O dia amanheceu cinzento, talvez pelo clima de guerra e devido a saber que muitos estavam feridos, que famílias e amigos choravam as suas perdas.
***
Draco acordou primeiro, sentindo Hermione muito colada a seu peito. Sentiu o perfume dela, acariciou seus cabelos. Ainda não acreditava que tinham saído daquela batalha vivos e ilesos.
Sorriu com a proximidade... só então percebeu que estava terrivelmente excitado. Seu membro encostava na barriga dela. Ele gemeu e fechou os olhos.
Não era possível, ainda sentia seu corpo cansado e sua mente mais ainda, mas estar debaixo do edredon completamente nu, com ela tão próxima, não era algo muito inteligente quando não a queria despertar.
Mas o impulso, o fez abraça-la ainda mais rodeando sua cintura e a trazendo para mais perto. Ela gemeu e ondulou como que agradecendo o aperto. Draco beijou seus cabelos, e desceu pela pele morna. Passou os lábios pela testa, saboreando a textura, desceu para as bochechas,e pelo queixo, e enfim pousou sobre o lábios dela.
Explorou-os delicadamente. Eles eram firmes, porem macios. O gosto era peculiar, gosto de Hermione. Gemeu de encontro aos lábios dela.
Que suspirou vencida.
_Hum, se eu tivesse a certeza de acordar assim todos os dias, eu enfrentaria uma batalha!
Ele sorriu divertido.
_Pensei que estivesse dormindo.
_Não dá pra dormir, com algo quente e duro me cutucando!- ela riu ainda de olhos fechados.
_Hum, suponho que pode resolver esse problema!- ele disse com fingida inocência.
_Claro. –ela disse ruborizada – É só me dizer que quer que eu faça. –
Ela tinha certeza de que aquele sorriso era um dos mais sedutores que ele já havia dado em sua vida! E algo dentro dela se derretia.
_Mas primeiro quero ir ao banheiro!- ela se levantou e correu, tentando esconder sua nudez com as mãos.
Linda! Ele sussurrou e se jogou de costas no colchão. Maravilhosa, ela é simplesmente demais! Ele pensou rindo sozinho. Estava feliz, apesar de saber da dura realidade fria que os esperava lá fora. Mas aquele momento era só deles. E ele não desperdiçaria o momento. Aparatou num dos banheiro do corredor, usou o rapidamente, queria estar perfeito para quando ela chegasse. Não demorou mais do que 5 minutos. E ficou feliz ao retornar ao quarto e saber que ela ainda estava no banheiro. Se deitou de novo, cobriu-se da cintura para baixo, e ficou a esperando recostado nos travesseiros.
***
Hermione estava no banheiro já há alguns minutos, ainda não acreditava que tinha feito amor com ele, que tinham vencido a guerra, que estavam vivos, que tinham dormidos nus, e que ela tinha se levantado e corrido nua na frente dele. Eram coisa demais. Sorriu se olhando no espelho, os cabelos como sempre estavam desgrenhados, mas seus lábios estavam cheios, passou a língua sobre eles, e sorriu testado um sorriso sedutor. Olhou seus seios, os bicos estavam túrgidos e muito rosados, desejo evidente. Ela se lembrou da sensação de te-lo dentro de si. Seu ventre se remexeu de desejo.
_Vamos lá Granger. É seu marido, e você quer isso antes de encara a realidade lá fora. Reage!- ela disse para si mesma como uma ordem. E saiu em direção ao quarto.
***
Draco estava com os olhos semi-cerrados, fingiu não olhar para a porta do banheiro, mas estava ansioso, seu coração batia descompassado.
Ela surgiu com passos lentos, nua, os cabelos presos num coque mal feito. Se aproximou devagar, quando ela chegou próximo a cama, ele se movimentou, e retirou o edredon, num convite mudo para que ela entrasse debaixo dele.
A ereção era evidente, e ela sorriu antes de subir sobre a cama, e se ajoelhar com as pernas aberta sobre ele. Seus olhos estavam dilatados, e ela o espreitava com a mesma curiosidade com que ele fazia.
_Ainda bem que está aqui Hermione, eu não saberia o que fizer, se tivesse te perdido naquela maldita batalha!- ele disse sincero.
Ela sorriu.
_Também estou feliz Draco! Por estarmos aqui!
Ela disse antes de descer os lábios sobre o dele, devagar.
Os beijos foram calmos, porem tomavam uma qualidade mais ardente, a medida dos minutos. Draco segurou a cintura fina com as duas mãos, a forçando para baixo, em direção onde estava duro por ela. Mas ela empinou o corpo, colocando seus mamilos em direção a boca dele, e ele não se fez de rogado e levou um deles a boca, chupou com tanta força que ela quase gritou. Ele deslizou as mãos pelas costas dela, sentido o calor que ela emanava, apoiou as mãos no quadril e a puxou para abaixo, enquanto mordiscava alternadamente os mamilos.
