Textos que podem conter conotação sexual, palavras, atos e cenas descritivas de violência e sexo. Só leia se for maior de idade.

domingo, 24 de outubro de 2010

Sacrifício - Capitulo 4 - Assumindo




Capítulo 4 - Assumindo


_Onde nós estamos? – Hermione se afastou de Draco e olhou ao redor.

         Ele tinha aparatado os dois para algum lugar sem falar nada, o que foi bastante frustrante. Eles estavam casados agora, ela merecia ao menos um pouco de consideração.

_No hotel, Granger. O que isso se parece? É nossa noite de núpcias, por Merlin. – ele respondeu, soando mal humorado.




         O que ela esperava? Não era como eles pudessem voltar à Mansão Malfoy ou pra casa dela. Um hotel era a única opção deles. Ele a agarrou pelo pulso e arrastou-a pra dentro, começando a subir as escadas. Parando na frente da entrada do quarto, ele disse uma senha e abriu a porta, puxando-a junto com ele.

_Então, você está planejando praticar abuso de cônjuge o tempo todo ou só em situações específicas? – Hermione perguntou, olhando para ele enquanto esfregava seu pulso, que estava vermelho e dolorido.

         Draco ficou carrancudo. Ele não tinha a intenção de fazer isso. Ele voltou e olhou pro braço dela, segurando mais gentilmente. Murmurando um feitiço, a vermelhidão sumiu.

Ele a olhou nos olhos.

_Eu não abuso de mulheres. – ele disse seriamente, e então zombou. – Mesmo se for sangue-ruim como você. Mas é claro que se elas pedirem .- ele disse e saiu com um sorriso cínico.

         Ela fitou incerta as costas dele. Ele soou tão verdadeiro, tão diferente dele mesmo, quase como se lamentasse o que havia feito.

_Agora Granger, nós vamos fazer isso ou não? – Draco ainda não tinha soltado o braço dela.

         Ele pareceu se aproximar mais.

_Fazer o quê? – Hermione perguntou confusa.

 Quando ela viu como ele a olhava, seus olhos se alargaram e ela se afastou dele.

– Você deve estar brincando. Você quer fazer sexo, agora?

_Claro, Granger. Lembra do combinado? Você tem que me dar um herdeiro antes de nos divorciarmos. Quanto antes começarmos, antes acabaremos com esse casamento.

_Não.

_Não?

_Não. Não ainda.

_Por quê? – sua voz estava baixa, ameaçadora.

_Eu não vou trazer uma criança pra esse mundo até que Voldemort esteja arruinado. – sua voz estava igualmente baixa.

_Sim, você vai.

_Não, eu não vou.

         Draco jogou seus braços no ar com exasperação. Ela realmente estava fazendo aquilo? Eles eram casados e ela continuava agindo como uma recatada. A única maneira de acabar com o casamento era ter uma criança do sexo masculino e ela ainda dizia não?

_Por que diabos não?

_Você tem idéia dos riscos que envolvem, Draco, ficar grávida? Eu vou lutar ao lado dos meus amigos na batalha final. Eu vou ficar atordoada, ser enfeitiçada, amaldiçoada, vou ser atingida com feitiços e isso pode causar um aborto, posso perder o bebê. Eu não quero arriscar a minha vida e da minha criança ainda nem nascida só pra você ganhar a sua herança.

_Então você não lutará ao lado do Potter. Você estará tendo a minha criança nem que eu tenha que te amarrar e te forçar a ficar longe dessa loucura. – Draco gritou.

_Então, Draco, você vai ter que me estuprar agora porque é a única maneira de você me levar pra cama antes que Voldemort esteja destruído! – Hermione gritou de volta, com a varinha erguida.

         Ela não ia negociar nada e nem voltar atrás.

_Bem, então eu faço isso.- ele deu alguns passos em direção a ela.

_Não se atreva a me tocar! Você não entende, seu estúpido canalha egoísta? Ter uma criança enquanto Voldemort ainda é uma ameaça deixa você aberto a manipulações, deixa você vulnerável. O que você faria se seu filho estivesse ameaçado, se fosse usado como uma ferramenta pra fazer você seguir as ordens dele? Eu me recuso a trazer uma criança a este mundo para ser usada como um brinquedo de Voldemort. Você imagina as maldades que seu adorado Voldmort faria com um bebê? Acha que ele teria piedade de uma criança mestiça?

