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domingo, 24 de outubro de 2010

Sacrifício - Capítulo 6 - Encarando a Vida



Capítulo 6 - Encarando a vida

Estava chovendo lá fora. Ao longe, raios iluminavam o céu, e um baixo estrondo de trovão se fazia ouvir de vez em quando. Ela olhou para além da janela, esperando... o quê? O novo Monitor Chefe. Hermione suspirou, imaginando novamente quem poderia ser. A escola começaria amanhã, e conseqüentemente a viagem de trem era hoje. Sua última viagem de trem para o início de um novo ano escolar.

Ela estava sentada no compartimento dos monitores chefes, esperando pelo seu companheiro, esperando este pesadelo acabar. Não ia, no entanto, estava apenas começando. Mais cedo, quando ela e Draco entraram na estação de trem, as pessoas os encararam, chocados em vê-los juntos. Ela não os culpava, claro. Ainda era um choque para eles estarem juntos. Ele estava levando o malão dela, fingindo ser um marido obediente.



Olhares fixos nas mãos deles, nos anéis em seus dedos, sussurros chocados. Ela quase podia sentir isso enquanto a notícia se expandia: Draco Malfoy e Hermione Granger estavam casados. Ele havia a conduzido até o compartimento reservado para os Monitores Chefes, lhe dado um comportado beijo de adeus, para então ir se juntar aos seus amigos, e explicar o que estava acontecendo, se ele pudesse.

A porta abriu de repente, tirando Hermione de seus pensamentos, os olhos movendo-se depressa da janela para a pessoa que estava parada na entrada. "Harry," ela sussurrou suavemente. Ele entrou, agarrado com seu malão e segurando a gaiola de Edwiges. Ele não disse uma palavra a ela, só colocou seu malão no compartimento de cima e se sentou.

_Oi Harry. – Hermione disse indecisa, relutante.

Ela se lembrava bem dos ataques de raiva que ele havia tido no quinto ano, neste verão, e como uma palavra poderia acabar com isso. Ele não respondeu, nem sequer olhou para ela, como se não olhando fosse fazer com que ela fosse embora. Ele desejou que ela captasse a mensagem e o deixasse sozinho. Por dentro, ele estava fervendo.

Como ela ousava, ele pensou, como ela ousava fingir que nada estava errado, que nada tinha acontecido. Como ela ousava ficar sentada ali, tão calma e composta, agindo como se não tivesse acabado de destruir uma amizade de seis anos, traído as pessoas que tanto a amavam.

_Ainda com rancor, eu vejo. – Hermione disse suavemente, calmamente, como se o coração dela não estivesse quebrado. – Típico, é claro.

_Como? – Harry perguntou abruptamente, olhando pra ela.

_Você me ouviu. Você ainda está com rancor, é tão típico. Tão você. Pelo menos algumas coisas não mudam.

_Sim, mas outras mudam, não é Sra. Malfoy? – Harry zombou.

Seus olhos estão tão frios, Hermione pensou. Com tanta raiva, tanta dor. Ela nunca havia visto esse olhar antes, só algo parecido direcionado a outros, claro, mas nunca a ela.

_O que você quer que eu faça, peça desculpas? Rasteje aos seus pés, implorando por perdão? Porque eu não vou. – ela disse, voz ficando mais alta a cada palavra. Ficando em pé, ela gritou – Eu me recuso. Eu tentei uma vez e olhe como ficou. Ao contrário de algumas pessoas, eu aprendo com os meus erros.

_Sério, Hermione, você aprende de verdade? Eu devia ter adivinhado, vendo que você é a sabe-tudo. – Harry disse maldosamente – Agora, me diga uma coisa, porque eu estou realmente curioso. Você chegou a pensar em nós quando casou com ele, hum? Você chegou a imaginar o que isso faria conosco ou você simplesmente não se importou?

_Eu odeio te decepcionar, Harry, mas nem tudo na minha vida é centrado em você! Meu casamento com Draco foi para mim, não para você. Pela primeira vez em minha vida, eu fiz algo cujo propósito exclusivo era a minha felicidade, não a sua. Por que você não pode entender isso?

_Eu tenho certeza que você está feliz. Me desculpe, Hermione. – Harry disse sarcasticamente. – Eu não percebi que você tinha decidido ser uma menina chifruda e deixar sua luxúria por Draco anular sua usual mente racional. Eu esperava mais de você.

Hermione ofegou. Sem pensar, ela marchou até ele e bateu forte em seu rosto.

_Como você ousa, Harry Potter? Como você ousa falar de coisas das quais você não sabe de nada? – Seus olhos queimavam nos dele, mostrando dor, raiva, tristeza... lamento? Do que ela lamentaria? Antes que Harry pudesse perguntar, antes mesmo de poder se mexer, a porta abriu com tudo.

