Textos que podem conter conotação sexual, palavras, atos e cenas descritivas de violência e sexo. Só leia se for maior de idade.

sábado, 3 de setembro de 2011

Miedo 19 - Uma noite confusa




Uma Noite Confusa


_Oi. – Ela sussurrou suavemente. Draco abriu os olhos rapidamente e olhou para Hermione.

_Oi. Você está bem? – Ele perguntou aflito. – Entende o que estou dizendo? – Draco perguntou passando as mãos nos olhos para aliviar sua visão turva.

Ele estava a seu lado durante os últimos dois dias, e agora não sabia por que esperava a sanidade de Hermione voltar. Ela havia acordado poucas vezes nesse período. Apenas para ir ao banheiro tomar banho com a ajuda da doutora e trocar a camisola que sempre ficava banhada de suor quando a febre aumentava. Draco mandara Henry comprar algumas parecidas com as que a mãe usava.

Sua saúde física foi um progresso constante para a médica. Hermione se recuperou bem rápido dos ferimentos, mas o seu estado mental manteve-se inalterado.

_Sim. – Ela sorriu fracamente. – Você me salvou, obrigado. – Draco olhou-a desconfiado.

_Quem sou eu?

_Malfoy. Draco Malfoy. – Ela respondeu totalmente segura do que dizia.

_Onde nós estamos? – Ele continuou o teste.

_Em uma cama. E, a julgar pelas cores, acredito que estamos na Mansão Malfoy, ou na casa de Snape... Malfoy... Você realmente está falando comigo? – Draco sorriu enquanto olhava para ela, um pouco chocado e um pouco tonto de seu despertar.

_Eu pensei que você não quisesse vir... Eu pensei que você queria ficar com Don. Mas que bom que está aqui... – Ele sorriu, mas ficou sério de repente. – Você quase morreu Hermione. – Ela balançou a cabeça e passou uma sombra em seu rosto magro.

_Onde ele está? – Ela perguntou, sabendo que Draco iria entender o que ela queria dizer.

_Eu não sei. Ele não estava lá quando eu fui buscar você.

_Espero que ele esteja bem. – Ela se virou de costas, olhando preocupada. Draco se sentou e olhou para ela com raiva.

Como ela podia estar preocupada com aquele cretino, sabendo o que ele fez com ela durante todo esse tempo?

_E eu espero que ele esteja apodrecendo em uma cova rasa! – Ele disse seco. – Você quase morreu Hermione. Tudo por causa daquele crápula e você ainda se preocupa? – Ele perguntou nervoso.

_Ele não quis fazer aquilo. Ele só estava fazendo aquilo para o meu próprio bem. -Hermione explicou pacientemente tentando achar um jeito de escorregar para a fora da cama.

_Seu próprio bem? – Draco perguntou, arrastando-a incrédulo para o lugar. Pôs a mão na testa dela para medir a temperatura... Ela ainda devia estar febril.

_Para me punir por meus pecados! Para curar-me deles.

_Hermione, você é um anjo. Nunca fez nada de errado em sua vida, exceto, talvez, fazer amizade com os dois burros que são Potter e Weasley. E me dar um soco no terceiro ano, mas fora isso...

_Você não entende. Eu sou mau. – Ela disse como se explicasse a uma criança que se colocasse a mão no fogo ela poderia se queimar. – Você não deve ir à igreja com muita freqüência, não é mesmo? Eu só sirvo para seduzir os homens e destruí-los, porque eu sou uma criatura de satanás.

_Quem lhe disse isso?

_Don. Mas eu já sabia disso. Ele só estava tentando...

_Tentando manipular você, Hermione. Ele estava fazendo um jogo psicológico e doente com você. Ele é responsável por todas as suas ações próprias, você não tem nada a ver com isso. É assim com todos os outros homens do planeta. Como uma menina de oito anos de idade pode seduzir um homem? – Ele perguntou incrédulo, tentando fazê-la entender que ela não tinha culpa. – E, se satanás não existe, com certeza pessoas como Hitler e Voldemort fazem muito bem esse papel.

