músculos internos dela apertá-lo.
_Draco! - ela chamou longamente, enquanto era consumida pelo prazer dele... Pelo prazer de ser dele. - Ah! – ela se agarrou ainda mais ao corpo dele.
Ele respirou pesadamente e se moveu, ainda no orgasmo dela, visando que o seu estava muito próximo, sentindo-se crescendo ainda mais... Pelo menos, naquele momento, se sentia feliz e em casa... Estava nos braços de Hermione Granger, sua esposa...
Diga meu nome, o sol brilha através da chuva...
Uma vida toda tão sozinha,
E então você chega e alivia a dor.
Eu não quero perder este sentimento.
Uma vida toda tão sozinha,
E então você chega e alivia a dor.
Eu não quero perder este sentimento.
Eternal Flame

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