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quarta-feira, 15 de junho de 2011

Perdida em Seus Olhos - Cap.3 - Desvendando Mistérios


Cap.3 Desvendando os Mistérios


O sol já entrava devagar atrás das colinas, e Draco se sentou na varanda para apreciar aquele espetáculo natural que há anos não parava para ver.

***
Hermione o observava de longe, ele era alto, tinha músculos bem definidos, não sabia bem como descrevê-lo. Seus lábios eram rosados e carnudos, e seus olhos! Ah! Seus olhos! Eram de um azul impressionante! O coração dela disparou, ela o conhecia através de fotografias, mas ele era ainda mais bonito pessoalmente.
Subitamente ela teve um desejo de saber como seria encostar a cabeça no peito dele e senti-lo afagar seus cabelos. Seria ele tão carinhoso como o pai? Aquele pensamento a assustou e ela afastou-se depressa sem que ele a visse.


****

Hermione preparou o jantar, mas só Gina e Luna apareceram para a refeição. Draco se surpreendeu ao vê-las, a última vez que as vira eram pouco mais que crianças, e agora eram jovens e belas.
Quando elogiou o assado, o pai se apressou em dizer:
_Eu também adoro e a Mi adora prepará-lo para mim!
_Então ela prepara o assado e não se senta conosco?
_Você se acostuma, porque ela se acostumar tá difícil!
_Deixe-a em paz Luna!- advertiu Gina.
Após o jantar o Sr. Malfoy convidou o filho à biblioteca para conversarem, mas foi Draco quem iniciou a conversa.
_Então papai, vamos ao que mais interessa, como essas crianças vieram parar aqui? Agora nem são mais crianças!- Draco se lembrou do quanto eram bonitas.
_É uma longa história meu filho! História que você nunca teve tempo de ouvir. – ele disse pesaroso, fazendo o filho se sentir culpado.
_Desculpe-me papai, no início eu achava uma loucura e não queria nem saber, eu fui muito egoísta agora vejo e fico tranqüilo por saber que o senhor não esta sozinho.
_Você tem razão, mas estou extremamente preocupado, estou velho e meu maior desejo e vê-las felizes e com alguém que cuide delas. A Gina que é a mais durona eu já consegui encaminhar. Esta comprometida com o filho de um fazendeiro.- contou orgulhoso.
_E ela gosta dele?
_Na verdade eu não sei. Mas se ela aceitou deve sentir algo. Agora a Luna acho que é só o tempo de encontrar um homem forte disposto a domar aquela ferinha - disse o Sr. Malfoy e ambos riram- Mas o verdadeiro problema está na mais velha: Hermione.
_Ela me pareceu um pouco problemática!- comentou Draco.
_Pouco? Que gentileza! - ironizou o pai. – Muito problemática! Ela é uma garota doce, e eu a adoro demais. Sabe, se eu pudesse a protegeria a vida inteira, mas como já disse estou ficando velho e quero vê-la curada e feliz!
_Porque insisti tanto em dizer que está velho?
_Olhe só no espelho! Você já é um homem feito, meu garotinho! Faz parte dos meus sonhos com certeza vê-lo constituir família. Mas tudo bem, você deve seguir seus passos. Preocupo-me mesmo com essas três garotas.
_Elas são bem crescidinhas você não acha?
_Sim, as duas são. Elas são fortes e capazes de se virarem sozinhas. Mas não a Mione, ela não. E é por isso que eu preciso de sua ajuda.
_Tudo bem ta legal! Que tal me falar sobre ela!


O Sr. Malfoy foi até uma gaveta e tirou duas bonecas e as pôs nas mãos de Draco.
_São para ela!
_Para a Hermione? – estranhou Draco
_Sim! Qual a diferença entre elas?
_Bem...- Draco observou-as - Só os olhos!
_Para a Mione isso é tudo!
_Porque? Ela brinca de bonecas? – ele perguntou interessado.
_Ela não passa de uma criança num corpo de mulher! Mas acho que podemos ajudá-la.- disse o velho se sentando.
_Bom, então me diga tudo!- pediu Draco muito atencioso.

E o pai começou a narrar os acontecimentos...