Hermione o olhou confusa.

_Você acredita nisso? – Ela perguntou fracamente, bocejando quando o olhou na semi-escuridão.

Ela parecia mais calma do que quando acordou. Aos poucos o diálogo entre eles foi tomando um rumo em que só Draco falava. Com cuidado foi fazendo ela se acomodar novamente nos travesseiros.

_Com todo o meu coração. – Draco disse fervorosamente. Ela abriu a boca para dizer alguma coisa, mas estava adormecida antes que conseguisse.

***
A convalescença foi lenta e dolorosa. Dra. Wink insistiu que era normal, e mesmo depois de alguns dias, Hermione ainda não tinha sido autorizada a sair da cama.

Eles teriam que voltar para Hogwarts no dia 03 de janeiro. Será que até lá ela estaria bem para voltar a ter contato com os outros alunos da escola?

Hermione escutou com muita atenção. Draco tinha saído para jogar Quadribol e Dr. Wink estava visitando um outro paciente. Ela não ouviu nenhum ruído. Tirou as cobertas de cima das pernas e colocou os pés no chão frio do quarto do sonserino. Ela se levantou, estava um pouco zonza e teve a sensação de que todo o sangue subia para a cabeça. Usando a parede como apoio, ela fez o caminho até a porta e abriu-a. Não havia sinal de ninguém, para sua sorte infinita. Ela seguiu pelo corredor e abriu a primeira porta que viu. Felizmente, ela havia achado o paraíso da leitura. A biblioteca dos Malfoy era maior que a de Hogwarts...! As coisas estavam indo muito bem. Seguiu até a estante e conseguiu (no que ela considerou um ato divino) o seu livro favorito.

_Hogwarts: Uma História! – Ela exclamou, entusiasmada, apenas para descobrir que estava fora de seu alcance. Ela franziu a testa e puxou um banquinho para perto da estante, subindo nele para alcançar o livro. Agarrou-o e de repente sentiu-se fraca. Ela encostou-se à estante para se apoiar. Com esforço manteve-se em cima do banquinho. Ela ouviu uma voz limpa atrás dela, e virou-se para dar de cara com Draco e seus olhos cinzentos de tempestade.

_O que você está fazendo? Você deveria estar na cama! – Ele criticou, distraído por suas pernas nuas cobertas de algumas marcas vermelhas. Marcas da surra de cinto que ela havia levado de Don. A camisola branca e curta deixou as marcas que aos poucos iam desaparecendo, visíveis. Sem pensar, ele estendeu a mão e traçou o arco ao longo da parte traseira de sua panturrilha.

Hermione se surpreendeu com o toque e num momento de desequilíbrio, ela escorregou do banco. Agindo rápido, Draco a amparou com os braços. Sem planejar a situação Draco teve o rosto de Hermione muito próximo ao seu. E isso o deixou desconfortável. Ele sentiu o cheiro dela e a boca tão próxima o fez querer beijá-la outra vez. A voz dela afastou esse pensamento perturbador.

_Desculpe. – Ela murmurou, olhando dentro dos olhos dele.

_Você poderia ter se machucado – Ele disse seco.

Malfoy olhou para ela por um momento antes de pega-la nos braços e levar de volta para seu quarto. Ele a deitou suavemente na cama, ordenando que ela não saísse mais de lá sem autorização. Saiu do quarto as pressas antes que Hermione tivesse a chance de perguntar sobre sua mudança de humor.

A próxima vez que ela tentou se aventurar fora do quarto, foi recebida pelo semblante severo de Henry, que seguramente informou-lhe que era seu dever, garantir que ela não deixasse o aposento.

Felizmente, no dia seguinte, Dr. Wink proclamou a “liberdade” de Hermione. Ela já podia passear, apenas com a recomendação que não sofresse emoções muito fortes por pelo menos dois dias. A médica disse que seu "trabalho” ali estava terminado, e que Hermione, teria apenas que continuar a tomar suas vitaminas, e manter-se longe daquele homem. Era melhor que ela ficasse perto do Malfoy, Anna aconselhou sabiamente, ganhando-lhe um sorriso amigável de sua jovem paciente.