_Bem, Potter, eu odeio interromper essa tocante reunião, mas você pode se afastar da minha esposa? Eu não quero que seu complexo de herói a desgaste. – Draco falou arrastado, apoiado contra a porta aberta.

_Cai fora, Malfoy.- ele disse com a mão na face onde fora atingido, e ainda olhando para ela.

_Eu receio não poder fazer isso. Como você vê, minha esposa está aqui, e aonde ela vai, eu geralmente a sigo. Você também parece um pouco irritado e como está no mesmo compartimento que a minha esposa, eu não gostaria que você perdesse o controle e descontasse nela. – Draco indicou o punho de Harry, que, claramente, estava apertado como se estivesse pronto pra bater em alguma coisa... ou alguém.

_Eu não sou como você, Malfoy.

_E é exatamente por isso que ela se casou comigo, não com você.

_Draco, esquece. Eu posso cuidar disso. Além do mais, Harry nunca me bateria. – Hermione disse cansada, erguendo as mãos para massagear as têmporas. Ela sentia uma dor de cabeça vindo.

_Ora, ora, esposa, esse não é o jeito de cumprimentar o seu marido. – Entrando na cabine.

Draco a colocou em seus braços e lhe deu um longo e profundo beijo. Endurecendo a princípio, ela percebeu que ele não pararia até que ela relaxasse, reagisse, então lentamente ela deixou o corpo dela afundar no dele, uma mão indo acariciar a sua face e a outra o seu cabelo. Afastando-se, Draco piscou afetuosamente pra ela.

– Agora, sim é como um homem gosta ser cumprimentado. Oh, e Potter? – Draco disse, nem mesmo se incomodando em olhar para ele. Ele sabia que isso faria Potter ficar com mais raiva e mais aborrecido. – Eu estou aqui para a reunião dos monitores. Você sabe, aquela em cinco minutos?

Harry abriu a boca para dar uma resposta raivosa, então abruptamente fechou-a e saiu do compartimento. Ele pensou que ia vomitar. Hermione, beijando Malfoy, o tocando... era demais para ele. Não que ele gostasse de Hermione DAQUELE jeito, ela a amava, claro, mas da maneira que um irmão ama a irmã, um amigo se importa com o outro. Ainda, vê-la permitir que aquele imbecil a beije, a toque, o fazia queimar por dentro.

Quando a porta fechou, Hermione virou para Draco, empurrando-o para longe dela e esfregando a boca com a parte de trás de sua mão.

_Seu idiota! Por que você tinha que vir e deixar o Harry com mais raiva, esfregando nossa relação na cara dele? Eu estava indo bem.

_Sim, claro, a grande Hermione Granger estava fazendo um trabalho magnífico deixando o Garoto-Que-Sobreviveu com raiva. - Draco respondeu sarcasticamente.

Ela estava fazendo um maravilhoso trabalho incentivando a raiva dele e o fazendo querer bater nela.  

_Não, eu estava fazendo um maravilhoso trabalho fazendo ele perceber que eu estava séria sobre nossa relação. Quanto antes ele acreditar que estamos apaixonados e felizes, mais cedo ele vai aceitar isso e me perdoar. Mas você tinha que vir e arruinar tudo!

_Para quem, você? Eu achei que foi tudo bem. Vejamos... – Draco segurou sua mão. – Eu interrompi a sua tocante reunião... – abaixou um dedo – ...o lembrei de seus ataques de raiva e complexo de herói... – mais dois dedos – ...e o irritei completamente dando uma amasso na sua melhor amiga, na frente dele. É, foi tudo muito bem. Eu completei todas as minhas metas do dia. – ele sorriu malicioso para ela.

_E sobre o amasso. Se você me beijar assim de novo eu irei enfeitiçar a sua língua no topo da sua boca. Eu concordei com demonstrações de afeto, não amasso.

_E o que você pensa que demonstração pública de afeto é? Se não amasso? – Draco perguntou inocentemente.

_Segurar mão, abraçar quando um dos dois está saindo, talvez um ocasional beijo na testa ou algo assim. A última coisa que eu quero é sua língua na minha garganta.

_E eu quero ela lá? – Draco deu uma pequena, enojada risada. – Não se ache muito, Granger. Mas eu farei o que é necessário para manter essa farsa, como você também fará. Então pare de reclamar e se prepare para atuar pra os outros porque a reunião começará em 2 minutos. – Hermione olhou pra ele, mas ficou em silêncio.

Enquanto ele se sentava, ela juntou os papéis que a esperava e os olhou rapidamente. Logo o compartimento estava cheio dos outros monitores e Harry.