_Há treze anos atrás, houve uma chuva muito forte na região, era um temporal mesmo. Já era tarde da noite e sua mãe ouviu uma batida na porta, no início pensamos que fosse o vento, ou a nossa imaginação. Mas a sua mãe resolveu verificar e deu de cara com duas meninas chorando abraçadas implorando ajuda para a irmã que estava passando mal no celeiro. Cyssa as acolheu rapidamente, eu corri para o celeiro, ao entrar ouvi gritos, e a encontrei deitada encolhida no meio do feno. Aproximei-me e me certifiquei que era tão jovem quanto às outras, não devia ter mais que treze anos. Ela se contorcia e chorava. Quando toquei nela para examiná-la, para ver se havia alguma fratura, quase cai para trás ao notar a barriga redonda e rígida!
_Ela estava grávida?- perguntou Draco espantado.
_Prestes a dar a luz para ser exato. Filho eu fiquei apavorado. Não sei ate hoje explicar o que senti. Pena! Medo! Raiva! Ódio do homem que a tinha tocado, ela era uma criança! Eu a peguei no colo, e tentando acalmá-la, perguntei seu nome, e entre dores ela me respondeu num fio de voz que era Hermione! Quando cheguei em casa sua mãe quase desmaiou. A coloquei no quarto e sai para buscar uma parteira, sua mãe ficou com ela.
_Que loucura! E de onde vieram essas garotas? - perguntou aflito com o que ouvia.
_Eu não fazia idéia! Só sabia que duas choravam abraçadas enquanto a outra berrava no quarto sentindo as dores do parto. Era um choro de criança, uma criança com medo, assustada, eu tinha vontade de matar o homem que fizera aquilo! Aquelas foram às horas mais longas da minha vida. Sua mãe disse que em alguns momentos achou que ela morreria, mas depois de muito esforço ela conseguiu, o bebê nasceu. Mas só tiveram tempo de mostrá-la para ela uns segundos. Cyssa disse que ela tinha os olhos tão azuis como o céu, mas os fechou no momento que a mãe a olhou.
_Meu Deus!- murmurou Draco pasmo.
_Sua mãe disse que ela ficou paralisada como se nada mais existisse, apenas as lágrimas em seus olhos. Chegamos a temer pela vida dela, estava fraca e tinha perdido muito sangue. Achamos que ela não ia se recuperar. Uma semana depois ela conversou comigo e apesar da fraqueza confirmou a história das outras duas, de que viviam sozinhas há meses e que tinha na fixa de doze anos.
_Doze anos? Que situação complicada!
_Põe complicada nisso! Eu nunca vou me esquecer, nunca mesmo vou me esquecer do dia que ela me contou que um homem imundo a tinha tocado. E que ela não tinha ninguém com quem contar. Ninguém além de mim e de sua mãe.
Nesse momento Draco se comoveu com as lágrimas dos olhos do pai que continuou...
_Ela jurou que nunca homem nenhum a tocaria, e que eu seria o único homem a quem ela ouviria, porque só eu a tinha ajudado. E por isso era o único digno de me aproximar dela. Apartir desse dia eu e sua mãe decidimos que se não pudéssemos entregá-las as suas próprias famílias, eram não ficariam desamparadas. E que seríamos a família delas.
_Não pensaram em entregá-las a justiça?
_De que adiantaria filho? Eles iam fazer o quê? Jogá-las num orfanato? Separar as três? Colando cada uma numa família? Eu não poderia deixar.
_Entendo.
_Mas a sua mãe se foi, e eu fiquei sozinho para cuidar delas, eu queria tanto vê-las bem, mas a Mione insisti nessa promessa.
_Mas também não é para menos. O que ela passou foi realmente perturbador!
_Foi sua mãe quem notou que algo estava errado.
_Como?
_Naquele natal as presenteamos com bonecas! E a da Mione desapareceu logo no primeiro dia, e as coincidências continuaram. Arrumando as gavetas sua mãe encontrou a roupinhas das bonecas sumidas. E passando por acaso perto de onde enterramos o bebê notei a terra remexida em volta das flores que a própria Mione havia plantado. A pequena sepultura estava intacta, mas curioso resolvi verificar aquelas terra, e descobri para meu espanto, que as bonecas estavam enterradas ali. Somente enroladas em panos como havíamos enterrado a filha dela.
_Eu nem sei o que dizer!!!
_Não diga nada porque ainda não terminei. Ela começou a se isolar de uma maneira impressionante, tinha medo de tudo e de todos os homens, as crises nervosas ficaram cada vez mais freqüentes. Ela tentou se suicidar algumas vezes, a mantínhamos em constante vigilância. E as crises são freqüentes até hoje. Conseguimos controlar os impulsos suicidas com antidepressivos. Mas ela ainda tem o hábito de enterrar qualquer boneca de olhos azuis que apareça nessa casa. Ah filho minha cabeça esta doendo, me lembrar disso tudo me deixa atordoado, mas, por favor, ajude-a a superar isso. Eu preciso vê-la curada. Boa noite!- disse o Sr. Malfoy transtornado e saiu.
Draco estava atônito com aquela história toda, sua mente absorvia tudo calmamente, ele andou um pouco pela sala, e colocou as bonecas sobre mesa e sentou numa cadeira no canto da biblioteca. Não conseguiria dormir, se fosse para a cama era capaz de ter pesadelos com aquela história traumatizante.