***

Hermione não tinha visto Draco desde o dia anterior. Mas agora ela estava decidida a encontrá-lo. Levantou calmamente, colocou o roupão e os chinelos, e com calma caminhou pelo corredor, ignorando o olhar furioso de desaprovação de Henry. Ela abriu todas as portas por qual passou, até chegar a ultima. Abriu-a sem cerimônia. Deparou-se com o semblante surpreso de Draco. Ele estava sentado sobre o que presumivelmente era cama de um dos quartos de hóspedes, vestindo trajes de Quadribol e retirando suas meias.

_Desculpe-me, você nunca ouviu falar em bater? O que você está fazendo fora do seu quarto? Onde está Henry? – Draco olhou para ela com desconfiança. Hermione sorriu pretensiosa.

_Ordens da doutora... Eu devo fazer algum exercício Mestre. – Ele fechou a cara. – Temos que começar a fazer o projeto sobre Elisabeth Fedoso. – Draco ficou vermelho.

_Hã, por falar nisso, Hermione... a coisa é que, eu... Bem desde que você ficou naquele estado.. – Ele achou dificuldade para explicar. – Eu terminei o trabalho sem você...

_O QUÊ? – ela gritou escandalizada. – DRACO! Temos de trabalhar juntos, eu quero vê-lo, provavelmente está terrível...

_Ouça Hermione, eu descobri algumas coisas sobre Elisabeth, e eu... Eu terminei o projeto. Você esteve doente e eu não poderia sobrecarregá-la. O assunto está encerrado. – Ele olhou para ela com firmeza.

Hermione teria argumentado se ela não tivesse, de repente sentindo-se muito mau. Ela virou-se para longe dele, tropeçando um pouco e apoiando-se na parte externa de sua porta. Ela dobrou, segurando os joelhos. Draco agarrou seu cotovelo em um segundo.

_Você está bem? – Ele perguntou preocupado. Ela assentiu com a cabeça, impaciente, afastando-o quando se endireitou.

_Eu quero descer. – Hermione falou antes de se virar para as escadas.

Draco revirou os olhos e agarrou o braço dela, determinado, pelo menos, a acompanhá-la até a parte inferior da mansão. Não seria nada bom vê-la cair pela escadaria de mármore, e quebrar seu lindo pescoço.

Ela ficou sentada no sofá até serem avisados que o jantar estava sendo servido.

***

Com a ajuda de uma elfa, ela se arrumou e se vestiu antes da refeição.
Ela jantou com ele na mesa da sala de jantar naquela noite. Sua mala tinha sido finalmente colocada no quarto dela, e ela estava usando o seu próprio vestuário. Ela não tinha caprichado em sua roupa. Mas achou que a calça preta e a babylook vermelha que ganhara de seu pai ficaram muito bem. Os cabelos ela insistiu com em fazer o famoso coque que faria McGonagal morrer de inveja.

Draco sentou-se na outra ponta da mesa, servindo-se de empadão de carne.

Olhou o fogo crepitando na lareira. Ultimamente aquilo parecia ser o seu passatempo favorito.

_Como está o mau humor? – Hermione perguntou, tomando um gole de suco para engolir uma de suas inúmeras vitaminas e suplementos minerais.

_Eu não estou de mau humor. – Draco disse, fechando o semblante para ela.

Ela apenas levantou as sobrancelhas, fazendo-o perceber que estava realmente de mau humor.

Eles ficaram se encarando por um momento, até ver Hermione sorrir e quando percebeu já estava rindo junto com ela. Mas assim como começou, Draco parou abruptamente. Um assunto importante o incomodava à alguns dias. Desde que percebera que ela já estava melhorando.

_Hermione, o que você vai fazer... – ele se sentia desconfortável em tocar no nome daquele homem, mas era necessário. – Com Don? – Ele perguntou, olhando para ela.

