Textos que podem conter conotação sexual, palavras, atos e cenas descritivas de violência e sexo. Só leia se for maior de idade.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Miedo - Revelação


Revelação      
                                  _Hermione! – Passos fizeram-se ouvir no corredor atrás dela, ecoando nas paredes. Ela disparou a correr, sem olhar para trás. Malditas escadas que se movem. Ela não fazia idéia de onde estava, mas sabia quem estava atrás dela: Draco.

_Hermione! – Chamou a voz novamente, exigindo que ela parasse. A palavra "obedeça" ecoou por muitas e muitas vezes em sua cabeça.

Simplesmente desista Hermione, talvez se você obedecer ele não te machuque, só pare de andar, pare”.

Seus passos vacilaram, mas ela continuou indo, diminuindo vagarosamente.

_Hermione, pare! – A voz finalmente soou um pouco brava, a tranqüilidade havia se esvaído e esse foi  o fator decisivo para Hermione. Ela para que isso ajudasse a diminuir a dor de qualquer possível ataque. Parou incertamente, mas não se virou. Os passos foram se tornando próximos até que sentiu uma mão pegar seu braço e a virar. Ela abaixou a cabeça e fechou os olhos, torcendo.

_Granger, você é surda ou coisa parecida? – Draco perguntou asperamente, soltando seu braço. – Eu gritei seu nome umas vinte vezes! – Ele pareceu quase amuado quando cruzou os braços e levantou as sobrancelhas, a observando abrir os olhos e olhar para ele hesitantemente. – O que você tem de errado, sua maluca? - Continuou.

_Desculpe-me. – Foi tudo o que ela conseguiu dizer. Ele rolou os olhos.

_Escuta, eu só queria falar sobre o nosso projeto, não te matar! – Começou Draco, entediado. – Eu conversei com Snape, e ele se recusou a trocar de pares. Então, acho que a gente vai ter que fazer juntos. É só uma pesquisa, então não vamos ter que conversar muito, eu espero. É sobre Elsabeth Fedoso, uma bruxa que foi famosa nos anos 90 por ter criado ótimos feitiços, mas que desapareceu misteriosamente aos 22 anos. Ninguém sabe o que aconteceu com ela, mas Snape quer que a gente escreva uma pequena biografia e depois levante teorias sobre o que possa ter acontecido com ela. Ele espera que nós sejamos capazes de descobrir o que aconteceu com ela, só não sei porque ele acha isso, quero dizer, nem mesmo o Ministério foi capaz de desvendar esse caso! Mas nós somos seus 'melhores alunos' então ele nos deu o projeto mais difícil. Infeliz. Draco terminou seu discurso e lançou um olhar de vingança às masmorras antes de olhar para Hermione e constatar sua reação. Ela parecia meio atordoada. O rapaz colocou um dedo em frente ao rosto dela e Hermione pulou.

_ O que foi? – Ela perguntou, parecendo não saber do que ele estava falando.

_Você tem algum problema? – Draco perguntou de modo rancoroso, sorrindo com escárnio.

         _Não, é só que... Bom, eu ouvi o que você disse, de qualquer jeito, então de que isso importa? – Hermione endireitou sua coluna ainda sem olhá-lo nos olhos.

_Oh, finalmente disse alguma coisa que parece um pouco com o que você era! A velha Granger está voltando? O que deixou te deixou daquele jeito? - ele sorriu de modo típico, se aproximando, talvez esperando por uma de suas velhas brigas, aquelas com pitadas de humor negro.

_Sua respiração? – Hermione sugeriu, levantando uma sobrancelha, finalmente olhando para o rapaz, mesmo quebrando o contato visual quase imediatamente depois. Ela ainda não estava pronta para isso.

_Oh, você conhece o cheiro da minha respiração? Achei que você não soubesse, já que é tão acostumada a cheirar o meu rabo.

_Ah, eu não poderia cheirá-lo nem se eu quisesse. Você tem muita coisa enfiada nele.

_Pelo menos eu não estou enfiado no rabo do Potter.

_Bom, isso seria um jardim de rosas pra você depois de estar no do Snape a sua vida inteira! – Draco sorriu. Hermione finalmente o tinha olhado nos olhos, e os dela estavam queimando de raiva.

Porém, Hermione estava se esquecendo com quem estava falando. Draco Malfoy não é uma pessoa de levar desaforos para casa. Aproximou-se dela, perigosamente enquanto ela recuava um passo.

_É melhor pensar no que vai dizer Granger. – Ele disse áspero. – Você nunca sabe o que pode acontecer com você em um corredor escuro com Draco Malfoy. – Ele avisou.

_Pois é, posso acabar chutando sua bunda ou coisa do gênero. – Hermione levantou uma sobrancelha e cruzou os braços em uma pose que era tipicamente dele. Ela estava tão determinada que não viu quando aconteceu. De repente, os braços dele estavam em volta dela em um aperto quase vicioso. Ela choramingou de medo e debateu-se contra ele. Draco manteve os olhos nela – que parou de se mover instantaneamente – quando ele escorregou uma mão na perna da morena em direção ao seu bolso, sentindo-a estremecer o tempo todo. E então, Draco roubou sua varinha e soltou a morena em seguida, com um sorriso zombeteiro estampado em suas feições.

_Ah, o retorno do rato. – A respiração da garota era curta quando ela o olhou com terror claramente aparente. – Assustada, Hermione?

_Por favor, não me machuque, por favor, não me machuque. – Ela implorou; uma lágrima molhando sua bochecha enquanto ela murmurava.

 Para Draco a brincadeirinha estava ficando interessante. Então continuou.