         Draco ficou em silêncio, olhando pra ela, pensando. Ela tinha razão. Mesmo que ele odeie a mãe, o bebê ainda seria seu herdeiro, sua carne e sangue. Mesmo também sendo carne e sangue da mãe, ele faria o que pudesse para proteger o seu filho.

_Certo. Nós não vamos fazer sexo até depois da batalha final. Eu farei isso porque eu não quero que Voldemort tenha mais munições contra mim do que ele já tem. – ele não conseguiu conter o olhar de vitória em seus olhos – Porém, depois da batalha nós faremos sexo e você não irá me impedir de ganhar o meu herdeiro. Vou ficar em cima de você dias Granger, até conceber essa criança!

_Não precisa ser rude Draco, mas está combinado assim. – Hermione aceitou.

         Isso a dava um pouco mais de tempo para pensar em como ter mais vantagens sobre ele.

_Agora, o que faz você pensar que tem o direito de me chamar pelo primeiro nome? – Draco exigiu.

         Ela era totalmente inferior a ele e não tinha o direito de chamá-lo pelo primeiro nome. Mesmo sendo casados, ela não tinha essa permissão.

_Você não acha que seria suspeito se eu ainda te chamasse de Malfoy e você me chamasse de Granger agora que somos casados? Se é pra parecer real, nós temos que nos tratar diferente. Como você é burro!

         Ele a olhou com raiva. Ela sempre estava um passo a frente dele. Ele se recusava a deixá-la dominar esse casamento, a ditar todas as regras.

_É verdade. Seguindo o mesmo pensamento- ele gaguejou mas disse o nome dela - Hermione, nós também temos que agir diferente em público. – ele se aproximou dela e passou um braço ao redor da sua cintura, a trazendo para mais perto.

         Ela arregalou os olhos e tentou se afastar.

_O que diabos está fazendo? Ficou doido?

         Ele a apertou mais ainda, ficando bem perto um do outro, sem espaço entre eles.

_Não, não, não, minha querida. Quando eu te tocar em público você tem que agir como se gostasse disso, quisesse isso. – ele vagarosamente aproximou sua cabeça da dela. – Isso significa que quando eu te beijar... – seus lábios se aproximaram dos dela e ela endureceu. – ...você tem que gostar. – ela o empurrou pra longe dele.

_Sinto muito Draco, mas não teremos demonstrações públicas de afeto neste casamento. – Hermione disse, lutando para desacelerar seu coração.

         Ele tinha feito isso de propósito, apenas para deixá-la nervosa.

_Não esposa, nós teremos. Você está casada comigo, as pessoas esperam por isso. Além do mais... – ele sorriu malicioso – ...nós devemos honrar os adolescentes que não conseguem tirar as mãos um do outro. Isto não é uma opinião. Nós temos que fazer isso parecer real.

_Certo. Tanto faz. Eu só quero ir pra cama. – Hermione bocejou.

         Pegou sua mala e se trancou no banheiro. Depois de lavar seu rosto, escovar seus dentes, e colocar seu pijama, ela saiu. Draco já estava de pijamas. Ela o fitou por um momento. Ele não estava usando a camisa, só o calção. Ele era... mais musculoso do que ela havia pensado. Não era tão ruim de olhar.

Draco também fitou Hermione. Ela parecia diferente sem aquelas roupas dela. Mais normal, mais... feminina. Com um top e calça do pijama ela até parecia ser outra pessoa, outra pessoa bem mais agradável.

Hermione agitou a cabeça para limpá-la desses pensamentos perturbantes sobre o tórax do Draco, e foi para a cama king-size, pulou nas cobertas, e se pôs debaixo delas.

_Que diabos você pensa que está fazendo? – Draco exigiu.

 Ela tinha deitado na cama. Na maldita cama dele! Ele não ia dividir com ela.

_O que parece que eu estou fazendo? Indo dormir. – Hermione virou de costas para ele, se ajeitando.

_Aí você não vai. Essa é minha cama. Você pode dormir no chão, eu não me importo. – ele deu um passo em direção à cama.