_O que você quer dizer? – Sua voz era fria e os olhos tentavam esconder o medo que ela
 sentia, sem sucesso.

_Bem, você não pode simplesmente agir... Como se nada tivesse acontecido. Você não pode voltar para casa, enquanto ele estiver lá.

_Bem, é isso que eu pretendo, durante as férias de primavera. – Draco revirou os olhos e olhou para o lado, encarando o fogo.

Não havia nenhum ponto a ser discutido com ela. Principalmente quando não se podia lutar com anos de lavagem cerebral. Mas ele decidiu que iria tentar enquanto tivesse forças para isso. Não desistiria.

***


Hermione acordou em pânico. Ela tivera pesadelos. Por que os elfos domésticos haviam apagado as luzes quando ela adormecera? Desde que tinha sido presa no porão, tinha um medo terrível do escuro.

Ela se sentou na cama, olhando em volta inutilmente. Ela não conseguia ver nada. Ela puxou as cobertas até o queixo, imaginando o que poderia fazer. Com toda aquela escuridão não encontraria seu malão. E sua varinha guardada há dias dentro dele não conseguiria sair com um feitiço convocatório, pois este estava bem fechado. Imediatamente pensou em Draco. Ultimamente, sempre que ela estava com problemas, ou chateada, ele imediatamente vinha à sua mente. Ela admitiu para si mesma que tinha chegado ao ponto de depositar toda sua confiança nele. Na verdade percebera isso desde que ela chegou à mansão. Draco havia sido infalivelmente gentil e atencioso com ela.

Ela ouviu um barulho no quarto. Tinha certeza disso. Havia algo se aproximando, para perto da cama... Indo direto para ela.

Ela já podia imaginar que alguém tocaria nela a qualquer momento...

Levou a mão a boca, tapando-a com força. Era tudo o que ela poderia fazer para abafar seu grito. Ela tentou regular a respiração, mas cada vez que respirava – ou tentava – ficava mais difícil fazer o ar circular por seus pulmões. Uma lágrima escorreu por seu rosto enquanto ela ouvia os ruídos cada vez mais perto.

Ela estremeceu com repulsa ao pensamento do que poderia estar escondido no escuro. Ela se sentiu tão sozinha, mas sabia que havia algo a mais com ela... De repente uma luz surgiu, vinda do corredor, quando a porta se abriu e uma madeixa de cabelo louro prateado apareceu.

_Draco...? – Ela chamou desesperadamente.

Ele olhou para ela na escuridão e veio rápido até onde ela estava encolhida, mexendo no abajur para acendê-lo. Sentou-se ao lado dela e passou os braços em volta de seu corpo.

Ela soluçava baixinho.

_O quê? Você está bem? Qual é o problema? – Ele perguntou preocupado por vê-la chorar.

_ Eu tive alguns pesadelos, e quando acordei estava tudo escuro. Eu estava tão assustada. Pensei que havia ratos aqui. Ou que Don estivesse aqui me vigiando... – Ela olhou para ele, mordendo o lábio. Pensar em Dom a fez estremecer.

 Draco pacientemente verificou o quarto a procura de intrusos, mas para seu alívio, não encontrou ninguém.

_Estou contente por ter vindo ver como você estava. Você poderia ter ficado a noite toda desse jeito. Não se preocupe, vou ter uma palavra com os elfos domésticos. Pedir a eles que deixem à luz do seu quarto, acesas. – Draco sorriu limpando as lágrimas do rosto dela. – Agora pode voltar a dormir sossegada.

Com cuidado ele pôs a mão no ombro dela, empurrando-a levemente para trás, assim que ela estava devidamente acomodada na cama, Draco puxou as cobertas em volta dela. Mas tão logo ele terminou, ela puxou impacientemente os braços novamente. Antes que ele tivesse a chance de protestar, Hermione erguera o corpo, e com os braços em torno de seu pescoço, o trouxe para um suave e ao mesmo tempo quente, beijo apaixonado. Draco estava tão surpreso que respondeu por um momento antes de se mover com relutância e olhar para ela com fúria.

