Textos que podem conter conotação sexual, palavras, atos e cenas descritivas de violência e sexo. Só leia se for maior de idade.

domingo, 10 de outubro de 2010

Escravizados

Naquela noite saíra com um grupo de comensais, a fim de atacarem e levarem terrorismo a um bairro trouxa. Participara de vários ataques. E se sentiria satisfeito ao ver as expressões de assombro dos trouxas mediante ao que eles faziam. Levar o pânico e o terror era algo interessante, era uma pena que, quase nunca, os trouxas sobrevivessem para relatar os horrores vividos. Aquilo que era vida. Sua fodida e desastrosa vida. Nada poderia ser pior. Aqueles ataques eram os melhores momentos de sua vida, momentos que o faziam feliz. Estava disseminando todo o mal que aprendera. Todo o mal com o qual convivera durante anos. Embora o Potter tivesse vencido a guerra, os seguidores de Voldemort ainda reinavam, propagando o nome do mestre e seus atos diabólicos.

Tudo corria como era esperado, até se deparar com os ''heróis''. Odiosos, detestáveis, mas ainda heróis... Conseguiu machucá-los durante uma breve batalha, mas perdeu as forças com o ataque duplo. Sorriu da covardia, afinal eles eram honrados por fazerem tudo certo e, ao encurralá-lo em dupla, certamente quebravam as regras fodidas dos super-heróis,. Esse foi seu último pensamento antes de perder a consciência...

*****
Chegara ao cativeiro da Ordem machucado, sujo e faminto. Revoltado. Não acreditava que fora capturado pelo Weasley e pelo Potter. Estava frustrado com sua situação. Fora jogado como um animal. Esperava ser morto ou enviado à Azkaban nas próximas horas. Mas nada. Avaliava as opções de fuga. Nulas. Esperava que o matassem, mas não fariam isso. Foi quando percebeu que seu pior pesadelo tornara-se realidade: era um prisioneiro de seus inimigos...  Adormeceu remoendo sua raiva e acordou com cochichos no quarto escuro, frio sujo.
- Bom dia, Cinderela! – Rony riu.
- Desgraçado! – ele grunhiu e tentou se levantar.
- Opa, quietinho aí! Você não está em condições de xingar ninguém. – Harry riu.
Olhou para o trio a sua frente. Seus olhos soltavam faíscas de raiva, como se pudessem queimar em vida os três bruxos a sua frente. Ouvir a voz daqueles dois fazia-o ter ânsias de vômito. Pelo menos, ela ainda não falara, mas sustentava um olhar e um sorriso sinistro e cruel em sua face.
- O que foi, sua vaca? Vai ficar aí olhando, sangue-ruim!? – riu da sua própria ofensa.
 Um sorriso rápido, pois fora atingido por um soco que quase partiu sua mandíbula.
- Não, Harry. – ela disse suave... E irritante.
 Ledo engano. Ela precisava dele... Inteiro.
- Oh, vamos logo com isso! – o ruivo disse, vendo Hermione segurar o braço de Harry. Com um aceno de varinha, fez a cela se transformar.
De uma cela suja e úmida, surgiu um ambiente mais ameno. Draco já não estava no chão, porém, antes que pudesse fazer qualquer coisa, sentiu cordas prenderem seus membros. Seus braços e pernas estavam presos. Estava atado, indefeso. Ouviu um murmúrio de luxúria que só podia ter vindo dela. E instantes depois suas roupas desapareceram.
- Que diabos estão fazendo? – gritou desesperado.
Os três riram debochados.
- Não se preocupe, Malfoy, não vai doer. Pelo contrário. Será muito prazeroso! – Rony piscou para ele.
Cínico.
- Pelo menos, prazeroso para nós! – Harry completou rindo e se aproximou de Hermione, entregando-lhe um recipiente com uma pasta perolada. – Aqui, princesa. Ele é todo seu, divirta-se. – ele beijou o pescoço da castanha com intimidade.
- Vocês vão ficar? – ela perguntou tímida, olhando o corpo nu do loiro a sua frente.
- Não. Temos outros planos para essa noite, não é, Harry? – Rony disse malicioso e abraçou Harry, que sorriu cúmplice.
- Sim. Nossas orgias dessa noite não incluem "isso". – Harry disse com desdém se referindo a Draco. – Estaremos lá em cima. Certamente, a "festa" estará maravilhosa!
- Mas você insiste em usar esse traste! – Rony questionou.
- Você sabe, Ronald, que desejos a gente não discute, apenas sente... – ela disse.
- E realiza! – Harry completou sorrindo – O prisioneiro é todo seu!
- Mas precisamos dele falando, tudo bem? Queremos interrogá-lo. – Rony alertou enquanto beijava o pescoço de Potter numa provocação sensual.
Seus olhos não podiam crer na cena que se passava diante de seus olhos.
Em que tipo de maníacos aquele trio havia se tornado? Que tipo de vida eles levavam? O que a Ordem fazia, afinal? Orgias durante a noite e justiça durante o dia? Por que manteriam prisioneiros? A ordem era a "Ordem da Fênix". Eles não erravam, não mantinham prisioneiros. Eles eram... O lado do bem? Ou Não?
Milhares de dúvidas passavam por sua mente quando se viu sozinho com ela, Hermione Granger. Odiava-a desde sempre. Mas tinha de admitir que ela se tornara uma mulher bonita, com cabelos cacheados. Só então se permitiu olhá-la. Ela trajava um robe de seda vermelho, era curto, e deixava suas longas pernas a mostra.
- O que você vai fazer, sua idiota? – ele quase gritou ao vê-la se aproximar.
- Suas palavras não me ofendem, "Malfoy"! – ela disse subindo sobre a cama e jogando uma das pernas sobre ele, praticamente o montando.
- Se pretende me violar, os dois rapazes já foram embora. – ele constatou aliviado. – E se essa for sua intenção... Perdeu seu tempo, não vou ficar "duro" para você – ele cuspiu irritado.
Ela riu alto, gargalhou.
- Sempre inútil, Draco! Mas pensei nisso. – ela lhe mostrou o recipiente que Harry lhe entregara.
- Que porra é essa?
Ela gargalhou mais uma vez.
- Isso... – ela pegou um pouco do "creme" e passou em suas mãos, levando-as ao membro dele. – Te deixará "duro" para mim. "Durinho" pra eu te foder o quanto eu quiser, Draco!
- Sua vaca, sai de cima de mim! – ele ordenou desesperado, sentindo seu pênis se enrijecer, embora não sentisse nenhum desejo.
Com movimentos lentos, ela levou os dedos ainda sujos com a mistura aos lábios dele.
- Ah, que nojo! Sua cadela, se eu me soltar eu arrancarei a sua cabeça! – ele gritou.
- Claro, depois que eu me divertir com a sua pessoa! – ela disse sarcástica.
Abriu o robe, expondo sua nudez. Draco fechou os olhos. Não a olharia, não sucumbiria àquela insanidade. Pôde sentir seu membro latejar, teso, rijo, preparado para o sexo. Percebeu a movimentação sobre ele. Tentou cerrar os dentes. Jamais a beijaria. Mas sua língua encontrou a dela com luxúria.
Suas línguas se enroscaram com desejo, enquanto ela ainda massageava seu pênis com movimentos lentos.
Não pôde evitar o grunhido quando ela cobriu seu corpo com o dela, fazendo-o  penetrá-la profundamente. Sentiu satisfação quando ela gemeu em desconforto, ele era grande e certamente ela não tivera tempo para calcular "suas dimensões".
- Isso é um sorriso? – ela disse se movendo sobre ele.
- Eu posso até gozar, Granger, mas saiba que não... – ele ofegou – Não será por você! – ele disse entre dentes.
- Quem disse que você vai gozar, Draco? Eu vou, você não! Gozarei maravilhosamente bem... Enquanto você permanecerá "cheio" – ela riu diabólica. – Sem se liberar uma única vez. Não é seu desejo, lembra? Você nunca ficaria duro pra mim, se esqueceu? – ela riu maliciosa.
- Droga! – ele gemeu – Por que inferno não consigo parar de te beijar? Quero te lamber, te chupar! Quero tocar todas as partes do seu corpo! – ele disse num impulso.
E ela riu suave.
- Encontrei, enfim, o escravo que eu sempre quis... – ela gemeu rebolando sobre ele e depois o cavalgando com força, a fim de atingir o ápice pela primeira vez naquele dia...