Hermione continuou ali e o encarou.

_Draco, querido. – ela disse docemente, olhos queimando com malícia – Se você sequer pensar em deitar nesta cama comigo, ou tentar me tirar daqui, eu o farei ter certeza que não poderá procriar por um mês. De fato, poderia ser para sempre.

_O que você vai fazer, enfeitiçar minhas bolas? – Draco ridicularizou, mas parou mesmo assim.

_Transformá-las em aço, mais especificadamente. – ela respondeu.

_Você não ousaria. – ele disse, a voz elevando.

_Me desafie. – seus olhos brilhavam com raiva enquanto ela apertava sua varinha, nunca tirando da direção da virilha dele.

_Onde eu devo dormir, então? – ele finalmente perguntou, sem querer ceder, mas também não querendo ter literalmente bolas de aço por um mês ou mais.

_No chão eu não me importo. Transfigure um travesseiro ou qualquer coisa em um colchão ou manta ou coisa do tipo. Mas me deixe em paz. Estou cansada.

Murmurando algo como ‘estúpida sangue-ruim’, Draco agarrou dois travesseiros e uma manta da cama, transfigurou um travesseiro em colchão e tentou dormir.



***



_Hei, você viu Hermione, Gina? – Harry perguntou. Eram quase 08h30min da manhã e ela ainda não havia descido pro café.

_Não. Ela ainda está dormindo. Eu vou acordá-la. – Gina correu escada acima até o quarto dela.

Harry tomou um gole de suco de laranja, pra logo cuspir quando ouviu um grito. Correndo pelas escadas, ele puxou sua varinha, pronto para encarar qualquer que fosse o horror que assombrava Gina. Chegando ao quarto ao mesmo tempo em que os gêmeos e a Sra. Weasley, eles acharam Gina parada sobre a cama de Hermione, segurando um bilhete. Ela estava tremendo.

_Gina, qual o problema? Onde está Hermione? – Fred perguntou, vendo que a cama estava vazia, arrumada com travesseiros para parecer que tinha alguém dormindo.

_Ela... ela se... ela se foi. – Gina gaguejou, passando o bilhete pra ele.

Ele leu rapidamente e ficou branco.

_Droga!

‘’Todos,

Eu tenho algo importante que preciso fazer. Eu explicarei tudo quando voltar. Por favor, não se preocupem comigo, eu estou segura. Apenas lembre-se que não importa o que aconteça eu amo todos vocês e nada irá mudar isso.

Com amor,

Hermione.’’

_Merda. – Harry disse, lendo sobre o ombro de Fred. – Onde ela foi e o que foi fazer agora?



***





Draco acordou ouvindo uma porta abrir, depois fechar. Ele se revirou e gemeu. Travesseiros transfigurados em colchões não eram as camas mais confortáveis. Abrindo os olhos, ele tentou ver o relógio próximo à cama. Qualquer que fosse a hora, era muito cedo. Ele rolou sobre o estômago e fechou os olhos, pronto para voltar dormir, porém ele ouviu o chuveiro ligar. Os olhos dele se arregalaram e ele se sentou com uma sacudida. Recordações da noite passada vieram à tona e ele gemeu novamente. A sua esposa estava no chuveiro. Ele estava casado. Eles iam falar para os familiares deles, os amigos dela hoje. Iam reivindicar a herança dele, deixando o mundo saber que Draco Malfoy tinha se casado com uma nascida trouxa, desgraçado a linhagem de sangue da sua família. Ia ser um longo dia.

Levantando-se, ele cambaleou até o banheiro e bateu na porta.

_Sai logo! Eu preciso entrar. – houve uma pausa.

_Você pode segurar. Eu ainda não acabei. – ela gritou de volta.

Hermione estava passando condicionador em seu cabelo, quase pronta, mas ele não precisava saber disso. Ele podia sofrer um pouquinho até que ela estivesse pronta pra sair.

As batidas aumentaram.

_Eu realmente preciso entrar. Saia ou as coisas ficarão embaraçosas. – ele gritou mais alto ainda, indo pegar sua varinha para destrancar a porta.

Cinco minutos depois Hermione apareceu, agarrada em uma toalha, com o cabelo pingando nas costas.