_Lembra do que eu te disse? – Ele praticamente gritou mais irritado consigo mesmo do que com ela. Queria tanto fazer aquilo outra vez, que quase perdeu o controle sobre seus atos. – Você não é obrigada a me beijar a menos que você queira! E realmente me incomoda o fato de... O importante é que não deve me beijar... – Draco lutou com as palavras para expressar sua frustração.

Ela era tão linda, e talvez por algum motivo desconhecido da parte dela, insistia em provocá-lo daquela maneira. Com beijos inocentes que faziam sue corpo esquentar de uma maneira desconhecida. Era um calor mais forte do que as outras garotas provocavam nele. Mas ele sabia que ela não iria entender isso.

Ele olhou para ela e se irritado ainda mais ao vê-la sorrir.

Maldito sorriso encantador. Por que eu tive que fazer os dentes dela crescerem um dia. Se eu não tivesse lançado um feitiço neles, hoje ela ainda estaria com aqueles dois abridores de lata na boca e eu não desejaria escorregar minha língua entre eles e provar o gosto da boca dela. – Ele pensou desamparado.

_Eu estou falando sério! – Ele disse exasperado. Tentou impor uma raiva que realmente não sentia.

_Draco, eu lembrei do que você disse. – Ela falou baixinho. Draco olhou para ela por um momento, sem entender o que significava, mas de repente ficou claro para ele. Seus olhos se arregalaram e ele levantou-se bruscamente, caminhando para o outro lado do quarto antes que se virasse para encará-la.

_Hermione... – Ele começou incerto do que iria dizer, mas ela o interrompeu.

_Eu quero você. – Hermione falou sem rodeios. – Você é a primeira pessoa que eu sempre quis. Eu ... Eu sei que esses sentimentos são errados. Você é meu dono. E na condição de escrava, não devo alimentar tais sentimentos, mas... Eu sinto muito. Hermione corou e desviou os olhos.

Mérlim! Porque abrira a boca?  O que ele poderia pensar? Dissera a ele que servia apenas para seduzir os homens, e agora estava ali, pondo em pratica o que dissera. Seria mais fácil se tivesse ficado com a boca bem fechada. Mas a paz que ele transmitiu ao confortá-la a deixou segura. Igual ao um recém nascido que tem o primeiro contato com a mãe ainda na sala de parto.

_Hermione! Esses sentimentos não estão errados. Eles são naturais. Você não tem nenhuma razão para se envergonhar... Você está confusa e não entende o que está fazendo... Eu não sou bom para você, Hermione. – Draco balançou a cabeça, sentando na cama novamente e encontrando os olhos dela.


_Você acha que eu sou feia? – Ela perguntou, mordendo os lábios novamente. Draco assistiu mais uma vez aquela inocente provocação, e por um instante, quase se perdeu. Recuperou seus sentidos imediatamente.

_ Feia? – Ele riu. – Você deve ser... Não. Você é uma das garotas mais lindas que eu conheço. E olha que Hogwarts tem muitas garotas bonitas. – Draco levantou o queixo dela, fazendo com que ela o encarasse. – Angelina, Cho, Gina, Pansy, Esmeé, e tantas outras são muito lindas, mas você... Bem... Você não é só linda aqui – ele tocou o rosto dela delicadamente, afastando uma mecha de cabelo e deixando a luz dourada do abajur iluminar sua face – mas também é linda aqui. – Com leveza ele apoiou a ponta dos dedos na caixa torácica dela indicando o coração.

Como ela não disse nada ele continuou.

_Hermione, confie em mim. Essas meninas são todas muito bonitas. – Ela suspirou deixando a cabeça cair. – Mas eu lhe garanto... Você é uma deusa.... Naquela noite, quando estávamos no trem, eu assisti você dormir por tanto tempo... E acredite... Você é incrível, divina. Honesta. E se misturar com um sonserino de coração negro é torcer para morrer mais cedo. – Ele sorriu desanimado.

