Tem nada a ver

Alguém me disse que você falou, Que acha graça, que tem pena de mim... Que não me ama, e que nosso caso, Já chegou ao fim...

                 Hermione abriu a porta do seu apartamento, trajava apenas roupas intimas, mas usava um robe de seda japonesa, negro, coberto por grandes flores vermelhas, os cabelos presos num coque frouxo. Mas o robe não escondia o conjunto de lingerie em renda da cor lilás.

_O que você quer?- ela perguntou ríspida

_Você sempre atende a porta assim? – o ruivo charmoso parado na porta, disse, segurando um casaco por cima do ombro, com apenas uma mão.

 _É a minha casa, atendo como quiser!- ela disse e saiu deixando a porta aberta, parando no meio da sala. E ele a seguiu e fechou a porta atrás de si.

_Espero ser o sortudo no dia em que resolver abrir a porta nua!

_Olha Ronald, não tenho tempo! Então fala logo o que você quer!

_Porque você anda falando de mim? Então você acha graça e tem pena de mim?- ele disse e ela tremeu, pois ele dissera isso muito próximo ao ouvido dela.

_Quem te disse isso?- ela perguntou com a voz falha, denunciando a verdade.

_Então você não me ama mais? E o nosso ‘’caso’’ chegou ao fim!

_Ai ! Já que o Voldemort não acabou com aquele testa rachada, eu mesmo vou acabar com ele! Vou arrancar a língua dele!- ela falou baixo se afastando de Ronald, mais uma vez.

_Deixa o Harry fora disso!

_Fora? Eu vou arrancar os olhos dele com uma colher! Ele não tinha o direito de correr e fazer fofoca! Não esperava isso dele! Ele é meu melhor amigo!- ela disse indignada

_Sim! É meu melhor amigo também! Por isso foi me contar!

 _Ele não tinha esse direto!

_Estou cansado Hermione! –ele disse exasperado

Ao telefone não atende mais, E pra você agora tanto faz, Se é a verdade que você não quer, Responda se puder...

_Então é assim? Não vai me responder mais? Tanto faz, se transo com você ou com qualquer outra? Você não me deseja mais? Responda? - Ele disse, e a segurou num abraço pelas costas, que a fez suspirar.

           As mãos fortes enlaçaram a sua cintura, e o queixo encostou na curva de seu pescoço, e os cabelos vermelhos roçaram seus ombros.

_Me diga! Que é indiferente a isso!- ele disse e passou uma das mãos sobre os seios dela, enquanto a outra assegurava firme, a impedindo de sair do aperto forte do corpo dele. Mesmo que quisesse ela não conseguiria, sentia como se tivesse levado um choque em seus seios, e esses percorressem até seu baixo ventre. Numa corrente elétrica e atormentadora! Por que tinha que se arrepiar toda com o toque dele? Com o cheiro dele? Com as mãos dele?

 _Para Ron, você sabe que é verdade!

 _É verdade? ENTÃO ME DIGA! Vamos Hermione com todas as letras, fala pra mim que é verdade!

Quem é que liga no meio da noite e diz que está Sozinha? Quem é que nos meus braços fala que é só minha ? E chora de emoção na hora do prazer...

_Por que você me chama no meio da noite? Toda vez que tem seus desejos? Toda vez que seu corpo quer satisfação? Porque quando está comigo geme meu nome, e chora quando sente muitooooooooooooooooo prazer? - Ele dizia beijando o pescoço dela e as mãos apertando os seios, o corpo dele roçava o dela, que pode sentir a ereção contra seu traseiro.

 _Para Ron!- ela tentou dizer em vão, pois a voz saiu falha e ele tremeu.

_Parar? Por quê? Parar por quê? Se é a mim que você chama quando está sozinha? - Enquanto falava Rony abria o rob de seda, e suas mãos alcançou o triangulo delicado e macio que era coberto pela calcinha lilás. e a apertou delicadamente a fazendo gemer mais ainda;

Porque será que você não assume, que eu sou seu homem? Porque o tempo todo fala no meu nome ? Confessa que você não sabe me esquecer...

_Assume?!- ele disse com a voz rouca depois de beijar a orelha dela, o que a fez se arrepiar ainda mais.

_Ahã?- ela perguntou desorientada.

 _Assume que eu sou seu homem!

_Ah! Para!- Ela reclamou em vão.

_Assume! Hermione! Assume que eu te fiz mulher! Assume que eu sou seu único homem! O único! Assume! -  Ele dizia enquanto a moveu devagar para o sofá. Deitando-a de costas, devagar! Livrou-a de toda a roupa, enquanto ela sussurrava, totalmente entregue a ele! Ele a acariciou delicadamente, num minuto ela dizia não! No outro estava nua! Seu corpo latejando pelo toque dele. Que veio úmido! Quente! Delicioso!

Tem nada a ver... Você é quem está fugindo da verdade, Parece que tem medo da felicidade, Você diz que não, seu corpo diz que sim...