_O banheiro é seu. Você realmente não precisa ser tão ranzinzo de manhã. – ele olhou para ela, agarrou sua mala, e foi pro banheiro, batendo a porta.

Logo o chuveiro estava ligado e com isso Hermione olhou ao redor, indo se vestir rapidamente. Ela não queria arriscar que Draco saísse e ela não estivesse vestida. O pensamento disso a fez tremer com desgosto e vergonha. Secando seus cabelos com um simples feitiço, ela guardou suas coisas e esperou por Draco, tentando se preparar mentalmente pros confrontos que viriam. Ela e Draco iam contar para os amigos e pais dela e para os pais dele. Não ia ser fácil. Ninguém ficaria feliz. Ia ser um longo dia.

Draco saiu do banheiro, vestindo jeans, secando seu cabelo com uma toalha. Ela tentou não olhar pro tórax dele; afinal, ela não deveria ficar encarando o tórax do seu pior inimigo, mesmo que ele fosse seu marido.

_Draco, nós precisamos decidir como vamos contar para todos sobre isto.

_Que tal se nós apenas colocássemos uma nota no Profeta anunciando isso. – ele respondeu ranzinzo.

Era muito cedo para pensar em coisas como essa. Draco não era uma pessoa da manhã, ele precisava pelo menos de uma hora depois de acordar e duas xícaras de café depois para poder dar uma resposta meio decente para alguém. Ter uma sangue-ruim tentando conversar com ele logo cedo significava que ele sequer tentava responder civilizadamente, não que ele algum dia fosse tentar. Ela não merecia civilidade, ela era inferior a ele.

_Não seja tão canalha. Eles são meus amigos, e essa não é uma boa maneira de se contar uma noticia dessas. – Hermione respondeu.

_Bem, nós podemos contar ao seu precioso Potter e os traidores do sangue primeiro, depois mando uma notificação a meus pais.

_Ok, mas como vamos contar isto pra eles? Nós precisamos inventar uma história, algo plausível para que eles possam acreditar.

_Que tal nós começamos a transar no sexto ano, então você se apaixonou por mim e agora estamos casados.

Hermione revirou os olhos ao comentário detestável. Como se eles pudessem acreditar de verdade nisso.

_Ninguém iria acreditar nisso, seu besta. Tente não ser tão odioso, certo?

_E o que você sugere, Sra. Sabe-Tudo?

_Eu estava pensando que talvez você pudesse dizer que ano passado você começou a desenvolver algum interesse por mim, viu que sangue realmente não importava, e nesse verão eu... eu fui atacada no Beco Diagonal e você salvou minha vida. E aí que eu vi que você tinha mudado, nos apaixonamos, e casamos. O que acha disso?

_Como se eu estivesse apaixonado por você. Que sonho. Eles vão cair nessa?

Hermione parou pra pensar por um momento. Eles acreditariam nisso? Podia ser. Ela havia desaparecido várias vezes naqueles dias. Recebido várias corujas que ela não havia contado pra eles. Era plausível.

_Eles poderiam.

_Certo. Essa é a nossa história. Vamos acabar logo com isso.

_Tanto faz. Lembre-se, tente não ser tão você mesmo perto deles. Eles são meus amigos, e de qualquer jeito, eu não quero perdê-los. Tente não irritá-los ou eu vou te azarar.

_Sério, esposa, uma ameaça? – Draco falou arrastado, os olhos brilhando com raiva. – Eu os tratarei como eu quiser. Eu não vou tentar mimá-los só pra te agradar. Não é assim que eu faço. Eles não vão acreditar nessa porcaria toda se eu fingisse ter mudado. Você se casou com a mesma pessoa que eles sempre conheceram e eu não vou parar de ser essa pessoa.

_Oh, você quer dizer o filho da mãe que fez nossa vida miserável por seis anos? É, continue sendo esse homem e eles vão bater em você até ficar só a sua polpa. – Ele abriu a boca, pronto para responder furiosamente, mas ela interrompeu. – Agora vamos parar de brigar e acabar logo com isso.

Ela fechou seus olhos e se concentrou de verdade, aparatando para a Toca. Abrindo-os, ela ouviu um pop e Draco apareceu ao seu lado. Ele pegou a mão dela, de repente parecendo nervoso.