Hermione olhou para ele por um longo tempo antes assentindo ligeiramente, pelo menos, aceitaria a sua sinceridade, se não as suas palavras como fatos.

Hermione ergueu o olhar decidida. Deixaria os arrependimentos para depois. Ela arrastou a última coberta do colo, e se aproximou dele.

A camisola rosa claro, com o desenho de flores na barra ficou curta à medida que ela o ijama de s de pijama de Natal.depois.caixa tormecha de cabelo e deixando a luz dourada do abajur iluminar seu derrubava na cama, e se postava por cima dele. Seu rosto tentadoramente se aproximou do dele.

_O que esta fazendo? – Ele sussurrou fixando o olhar nos lábios dela.

_Estou tentando agradecer por ter salvado minha vida mestre. – Ela falou séria.

_ Você já me agradeceu quando entrei aqui. Alias você já me agradeceu muitas vezes.

_Eu sei. Mas acho que minhas palavras não são o suficiente para expressar a minha verdadeira gratidão.

_Hermione eu acho que isso não é...

O restante da frase foi esquecido em segundos, pois Hermione o calara com um beijo.

Draco desejava fazer isso há muito tempo, por isso a idéia de não retribuir nem passou por sua cabeça. Com cuidado ele a virou na cama e á apertando um pouco contra o colchão aprofundou o beijo. Ele foi delicado, porem intenso. Deslizou a mão pela lateral do corpo dela apertando em alguns lugares. Ela resfolegou, quando a sentiu segurar em seu quadril com força.

Percebendo que ela se assustara ele se sustentou nos braços rapidamente.

_Desculpe eu não queria te assustar. – Ele desculpou-se. Sabia que não seria fácil para qualquer homem tocar em Hermione sem que ela achasse que fosse o crápula do tio. – Acho melhor eu ir para meu quarto. – Se ajoelhou na cama, ficando no meio das pernas dela.

Hermione erguera-se na cama e o agarrara pela camisa.

_Espere, por favor. – Seus olhos e suas palavras eram mais do que um pedido. Eram uma súplica. – Não vai, não.

_Hermione eu... – Mas uma vez ela o interrompera.

_Por favor, mestre. Ensine-me a não ter mais medo. Mostre-me como é fazer sem sentir dor – enquanto implorava, Draco se aproximava cada vez mais do rosto dela à medida que ela puxava seu corpo para baixo através da sua camisa. – Por favor. Por favor. Por favor...

As ultimas palavras saíram quase inaudíveis, pois Draco as abafara com os próprios lábios. Ele beijou Hermione sofregamente enquanto ela continuava a arrastá-lo para cima dela à medida que voltava a deitar na cama.

Draco sabia que dessa vez não conseguiria se deter. Seu corpo mais uma vez queimou, e a vontade de arrancar suas roupas se fez presente.

Com cuidado ele pressionou o corpo ao dela. Sua boca era macia e ele queria sugar cada partícula do gosto. Só beijar a boca dela não estava sendo o suficiente. Teria que descobrir mais. Com delicadeza ele afastou a alça da camisola e beijou toda a extensão dos ombros dela. Passou pelo pescoço e alcançou o outro lado.

Sentiu Hermione entrelaçar os dedos trêmulos em seus cabelos e depois deslizar por seus ombros. Estava inseguro. E se ela estivesse o deixando fazer isso apenas por que estava com medo do que ele pudesse fazer para machucá-la?

Draco ergueu a cabeça e fitou o rosto dela. Seu peito subia e descia numa respiração descompassada. O dela se encontrava no mesmo estado.

_Eu posso parar se você não tiver certeza...

_Não. – Ela disse um decibel acima no normal. – Quero dizer... Não pare. Eu quero fazer isso. Quero que me ensine a não ter mais medo.

Draco olhou bem no fundo de seus olhos e percebeu que ela transmitia a certeza com muita clareza. Suas palavras eram tão seguras que ele não teve mais duvidas. 