*****************************************************

Já era tarde da noite, Draco começava a cochilar sentado na escuridão da sala quando ouviu passos...
A porta se abriu e Hermione entrou pé ante pé, pela claridade vinda do corredor ele pode vê-la. Estava descalça e usava apenas uma fina camisola de malha com estampas infantis.
Seus seios eram grandes e os mamilos proeminentes o fizeram prender a respiração, a camisola curta deixava a mostra grande parte das coxas roliças e morenas. Os lábios dela se curvaram num sorriso de pura alegria quando ela pegou a primeira boneca. Mas Draco pode ver a sombra escura que apareceu nos olhos dela ao ver a de olhos azuis.
Ela beijou a boneca de olhos azuis e começou a despi-la. Com passos lentos Draco caminhou na escuridão sem que ela percebesse e parou ao lado.
O perfume dela era suave, e lembrava a vida no campo, ele fez com que sua voz soasse o mais suave possível.

_Olá Hermione!

Hermione se virou de repente e a única coisa que pode ver foi àqueles grandes olhos azuis...
O ar lhe faltou, ela não conseguiu gritar, nem correr, só tinha medo. Draco vendo-a tão pálida se arrependeu de tê-la assustado, não era aquela sua intenção.
Ela estava paralisada o olhando bem nos olhos como se estivesse vendo um demônio... Preocupado com a reação dela, tocou-lhe as mãos carinhosamente:
_Hermione, me desculpe, eu não pretendia assustá-la.

Maldito foi o impulso de tocá-la, o coração dela batia tão descompassado que teve a impressão de ouvir tambores ao longe. Ela estava pálida, muito pálida e tremia muito, seus olhos castanhos estavam cheios de pavor e as lágrimas começavam a surgir quando ela fechou os olhos e caiu desacordada ...
Num impulso ele a amparou. Com ela totalmente desacordada nos braços ele chamou preocupado.
_Hermione... Hermione...
Ele chamava em vão enquanto a carregava até o sofá e a deitou com cuidado.
Draco a observava e se amaldiçoava por ter sido tão estúpido e imprudente a assustando daquela maneira. Acariciando os pulsos dela ele dizia para si mesmo que a ajudaria a sair daquele mundo triste.
E a transformaria numa mulher capaz de encontrar a felicidade que existia dentro de si mesma. Os olhos dele estavam sobre as mãos pequenas e frágeis e nem percebeu que ela tinha recobrado os sentidos e o observava. Logo que percebeu, disse:
_Você está bem? Eu só quero te ajudar.
Mas Hermione parecia não ouvi-lo, se sentou no sofá se livrando das mãos dele, começando a chorar.
_Calma, Hermione!
Ela apenas começou a balançar o corpo para frente e para trás, num gesto nervoso e neurótico. Os soluços se tornaram mais altos, até que ela estive gritando.
Ela gritava descontroladamente, estava apavorada.
Logo Gina e Luna entraram na sala.
_O que houve? – Gina disse impetuosa como sempre.
_Eu a assustei. – Draco disse baixo e tímido.
_Mione calma! – pediu Luna tentando abraçar a irmã que estava pálida e chorava ainda aos gritos alucinados.
_Hermione, estou aqui e vou cuidar de você! Mione você não está sozinha! Mione me escuta!
Mas ela não ouvia o apelo das irmãs, que faziam de tudo para controlá-la.
_Draco, sai daqui! Anda! Você está a assustando! Ela está com medo de você! Sai! – Gina disse como se estivesse brava. E Draco entendeu que era verdade e saiu depressa.
Ficou na penumbra da sala, e viu as duas a levando para o quarto...

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Na escuridão do seu quarto, Hermione tentava esquecer aqueles olhos azuis, e a doçura da voz dele...
Fora um homem com aqueles olhos azuis que tinha feito mal para ela, e ela não conseguia entender seu coração, precisava fugir daquela sensação de carinho que a invadia...

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N/A: Capitulo tenso! Mas espero que vcs tenham assimilado o Drama, srsrsr Não se preocupem, as Nc’s virão. Paciência. E a historia vai se tornar mais leve e alegre! Beijo e cheiro de chocolate!

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