_Lembre-se, não demonstre medo. Ele pode te entregar e ele estará por toda parte em você. – Hermione apertou a mão dele por um momento, tentando ganhar bastante coragem para entrar e encarar seus amigos.

O arrastando, eles caminharam até a porta da cozinha, abriram, e entraram.

_Olá? – ela chamou, olhando ao redor. A cozinha estava vazia; já era quase dez horas da manhã. Eles obviamente já tinham acabado de tomar o café, mas alguém devia estar por ali.

_Hermione? – Rony veio correndo para a cozinha, Jorge atrás dele. – Onde você... – ele parou quando viu quem estava ao lado dela.

Os olhos dele se estreitaram e suas orelhas começaram a ficar vermelhas, sinal que ele estava com raiva.

_O que ele está fazendo aqui? – Jorge exigiu, fechando os punhos.

_É bom te ver também, Weasley – Draco respondeu sarcasticamente, claramente sem se intimidar.

_Hermione, que diabos está acontecendo aqui? – Rony exigiu.

_Eu pensei que era óbvio, mas como você é só meio inteligente talvez você precise de ajuda para entender isso. Você vê, Hermione e eu estamos... – Draco foi interrompido por um Rony o atacando, tentando bater em cada pedaço que ele conseguia.

Como Draco estava segurando a mão de Hermione, ela caiu com ele. Conseguindo evitar qualquer golpe, ela tentou tirar Rony de cima de Draco.

_Rony! Pará Rony! Sai de cima dele! – Rony apenas a empurrou, fazendo com que ela batesse na mesa e caísse.

_Como você ousa bater em minha esposa? – Draco rugiu.

As mãos agarrando o pescoço de Rony, tentando estrangulá-lo. Na mesma hora Harry chegou e afastou Rony, tentando acalmá-lo. Ouvindo isso ele parou, como fez Rony e Jorge, que também tentava intervir.

_Sua esposa? – Harry perguntou. Ele olhou pra ela. – Hermione?

_Harry, eu posso explicar. Apenas esqueça ele. – ela foi até Draco, ajudá-lo com o lábio cortado.

Ele fugiu dela, olhando para os outros.

_Sim, minha esposa.

_Sério, nós podemos ir para a sala de estar, sentar e conversar sobre isso? Eu queria contar pra todos de uma vez. – Hermione pediu, assustada com o olhar frio de Harry.

Ele concordou duramente, agarrando Rony pelas costas e indo pra o outro cômodo. Jorge já estava lá, gritando pela escada para que os outros descessem. Quando todos estavam reunidos, até mesmo Sr. Weasley estava lá, Hermione, com Draco ao seu lado, levantou-se na frente deles.

_Bem, primeiro de tudo, me desculpem por ter fugido noite passada e preocupado todos vocês. A coisa é que eu não podia dizer pra onde eu ia porque vocês iriam tentar me impedir.

_Onde você foi, querida, e por que o garoto Malfoy está com você? – Sra. Weasley interrompeu, sem entender nada do que estava acontecendo.

_Draco e eu... bem, a coisa é que... – ela olhou para Draco pedindo ajuda.

Colocando um braço ao redor da cintura de Hermione e a puxando mais pra si, ele interveio.

_Hermione e eu nos casamos noite passada. – olhando ao redor, ele pensou, as reações eram bastante engraçadas.

A Weasleyzinha ficou com de boca aberta e os olhava com horror. Sra. Weasley parecia que ia desmaiar. Todos os homens da família Weasley ficaram com o rosto muito vermelho e pareciam querer pular em cima dele. E Potter, bem, Potter estava furioso.

_Você disse, casaram? – Gina perguntou, boca ainda meio aberta olhando os dois.

_Você sabe, Weasleyzinha, aquele ato onde duas pessoas se empenham em passar o resto das suas vidas juntos, prometendo cuidar um do outro, amar um ao outro, então eles vão e passam o resto da noite tran... – sua voz foi cortada quando Hermione colocou sua mão na boca dele, para calá-lo.

 Olhando pra ele, ela retirou sua mão e andou pra longe.

