Textos que podem conter conotação sexual, palavras, atos e cenas descritivas de violência e sexo. Só leia se for maior de idade.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Miedo - A fábrica de rumores




A Fábrica de Rumores

Draco estava deitado em sua cama, engalfinhando-se com a inexplicável urgência que sentia de proteger e confortar Hermione, o que ia estranhamente contra sua natural mania de fazer jogos mentais com ela.

Bom, era melhor ele se levantar e ir para aula antes que a McGonagall o viesse buscar. Ele não queria que seu paraíso negro fosse invadido por aquela velha coroca.

Levantou-se e vestiu-se apressadamente, penteou seus cabelos e escovou os dentes magicamente, antes de correr para aula. Seus colegas de classe e McGonagall olharam para porta quando ela se abriu num estrondo, quebrando o silêncio que pairava na sala enquanto os alunos faziam anotações da lousa.

_Senhor Malfoy, você está dez minutos atrasado e perturbando minha aula. E suas vestes estão ao contrário. Por favor, sente-se sem mais nenhuma palhaçada; cinco pontos a menos para Sonserina.

O loiro ajeitou as roupas antes de se sentar e começar a tomar as notas que McGonagall escrevia com a varinha. A aula passou rápido, e quando terminou, o estômago de Draco estava roncando alto, afinal não tivera tempo de tomar café da manhã. Ele desejou intensamente não ter perdido o café da manhã enquanto fazia seu caminho até as estufas para a aula de Herbologia. Antes de sua fome vinha seu terror por aquela aula. Totalmente entediante. Ele então avistou Hermione no meio de alguns estudantes que vinham em sua direção, mas, antes disso, avistou o pão doce em sua mão. Enquanto ela o mordia, Draco sentia seu estômago implorando cada vez mais alto por algo para comer. Parecia um pão de chocolate com recheio de morango, e Draco amava pães de chocolate com recheio de morango - especialmente os de sua mãe – mas qualquer um serviria naquele momento. Ele propositalmente se aproximou de Hermione enquanto ela passava ao seu lado, de modo não suspeito, e roubou o pão. Ela o olhou, confusa, e seus olhos encontraram os dele, encolhendo-se em uma mistura de medo e vergonha na medida em que os acontecimentos da noite anterior vieram à tona em sua cabeça.

_Obrigado, baby. – Ele deu um sorriso largo e se esticou para dar-lhe um selinho nos lábios rapidamente antes de seguir para as estufas: muito para sua consternação e para os observadores que esperavam pelo clássico duelo Malfoy x Granger.

No fim do dia, a escola inteira já sabia sobre Hermione Granger, a “grifinória boazinha” e Draco Malfoy, o “príncipe sonserino” e seu apaixonado affair.

***

Neville sentou-se no canto da biblioteca com Trevor, parecendo um tanto desamparado. Ele tinha ouvido os rumores sobre o trágico e proibido amor de Draco e Hermione e, sendo a pessoa auto-depreciativa que era, acreditou em todos eles. Ele se repreendeu silenciosamente, devia saber... Draco, muito mais bonito que ele; Hermione, muito inteligente e bonita... Ele não tinha nenhuma chance.

Até que Rony apareceu do seu lado.

_Hei, Neville, porque está triste? – O ruivo sentou-se ao seu lado.

_O quê você está fazendo na biblioteca, Rony? Nunca vi você por aqui antes. – Neville disse, com o coração em pedaços. O ruivo esfregou a marca de batom na gola de sua camisa e respondeu, quase seriamente:

_Ah, você sabe, estudando. Mas é sério Neville, o que você tem? Você não parece bem. – Ele persistiu, percebendo que o amigo ainda estava desanimado.

_Ah, é só que... Você sabe. Aquela história da Hermione e tal.

_O que sobre Hermione? - Rony ficou surpreso, ele  havia matado aula pra ficar se agarrando com uma menina do quinto ano da Corvinal e não estava sabendo da missa a metade, ele ainda achava que Hermione e Neville estavam se dando bem.

_Bem, aquela história dela com o Malfoy. Eles estão apaixonados… É só meio desencorajador, sabe? Eu realmente gostava dela. – Elaborou Neville, mas foi cortado por uma risada de Rony.