*****
Não fazia idéia de quantos dias, semanas ou meses estava em cativeiro. Muito menos imaginaria que a Ordem da Fênix fizesse prisioneiros de guerra. Só tomara conhecimento das atividades do grupo quando fora capturado numa tentativa frustrada de levar terror e medo aos trouxas. Sentiu saudade de sua liberdade... Mas um dia a teria novamente e o trio de ouro pagaria muito caro...
Draco suspirou fundo, tragando o cigarro que mantinha nas mãos sujas. Sabia que ela viria. Embora não tivesse um relógio, ela sempre vinha. E ele sabia.
Dobrou os joelhos e apoiou os braços, ficando numa posição desleixada. Jogou o pescoço para trás, entediado. Seu cabelo loiro, jogado para trás, tão grande quanto nunca o permitira. Não eram mais ensebados, ainda eram lisos, porém a sujeira e o suor faziam surgir ondas no decorrer de seu comprimento. Desejou poder cuidar de sua "imagem". Mas não faria nem se pudesse naquela cela. Não se manteria limpo para as violações que sabia que viriam.
Violações que eram comuns desde que chegara ali. Centenas foram as vezes que Hermione Granger o montara. Como um animal. Como um bicho usado para o prazer daquela mulher. Ficava acorrentado a maioria do tempo, as correntes em torno de seus tornozelos e de seu pulso eram a certeza de que ela viria.
As visitas eram freqüentes e diárias. As raras vezes em que ela não fora, sentira falta dela ao extremo. Só precisava digerir aquela falta que seu corpo sentia. E naquele momento a ausência durava uns três dias? Três dias de solidão e desapontamento. Estava viciado e essa constatação fez seu peito gelar...
Draco aprendera a observar Hermione durante as semanas em que estava cativo. Queria se vingar por ser usado por ela repetidas vezes. Queria maltratá-la de alguma maneira. Passara muito tempo imaginando uma maneira de atingi-la, de infringir a ela ao menos uma parcela de "dor". Não, dor não era a palavra. "Asco", talvez. Não podia ser dor, sentia seu membro teso, mas parecia uma coisa fora de seu corpo. Não havia prazer. Por um momento, conseguiu imaginar os sentimentos que uma vítima de violência sexual sentiria. Prazer, para essas vitimas, não existia.
Por um breve instante, imaginou a situação ao contrário. E se fosse ele a montá-la durante a noite inteira? Seu membro saltou como se levasse um choque. Uma onda de desejo perpassou por sua espinha. Gemeu. As imagens em sua mente continuaram a surgir. Imaginou-a com o rosto vermelho e uma expressão de dor, enquanto ele bombeava fundo dentro dela. Tão fundo que até a ele seria impossível distinguir dor e prazer.
Mexeu os quadris, inconsciente.  Merlin, tinha desejo! Desejava-a! Queria transar com ela até a exaustão. Sorriu maquiavélico, encontrara a sua "vingança".
- Vamos ver quem gozará maravilhosamente bem, Granger?
Naquela noite, Hermione chegou ao quarto e Draco a olhou de soslaio. Sorriu em seu íntimo.  Ela estava linda. Não seria difícil desejá-la. O corpete de renda negra ressaltava a pele morena, os seios firmes estavam suculentos, vistos através do tule negro. A calcinha era pequena sobre o triângulo "macio" que a peça escondia. Respirou fundo. Não podia ficar excitado antes que ela o banhasse com o bálsamo que o deixaria preparado. Ficou carrancudo enquanto ela o untava, e imediatamente a ereção se fez presente.
- Bom! Nossa, hoje você está "apetitoso"! – ela sussurrou maliciosamente no ouvido dele.
- Assim como você, Granger! – ele disse entre dentes evitando olhá-la, não podia correr o risco de que seus olhos o delatassem...
- Uh, um elogio.  Interessante! – ela sorriu.
E ele devolveu o sorriso ao vê-la montá-lo.
- Granger, posso te pedir uma coisa?
- Não.  – ela se deliciou sentindo-o deslizar dentro de si.
- Ah! – ele não pôde deixar de gemer.
- Isso é bom! – ela sussurrou. – O que você quer?
- Quero que me deixe te chupar, Granger. Quero chupar sua vagina, quero te foder com minha língua. – A voz rouca dele a fez explodir num rápido orgasmo.
- Ah, Malfoy! – ela gemeu, respirando ofegante. – Se você me machucar... Eu...
- Granger, um homem não fode apenas com seu pênis. E eu sei muito bem usar meus dedos e minha língua. – ele disse com um sorriso sexy – Se me soltasse, poderia muito bem te servir melhor!
Hermione grunhiu e se moveu.  Saiu de cima dele e, com um movimento rápido, escancarou as pernas sobre o rosto dele. E foi inevitável gemer com o hálito quente de Draco sobre a sua intimidade. A língua dele a tomou com luxúria. E ela estremeceu. A língua dele entrava nela e saía num ritmo rápido, como se quisesse tirar dela qualquer fluído que o corpo produzisse. Ela ondulou os quadris aumentando seu prazer.
- Inferno, Draco, você faz isso muito bem! – ela gemeu se movimentando.
- Abre ela pra mim! – ele pediu e se afastou um pouco.
Ela se apoiou da melhor maneira. Usou uma de suas mãos para se apoiar na parede,  com a outra abriu seu sexo e o expôs a ele. Ela mesma não poderia acreditar que fizera isso. Mas sua vida era tão inacreditável, mesmo! Tudo seria muito improvável se não fosse real. Ter relações com seus amigos, independente de seus sexos, apenas por prazer. Encarcerar alguém para esse mesmo fim e esse alguém ser o odioso Draco! Muito improvável, porém real. Gritou sentindo o gozo a dominar. Olhou para baixo e se deparou com os olhos dele... Cinzas! Atentos a cada movimento dela. Poderia jurar que havia satisfação para ele. E aquilo a fez se afastar subitamente, sentia seu corpo tremer.
- Me monta, Granger, e me deixa terminar! – ele rugiu lambendo os próprios lábios.
- Terminar? – ela desconfiou.
- Claro, Granger. Te fazer gozar, não é pra isso que sirvo? Não sou apenas um instrumento para seu bel prazer? Então monte em mim e goze logo! – ele disse agressivo. E ela agradeceu por ele estar preso.
Piscou os olhos várias vezes antes de obedecer. Observá-lo com os lábios levemente inchados e úmidos dos sucos dela excitou-a ainda mais. Os montículos sobre seus seios latejaram, exigindo liberação. Merlin sabia como ela precisava.
Montou-o rapidamente e ele mordeu o próprio lábio, como se estivesse contendo seu prazer. Mas não era possível. Ele não estava sentindo prazer, estava? Não, ele não podia ter se excitado para ela. A raiva e frustração daquele pensamento a fizeram cavalgar rápido sobre ele. Queria ter coragem de sair de cima dele e sair dali, mas não podia. Estava ligada a ele, àquele prazer... Sentiu seus músculos internos se contraírem, o gozo logo viria. Sentiu a cabeça do pênis dele crescer ainda mais dentro de si. Pulou sobre ele descontrolada. Sua visão ficara turva com a onda orgástica que a atingiu. Êxtase! Êxtase! Êxtase! Ainda convulsionava, não acreditando no que sentira, e notou que os quadris masculinos ainda se jogavam contra ela com movimentos rápidos. Embora ele se movesse naqueles momentos, não era algo frenético. Olhou-o assustada! E viu os olhos cerrados, o suor descendo pelas têmporas, onde os fios loiros grudavam, a face dele contorcida de puro prazer. Pôde sentir as veias do membro dele se ressaltando, como se levasse algo dele para si. Ele estava gozando!
Aquela constatação a fez gritar de surpresa, ao mesmo tempo em que sentiu seu corpo reagir mais uma vez, ela estava gozando de novo. E quando aquela onda de surpresa e prazer a deixou, só conseguiu tombar sobre ele, ofegante.
- Desgraçado, como conseguiu fazer isso? - ela disse num fio de voz.
Ele riu vitorioso e aspirou fundo o cheiro dos cabelos encaracolados que estavam próximos as suas narinas, já que ela desmontara em seu peito.
-  É incrivelmente fácil quando se acostuma com seu cheiro de sangue-ruim.
As palavras rudes a tiraram de seu descanso forçado. Era uma mistura de carinho e agressão. Ela sabia que, embora ele tivesse tentado, as palavras não saíram tão cruéis.
- Infernos, preciso me livrar disso. Você gozou em mim, Malfoy! – ela se levantou rápido, sentindo a semente dele lhe escorrer pelas pernas, demonstrando que ele gozara em abundância.
Ele riu cruel mais uma vez e disse exausto:
- Nada diferente do que você faz a mim, ''Mione'' – ele disse debochado.
- Caralho, Draco, eu não tomo nenhuma poção contraceptiva! – ela gritou irritada, se limpando com uma toalha.
Os olhos do loiro brilharam ferozes.
- Seria seu castigo conceber um Malfoy!
Ela foi até ele e o esbofeteou na face. Ele virou o rosto com o impacto. A desgraçada tinha uma mão pesada.
- Não brinca com isso. Esse jogo está se tornando perigoso, Draco! – ela disse o olhando nos olhos.
Ele lambeu os lábios, sentindo a bochecha dormente.
- Adoraria te ver se contorcendo entre dores, lutando para fazer sair a semente que eu plantei em você.
- Eu te mato se isso acontecer! – ela grunhiu
- Ah, que é isso! É só colocar a culpa no Weasley ou no Potter. Afinal, você transa com eles quantas vezes por semana? – ele disse sarcástico, mas sentindo um bolo se formar em sua garganta. Não poderia precisar o motivo.
Temia que a resposta lhe ferisse.
Mas ela se afastou e, quando se aproximou da porta, se virou e o olhou.
- Duas vezes depois que estive aqui, logo na semana que você chegou. E não fui mais capaz... – ela disse e fechou a porta atrás de si. Não poderia dizer porque contara isso a ele, simplesmente sentira necessidade de dizer isso.

*****
No caminho para seu quarto, Hermione encontrou Ron e Harry, que vinham animados pelo corredor da mansão Black.
- Mione, você está sumida. O que houve?
- Esta pálida. Aconteceu algo? Fala que aquele estrume te chateou e vamos lá agora mesmo dar um jeito nele. – Harry afirmou e Rony consentiu.
- Não é nada, estou cansada. – ela disse sorrindo levemente.
- Podemos te relaxar como nos velhos tempos. – Rony sugeriu maliciosamente, indo pras costas dela e a abraçando.
- Sim, faz tempo que você não nos procura. – Harry disse ciumento.
- Estou velha demais para esses brinquedinhos sexuais! – ela disse sorrindo, sentindo Rony beijar seu pescoço.
- Mas não velha para ele, não é mesmo? – Rony sussurrou em seu ouvido – Você visita nosso prisioneiro todos os dias, sinal de que sua libido está ótima. Ouvi rumores de que, às vezes, entra na cela dele duas vezes, ou três.
Ele disse e ela enrijeceu nos braços deles. Engoliu em seco, não podia negar a acusação.
- Não permite que ele seja torturado, não é mesmo, Mi? Não quer mais participar de nossas festas de prazeres. – Harry continuou as acusações.
- Não é nada disso, só não estou com saco para essas coisas. Agimos como adolescentes insensatos, para quem tudo é sexo e nada mais. Ás vezes me pergunto como chegamos a esse ponto! – ela se afastou dos dois.
- A cautela nunca me levou a lugar nenhum, Hermione. A insensatez e a loucura me enveredaram por caminhos muito mais prazerosos. – Harry afirmou.
- Foi bom te acompanhar, Harry, mas no momento estou mais introspectiva com meus atos sexuais.
- Está apaixonada por ele? – Rony perguntou com cinismo.
- Claro que não. – ela respondeu com um grito – Nunca mais diga um despautério desses, Ronald, nunca!
- Então o traga para a nossa festinha de sexta à noite. – Rony disse maldoso.
E ela empalideceu ainda mais.
- Tudo bem, mas não quero dividir. – disse pausadamente.
- Hei, a gente você sempre dividiu.
- Ele é ardiloso e só eu posso dar jeito naquela víbora. – ela piscou maliciosamente – Estou mesmo cansada, vou me deitar. – se aproximou de seus amigos, dando um selinho na boca de cada um, e saiu apressadamente.