_Hermione, isso é verdade? Você realmente se casou com Malfoy? – Rony perguntou, incrédulo. Debilmente, ela levantou a mão esquerda para revelar uma fina aliança em seu dedo anelar. – Como... como você pôde fazer isso? Ele é o Malfoy, o estúpido imbecil que você odeia. O infeliz que passou seis anos te chamando de sangue-ruim, te amaldiçoando sempre que possível. Não se lembra o que ele fez com os seus dentes no quarto ano? Como ele te convenceu a se casar com ele?

Draco tentou não sorrir, lembrando-se do incidente dos dentes ao lado de fora da sala de poções. Aquela foi uma boa azaração, ele pensou. Um ótimo dia na vida dele.

_Por que diabos você não nos contou? Nós somos seus melhores amigos. Você mentiu para nós, Hermione. – Harry interferiu, os olhos brilhando com raiva e desgosto. Desgosto por ela ter se casado com Malfoy.

_Eu não poderia te contar. Você ia tentar me impedir. Harry, Rony, eu... eu amo ele. – a voz de Hermione falhou por um momento enquanto ela tentava não gaguejar.

_E eu a amo. – Draco interrompeu suavemente, um braço a rodeando e puxando-a pra mais perto. Ele sorriu malicioso para os olhares dirigidos a ele.

_Por favor, entendam. Eu não queria machucar vocês, mas eu tinha que fazer isso. Eu precisava fazer isso.

_Mas por quê? Ele te pôs sob o Imperius ou coisa assim? O que ele fez pra você se casar com ele?

_Eu te disse. Eu o amo. Ele não me forçou a casar com ele. Draco pediu e eu aceitei. Isso não vai mudar nossa amizade. Eu ainda sou amiga de vocês, ainda estarei ao lado de vocês, aconteça o que...

_Isso muda tudo. Você é casada com o nosso inimigo. Nada pode mudar isso! A pessoa que eu mais desprezo no mundo é o seu marido. Ele é um Comensal da Morte Hermione. Ele tentou matar Dumbledore, ou você esqueceu isso? Ele deixou aqueles monstros entrarem no nosso colégio. E ainda assim você se casa com ele. Eu confiei em você, Hermione. – os olhos de Harry queimavam em dor misturada com raiva – E você nos traiu. Você não é melhor que ele.

_Pare com isso! Você pode me ouvir? Harry, você é o meu melhor amigo e nada pode mudar isso. Eu nunca te traí. Eu não posso fazer nada se eu me apaixonei por ele. Ele está mudado, não é mais como antes. Só nos dê uma chance. Eu não quero te perder por causa disso, você ou Rony ou Gina ou o resto dos Weasley.

_Você não vê? No momento em que você sair com Malfoy por aquela porta, está terminado.

Uma lágrima rolou lentamente pela bochecha de Hermione enquanto ela tentava compreender as palavras de Harry. Tudo para o que ela havia trabalhado, todos os sacrifícios que ela tinha feito, eles eram inúteis se Harry a odiasse. Ela tinha esperado esta reação, claro, e tinha se preparado para isto, mas ainda, ela não pensou que machucaria tanto. Eles a odiavam. Ela havia perdido todos que amava por ter se casado com Draco para salvá-los. E eles nunca poderiam saber disso. A vida às vezes era tão injusta.

_Vamos embora. – Draco disse, a puxando para a porta.

_Espere. – Sr. Weasley disse de repente. Eles se viraram pra ele. – Ainda há uma maneira de sair dessa situação. Se o casamento não foi... consumado... ainda pode ser anulado. Então, ele foi? – ele ficou vermelho quando perguntou isso.

Draco sorriu malicioso.

_O que você acha, que nós passamos a noite conversando ou algo assim? Não, ela é minha mulher em todas as maneiras. E eu não admito que lhes façam esse tipo de questionamento, e saibam que esse casamento foi consumado bem antes de ser oficializado. – Harry e Rony começaram a pensar nessas palavras, na insinuação delas, mas um olhar da Sra. Weasley os parou.

_Hermione? – Sr. Weasley perguntou, não querendo acreditar em Draco.

_Sim... ele foi. – ela gaguejou, ficando vermelha. Era horrível ter que mentir sobre ISSO, mas era preciso. Ela apenas desejou que ninguém insistisse em nada. – Hum, eu posso pegar minhas coisas ou vocês me mandam quando tudo for resolvido?