Ele se jogava dentro dela, calmamante. Sabia o quanto ela era impaciente naquela hora. E adorava torturá-la. Ela parecia pequena, frágil; parecia que poderia machucá-la, mas ela era apenas perfeita para ele! Apenas perfeita! E mesmo que sua boca murmurasse não, repetidas vezes como um mantra, seu corpo dizia exatamente aos contrário! Ele reagia ao contrário!

Quem é que nos meus braços fala que é só minha? E chora de emoção na hora do prazer... Porque será que você não assume, que eu sou seu homem?

_Diz!Mione! Diz o que eu quero ouvir! Diz o que você sabe que me deixa louco!

_Não!

_Não?- ele perguntou se movendo devagar dentro dela.

_Não faz isso Ron!- ela ronronou baixo.

_Diz!- ele exigiu.

 _Eu Hermione Jane Granger, sou sua Ronald Billius Wealey!

_Só isso?- ele zombou, e aumentou seu movimentos.

 _Sou sua! Apenas sua! Agora...para..de ..me ..torturar e.. oh! Rony! Não me faça implorar!

            Ele sorriu vitorioso. E aumentou seus movimentos se tornando selvagem como ela tanto gostava. E o climax veio no mesmo momento que ela o agarrou pelo pescoço e o apertou. Lágrimas desceram pela face da morena. Não era tristeza! Não era lágrimas de felicidade. Eram lágrimas de prazer! Minutos depois, com o suor se misturando, ele disse:

_Lágrimas de novo, Mi?! Te faço sentir tanto prazer assim?- ele disse com um sorisso provocante nos lábios.

 _Ah! Porquê eu me entrego a você? Porquê?

Se é a verdade que você não quer, Responda se puder... Quem é que liga no meio da noite e diz que está Sozinha? Porque o tempo todo fala no meu nome ? Confessa que você não sabe me esquecer...

_Porque? Deve ser por que você fala de mim o tempo todo! Deve ser por que você adora falar de mim! Adora ouvir a minha voz. Deve ser porque você nao sabe me esquecer! Confessa! Confessa que você não sabe me esquecer !

Tem nada a ver... Você é quem está fugindo da verdade, Parece que tem medo da felicidade, Você diz que não, seu corpo diz que sim...

_Cala a bocaRony! Isso não tem nada a ver! Nada!- ela dizia enqanto acariciava os cabelos vermelhos do seu homem!

_Você tem medo de que Mione? De ser feliz? Eu posso te dar tudo que você quer? Tudo!

_Eu não quero nada de você Ronald! Nada!

_Então porque faz amor comigo? Porque fica tão louca?

_Por que você me obriga!- ela quase gritou.

 _Obrigo? Você se derrete quando eu toco você!

 _Então é porque você me toca!

_Porque eu te amo! E você me ama!- ele gritou dessa vez.

_Não tem nada a ver! Ronald! Nada a ver!- ela gritou.

_Não tem nada a ver, Mione?- ele disse após se vestir rapidamente e sair pela porta visivelmente transtornado, deixando-a deitada no sofá, abraçada ao próprio corpo, dizendo sem parar:

_Não tem nada a ver! Tem nada a ver! Nada!

Tem nada a ver, A boca que me beija a mão que me apedreja, Se deita em minha cama, depois me difama... Diz que não me quer, mais vive atrás de mim...

            Dois dias se passaram. Ron havia acabado de chegar em casa, estava num bar frequentado por seus amigos. Chegara a tempo de ouvir ela falando dele. As palavras ecoavam em sua mente enquanto a via dançando com outros cara. Se mordendo de ciúmes ele resolveu voltar pra casa.

            Talvez lá pudesse esquecer aquilo que sentira ao vê-la nos braços de outro. Mas a voz dela ecoava em sua mente:

 _O Rony? Não! Imagina! A gente não tem ‘’nada’’! Ele é apenas mais um. Ele não é o homem que eu quero pa mim! É muito bom sabe?! Mas não o quero! A campanhia tocou e o tirou de seu desvaneios. E ao abrir a porta irritado, se surpreendeu:

Tem nada a ver, A boca que me beija a mão que me apedreja, Se deita em minha cama, depois me difama... Diz que não me quer, mais vive atrás de mim....

_Porque veio atrás de mim? Poderia ter continuado lá! Me difamando! - Ela o olhou enigmática.

_Poderia! Mas..prefiro estar deitada na sua cama!

 _Porque na minha? Você poderia estar na cama de qualquer idiota daquele! –ele falou ciumento

_Sim, poderia! Ele sorriu vencido.

_Então voltou é porque me ama certo?- ele perguntou esperançoso.

 _Não seja bobo Ronald! Isso não tem nada a ver! - Ela sorriu maliciosa enquanto entrava no apartamento que conhecia tão bem.

              E o beijou. Um beijo fogoso. Suas línguas se enroscando com loucura...

_Tem nada a ver!

Ele disse enquanto a carregava para a cama dele... 

Fim