*****
Terça, quarta e quinta ela não aparecera. A sexta-feira amanhecia e junto dela a esperança de vê-la. Nenhuma notícia, nada. Apenas Potter e o Weasley apareciam regularmente para levar sua alimentação. Temia comê-la sem saber que não foi ela que preparara. Estava maluco, sentia falta do cheiro dela e imaginá-la sobre ele fazia seu membro se exaltar...
A tarde chegara rápido e junto dela a certeza de que ela não viria... Seu almoço não fora trazido, mas não fazia diferença, não tinha fome mesmo. Adormeceu... Aquela incerteza o deixava doente. Acordou com o Weasley entrando na cela.
- Acorda, Cinderela, não estou disposto a te dar um beijinho! – ele disse rindo e jogando algumas peças de roupa sobre o loiro, que acordou sobressaltado.
- Está maluco, perdeu a noção? – ele disse ainda firmando as vistas para ver o Weasley.
- Talvez eu tenha perdido, mesmo, ao permitir que a Mione use você. Ainda não consegui entender o que ela acha, mas tudo bem. Concordamos em viver nossos desejos e luxúrias. – ele disse sonhador - Vista isso, uma festa nos espera.
Draco o olhou com desgosto:
- Bando de malucos pervertidos. – ele disse e saiu para se trocar no pequeno banheiro.
Preferia ficar longe dos olhos do ruivo. Era mais seguro. E a perspectiva de sair do quarto o animou e o fez se vestir rapidamente.
.Não demorou muito para que Draco vestisse as roupas que Ronald trouxera. Agradeceu pelo o ruivo não se impor e deixa-lo se vestir em paz. Embora tivesse olhado para si mesmo, não pôde idealizar como estava. Entrou no quarto devagar.
O sorriso do ruivo fez a raiva transbordar no peito, como uma poção errada. Mas a feição severa fez o sorriso se ampliar.
- Hum... Para um loiro idiota, nada mal. Eu até comeria você! Mas ainda prefiro meu moreno de olhos verdes.
Draco rosnou feroz:
- Se me tocar, Weasley, eu faço picadinho de você! – ele disse entre dentes.
- Ah, estou com tanto medo! Olhe para você! – Rony disse e, com um floreio de varinha, fez um espelho de corpo inteiro aparecer na frente do loiro.
A imagem que Draco viu a sua frente o fez prender a respiração. A calça de couro preta estava colada a sua coxa, fazendo-a parecer maior. No peito trazia um colete que parecia vários números menores que ele. A peça tinha muitas correntes finas transpassadas, principalmente nas laterais. Seu cabelo estava comprido e desgrenhado. Tinha olheiras profundas, o que aumentava o visual gótico. Os pés estavam descalços; nos punhos, faixas pretas largas com alguns botões de metal que brilhavam prateado sobre o tecido negro.
- Coloque isso e vamos! – a voz do ruivo o tirou da análise que fazia.
- O que é isso, uma coleira? Não vou usar essa porcaria! – ele gritou analisando a peça.
O ruivo riu alto.
- Você é quem sabe. Mas, no "nosso" mundo, ela mostra que você tem um dono. E saiba que a Granger é muito respeitada em nosso meio. Mais do que eu e o Potter. – ele disse sarcástico.
Draco arregalou os olhos com a declaração e tomou a peça das mãos do ruivo, evitando tocar nele.
Colocou a peça e olhou para o espelho: GRANGER. O nome dela em letras garrafais estava marcando o tecido largo.
- Merda! Vocês são doentes. Fodidos doentes.
Rony gargalhou.
- Somos! E, para a sua sorte, ela quis você! Vamos...
Foi empurrado por corredores escuros até chegar numa grande porta.
- Que tipo de merda vocês fazem aqui?
Ele sorriu sem responder, sabia que o loiro estava preocupado com as perversões do trio, mas era melhor mantê-lo na expectativa.
Draco se aproximou da porta, que se abriu... O ambiente era escuro, o que poderia ser assimilado aos curtidores de heavy metal ou de algo gótico. Luzes brilhantes lembravam boates trouxas.
As pessoas transitavam e dançavam indecentemente ao som de uma balada de guitarra. As vestes eram tão ousadas como a sua. O couro negro parecia lei. Embora devesse admitir que aquela não era a combinação perfeita para alguns. Percebeu que ele ficara bem.
Ronald o levara à um dos cantos, observando com satisfação o consumo de álcool e as danças sensuais. Potter chegou minutos depois, seu estilo era o mesmo dos demais. Muito couro negro, seus cabelos espetados, maquiou o rosto deixando as pálpebras e cílios mais escuros. No pescoço trazia uma coleira. Que curiosamente não havia nome. Seus pés eram cobertos por pesadas e extravagantes botas. Ousaria dizer que o moreno estava diferentemente atraente, com certeza poderia pegar qualquer mulher que quisesse.
- Trouxe nosso brinquedo, Ron! – ele disse e mostrou Luna, que estava atrás dele.
As órbitas de Draco quase saltaram ao ver a loira lunática da época da escola. Sua imagem era a perfeição. Lábios vermelhos, cílios pesados e escuros, corpo suntuoso com curvas perfeitas. Um top minúsculo e um short semelhante a uma calcinha deixavam-na verdadeiramente sexy. Estava descalça. Observou que todos que pareciam escravos estavam com os pés nus.
Respirou fundo ao ver o ruivo dar um beijo rápido nos lábios do Potter e um voraz na loira.
- Vou me arrumar. E buscar a rainha! – disse e logo ele saiu.
Potter se sentou ao lado dele e exigiu que Luna sentasse de pernas abertas sobre seu quadril.
- Ora, ora, Malfoyzinho, até que está sexy! – ele zombou. – Mas macho só meu ruivo! – ele disse enquanto Luna lambia seu pescoço. – Luna, estou louco para chupar algo tenro e doce...
Logo que ele disse isso, Luna se endireitou sobre ele e expôs um dos seios. Draco prendeu a respiração vendo Harry mordiscar e lamber a pele sensível. Não pôde evitar o calor entre suas pernas e sentiu sua ereção crescer.
Harry amamentou-a por longos minutos, enquanto ela esfregava no grande volume dele.
Draco fez menção de se levantar sorrateiramente, enquanto Potter literalmente comia um dos seios da loira.
- Onde pensa que vai? Acha que somos idiotas? A sala está fechada para fugas. Está aqui como escravo, Malfoy. E escravo será! – ele riu e gemeu, apertando a cintura de Luna e a fazendo se remexer sobre ele.
Draco respirou pesado e Harry riu.
- Não pense que vou gozar antes de começar a festinha, Draco! Isso vai levar h.o.r.a.s!
Draco observou em silêncio, a sala parecia se encher a cada minuto. As pessoas dançavam agarradas, indecentemente, o som da musica era algo interessante. Era uma banda feminina trouxa, que por acaso ele conhecia. As mulheres se comportavam como prostitutas, vestiam-se como tal e rebolavam divinamente. E as letras de suas canções eram movidas à sensualidade e duplo sentido. Era algo extremamente sexy, tinha de admitir.
Distraído, olhava para um dos lados, não estava suportando mais a relação de Harry e Luna. Embora fosse excitante ver um casal assim ao vivo, não estava interessado, porque o foco de seu interesse era outro, cujo o nome estava atado a seu pescoço. Porém não a viu irromper no salão. O que chamou a atenção foi os olhares e sussurros que se dirigiam para a entrada principal. Se não estivesse louco, juraria que alguns até fizeram reverencias. Virou o rosto rapidamente.
Nunca poderia crer em sã consciência em que os seus olhos viam. Hermione estava divina. Sua presença iluminava o salão e ofuscava as outras tantas belezas femininas ali presentes. Poderia entender facilmente que ela era a rainha daquele grupo. Que ela era a soberana e, por um momento, ele se orgulhou de ter o nome dela no pescoço.
A morena andou elegantemente com o ruivo em seu encalce. As botas de cano longo e salto alto faziam suas pernas parecerem ainda mais definidas. O espaço entre as botas e a saia preta de couro, não diferentemente das outras vestes naquele ambiente, era extremamente grande, tendo visto que a saia era tão curta que com certeza faria Dumbledore virar a cabeça para olhar. E Voldemord talvez até se levantaria do túmulo para cobrir os pudores da sangue-ruim. O espaço entre o cós da saia e o bustiê, que lhe tampava apenas os bicos dos seios, aparentava estar macio e perfumado. Os cabelos estavam altos, num penteado ousado e cheio. A maquiagem era tão escura e sombria quanto a que o Potter usava. Mas ela estava infinitamente melhor. Aquele ar de rainha das trevas que ela exibia era digno da Sonserina, onde ela deveria ter passado, pensou.
O coração de Draco Malfoy bateu apressado, como se fossem pancadas. Principalmente ao notar as mãos do ruivo em sua cintura fina. Ele era tão exageradamente grande para ela, desproporcional, enquanto ele era do tamanho exato.
Potter se levantou, deixando a loira no chão como se não fosse nada. E se aproximou como um felino dos outros dois. Ronald também estava vestido como eles, e sua figura certamente imporia receio. No pescoço ele trazia a mesma coleira que os demais, porém as letras que formavam o nome de Potter estavam visíveis. Draco não entendia as preferências sexuais do trio, principalmente quando viu Harry beijar Rony e Hermione, em sequencia, nos lábios. Não podia crer naquilo.
- Como se comportou? - Rony perguntou se referindo a Draco.
- Bem, acho que ficou meio animadinho ao me ver divertindo-me com a Lulu. Mas tudo bem... – Harry disse malicioso enquanto acariciava o pescoço do ruivo e se aninhava a ele como uma namorada.
Draco olhava espantado, Harry era mais baixo que o ruivo pouca coisa. E a visão dos dois abraçados fez seu estômago girar. E nem percebeu Hermione se aproximando dele, suas pernas se movendo sensualmente.
- Então se excitou vendo a Luna, Draco? – Ela perguntou próxima a ele.
Mas ele não responderia, preferia o silêncio.
- EU falei com você! Você ficou duro por ver a Luna, Draco? - ela gritou e puxou o cabelo dele num movimento bruto, obrigando-o a encará-la.
- Fiquei! - ele disse, enfim.
Sentiu-se vitorioso ao ver a fúria dela se dissolver e a expressão demonstrar decepção. Ela o olhou com desprezo e se virou para trás. O gemido que ela emitiu foi o que o fez olhar. Seus olhos quase saltaram das órbitas mais uma vez ao ver os dois rapazes se beijando com fervor.
Suas bocas estavam unidas num beijo escandaloso. Viu o caminhar de Hermione novamente, a saia vista por trás era tão curta que podia ver o contorno do traseiro dela. Mas não observou o quanto queria, pois a viu ficar muito próxima dos dois. Foi o ruivo que a puxou pelos cabelos, com rudeza, e a fez se unir às bocas deles, num beijo triplo que ela aceitou prontamente.
- Hermione! – e ele gritou desesperado.
Um grito que ele jamais achou que pronunciaria. Doía vê-la com eles! Por quê?
- Pára! - ele rosnou feroz, chamando a atenção deles.
- Que foi? Algum problema?
Harry perguntou sarcástico e os três riram.
- Hermione, quero ir embora! - ele exigiu.
- Ah, por que, Draquinho? Agora que a festa começou? - ela disse e ficou de costas para Ron, que segurou os dois seios dela enquanto roçava sua provável ereção no traseiro dela.
Harry sorriu e se ajoelhou diante dela, apertando a cintura fina e os quadris, enquanto sua língua brincava com o umbigo bem feito.
- Você não vai embora, Draco. Não tem querer! Essa festa é feita para escravos e mestres. E mestre você não é! - ela disse se mexendo suave e provocativa entre os dois grifinórios.
Esperava uma cena daquele tipo vindo de Pansy talvez, mas vindo de Granger, nunca.
E aquela humilhação doeu mais que todas. Vê-la nas mãos dos dois e não poder fazer nada.
- Humilhando-me, Granger? Talvez isso não seja uma boa idéia. – ele a olhou frio, tão frio que a fez gelar e sentir partir toda aquela empolgação.
- Meninos, quero dançar...
- Ok! - os dois disseram em uníssono e partiram, mas não sem antes Harry pegar a loira pela mão e  levá-la para o meio da multidão.
            Tão logo  Draco e Hermione  estiveram ''sozinhos'', ele se levantou e se  aproximou dela, que sentiu o corpo  gelar.
           