Voltou a beijá-la na boca e se perdeu por ali por pouco tempo. Pois ele queria sentir tudo que o corpo dela tinha para oferecer.

Desceu os lábios pelo colo dela até entre os seios. Beijou o local por cima da roupa mesmo.

Fez ela se sentar na cama e com cuidado, ajudou-a a retirar a camisola.

Viu o rosto dela se enrubescer mais enquanto ela desviava o olhar.

Ele a admirou por instantes, antes de se abaixar e beija-la novamente.

Sentiu o corpo dela tremer quando se deitou por cima dela, mas dessa vez ele não conseguiria parar se ela o repelisse.

Draco desceu mais uma vez a trilha de beijos pelo corpo dela, até alcançar os seios, sentiu Hermione endurecer o corpo. Foi como se ela congelasse para que ele não pudesse continuar. Suas palavras eram de pura certeza assim como o brilho de seus olhos, mas fazer e deixar o ato acontecer estava sendo mais difícil do que ambos podiam imaginar.

Ela continuava com medo. Por mais que tivesse pedido que ele a ensinasse a se livrar desse sentimento, seus pensamentos e receios a impediam de sentir-se livre.

Cabia a Draco fazer ela perceber que o ato de amar era muito mais do que um corpo invadindo o outro.

Por mais que ele estivesse desesperado para senti-la o envolver, ele queria mostrar a ela que ela também poderia sentir prazer.

Mesmo preocupada com que Draco pudesse fazer, Hermione nem imaginou repeli-lo. E se ele se tornasse violento? E se ele a forçasse a fazer o que queria? Ela estava com medo e se odiando por ter se insinuado.

Se tivesse ido dormir na hora que ele falou, nada disso estaria acontecendo.

Agora era tarde para mandá-lo ir embora. Ela já estava quase nua e ele se desnudando.

Pelo canto do olho o viu retirar a camisa. A barriga toda definida a fez segurar a respiração por um milésimo de segundo. Ele era tão diferente de seu tio. Fazia tudo com tanto cuidado que até estava achando estranha toda aquela delicadeza para com ela. Sempre fizera isso debaixo de pancadas e ponta pés, que por um instante se sentiu relaxada.

Mas seu corpo retesou quando o sentiu se deitar por cima de si novamente. Agora ele estava todo nu e percebendo a resistência dela, Draco tratou de acalmá-la.

_Relaxe minha querida – ele sussurrou no ouvido dela. – Não vou machucar você. Apenas relaxe. – Beijou-lhe a curva do pescoço na tentativa de acalma-la.

Só ai ela percebeu que estava completamente tensa.

Draco a beijou brevemente nos lábios e desceu por seu corpo até a barra da calcinha. Hermione afundou o quadril no colchão e tentou se levantar, mas Draco se ergueu rapidamente e apoiou a mão no seu tórax a impedindo.

_Calma. Não precisa se assustar. Sei que vai gostar disso, apenas relaxe e curta a sensação.

Sem mais querer perder tempo Draco retirou a ultima peça de roupa que ela vestia e se perdeu na carne macia entre suas coxas.

Hermione tremeu ao sentir ele lhe tocar daquela forma tão inusitada. Não que Don nunca havia feito aquilo com ela. Mas é que o toque dele era rude e a machuva, sempre.. sempre era dor e descorforto, até mesmo noojo, mas isso era diferente. Existia muita  diferença para a violência que sofria quase todas as noites.

Mas aquilo que Draco fazia naquele momento não podia nem de longe se passar por violência. Era uma espécie de carinho. Um carinho que a estava fazendo desejar mais.

Sua garganta liberou um gemido quando Draco enfiou a língua em seu interior e ela se espantou por ter gostado. Nunca imaginou que pudesse sentir algo bom com um gesto assim. Draco continuou as carícias e a cada gesto se deliciava mais por ver Hermione gemer de prazer e não de dor.

Ela agarrou os lençóis com força quando seu corpo todo tremeu. Sua boca se abriu e seus olhos se fecharam diante da mágica realizada por Draco. Como alguém poderia ter tais sensações apenas com aqueles simples gestos?