_Ah, Neville, sinceramente, você me mata... Cara, a gente vai ter que contar essa história para o Harry. Ele vai simplesmente se matar de rir! Merlin, isso é ótimo! Hermione e Malfoy, com certeza! – Rony ironizou enquanto limpava uma lágrima e dava um tapinha nas costas do outro. – Bom. É melhor a gente ir ou iremos nos atrasar para poções e isso não seria bom. Vamos ou Snape usara nossa pele como adorno pra sala dele. – O ruivo ajudou um Neville confuso a se levantar e ambos seguiram para as masmorras enquanto Rony ria baixinho sobre o que acabara de escutar.

***

_E então Neville disse: “ela e Malfoy estão apaixonados...” e eu quase morri de tanto gargalhar. Ah, Harry você acredita? – Harry e Rony sentaram juntos na sala de poções e estavam esperando a aula começar, já que Snape estava, pela primeira vez, atrasado. Os dois riram alto até à hora em que ele apareceu na surdina atrás deles, com uma expressão azeda estampada no rosto e disse:

_Comecem a trabalhar seus idiotas indignos. Ou querem que eu tire vinte pontos de cada um?

Harry ia responder a sua maneira, mas Rony pisou no seu pé embaixo da mesa calando-o imediatamente.

_Algum problema Potter? – Snape direcionou a pergunta ao moreno de cabelos espetados, que tentou não demonstrar sua careta de dor ao ter o pé pisoteado pelo amigo ruivo.

_Não, senhor.

_Então comece seu trabalho. – Snape disse com a voz seca.

Harry não respondeu, temendo ter o outro pé esmagado, já que Rony o olhava fixamente. Apenas direcionou um olhar de fúria ao professor que o encarou de volta. Após lançar um olhar fuzilador para Harry, Snape começou a andar pela sala, verificando os trabalhos de todos os alunos.

Hermione e Draco já estavam trabalhando silenciosamente no canto deles, ignorando os murmúrios e risadinhas constantes direcionados a eles por ambos grifinórios e sonserinos. Hermione estava completamente transtornada por causa disso, não tinha pensado que aquele beijo teria se espalhado tão rapidamente. Talvez eles soubessem dos seus jeitos pecaminosos. Mas como eles poderiam rir disso? Draco, por outro lado, estava satisfeito pelo fato de seu 'plano' estar dando tão certo. Ele tinha feito tudo o que podia para perpetuar os rumores: quando questionado por fofoqueiros de plantão ele simplesmente respondia "Hermione não quer que eu conte, mas se você não contar pra ninguém acho que não tem problema!" ou "Fica só entre nós, ela tem um beijo fantástico!".

Hermione estava ficando confusa por causa de todos estes acontecimentos. Primeiro Malfoy começa a segui-la e a assustá-la em todos os cantos, depois ele descobre sobre Don, depois finge que não sabia de nada e finge que os dois estão apaixonados; explodindo rumores escandalosos escola a fora. O que, por que, onde, quando, quem? Mas pelo menos em público ele não poderia fazer mal a ela, tudo o que tinha que fazer era evitá-lo depois das aulas. Não que ela já não estivesse tentando fazer isso. O que ele faria se a pegasse sozinha? Será que conseguiria reunir forças para enfrentá-lo?

***

Na manhã seguinte àquela noite, ela se arrependeu de tê-lo beijado e de ter contado sobre Don mais do que qualquer outra coisa. Tragada por uma onda de medo que a cegou completamente, ela estivera imersa em histeria. Era muito vulnerável para agüentar ficar perto dele. E, mais perturbador, ela percebia ondas de desejo, curiosidade e posse vindas dele, que estava ao seu lado sorrindo tipicamente e "lendo" um livro para o projeto.

Elisabeth Feldoso provara ser um grande desafio, era misteriosa e embora fosse mencionada em muitos livros, parecia que ninguém soubera muito sobre ela, especialmente sobre sua vida pessoal. Finalmente Hermione aprofundou-se na leitura do capítulo: uma lista de feitiços que Elisabeth havia criado com pequenas descrições de cada um.

A Poção dos Sonhos: uma poção que dá a quem bebe o poder de monitorar ou até controlar o sonho de certa pessoa, quando combinada com diferentes feitiços. Veja pág. 28.