            - O que  você  pensa que está fazendo?
           
            - Está  se  referindo a quê? -  ela disse cínica – A te aprisionar, a te usar   sexualmente ou a me vestir dessa maneira? Se bem que.... - ela pontuou  com  ar   de  sabe-tudo  -  A  última  opção nem  é  válida, pois não envolve a ''sua'' pessoa.
           
            - Estou me referindo a ficar se esfregando neles. - ele gritou chamando a atenção de  quem estava perto.
           
            Notando que não deveria desafiá-la naquele ambiente, segurou o braço dela e  aproximou-se de seu ouvido:
           
            - Que diabos vocês são? Eles se beijam. Eles são gays? - ele quase gritou de novo - Mas não podem ser, eles te desejam, os dois. Eu vejo o desejo neles quando se  trata  de  você.
           
            - Bem vindo ao mundo bissexual, Malfoy! - ela disse bem próxima ao ouvido dele e lambeu-lhe a orelha, fazendo-o  gemer.
           
            - Granger! - ele sussurrou virando os olhos.
           
            - Oi! - ela respondeu respirando próximo ao pescoço dele.
           
            - Não  transa com eles não. - ele pediu sem que se desse conta de suas  palavras antes que as mesmas saíssem.
           
            Ela o encarou, seus olhos piscaram várias vezes antes que ela dissese algo. Sua boca abriu e fechou algumas vezes sem que palavras saíssem. Ela  apenas sorriu e ele devolveu o gesto. A conhecia e, se ela não havia sido  agressiva, atenderia ao  seu pedido. Ele devolveu um sorriso vitorioso.
           
            - Vem! - ela o guiou entre a multidão e seus lábios se encontraram num beijo rápido e carinhoso,  como   se  fosse   um  pacto.
            Aproximaram-se de uma espécie de palco, onde garotas semi-nuas se abraçavam ousadamente. Hermione soltou-se das mãos dele e subiu devagar no patamar onde elas estavam. De imediato, elas, com a chegada de Hermione,  fizeram uma espécie de reverência, fazendo-o se assustar com tamanha ovação. O som que soou foi uma balada parecida com as outras, que incitava os movimentos sensuais.  Hermione remexeu o quadril de forma sexy e a multidão gemeu.  
            Draco sentiu seu membro enrijecer diante dos quadris dela, que   rebolavam  suntuosamente. Suas mãos passavam maliciosamente pelos próprios seios... Movimentos de vai e vem eram os mais bonitos de se ver.
            - Rainha linda! - o grito de Potter ecoou na sala.
           
            - Gostosa!  Rainha!   Gostosa! - o ruivo puxou o coro e foi seguido. 
           
            Draco sentiu-se sufocado, queria poder furar os olhos de cada um por estarem olhando para Hermione.
   Ela sorriu sensualmente, abrindo as pernas e se sentando no chão. O ciúme rugia em seu peito como um animal feroz Uma ruiva entrou em seu campo de visão. A figura era imponente, alta, os cabelos presos no alto da cabeça, a pele clara ressaltada pela roupa escura. Ela caminhou determinada até a morena no chão, abriu as pernas sobre o peito de Hermione, que segurou seus tornozelos e passou as mãos em suas pernas. Draco pôde imaginar a visão que Hermione tinha da ruiva, principalmente porque esta usava uma microsaia. Era estranho que seus sentimentos de raiva, ciúmes e incredulidade oscilassem para o medo. Agora as duas dançavam sensualmente, se esfregando e se insinuando. Suas bocas encontraram as costas uma da outra, a nuca, o pescoço, o colo. Mas nunca a boca.
            Draco sentiu todo o seu sangue no rosto, podia jurar que estava muito vermelho.
           
            - Não são gostosas, Draco? Veja o que perdeu estando na Sonserina!
           
            Harry riu maldosamente, passando as mãos pelo corpo de uma morena estonteante. A risada de Ronald estava próxima.
           
            - E você ainda se gabava por ser sonserino! 
           
            Para seu alívio, viu Hermione mandar todas descerem do palco. E foi obedecida em segundos, até mesmo pela ruiva. Em seguida, sentiu Rony e Harry segurando-o, um em cada braço, e o guiando para Hermione, que o recebeu com um sorriso nada angelical.
            Seu coração batia descompassado, principalmente quando Hermione se enroscou nele, como se ele fosse um poste. E ele se sentiu como um, pois ficou mais duro do que já estava.
            O sorriso dela fazia seu coração disparar. Insensível! Onde estava o amor dela? E por que quereria saber? Porque se importava. Se era amor ou ódio? Por enquanto, tudo era desejo. Insano, louco!
            Segurou o pescoço dela sem delicadeza, a obrigando a um beijo rápido. E se moveu de encontro ao corpo curvilíneo, deixando-se dominar pela música.
            Insensível!
            A balada romântica o dominou. Apertou os seios dela para todos verem. Ela o afastou, puxando os cabelos dele, e o obrigando a ficar de joelhos. Colocou um dos pés em seu ombro. O salto da bota o machucou, mas não se importou. Não quando via o próprio paraíso debaixo da saia dela.
            Ela sorriu e desceu o pé lentamente, deslizando sobre as costas dele, trazendo a feminilidade para próximo do rosto do loiro. Rebolou maliciosamente. Ela o enlouqueceria. Apertou firme a cintura fina. Seu rosto adentrou por baixo do couro preto da saia, mas, antes de alcançar seu destino, ela se afastou.
            E antes que ele pudesse articular qualquer pensamento, ela o empurrou e ele caiu para trás. E ela o montou avidamente, subindo e descendo os quadris sobre ele, numa imitação real de cópula que certamente fez a temperatura subir.
             A dança sensual durou até que ele sussurrou em seu ouvido, quando tinham invertido drasticamente as posições e agora ela estava de quatro com ele montado sobre suas costas.
           
            - Se não pararmos de dançar, vou te tomar aqui mesmo ou vou gozar.- ele disse entre dentes.
           
            Hermione riu.
           
            - Escravo, Malfoy! Um escravo deve suportar!
            - E você Granger? O quanto suporta? Quem está sendo escravo de quem? - ele questionou e a notou ficar séria.
            - Chega de brincar! - ela se retirou – Vem, escravo!
           
            Draco não pôde deixar de sorrir do tom da voz dela pronunciando aquela frase. Estava definitivamente louco, mas gostava daquela merda!
            Tão logo se acomodaram num canto mais isolado, Draco se viu obrigado a pular encima de Hermione e tomar os lábios dela com beijos fortes e possessivos, enquanto roçava seu sexo no corpo dela.
            Ela aceitou alguns segundos e depois o afastou.
           
            - Ei, ei, o que está fazendo? - ela perguntou ofegante.
            - Quero te foder, Granger, firme e forte por um longooo tempo!
           
            Ela gargalhou.
           
            - Supõe-se que o bálsamo não será mais necessário!
            - Não, ama! - ele respondeu tentando alcançar um mamilo dela.
            - Hum, isso está ficando melhor do que eu imaginava. Depois dessa, você merece um agradinho! - ela disse e o fez se sentar numa poltrona que estava jogada ali.
           
            Abriu os botões da calça de couro, enquanto ele ofegava. Expôs a masculinidade dele sem receios.
           
            - Você é um escravo bem apetitoso, Draco!
           
            Ela disse passando a ponta da língua pela cabeça inchada e vermelha. Draco gemeu e empurrou a cabeça dela em direção a seu membro.
 
            - Ei, eu que mando aqui!
            - Não agora, Granger!
            - Eu que estou no comando! - ela disse maliciosa.
            - É mesmo?- ele disse cínico, forçando-a a engoli-lo por inteiro.
           