Hermione não sabia responder. E mesmo se tentasse, talvez não conseguisse, pois estava ocupada demais delirando de prazer. Draco a sugou com força e ela sentiu um espasmo.

Ele brincou ali por bastante tempo, levando Hermione a esquecer que aquilo era só o começo.  Ela tremeu convulsivamente quando ondas elétricas percorreram seu corpo e a fez gozar.

Draco sabia que o próximo passo seria mais difícil, mas seu corpo implorava pelo dela.

Era um calor que chegava a arder. Sua virilha doía incansavelmente e ele sabia que essa dor só passaria quando o auge fosse alcançado. Ele se posicionou no meio das coxas dela delicadamente para não assusta-la e forçou a entrada. Mesmo não sendo mais pura, ela era bem apertada e isso tirou a resto de sanidade que ele tentava manter. Fechando os olhos ele forçou com mais força do que desejava. Ela estava tão escorregadia que ele deslizou facilmente dentro dela. Hermione pulou assustada e o gemido apavorado o fez ficar imóvel dentro dela.

_D-desculpe. – Ele disse com dificuldade. – Não precisa ter medo – ele a beijou brevemente nos lábios. - Não vou machucar você. Apenas peço que não me diga para parar, porque sei que não vou conseguir. Eu a desejo tanto...

Ele se moveu e ela gemeu. Draco percebeu que era de prazer e isso o fez ficar feliz. Ele se moveu de novo enquanto sussurrava palavras de encorajamento no ouvido dela.

Ele não sabia se ela estava ouvindo ou não, mas quando percebeu que ela apenas gemia de prazer procurou concentrar-se apenas em dar prazer a ambos os corpos.

Hermione lhe arranhava os ombros de leve quando sentia uma estocada mais profunda e isso fazia Draco delirar. Ele via como um incentivo para que aumentasse os movimentos a fazendo gemer mais alto.

Hermione esquecera-se completamente de todo o resto. Existia apenas ela, Draco e todas as sensações maravilhosas que ele estava provocando naquele momento.

Draco se movimentou mais rápido e Hermione sentiu as mesmas correntes elétricas de quando ele lhe acariciou com a língua. A diferença é que elas eram muito mais potentes. Começou por seu baixo ventre, subiu pela coluna e espalhou por todo o corpo.

Draco sentindo ela lhe lubrificar estocou com mais vontade, alcançando o ápice logo em seguida. Com um urro de prazer ele jorrou seus fluídos dentro dela sem ao menos lembrar que sua semente poderia germinar com facilidade.

Rolou para o lado. Estava cansado e satisfeito. Nunca uma transa o fizera tão feliz. Havia sido maravilhoso para Hermione. Ela nunca sentira tal emoção. Seu coração parecia que acabara de ganhar uma corrida de tão rápido que batia. Na frente de seus olhos pipocavam estrelas e quando ela fechava-os, podia sentir todo o seu corpo tremendo...

Ela havia encontrado o sétimo céu.

***

Era muito tarde da noite. Ou muito cedo pela manhã. Ele não sabia dizer. O sonserino estava confuso. O que mais poderia fazer qualquer homem normal se ele encontrou a menina que amava subir em cima dele e se insinuar daquela maneira tentadora.

Abrir os olhos e perceber que não dormira em seu quarto o deixou preocupado. Lembrar que passara a noite com sua protegida o deixou histérico. E olhar para a menina completamente adormecida ao seu lado e ter apenas o pensamento que a amava na cabeça deixou-o estarrecido.

A menina que amava? Ele a amava? Hermione? Ele amava Hermione?

Esse pensamento confuso o fez saltar da cama. Colocou as calças as pressas e apanhou o resto de suas roupas.

Parou confuso quando percebeu que Hermione acordara e encontrava-se sentada na cama olhando para ele.

Eles não disseram nada um para o outro, mas podiam notar a confusão estampada no rosto um do outro.

A noite havia sido realmente muito confusa.



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