Textos que podem conter conotação sexual, palavras, atos e cenas descritivas de violência e sexo. Só leia se for maior de idade.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Anel de Diamantes - 1 - Decisões



Hermione chegou em casa imaginando que agora talvez pudesse dar vazão às lágrimas que lhe sufocaram o dia todo, estava visivelmente cansada. Mas ela não choraria, era uma promessa que fizera a si mesma. Na choraria! Aquela era a atitude certa a tomar e nada a faria voltar atrás.



Depois de tomar um banho, ela se deitou confortavelmente em sua cama, não sentia fome e não tinha ânimo pra nada. Encolheu-se entre os lençóis e fechou os olhos, tentando se livrar da solidão. Porém, tão logo seus olhos cerraram, a imagem daquele corredor invadiu a sua mente, e mais uma vez a dor sofrida entrou em seus sonhos...

E ela se viu pálida, despenteada, sentada num dos corredores do St. Mungus, rodeada dos familiares Weasleys. Foi quando avistou um Harry cabisbaixo e mais pálido do que quando derrotara Voldemort. Ele caminhou até ela com passos vacilantes e disse a ela com a voz embargada:

- Eu sinto muito Hermione! Nós o perdemos! – ele a encarava com seu choro preso na garganta.


- Não Harry! Não! - Suas pernas cederam ao seu peso, e Harry a impediu de cair no mesmo instante, abraçando-a forte.

- Eu sinto tanto Hermione! Tanto! – Harry disse a ela, tentando confortá-la, já podia imaginar a reação da irmã quando soubesse que perdera um irmão e da senhora Wesley quando soubesse que perdera mais um filho.

Para Hermione, naquele momento, um embaralhado de sons, choros, murmúrios e pessoas preocupadas com ela se misturaram e fizeram um zumbido forte, alto e único dentro de seu cérebro, sem que ala conseguisse dizer nada. Foram longos minutos assim, até que ela perdesse totalmente os sentidos...


*****

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Era impossível dormir naquela noite. O peso de sua decisão a incomodava. Se inscrever como mãe de aluguel fora seu último recurso para continuar ajudando as crianças do hospital infantil. Ela e Rony nunca tiveram filhos, não que não quisessem, mas apenas porque não acontecera. Depois que descobriram a doença incurável de Rony, eles encontraram um hospital infantil que tratava exclusivamente daquela enfermidade, e que funcionava como uma espécie de abrigo onde viviam cerca de 50 crianças, abandonadas pelas famílias ao serem descobertas portadoras da doença. Por um longo tempo, Hermione não se importara com as crianças, principalmente porque gastava todo o seu tempo cuidando de seu marido. Depois que Ron se fora ela ainda estivera “sem radar” por um longo tempo, até que um dia ela acordara e percebera que era a única que podia fazer algo por elas. E foi exatamente o que fez.

Fizera uma busca incessante, pesquisas e experiências. Gastou tudo o que possuía e tudo o que o seu marido havia lhe deixado após a morte, financiando pesquisas e mais pesquisas. Até que o dinheiro acabasse justo quando estava próxima de uma cura. As pesquisas não poderiam continuar sem os recursos necessários. E ela já havia feito de tudo para que pudesse levantar fundos. Havia sido inútil.

Foi quando Hermione ficara sabendo do programa de barrigas de alugueis através de uma revista bruxa, e aquela idéia lhe pareceu interessante logo de cara. Se caso fosse selecionada, poderia ganhar muito mais do que precisava para continuar seu trabalho. Era simples, apenas uma inseminação artificial. Nove meses de espera e pronto. Teria seu dinheiro e poderia continuar o seu trabalho. O bebê certamente teria uma vida de rei, pois o homem que pagasse essa fortuna para conceber um filho certamente seria um bilionário. Ele não precisaria de uma mãe amarga. Afinal, ela prometera nunca mais amar ninguém. Nem mesmo um filho... Principalmente um gerado sem amor!




Estava ansioso, já passara das duas da manhã e ele ainda estava sentado no escritório tomando seu uísque. Talvez fosse a maior loucura de sua vida ter contratado uma mulher para gerar seu filho.