            Mas ela também não rejeitou e o recebeu em sua garganta. Ele era grande e grosso, chegava a sufocar. Acomodá-lo num sexo oral não era uma tarefa fácil, mas ela se empenhava, enquanto ele fodia sua boca com gosto.
            Ela se afastou em busca de ar e ele a admirou com os lábios úmidos e a face vermelha.
           
            - Nunca te imaginei assim, mas você é linda!
           
            Ela sorriu abertamente.
           
            - E você gostoso! Te chuparia por uma eternidade!
           
            Foi a vez de ele sorrir genuíno, enquanto ela movimentava o membro dele, subindo e descendo. Seus olhos se encontravam alegres e divertidos. Draco colocou a mão sobre a dela e a ajudou a se movimentar num ritmo satisfatório para ele. 
            Ela ficou olhando as expressões do rosto dele, notando o ápice chegar. Gemeu junto dele quando sentiu o líquido pegajoso tomar suas mãos...
 

*****
            O restante da festa foi "tranqüila". Hermione circulou com Draco, embora fizesse questão de demonstrar a todos que ele era seu escravo sexual. Ele não se importou. Adorava vê-la fingir que era sua dona, enquanto ele sabia que era tão dono dela quanto ela era dele.
            O sexo rolou à vontade pelo ambiente entre diversos pares, diversas circunstâncias e diversas modalidades. Draco e Hermione se mantiveram distantes e se satisfizeram muitas vezes durante a noite, mas não transaram no sentido literal.
            O dia amanhecia e muitos estavam deitados pelos cantos, embriagados. Hermione avisou que levaria Draco para o quarto, mas que primeiro precisava encontrar Harry e Rony.
            Não demorou muito e estavam no quarto de Harry. Dormindo nus, entre eles Luna estava tranqüila. A posição e o cansaço deles demonstravam o quanto tinham se divertido antes de adormecerem completamente exauridos.
           
            - Ela está ocupando seu lugar? - ele não resistiu e perguntou ciumento.
           
            Hermione respirou fundo.
           
            - Talvez. Não é sempre que ficamos juntos.
            - Mas a maioria? - ele não se convenceu.
            - Somos liberais, Draco, cada um transa com quem quiser.
            - É estranha a vida de vocês! - ele coçou a cabeça, confuso, e ela sorriu.
           
*****
Tempos depois
*****
Ainda não podia crer que ela se ausentara tanto tempo. Uma semana! Tempo demais para ficar sem ela. Tempo demais sem as violações que ela lhe infligia. Tempo demais sem o cheiro de seus cabelos, sem o gosto de seu sexo, sem a maciez de seus seios.
Não entendia aquela vida. Não entendia o que eles eram ou o que significavam uns aos outros. Só uma coisa tinha em mente. Precisava dela o tempo todo. E se não fosse pelas visitas teria sucumbido à loucura.
A porta do quarto se abriu e ela entrou.
Os olhos de Draco voaram sobre a pele morena.
- Onde diabos você estava? – exigiu saber, enquanto correntes mágicas o prendiam.
- Dando uma de marido ciumento, Draco? – ela disse ácida. – Nunca imaginei que gostaria de ser usado. – ela se aproximou retirando o robe de seda vermelho que sempre usava.
- Acostumei-me ao seu cheiro insuportável.  – ele disse com desprezo. – Afinal, quanto tempo se passou sem que eu sentisse esse cheiro horroroso? – ele disse, mas sabia que era uma mentira, estava viciado no seu cheiro. – Alguns dias? – ele arqueou a sobrancelha, vendo-a passar o "bálsamo" sobre seu membro.
- Não sei se deveria te contar, mas... Enfim... Estava numa praia trouxa. – ela disse se exibindo – Olha as marcas que o sol fizeram. – ela mostrou a ele.
Sua pele tinha um tom dourado. Parecia apetitoso. Apenas um pequeno triângulo sobre o bico dos seios e as faixas finas nos ombros eram claras como normalmente. Ela virou de costas e seu traseiro não era diferente.
- Desgraçada, você ficou nua ao sol! – ele disse irritado ao extremo, não conseguia assimilar aquele sentimento de posse, mas era uma realidade latente dentro de si.
O tom usado por ele a fez rir.
- Ah, era uma praia particular do Harry. As outras meninas fizeram topless, eu não. - ela disse displicente.
- Granger, em que merda de maníacos o trio "maravilha" virou? - A pergunta que o atormentava desde que chegara ali saltou de seus lábios num impulso.
Ela riu sonoramente.
- Admite que sentiu saudades!
- Solte-me ao menos uma vez e te mostro o tamanho dessa saudade! – ele rosnou.
Hermione se colocou sobre o peito dele e curvou-se de modo que um de seus mamilos estivesse sobre o lábio dele. Instintivamente, sentiu a ponta da língua dele a tocá-la. Gemeu. E se afastou.
- Ah, Granger! Tortura não. Vem aqui, quero te chupar inteira... – ele se remexeu.  Malditas correntes que o atavam.
Havia se acostumado a fazer sexo amarrado como um bicho. Mas sonhava com o dia em que seria a vez de ela se submeter aos caprichos dele.
Ela se aproximou e o deixou sugar seu seio.
- Granger, você transou com outro homem?
A pergunta surpreendeu a ambos.
- Isso não é da sua conta! – ela disse ríspida.
- Com o Weasley, com o Potter ou com os dois? – ele insistiu.
- Hum! Nós sempre transamos, Draco, sempre!
Draco respirou apressado. Sentiu seu peito explodir de raiva. Sua respiração ficou pesada e seus olhos marejaram.
- Mas que porra, Hermione!
- Ah, o que, Malfoy? Você é "meu" prisioneiro. Não meu namoradinho! – ela se afastou dele. – Meu brinquedo! – ela riu.
Ele tentou segurá-la e amaldiçoou as cordas mais uma vez.
- Ah, Draco! – ela suspirou. – Fui atrás de um feitiço para nós.
- Feitiço? Que feitiço?
- Esse! - ela disse e sussurrou o encanto. – Corpularis protegis prazeris ciento.- O que você está fazendo? – ele perguntou sentindo o corpo formigar. Ela riu maliciosa enquanto o libertava das amarras e se afastava um pouco, olhando-o receosa.
Draco se viu livre e pulou num salto. Desde que fora capturado, jamais estivera sem as amarras perto dela. Antes que pudesse raciocinar, seu instinto falou mais alto e pulou sobre ela feroz. Hermione gritou com o impacto ao sentir suas costas bateram na parede. As mãos firmes, de dedos claros e longos, apertaram a sua garganta e o corpo forte a prensou na parede fria do "porão". Ela riu abafado, misturado a um gemido de dor.
- Péssima idéia me libertar, Granger! – ele disse muito próximo ao rosto dela, que pôde sentir o hálito cheirando a tabaco barato.
Riu engasgada, ele a pressionou mais uma vez. Draco tentou apertar seus dedos sobre o pescoço fino. Inútil! Ele não conseguia e ela riu ainda mais alto.
- Que diabos você fez? – ele perguntou irritado e mordeu a curva do pescoço dela, segurando a dentada de um chupão que a fez gemer de dor e prazer.
- É o nosso feitiço, Draco. Nosso! – ela riu quando sentiu a ereção dele contra sua barriga. – Você estará livre, mas... À minha disposição.
- Imperius?! Não sinto essa maldição! – ele disse confuso, apertando a cintura dela.
- Oh! – ela se irritou. – Difícil entender as coisas em loiros! – ela zombou. – Esse é um feitiço novo. Mais eficaz do que império.
- Poção do sexo? – ele perguntou beijando-a no colo.
E ela riu alto dessa vez.
- Não. É seu desejo, Draco! Você me deseja assim!
- Não pode ser! – ele disse incrédulo e a suspendeu do chão, segurando o peso dela, que o envolveu pela cintura com as pernas. Fez isso enquanto sugava o seio dela com luxúria. – Granger, estou louco! Mas eu quero te possuir, quero te ver gritar!
Draco disse abrindo sua calça e retirando seu membro.
A tarefa não foi fácil, tendo em vista que ela estava em seu colo. Mas encontrar o caminho para dentro dela era um prazer. A penetrou com vigor e manteve o ritmo. A posição era difícil para ele. Mas sabia que gozaria logo.
- Você está preso a mim, Draco. Pode me tocar a vontade, mas não me causará nenhum dano. O feitiço te impediria de me machucar.
- Mas prazer eu posso te dar! Conveniente, não, Granger? – ele mordeu o seio dela.
- Muit... – a voz dela morreu em sua garganta ao sentir o gozo dele dentro de si.
Foi como disparar um alarme. Sentiu as ondas de esperma latejando contra suas paredes, o pênis dele parecia ainda maior e lhe causou ainda mais prazer.
Ofegando, ele a carregou para a cama e a deitou sem delicadeza. Ela manteve os olhos fechados. Estava trêmula pelo orgasmo. Mas ele continuou beijando-a e a apertando-a. Seios, barriga, nádegas, coxas. Sentiu a língua dele em sua feminilidade úmida pelos fluídos dos dois. Ele a chupou por longos minutos, até que ela pôde sentir sua feminilidade levemente inchada e vermelha.
Mas ele não parou e não disse nada.
- De quatro, Granger! – ele ordenou.
Ela grunhiu. Ele era um metido arrogante. Por que ele achava que daria as ordens?!
Mas não pôde protestar, braços fortes viraram-na, forçando-a a se apoiar sobre os joelhos. A penetrou bruscamente...