_Você não tem como se defender, eu estou com a sua varinha e ninguém pode nos ouvir neste corredor deserto. Ninguém vai vir procurar nenhum de nós, a essa hora já estaríamos dormindo. – Ele disse, gostando de ter controle sobre ela. Draco ficou em silêncio por alguns segundos e a observou cair aos seus pés. Suas pernas não conseguiam segurá-la mais de pé. Ele agachou-se ao lado dela e levantou sua cabeça com um dos dedos longos, sorrindo largamente. – Você depende completamente da minha misericórdia.

Ela balançou a cabeça.

 _Não.

Não sabia por que negava se sua mente dizia o tempo todo que sim.

_Sim. – Ela reafirmou com veemência.

_Por favor, não me machuque. Eu faço qualquer coisa. – Draco não esperava ouvir isso, mas soou como música aos seus ouvidos.

_Qualquer coisa? – Olhou pra ela com cara de quem vai aprontar alguma coisa e planeja algo infalível.

_Qualquer coisa. – Hermione choramingou. – Só não me machuque.

Desesperada, ela se precipitou para os braços do rapaz e o beijou. Era o único jeito. Pego de surpresa, Draco caiu no chão com ela sobre si, a varinha dela jogada pelo chão. Hermione levou uma das mãos ao pescoço dele e ele arfou relutantemente. Estava chocado. Ela se lançou contra ele com uma paixão inexplicável. Ela o beijava de forma sedutora. Quente. Envolvente.

Em segundos queria arrancar as roupas dela ali mesmo. Não fazia o tipo dele, era normalmente controlado, mas isso o estava levando a loucura. Então, buscando controle em algum lugar, a afastou de cima de si quase gentilmente e olhou para ela, respirando irregularmente.

_Você ficou maluca Granger? Não pode fazer isso com um Malfoy. – Ele disse calmamente, embora ainda sentisse como se as coisas girassem dentro dele.

Estava completamente perplexo com aquela garota. Lágrimas rolavam em sua face. Ele se virou a fim de ficar sobre ela e segurou seus braços acima da cabeça da garota, esticando sua própria cabeça e depositando um beijo suavemente em seus lábios.

_Abra os olhos. – Ele pediu. Lentamente ela obedeceu. – Porque fez isso?

_Só não me machuque, por favor. Eu fiz porque, assim você não me machucaria. –Sussurrou.

_Como eu te machucaria, Hermione? – Ele perguntou suavemente. Queria entender do que ela estava falando.

_Você me bateria no rosto e me jogaria no chão me chutaria e depois...

Ela se interrompeu para deixar um soluço escapar por entre os lábios. Draco estava começando a entender as coisas.

_O que mais eu faria? – Ele insistiu. Arrancaria a verdade dela nem que pra isso tivesse que enfeitiçá-la.

 _Faria eu... Satisfazer-te. – Outro soluço a acompanhou na fala.

_Satisfazer-me como? – Ele perguntou. – Droga! O que estava acontecendo? – Ele cerrou os dentes.

_Não, por favor, não... – Ela chorou, balançando sua cabeça. Lembrar ela doloroso demais.

_Eu te faria me satisfazer... – ele quase engasgou com a palavra – estuprando você, Granger? Usando seu corpo para me dar prazer? Te forçando a isso? – Ele perguntou, com a voz tensa. Ela afirmou, deixando escapar outro soluço angustiado. – Alguém já fez isso com voce? É isso que seu Tio Don faz com você?

Ela afirmou com a cabeça. Para em seguida negar desesperada.

_ Não. Não. Eu não poderia ter contado. Por favor, não conte a ele, eu faço qualquer coisa, por favor, qualquer coisa... – choramingou a morena.

No calor do momento ela o beijou de novo na tentativa de fazer com que ele acatasse suas suplicas.

Controlando-se mais uma vez, ela a deteve.

_“Foi por isso que ela me beijou... Para satisfazê-me”. - “Porra! Eu nunca bateria!” – Ele pensou enquanto saia de cima dela.

             Sentou e observou ela se curvar e agarrar os joelhos, ainda deitada. Precisava pensar.

           “Esse bastardo desgraçado, Don, tem estuprado e batido nela. É por isso que ela tem tanto medo de homens. Bosta!”

              Ele sentou Hermione ao seu lado e passou um de seus braços em volta dela.

              _Há quanto tempo ele faz isso, Granger?

             _Desde que ele veio morar com a gente. – Ela disse mais controlada. Fungou enxugando uma lágrima.

            “O homem mora com ela!” – Ele cerrou os dentes de novo.

             _E quando ele foi morar com você? – Agora que sabia o motivo, iria até o fim.

             _Oito anos atrás. – Ela se arrepiou e encostou sua cabeça no ombro dele. Ela estava exausta e com medo de Don para ter medo de Draco naquele momento. Ele apertou um pouco mais os braços ao redor dela.

          _Oito anos atras? Voce era nada mais que uma criança!Inferno menina! Como não contou isso para ninguém? Isso é um crime!- ele gritou com ela, mas depois ponderou seus gritos. -  Você precisa voltar pro seu dormitório. – Disse ele, querendo ficar sozinho para pensar no que esse encontro louco tinha revelado.

         Ele estava confuso e determinado. Não conseguia distinguir qual sentimento era mais forte.

         Foi com ela até a entrada da Grifinória, e lançou um feitiço não verbal nela, que a faria dormir em dez minutos.

          E depois, retornou às masmorras para uma noite cheia de pensamentos sobre sua Hermione. Sua, pois tinha decidido que ela seria dele.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Lutando contra o plágio:

Licença Creative Commons
A obra Romances Josy Chocolate de Jôse Luciana Ferreira foi licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição-Uso Não-Comercial-Não a obras derivadas 3.0 Unported.
Com base na obra disponível em romancesjosychocolate.blogspot.