_Nós mandaremos pra você. – Sra. Weasley disse friamente.

_Ok, bem, então, eu acho que nos vemos mais tarde. Tchau. – Hermione permitiu que Draco praticamente a arrastasse para fora, tentando segurar as lágrimas.

_Bem, aquilo foi engraçado. Eu nunca pensei que Potter podia ficar tão vermelho. E os Weasley, todos ficam iguais quando ficam irritados. Quase ri e arruinei tudo. Quase.

_Oh, cale essa boca. Foi horrível. Eles me odeiam agora e isso é tudo culpa sua! E que história é essa de casamento oficializado antes da hora? Inferno Draco, você tem noção do que disse? Eles vão pensar que eu e você estávamos...- ela não pode concluir a frase.

_Ah! Seria interessante que eu estivesse comendo a amiguinha deles a meses!- Draco disse maldoso.

_Ainda te azaro por um comentário desse tipo.

_Grato por ser útil. Agora vamos pro Ministério pra arquivar esta licença. Quanto antes estiver arquivada, antes será oficial e nada poderá mudar isso.

Depois de arquivar no Ministério, Draco e Hermione aparataram na Mansão Malfoy. Hermione encarou o local. Era enorme!

_Fique aqui, e não toque em nada. Os objetos no corredor valem mais que a sua vida. – Draco acrescentou maldosamente.

Ele parecia preocupado, Hermione pensou. E um pouco triste, como se algo estivesse errado com aquele lugar. Ele saiu do local por uma porta, bateu-a, trancou-a, e Hermione pensou ter ouvido ele murmurar um feitiço silenciador também. Quinze minutos depois, ele apareceu, pálido e cansado, mas apenas agarrou o braço dela e a arrastou pra fora da casa.

_Vamos sair daqui.

_Eu acho que isso quer dizer que as notícias não foram bem aceitas.

_Isso não te importa.

_Onde nós vamos ficar? – ela preferiu mudar de assunto.

_Eu realmente não me importo onde vamos ficar. Eu só quero sair desta porcaria de lugar. Mexa-se, droga!

_Pare de ser tão imbecil. Qual diabos é o seu problema? Depois da minha família nos rejeitar eu continuei civilizada, ou isso é muito pra se esperar do superior príncipe Draco?

_Cale a boca! – Draco andou ao redor dela, os olhos brilhando com fúria. – Minha família não é da sua conta. Nós não discutiremos isto no futuro, você me ouviu? Nada mais.

_Pare com essa atitude, Draco. Está realmente ficando cansativo. Eu acabei de ter um dia tão horrível quanto o seu, então pare de agir como se você fosse o único que está sofrendo. Eu sei que você não consegue deixar de ser insuportável, mas por que você não é um insuportável silencioso?

_Cala a boca, sua vadia sangue-ruim! – Draco gritou, erguendo seu braço ameaçadoramente. Era uma ação involuntária, algo que ele tinha visto seu pai fazer centenas de vezes, todas dirigidas aos elfos domésticos, sua mãe, ou a ele próprio. Ainda assim, vendo os olhos de Hermione se alargarem em resposta, ele quase que instintivamente voltou atrás, se sentindo... envergonhado. Ele estava agindo como o seu pai, algo que ele havia jurado nunca fazer. Antes que ela pudesse reagir ele a agarrou pelo braço.

_Vamos sair logo daqui. – fechando os olhos, ele aparatou os dois dali.

***Fim do Capítulo***

Um comentário:

  1. Menina que capitulo foi esse???
    Fiquei besta, ou melhor, maravilhada vocês escreve super bem (claro que eu já sabia disso) mas ainda me surpreendo!! kkkk
    Nossa o Draco é um estúpido e nojento, mas eu o amo!! aff
    Ain a reação do Harry me assustou, sei lá, pensei que o Ron fosse reagir assim... ficou incrível!!
    Ao proximo!
    bjos

    ResponderExcluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Lutando contra o plágio:

Licença Creative Commons
A obra Romances Josy Chocolate de Jôse Luciana Ferreira foi licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição-Uso Não-Comercial-Não a obras derivadas 3.0 Unported.
Com base na obra disponível em romancesjosychocolate.blogspot.