*****
 Estavam deitados lado a lado, ambos fumavam, após horas de sexo.
- Hermione. - a voz dele soou doce pelo quarto.
- Hum... - ela respondeu
- O que eles são para você?
- Quem?
- Eles! O Potter e o Weasley. A Weasley fêmea, a Lovergood. O que isso tudo significa?
- Sexo, diversão, amizade, amor! – ela respondeu com um suspiro.
- Amor?- ele se espantou.
- Draco, eu os amo. Fomos criados juntos, aprendemos tudo juntos, lutamos juntos.
- Sim, e são malucos juntos! - ele disse emburrado e ela riu.
- Sim, somos malucos juntos. - ela soprou a fumaça com força.- Escuta, Draco, não há uma razão ou um motivo para sermos como somos. Aprendemos muito com a guerra. Sofremos dores, fome, frio, sede. Passamos privações. Tivemos de compartilhar as coisas, cobertores, comidas. Daí aprendemos a nos tocar. Era mais prazeroso, um escape em meio a toda a angústia na qual vivíamos. Descobrimos nossos corpos e que a caminhada poderia ser amenizada se nos déssemos prazeres. E assim nós três vivemos, aproveitando cada minuto. A gente não fazia idéia de como seria o amanhã.
- Isso eu sei bem. É a única coisa que sabemos quando estamos em meio ao fogo cruzado de uma guerra. – ele disse e se virou para olhá-la.
Estavam deitados lado a lado, um de frente para o outro. Olhando nos olhos.
- E não víamos um futuro para nós, aprendermos que nossos corpos poderiam aliviar aquela tensão. Foi bem prazeroso e ainda é. – ela desviou o olhar quando ele pigarreou incomodado, mas ela continuou – Então, assim vivemos até hoje.
- Mas agem como pervertidos.
- Ah, deixa de ser quadrado! - ela disse e ele a olhou sem entender. – Antiquado, Draco. Somos liberais, curtimos sexo, não machucamos as pessoas, apenas descobrimos o quanto a submissão é boa. - ela sorriu maliciosa.
- Hermione, mas até aí eu entendo.  Posso assimilar. Mas eles se curtem também? - Draco perguntou curioso
- Harry e Rony? Sim, eles são lindos juntos! - ela disse sonhadora.
- Eca! Não acredito que eles são gays! Nojento! - Draco fez uma expressão de nojo que a fez rir muito.
- Eles se curtem, Draco, é prazer! Não são afeminados!
- Mas são estranhos para caralho.
- É o mundo da bissexualidade. - ela disse calma – Se algum dia quiser...
- Não termina essa frase, Hermione! - ele gritou se levantando.
- O que foi que eu fiz? - ela se indignou.
- Ora, onde já se viu? Já não basta saber que divido a mulher com esses dois veados, ainda vem me propor um despautério desses. Você é maluca! - ele disse indignado.
- Ow, doninha, sabe por que eles não tocaram em você?
- Ah Porque eu arrancaria os testículos deles?
- Não. Porque eu não quero! Você é meu Draco, e não te divido com ninguém! Meu, entendeu? Meu!
Draco sorriu. Era seu destino, seu fim, seu vício! Gostara de ter dona. Não queria ser livre!

*****
Gina entrou no quarto que tanto o trio protegera... Fora difícil vencer as barreiras que a "rainha" impôs a seu escravo, mas a visão a sua frente a fez sorrir. Draco estava lá, sentado num canto da cama. Estava sem camisa, trajava apenas uma cueca boxer branca, e lia um livro enquanto tragava um cigarro.
- Ow, ainda não entendi o esquema da Mione com você! Deve ser frustração recolhida pelo desprezo que você sempre deu a ela. – ela disse com desdém e com um sorriso malicioso no rosto. 
Draco a olhou friamente, ela fechou a porta atrás de si. Talvez aquela fosse a primeira oportunidade que teria de fugir, pois os feitiços de Hermione não o deixavam fugir, estava preso a ela. Queria se concentrar na ruiva a sua frente, mas um pensamente fez seu coração gelar: E se estivesse livre, para aonde iria? Como viveria sem tocá-la de novo? E, naquele momento, ele percebeu que se importava com ela. Não fugiria agora nem nunca. Fugir não era um de seus ideais, mas afastar a ruiva intrometido com certeza era!
Infernos!
- Entrando sem se anunciar, Weasley Fêmea? Ações assim vão contra as etiquetas de boa conduta. Ah, é mesmo. – ele disse franzindo o cenho – Lembrei-me que, mesmo apesar de ter o sangue-puro, sempre foi uma pobretona, não é? – ele alfinetou a olhando nos olhos.
Viu-a empalidecer. Atingira-a!
- Talvez, Draco, mas pensemos assim: atualmente ''minha'' condição é melhor que a sua. – ela riu – Escravo sexual de uma sangue-ruim pervertida, quem diria!
- Sai daqui! – ele gritou jogando o livro de lado e se levantando.
- Não! Você não pode exigir nada, Malfoy. É um brinquedo, nada mais que um brinquedo! – ela se aproximou perigosamente.
- Sim, mas não seu! – ele se deliciou com a cara de insatisfeita dela.
- Porque não meu? Crucio! – ela disse de repente e a maldição o pegou em cheio. Ele se contorceu, mas não gritou.
- Filha de uma puta! Vadia, pára com isso! – ele disse entre dentes.
- Ótimo, adoro sexo violento! – ela disse rindo – Império!
Draco sentiu a maldição domina-lo e, com ódio, a viu rir mais uma vez.
- Beije-me, Draco.
Foi inevitável vencer a distância entre eles e a pega-la entre seus braços, tomando os lábios dela nos os seus. O cheiro dela era bom, mas não era doce como o de Hermione. Era um cheiro forte de perfume caro, ela cheirava como as putas de um prostíbulo. Seu estômago se revolveu, mas não conseguia parar de beijá-la.
- Você beija bem! – ela sussurrou entre os beijos – Agora me ame como faz com ela, se endureça como faria por ela e me tome como se eu fosse a Granger. Quero descobrir porque ela te prefere.
Draco pôde notar inveja e desdém na voz da ruiva, talvez até ressentimento.
Mas, antes que pudesse analisar mais os sentimentos de Gina, seu corpo a exigiu. Ele a pegou com brutalidade e a encostou na parede, abriu as pernas dela com fúria, enquanto mordia o pescoço dela com voracidade.
- Epa! – Gina ofegou, se deliciando – É assim que ela gosta? Se eu soubesse...
- Se soubesse o quê? – a voz de Hermione fez Gina encará-la de olhos arregalados.
Draco continuava a sujeitar a ruiva sob o corpo dele, sem dar importância a Hermione.
- Bom, Gina, acredito que deveria tirar as mãos dele agora mesmo, caso não queira morrer de uma forma muito sinistra! – Hermione disse entre os dentes e Gina riu.
- Poderia dizer isso a ele. Ele parece estar gostando. – ela acrescentou enfiando os dedos nos cabelos do loiro. 
- Com um Império até eu dormiria com você Gina. – ela disse baixo e Gina soube que não devia provocá-la mais, porém não resistia.
- Ah, não precisou de Império no sexto ano, Mione, quando nos deliciamos na sua cama! – ela acrescentou maldosamente – Olhe para ela, Malfoy!
Enfim, os olhares se cruzaram e Draco soube instintivamente que Hermione estava muito brava, realmente brava.
Sua face estava vermelha e em seus olhos havia um brilho assassino, quase lunático. E Draco imaginou se a ruiva dissera a verdade. Pelos olhos de Hermione ele soube... A verdade.
- Não foi preciso mesmo, Ginevra, mas também que culpa eu tenho se você não teve os atributos certos para me manter na sua cama? – Hermione disse e, de uma só vez, gritou um feitiço que fez a varinha da ruiva voar de suas mãos.
- Solte-me, idiota! – ela disse e Draco a soltou instantaneamente, de forma indelicada. – Ai, estúpido, fuja dela! – Gina acrescentou maldosamente e viu Draco se pôr entre ela e Hermione, indo à direção oposta, onde se poria mais longe de Hermione.
Esse gesto foi suficiente para fazê-la conseguir recuperar a varinha com um feitiço convocatório e rebater o feitiço azul que a atingiria...
Hermione era hábil e experiente, mas Gina também era experiente, pois lutaram juntas na guerra. Mas Gina era sangue-puro, uma Weasley, e o seu poder fora comprovado nas batalhas. Lutar com ela não era uma opção muito inteligente, o que também não era enfrentar Hermione. O combate durou poucos minutos e já estava definido. As varinhas foram perdidas e uma batalha corporal era imprecisa. As desvantagens de poderes estavam fora de questão. Hermione conseguiu dominar Gina e a socou por alguns minutos, mas a ruiva revidou num momento em que Hermione ofegou. As mãos da mais nova apertaram forte a traquéia da morena, impedindo a passagem de ar. Seus cabelos ruivos balançavam brilhantes.
Hermione viu, num canto, Draco de pé, seus olhos cinzas brilhavam. Lágrimas? Angústia?
_A...A...chio! – A varinha dela retornou a sua mão.
Porém Gina segurou seu braço com força, forçando-a a soltar a varinha.
_Fini... Finite... Encan... Taten. – ela conseguiu dizer apontando para Draco.
Em poucos segundos, sentiu o peso que estava sobre si aliviar, e viu Draco furioso jogando a ruiva na parede.
O corpo esbelto causou um baque surdo. Draco caminhou até ela e segurou os cabelos vermelhos com firmeza e socou a cabeça dela na parede três vezes, a desorientando. Logo em seguida, apanhou a varinha de Hermione e se aproximou dela...
Hermione tinha a visão embaçada e tremia. Quase fora estrangulada. Ainda lutava pelo ar em seus pulmões, quando sentiu a mão dele sobre seu braço.
- Você está bem?
- Sim, mas essa vaca é minha! – ela disse e ele a ajudou a se levantar.
Hermione encarou Gina, que estava sentada no chão com a mão na cabeça. E viu Draco lhe estender a sua varinha. Mas ela não sorriu. Não poderia ser distinguido em sua face o tipo de sentimento.  Medo, anseio, receio. Talvez Draco a atacasse, mas não. Nada a preparou para aquilo: vê-lo entregar a sua varinha. Seus olhos transmitiam ódio pela ruiva.
Gina riu interrompendo o momento.
- Uoww! Meu irmão e o Harry sabem que são um casal?
Eles se olharam... Nunca haviam pensado nessa questão, apenas viviam uma relação de prisioneiro e algoz.
- Não me importa, sua vadia! – Hermione se aproximou. – Vou chamar algum dos empregados para juntar seus ''cacos'', sua ruiva metida. Mas saiba que se você se aproximar desse quarto mais uma vez, e ousar colocar a mão encima dele, eu te matarei. – Ela disse cara a cara com sua ex-amiga e ex-amante.
Afastou-se um pouco e encarou o loiro a sua frente. Pudera ver a decepção dele ao ser tocado por Gina. Sorriram cúmplices... Hermione se aproximou colando o corpo no dele, ficou na ponta dos pés e roçou seus lábios nos dele, numa doçura com a qual não estavam acostumados... Distraído com o momento raro de carinho entre eles, não viram Gina se mover devagar e se apossar de sua varinha.
- Ava...
Foram segundos que pareceram uma eternidade desde que a voz de Gina começou a pronunciar a maldição. Mas Draco, com um movimento ágil, tomou a varinha de Hermione e terminou de pronunciar a maldição que a ruiva iniciara.
- Avada Kedrava! – O loiro pronunciou rapidamente e o pescoço da ruiva tombou para trás.
Seus olhos abertos, a face com uma expressão incrédula. Estava morta.Hermione sentiu um gosto amargo em sua boca, não podia acreditar no que acontecera, havia sido tão rápido! 
- Merlin! – ela balbuciou, olhando para Draco.
- Ela te mataria, Granger, e isso eu não poderia permitir. – ele disse.
Num impulso, Hermione pulou nos braços dele. Draco a recebeu com carinho e se abraçaram forte.
- Faz amor comigo, Draco, por favor, faz!
A voz doce e trêmula o fez gelar, não esperava aquele pedido, mas era compreensível. Com o assassinato da ruiva, tudo mudaria. Certamente o Potter e os Weasley o matariam, e Hermione não poderia impedir.
Agarrou-a, fazendo as pernas dela enlaçarem a sua cintura e sua ereção despontar com o contato com a feminilidade. A colocou na cama com um gesto rude. Sua boca exigiu a dela. Suas línguas lutando com luxúria por dominar e excitar o outro. Suas mãos numa viagem alucinada para despir os tecidos que impediam um contato a mais entre seus corpos. Entrou dentro dela com fúria, gemeu. Estava em casa... Moveu-se rápido, tinha pressa. Queria gozar nela, talvez fosse a última vez que ela o envolveria dentro de seu corpo quente e macio. O suave aperto da feminilidade ao redor do membro dele o fez saltar e querer entrar mais fundo nela. Como se fosse possível. As pernas dela estavam sobre seu ombro, facilitando seus movimentos. Sentia-a tremer, olhava os olhos castanhos... Abertos, assustados. Até que ela gritou... Tão alto que teve medo de que a residência inteira os ouvisse. O grito veio junto com a força das mãos dela, que apertaram seus braços. Sentiu as unhas dela entrando em sua pele, machucando-o, mas ele não parou. Moveu-se mais fundo, explodiria sua satisfação dentro dela, profundamente em seu âmago. Ainda podia sentir as paredes da vagina dela convulsionando sobre seu pênis, ordenhando-o enquanto mantinha o vai-e-vem alucinado. Deixou o prazer dominar seu corpo, enquanto se esvaía dentro dela... E foi a vez de ele gritar...
Minutos depois...
- O que vamos fazer agora? – ela disse incerta e ele percebeu, nesse momento, a fragilidade dela.
Era a mesma sangue-ruim boazinha amiga do ''Bem''.
- Eu a matei.  Se sair e contar o que houve, pode me considerar um homem morto. – ele disse acariciando os cabelos dela, enquanto se acomodavam numa posição carinhosa e confortável.
- Isso nunca.
- Então, nos livramos do corpo. Você pode aparatar fora daqui?
- Sim, e posso te levar comigo, não conseguirei fazer isso sozinha!
Hermione disse incerta, sabia que poderia ter ainda mais complicações caso Draco fugisse. Ele leu seus pensamentos.
- Ora, não me olhe assim, eu não vou fugir. Não tenho outro lugar em que eu queira estar.
Ambos sorriram e se beijaram mais uma vez.