Encantamento Protectoris: um encantamento de defesa que cerca quem o faz com um tipo de véu invisível o qual nada pode atravessar por 12 horas. Pode ser refeito quantas vezes for necessário, mas deve ser usado com cuidado, pois nenhuma comida ou água pode passar pelo véu: é melhor guardar um lanche no casaco.

A lista de poções, encantamentos e feitiços era infinita e Hermione estava absorta até ouvir Snape terminar a aula. Mas ela queria terminar esse capítulo, faltavam apenas alguns feitiços.

Quando ela olhou pra cima, a sala estava vazia. Porque Harry e Ron não esperaram por ela? Hermione engoliu o medo que surgiu quando ela percebeu que estava sozinha nas masmorras escuras, e agradeceu a Merlin que não havia ninguém mais na sala, em particular, Malfoy. Ela juntou seus livros, penas e anotações e os jogou dentro na bolsa de modo desorganizado, querendo sair daquela sala o mais rápido que pudesse. Ela odiava as masmorras, sempre odiou. O sentimento de estar presa ali debaixo era insuportável, e ela podia imaginar pra que elas eram usadas antigamente. Podia fechar os olhos e visualizar um homem sangrando preso a correntes, uma mulher pedindo por ajuda jogada em um daqueles cantos escuros. Ela saiu da sala arrepiada e deixou escapar um pequeno grito quando viu Malfoy encostado na parede ao lado da porta.

Ele sorriu.

_Hei, Granger. – Disse simplesmente a observando. À medida que ele a olhava sentia uma inconfundível pontada de desejo, mas pensou internamente que aquela não era a hora, afinal, não queria assustá-la. Não estava acostumado a controlar seus impulsos, e disse bruscamente, sem mais sorrir – O que te fez demorar tanto?

_Porque você está me seguindo desse jeito, e fazendo as pessoas acharem que estamos apaixonados? O que você está procurando Malfoy? Porque você não me deixa em paz? – Os olhos dela haviam ficado gelados, mas por dentro ela estava entorpecida pelo medo.

_Granger... Granger... Você é a primeira pessoa além de mim, por quem eu me interessei em anos, e eu quero explorar essa idéia. – Ele sorriu novamente, no que ele esperou que fosse de maneira amigável, mas ela se encolheu na parede logo atrás; seu semblante gelado derretendo a medida que ela ficava vermelha...

Início do Flash Back...

A figura negra que entrou na sala se mexia em sua direção, e com um suspiro de alívio que a faz perceber que só poderia ser o tio Don.

_Tio Don, o que o senhor faz aqui? – Hermione pergunta, sorrindo para ele. – É muito tarde, eu estava dormindo. - Ela sorri inocentemente quanto à idéia de estar acordada tão tarde. A menina de oito anos com voz de fada dos contos infantis não sabe a gravidade do que irá lhe acontecer.

Don senta na cama ao seu lado e lentamente sua mão trabalha debaixo das cobertas da garota.

_O que o senhor está fazendo?- ela perguntou sentindo as mãos dele tocando as suas pernas.

_Sabe? Eu não conseguia dormir. – Don falou com a voz pastosa se aproximando mais um pouco doa garotinha. – Hei, você se lembra daquele jogo que a gente jogava quando você era menor? Lembra do 'Jogo do Amigo'? – Hermione sacode a cabeça lentamente em afirmação.

_A gente pode jogar outro jogo, tio Don? – Ela pergunta hesitante.

_Sabe o que é? Eu gosto tanto desse jogo! – Diz, brincalhão, e ela sente a mão fria dele escorregar lentamente por debaixo de sua camisola de gatinhos coloridos. A outra mão ele desliza para dentro do próprio calção, segurando alguma coisa grande.

_Aqui Hermione. Vamos explorar.

 Ele pega a mão pequena e macia de Hermione e a leva na direção da própria bermuda...

Fim do flash back...



                               *******************************************

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Lutando contra o plágio:

Licença Creative Commons
A obra Romances Josy Chocolate de Jôse Luciana Ferreira foi licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição-Uso Não-Comercial-Não a obras derivadas 3.0 Unported.
Com base na obra disponível em romancesjosychocolate.blogspot.