“Ora anime-se!” Ele disse a si mesmo. Não poderia ser tão ruim, afinal, as mulheres naquela fila eram pré-selecionadas, mas ainda podia ouvir a voz do advogado martelando incessantemente em sua cabeça:

- Sr. Malfoy, uma vez nesse fila o senhor não poderá escolher raça, família, nacionalidade nem mesmo classe social da mulher que gerará a criança.

- Tudo bem! – ele disse confiante.

- Tudo bem? Eu conheço seus preconceitos, Sr, e se for uma mulher negra? Ou oriental? E se ela mal souber falar a nossa língua? E se, na pior das hipóteses, ela for trouxa, completamente desprovida de poderes mágicos? Ou se for como o senhor diria “sangue-ruim”? Seu filho será um mestiço.

- Não me importo!

O advogado suspirou resignado e continuou:

- Eu sei que vai se importar mais tarde.

- Não vou não. Aliás, eu não quero essa tal de inseminação substancial.

- Artificial. - ele corrigiu. – E você ficou maluco por acaso?

- Eu não vou gerar meu herdeiro em um laboratório. A não ser, claro, que a mãe dele se propuser a me abrir as pernas lá.

- Definitivamente, você enlouqueceu!

- Não quero meu nome por aí com as pessoas dizendo que não sou capaz de conceber naturalmente. Estou cansado de ter meu nome em fofocas inúteis.

- Resta saber se a coitada que for escolhida para gerar seu herdeiro aceitará a condição.

- Dobre a proposta! – ele disse, frio e calculista.

- Hum? Se você aumentar de novo eu mesmo gero essa criança. – o advogado riu da própria piada, mas Draco não achou graça alguma naquilo.

- Resolva tudo e a traga para mim. – ele disse e saiu batendo a porta.





O advogado a olhou de cima a baixo, certamente ela não era o tipo de mulher que seu cliente sairia, mas... Se tinha um útero saudável, era o que importava

...

- Então, estamos acertados, Senhora Weasley. Só mais um detalhe... Um pequeno empecilho, na verdade.

- Pode falar. – ela concordou, esperando pacientemente pelo o que ele fosse dizer a ela.

- Meu cliente não quer a inseminação artificial.

- O quê? – ela quase gritou suas palavras.

- Ele quer o herdeiro concebido naturalmente.

- Não! Eu nem o conheço, ficou maluco? Pervertido! Eu não vou transar com ele! – ela disse, indignada. - Passar bem.

Ainda irritada, ela se levantou e seguiu em direção à saída da sala, mas a voz do advogado a interrompeu neste ato.

- O dobro! Ele quer te oferecer o dobro de galeões para conceber naturalmente.

Ela estacou na porta, sua mente estava trabalhando a mil com aquela nova informação. Sua boca se abriu várias vezes para articular uma resposta, sem que conseguisse isto, até que em uma nova tentativa ela obtivesse êxito.

- Não sou uma prostituta!

- Eu sei. Mas precisa do dinheiro, posso ver. Você provavelmente nunca sonhou, em toda a sua vida, ter esse montante. Pense bem!

- Não estou à venda! – ela disse engasgada.

- Mais quinhentas moedas de ouro sobre o dobro da proposta, certamente te satisfará.

Hermione suspirou profundamente e se voltou para o advogado com passos vacilantes, precisava pensar na cura para aquelas crianças.

- Onde eu assino?

O advogado sorriu com desdém, lhe entregando a pena e indicando o local da assinatura...

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P.S: Essa fic é postada em dois sites, muitos já acompanham, mas peço encarecidamente, que acompanhe por aqui e se tiver algum comentario. please lembrem-se que um autor precisa das opniões dos leitores para prosseguir. A fic tem varias capas, e pretendo ir expondo elas por aqui.  

Um comentário:

  1. Oie, Josy é Dalila Colorada te add no orkut a mais ou menos 15 dias, mas infelizmente só pude ler agora a sua fic. É simplesmente maravilhosa você escreve bem de mais.
    Essa história promete já começou dum jeito eletrizante
    Beijos

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