*****
   Hermione ficou apreensiva quando os dois deixaram o corpo de Gina abandonado num bairro trouxa. Ela estava muito nervosa. Além de estarem fazendo algo totalmente fora de sua concepção, era algo que mudaria suas vidas para sempre. Era a primeira vez que Draco estava solto, havia oportunidade de fuga. Ela estava fraca e indefesa demais para reagir e se ele quisesse uma vingança esse seria o momento. Se ele quisesse ir, ele iria. E ela não se colocaria no caminho dele. Aparataram numa praça nos arredores do bairro onde deixaram o corpo de Ginevra.
Com um suspiro profundo, Hermione se afastou e sentou-se no banco de cabeça baixa. Engoliu as lágrimas, mas queria chorar. Afinal, tinham tirado uma vida. A vida de Gina. Lembrou-se de quando eram pequenas, inocentes, e não havia nada de sexual ou pervertido em suas mentes. Embora Gina tenha se tornado uma pessoa não sociável, um dia ela tinha amado-a como amiga, irmã e amante. Foi impossível conter as lágrimas, então as deixou cair... Não queria olhar para cima. Mas sabia que ele ainda estava ali, um pouco a sua frente, a olhando. Sabia somente pela presença dele. Uma dor forte roeu seu peito de forma brutal: medo. Medo que ele se fosse, que a abandonasse naquele momento. Medo de enfrentar tudo sozinha e, principalmente, um medo que ela nunca imaginou que sentiria: medo de que precisasse viver sem ele.
Tudo poderia desabar naquele momento que nada importaria. Não enquanto estivesse com aquela dor, aquela incerteza, aquele medo de perdê-lo para sempre. Sabia que o futuro deles era algo incerto, o caminho íngreme e ardiloso.
Pôde sentir a presença dele aproximando-se e se abaixando próximo a ela.
- Rainha. - a voz doce dele fez o coração dela disparar. Ele nunca a chamava assim. E ela não foi capaz de olhá-lo nos olhos. - Ela mereceu. Não gosto de te ver assim!
Nesse momento, Hermione ergueu os olhos e encarou os frios olhos cinzas.
- Não me arrependo por tê-la matado, e você também não deveria se arrepender. Era ela ou você. Ela a mataria. - ele se justificou - E eu não posso perder você! - ele disse como se tivesse sufocando as próprias lágrimas.
- Você não vai embora?
- Não ainda. Tenho uma vingança contra você. Não vou te deixar sozinha a mercê dos ''seus amigos''! - ele disse brincalhão, a fazendo sorrir.
   Sem outra alternativa, ela o abraçou com força e ele retribuiu o abraço. E, naquele instante, perceberam o quanto necessitavam um do outro.