Depois que ela e Harry explicaram todas as obrigações de monitor e fizeram planos para a reunião durante a primeira semana de aula, Hermione perguntou se havia alguma dúvida. Uma quintanista da Corvinal ergueu a mão.

_Hermione, é verdade que você e Draco Malfoy se casaram neste verão?

Se contorcendo internamente por ter que admitir isso, Hermione calmamente respondeu.

_Sim, nós casamos.

_E nós estamos muito felizes juntos. – Draco adicionou, dando-a um olhar que sugestionava com o que ele estava feliz, fazendo com que as garotas corassem e os garotos dessem pequenos sorrisos. Harry e Rony olharam furiosos para ele, enquanto Hermione ficava vermelha escuro.

_Com isso, a reunião está encerrada. Não se esqueçam de guiar o primeiro ano para o dormitório depois da festa de boas vindas. – Hermione disse rapidamente, cortando qualquer outra pergunta sobre sua relação com Draco.

Enquanto os monitores saiam, Hermione notou que muitos deles, especialmente aqueles que estavam em seu ano, a davam estranhos olhares, alguns de desgosto, alguns preocupados ou curiosos, e até alguns cheios de raiva. Esses vinham dos monitores da Grifinória e Sonserina. Quando todos foram embora, inclusive Harry, que praticamente correu atrás de Rony, Hermione desmoronou em um dos assentos. Quando a vida ficou tão complicada, ela pensou, massageando suas têmporas. Quando os amigos se tornaram oponentes e inimigos se tornaram aliados?

_Anime-se, Hermione, você terá muitas tarefas de casa para se fazer amanhã. Não é a coisa que você mais gosta no mundo, tarefa de casa?

_Cai fora, Malfoy. Eu não estou disposta para isso.

_E quando você esteve disposta para alguma coisa?

_Quando eu não estou com você. Isso é suficiente para mim.

_Você me magoa, esposa, me magoa profundamente. – Draco disse sarcasticamente. – Eu duvido que você entenda do que eu estou falando.

_Você sabe, Draco, suas pequenas insinuações sexuais não são apreciadas agora, então ou você se cala ou vai embora, porque eu nunca estarei disposta pra você.

_Nunca diga nunca. – Draco respondeu, piscando pra ela enquanto permitia seu olhar correr pelo corpo dela, demorando mais nas pernas e peitos.

_Se continuar a me olhar assim eu vou lançar  um feitiço e colar seus olhos!

         Hermione estremeceu com desgosto e se virou. Draco apenas sorriu maliciosamente, contente em irritá-la. Se ele ia realmente fazer ISTO com ela, então ao menos ele poderia torturá-la até que o evento acontecesse. Pelo menos ele obteria prazer disso.

         Hermione se levantou e deixou o compartimento, entrando no corredor. Encontrou Lilá e Parvati, e foi ao encontro delas.

_Oi Lilá, Parvati. – ela disse, sorrindo pra elas. Nenhuma das duas retornou.

_É verdade, então? – Parvati olhou para a mão de Hermione. – Você realmente se casou com ele.

_Sim, eu casei.

_Como você pôde, Hermione? – Lilá se alterou. – Como você pôde se casar com Malfoy? Você percebeu o que você fez com Harry e Rony? Até eu me sinto mal pelo meu ex-namorado, mesmo ele sendo um boboca.

_Eu sinto muito Lilá. – Hermione respondeu friamente – Mas que eu saiba meu relacionamento com Draco, Harry ou Rony não é da sua conta. Se vocês me dão licença, eu tenho que voltar antes que meu marido venha me procurar.

_Como você pode ser tão egoísta? Eles amam você, Hermione, e você simplesmente virou as costas pra eles. Como você pode viver consigo mesma? – Parvati falou com raiva. Hermione começou a andar.

_Um dia destes você vai olhar pra atrás e lamentar isto, Hermione. Você sabe que vai. E será muito tarde para fazer qualquer coisa. – Lilá gritou depois dela.

          Hermione apenas a ignorou, ignorando também todos os olhares fixos e pessoas que apontavam pra ela. Quando ela alcançou o compartimento dela entrou batendo a porta e se sentou perto da janela, assistindo a chuva novamente. Draco havia ido embora, ninguém estava lá para ver as lágrimas que lentamente rolavam em seu rosto, como a chuva na janela.



***Fim do Capítulo***


Gente, se alguem estiver acompanhando por aqui Avise-me Please beijos amanha tem mais

2 comentários:

  1. Tah otima a fic por favor posta logooooo Bju Bju

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  2. Tenso... tadinha da Mione, ninguem compreende ela.. e bem que o Draco poderia facilitar as coisas, mas acho que essa palavra nem existe no vocabulário dele!!
    indo ao proximo!
    bjos

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