*****
Foi dois dias de buscas pelo corpo de Ginevra Weasley. Hermione evitou o quarto de Draco, embora se comunicasse sempre com ele. Não era fácil fingir preocupação, enquanto sabia exatamente o que havia acontecido, e ainda bloquear sua mente para que ninguém a sondasse. Ela e Draco haviam optado por fugir depois que encontrassem Gina, assim se livrariam de suspeitas. Mas os dias foram tensos e não pudera evitar as sessões de tortura pelas quais Draco passara. Mas convenceu a Ronald e Harry de que não poderia saber de nada. No meio da noite, conseguiu ir para o quarto dele sem que fosse vista. Fizeram sexo com fervor, sabiam que era um tempo tenso e que qualquer minuto juntos era precioso.
 Porém não teve sorte ao sair, Rony estava de prontidão na porta do quarto.
- Eu te disse que não te queria com ele! - a voz fria a fez se assustar.
- Ah, Rony que susto! Pensei que não estivesse em casa, que estivesse nas buscas por Gina. - ela disse pálida.
- Porque estava com ele? É pelo sexo? Não entendo. Você tem a mim e ao Harry à sua disposição. E, além de nós, quem você quiser. Mas prefere entrar sorrateiramente no cativeiro dele. - ele disse baixo – Você está louca, Hermione, completamente louca! - ele disse e a segurou pelo braço. - E eu porei fim a essa loucura chamada Draco Malfoy!
- Não vai fazer nada com ele! - ela gritou se livrando das mãos dele e se colocando frente a porta.
A voz sobressaltada de Hermione alertou Draco, que estava sentado encolhido na cama. Ele foi até a porta, embora soubesse que apenas o trio poderia abri-la. Encostou-se na porta fria, tentando ouvir.
- Quero saber o que ele fez com a minha irmã!
- Ele não sabe! Já disse que ele não sabe. Você já o torturou por horas!
- Sim, ele sabe! Então me explica esse diário da Ginevra. Encontrei isso no quarto dela... Hoje à tarde! E as últimas palavras dizem que estava vindo se aventurar nos domínios da rainha, que queria entender os motivos de ter sido deixada de lado, trocada por ele! Ela disse que adoraria escrever quando voltasse sobre as sensações de ter sexo com ele. Mas ela nunca escreveu. Sabe por quê? - ele gritou – Ela nunca voltou! Sai da minha frente, Hermione, saí agora!
- Não, isso é loucura! Você sabe que o ciúme de Gina era doentio. - ela disse trêmula, sabia que a mentira cairia por terra.
- Não, Hermione, não era. Você trocou todos nós. Todos nós! - ele gritou e a jogou no chão com um empurrão. Abriu a porta do quarto com um solavanco.
Solavanco que fez Draco quase cair para trás.
Logo que o ruivo estava dentro do quarto, gritou "Crucius"! e Draco caiu se contorcendo.
- Digao que fez com ela, desgraçado,! - o ruivo gritou.
- Não sei da vadia! - Draco respondeu entre dentes.
Rony foi até ele e pisou em seus pênis, oque fez o loiro se enrolar e se contorcer sentindo muitas dores, devido ao crucius e ao pisão que levara.
- Vadia é sua mãe! A Gina é tão vadia quanto a Hermione! Fala logo onde ela está! Diga, desgraçado! - Rony o puxou pelos cabelos – Fala, seu estúpido.
- Mate-me logo, Weasley, é fácil. Um Avada Kedrava termina com tudo! - o loiro respondeu baixo, ainda se sentia tonto pelas dores.
- Não! - Hermione entrou gritando no quarto – Draco, pára de provocar.
- Provocar? Hermione, esse idiota está me torturando! - dessa vez Draco gritou, embora vê-la entrar e notar que ela estava bem o fez se sentir aliviado e melhor.
- Ah, romantismo! Adoro! Tratam-se assim, então? E eu ainda pensando que não passava de sexo escravo, sou um idiota mesmo! - Rony disse sarcástico.
- Demorou para descobrir, Weasley! - Draco riu.
   Mas levou um soco no lábio que o fez sangrar e inchar instantaneamente.
- Pára, Ronald!
- Cala a boca, sua vadia. Não é isso que você é? Sempre foi uma vadia, Hermione. Uma sangue ruim de merda!
Hermione abriu a boca espantada. Nunca imaginara ver Ronald dizendo tais coisas.
- Ops. Trocando de papéis, mas não quero ser o idiota da história. Esse papel só cabe aos Weasleys! - Draco disse transferindo a fúria de Rony, que estava centrada em Hermione, para si mesmo.
- Cala a boca! - Rony gritou lançando um cruciatus ainda mais forte nele.
E foi impossível para Draco não gritar.
- Rony, não sabemos da Gina, não sabemos! - Hermione disse agoniada.
- Sim, sabem, você não sabe é mentir. E vai me dizer agora! Crucius! – Ele apontou a varinha para Hermione.
   Draco ofegou, a dor o abandonara, mas Hermione caiu se contorcendo, entre ofegos.
- Deixa-a! - ele gritou para o ruivo.
   Ronald se virou e o encarou ainda no chão. A raiva do loiro o dominou e ele começou a bater em Draco. sem dar ao loiro oportunidade de revidar. Não queria usar magia, queria que o loiro sentisse seus ossos se quebrando com os golpes que ele lhe daria. A surra levou mais de cinco minutos, enquanto Hermione ofegava com as dores da maldição Cruciatus.
- Pára, seu ruivo idiota. Se não interromper a maldição dela, ela vai enlouquecer!
- Foda-se, quero o cérebro dela frito! E você, morto! - ele disse feroz - Aliás... - ele interrompeu a maldição e deixou Draco no chão.
   Caminhou até ela, que estava respirando pesadamente, deitada de costas, seus olhos estavam cheios de lágrimas. 
- Eu a matei, Rony. Eu matei a Ginevra porque ela mereceu! - Hermione disse lentamente.
Os olhos do ruivo se abriram com espanto.
- Desgraçada! - ele xingou e levantou seu pé, atingindo-a com um chute bem forte no ventre, que a fez se encolher e gritar. - Você merece apanhar também, Hermione, como uma prostituta trouxa que apanha dos homens com quem se deita! Eu te odeio! - ele gritou e desferiu mais dois golpes que atingiram o rosto e o ventre dela.
Ela ofegou sem ar. E não viu quando Draco se levantou e se atirou sobre o ruivo. Segurou a cabeça dele firmemente e torceu o pescoço num ângulo sobrenatural. Em instantes, o ruivo tombou de lado.  O corpo caiu inerte do lado de Hermione. Draco o empurrou para longe com o pé e se abaixou próximo a ela.
- Hermione!
Ela apenas gemeu.
- Ele não vai mais machucar a gente. Vou te tirar daqui. - ele disse beijando a testa dela, que chorava sem parar.
- Não sem antes me explicar o que está havendo! - Harry disse chegando a porta.
   Hermione apenas se abraçou ainda mais a Draco.
- Rony! - ele se abaixou rápido próximo ao ruivo - Rony! - Harry não demorou muito para descobrir que o amigo-amante estava morto.
   Ele permaneceu em silêncio por alguns minutos, olhando o rosto do ruivo. Diferentemente do que Draco esperava, Harry levantou a cabeça de Rony do chão acariciou os cabelos vermelhos com carinho.
- Ron, por favor, Ron! Eu não quero ficar sem você Rony! Está vendo, Hermione? Está vendo o que você fez? Você o matou, matou nosso amigo! Mione, eu te odeio! Desprezo-te! - ele gritou com todas as suas forças e olhou-a, encontrando-a encolhida entre os braços de Draco – Seja maldita, Granger! Maldita por ter posto fim a nossa amizade dessa maneira. Que o inferno te receba, desgraçada! Nós te amávamos tanto... Tanto! Você nunca vai ser feliz com ele, sabe por quê? Esse bastardo é um maldito Malfoy! E você irá sofrer a cada dia da sua vida! - ele proferiu essas palavras enquanto Hermione ouvia entre lágrimas.
-  Harry! - ela soluçou.
- Merlin! - ele gritou em sua dor - Não morra, Ron, não! Está satisfeito agora, Malfoy? Desfez o nosso trio, destruiu nossa amizade e nossa vida! Você nos tirou Hermione, nos tirou tudo! - ele gritou descontrolado.
- Harry! - Luna entrou correndo no quarto como se o próprio Voldemort estivesse em seu encalço - Estamos sendo atacados. Comensais entraram na casa. - ela gritou aterrorizada.
E antes que pudesse se dar conta da situação, foi atingida pelas costas por um feitiço e caiu pouco a frente. Desacordada.
- Mestre, enfim o encontramos. - disse um comensal sorridente. – Ora, ora se não é o Potter! - ele disse interessando-se pela situação.
Logo mais, três comensais adentraram. E se deliciaram ao ver Potter indefeso e sozinho.
- Matem-no de uma vez! Brincar com ele pode ser perigoso. - a voz firme de Draco ecoou pela sala.
E Hermione gemeu àquele som. E ele se aproximou do ouvido dela.
- Não há mais nada que possa fazer por ele. Você pertence a mim agora! Seus amigos não existem mais. - ele disse baixo e beijou a testa dela.
Hermione desmaiou no momento seguinte, o que Draco achou bom. Assim ela não viu seu amigo se entregar à morte sem reagir, sem dizer uma palavra, apenas se apertando contra o corpo morto do Ronald Weasley.

*****
O tempo que se passou para ela foi apenas um borrão escuro, movimentos e ondas de enjôos. Só conseguiu se dar conta de que provavelmente havia aparatado. Estava deitada de costas, o suor cobria seu corpo, pôde ouvir a respiração dele próxima.
- Que bom que acordou. - ele disse com uma expressão de alívio.
Alívio que ela não compartilhou, pois sentiu seu ventre arder como brasa. A dor parecia parti-la ao meio, seu estômago revirou e ela gemeu alto.
- O que foi? - ele perguntou visivelmente preocupado.
E ela riu, apesar das lágrimas que se formavam em seus olhos.  Ofegante e com dor, ela respondeu:
- Você me disse, um dia - ela fez uma respiração profunda - que se deliciaria em me ver me contorcendo enquanto colocava para fora uma semente sua! – ela o encarou - Chegou esse dia, Draco. Mas, pelo jeito, não será tão fácil para mim me livrar dessa semente, talvez ela me leve junto...
Draco a olhou, absorto, enquanto ela gemia alto, sofrendo muitas dores.
- Você não pode estar falando sério! - ele disse pálido ao extremo.
- Acha que estou me esvaindo em sangue por causa dos pontapés de Rony? Acha que estou ferida? Sim, estou, mas há uma criança morta aqui dentro. – ela disse segurando o ventre.
E desmaiou em seguida.
- Hermione? Hermione!- ele gritou alto - Chamem uma curandeira, agora! Estúpidos, chamem rápido! – os comensais ao seu redor saíram apressados. – Hermione, Hermione! Escuta-me! - ele a sacudiu levemente e fez um feitiço para que ela acordasse.
- Oi! - ela respondeu sonolenta, estava num estado de semi-consciência.
- Escuta aqui! – Draco segurou o rosto dela - Você não pode morrer está bem? Não ainda! Você não pode morrer, eu preciso de você!
- Não é uma escolha, Malfoy. - ela disse fraca - São seus desejos...
- Não são, não! - ele quase gritou – Um escravo não vive sem seu mestre! E eu não posso e não quero viver sem você! Você é minha ama! Eu estaria perdido se você se fosse! - ele disse com lágrimas nos olhos.
- Tarde... - ela ofegou - Demais! - ela disse antes de fechar os olhos.

*****
- Três dias???
- Sim. Se a febre não ceder, ela não sobreviverá. O pequeno estava muito agarrado ao ventre da mãe. Foi covardia matá-lo dessa maneira, talvez ele leve a mãe com ele!
- Cala a boca, sua velha maluca! - Draco gritou.
Gostaria de bater na velha senhora a sua frente. Era uma bruxa pequena e feia, mas com certeza muito sábia. E se ela disse três dias, três dias seriam...

*****
Passara os três dias seguintes ao lado da cama dela, se ausentando por poucas necessidades, como comer e tomar banho. Articulou alguns planos de fuga com os comensais, mas seus planos estavam prontos... Caso ela sobrevivesse.

*****
Aquela manhã estava particularmente fria e triste. A paisagem a sua frente era tão triste como estava seu coração, que doía como se fosse morrer. Parou próximo a escada de madeira que o levava para fora. Seus olhos ardiam, mas não choraria. Não choraria por ela. Agradeceu por nenhum dos comensais estarem por perto, assim não veriam sua fraqueza.
Permaneceu muito tempo naquela posição. Triste, pensativo, inconformado. Nem o barulho da porta de madeira se abrindo o tirou de seus devaneios.
- Draco! - a voz firme e tão conhecida o fez sobressaltar-se.
- Hermione?
Ele se virou e a encontrou de pé e palida parada na soleira da porta. Ela lhe sorriu fracamente. Mas foi o suficiente para alegrar seu dia.
- Merlin! – ele caminhou até ela, notando-a ficar mole. Amparou-a e ela se agarrou a ele.
- Estou bem, só um pouco tonta ainda. - ela disse de encontro ao pescoço dele.
- Tudo que eu mais queria era minha ama de volta!
- Estou aqui e serei a única a te escravizar! - ela sorriu sapeca.
- Serei seu escravo por diversão, ama. Agora, quem será escravizada é você! – ele disse beijando o rosto dela, enquanto a rodopiava pela varanda...

          

Fim

2 comentários:

  1. josy precisa me fazer chorar por mais de meia hora? eu me apavorei, me emocionei, chorei e etc.

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  2. OMG! Josy, você é M.A.R.A.V.I.L.H.O.S.A! Adorei! A única coisa da qual eu não gostei, foi que não teve continuação. rsrsrsrsrsrs. Eu estava curiosa pra ver a Hermione provar do próprio veneno, virando escrava do Draco (mente pervertida, não é?).kkkkkkk. Mas, eu AMEI! Beijos, e parabéns!

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