Gemeram junto com o toque de suas intimidades. Ela ficou apreensiva, ele soube que ela pela falta de experiência. Beijou os lábios dela a fazendo se abaixar sobre lê, sua ereção dura a penetrando centímetro por centímetro.
Ele se agarrou a cintura dela, sua cabeça descansando sobre os seios. A segurou firme a fazendo ondular sobre ele. Gemeu alto. Hermione entendeu o recado, e se moveu lentamente.acariciou os cabelos dele. E experimentou subir e um pouco e descer.
Draco urrou e ela o olhou assustada. Sua face suada e vermelha.
_Faz de novo!- ele disse com esforço, e ela obedeceu.
Sua feminilidade reclamava a invasão, estava dolorida ainda, devido ao pouco tempo que perdera a virgindade, mas já não era mais tão incomodo. E ele fez de novo, uma vez, duas, três... enfim ele a segurava pela cintura e ditava o ritmo que ela seguia com sabedoria.
Draco a ajeitou em seus colo, e estocou juntamente com ela, achando o ritmo certo. Para que os dois chegassem ao clímax... entre gemidos e mordidas ele não demorou avir. Veio rápido e violento, os deixando sem ar e tremendo.
_Draco!- ela gemeu com a cabeça jogada no ombro dele.
_Oi! Mione isso foi espetacular!
_Foi!- ela sussurrou sem forças.
_Mione! Draco!Estão acordados? Estamos indo ao hospital, vocês vêem? E papai está arrumando o funeral de Carlinhos.
_Responde!- ela cochichou para Draco.
_Sim Ronald, a Mione está no banho, assim que terminarmos nós vamos. Me de cinco minutos ok? – Draco disse tentando camuflar a irritação.
E logo ouviram o som dele se afastando.
_Será que ele ouviu alguma coisa? – Hermione perguntou preocupada.
_Creio que não, ouvi os passos dele se aproximando.
_Que bom!Então é melhor nos apressarmos não é mesmo? – ela disse sorrindo amarelo, tendo visto que ele ainda estava dentro dela.
_Cinco minutos? Dá tempo de mais uma? - ele fez cara de menino pedinte e ela riu gostosamente enquanto o desmontava e voltava para o banheiro...
****
_Você vai ficar bem? – Draco perguntou apreensivo
_Eu vou superar. Apenas não me deixe, ok?
_Eu não faria isso. Eu sei como isto vai ser duro para você.
_E não faça nenhum comentário a Ron ou Harry. Eles estão se mantendo fortes o suficiente.
_A Sra. Weasley e Weasleyzinha vão fazer o mesmo?
_Sim. Elas estão no caminho enquanto falamos. Ambas já se recuperaram o suficiente para participar das cerimônias.
Hermione e Draco ficaram fora do cemitério, confundidos com os outros no cemitério, aguardando o funeral de Carlinhos Weasley começar. O dele foi o primeiro dos membros da Ordem, e o mais difícil para Hermione.
Draco observava que os Weasleys chegavam, o Sr. Weasley liderava o caminho, apoiando a Sra. Weasley. Os rapazes seguiram, Gina e Harry apoiando com um braço forte em torno de sua cintura. Ron trazendo a retaguarda, cara solene, parando apenas quando viu Hermione. Agarrando a mão dela, ele deu-lhe um puxão, incentivando-a a seguir. Draco estava relutante em ir com ela, não querendo se juntar aos Weasleys lá na frente.
Hermione lhe deu um olhar que parecia indicar que ela não tinha entendido... ele não queria ir, mas a indicou com um gesto que ela seguisse os amigos.
Ela pegou a mão de Ron e o seguiu até a frente, tomando um lugar ao lado dele. Forçando a si mesma a não olhar para o caixão branco na frente deles, ela se focou em Gui, que estava homenageando seu irmão.
_Carlinhos Weasley não era apenas o meu irmão mais novo, ele foi provavelmente o meu melhor amigo. Crescemos juntos, jogando Quadribol no pomar da nossa casa em conjunto, fomos para a escola juntos. Ele foi o primeiro que eu disse sobre a minha relação com a Fleur, o primeiro a incentivar-me a pedi-la em casamento. Não sei por onde começar, honestamente. Devo falar sobre seu amor pela vida? Sua predileção por animais... amor de trabalhar com dragões? Como vamos homenagear devidamente a sua vida?
Draco se enfiou no meio da multidão, deixando as palavras de Gui Weasley lavarem ele. Olhando em volta, ele viu muitos rostos, tanto de familiares e não familiares. Todos os membros sobreviventes da Ordem que poderia caminhar estavam lá. Pessoas do Ministério, os donos de dragões da Romênia, antigos colegas de escola, mesmo desconhecidos que queriam mostrar o seu apreço pela sua ajuda na luta contra o Voldemort... todos se voltaram para relembrar Carlinhos.
Draco olhou em frente, vendo como sua esposa puxou Ron para perto, abraçando-o e ele chorou silenciosamente. Embora ele não pudesse dizer de onde ela estava sentada, ele tinha certeza que ela estava chorando também. Carlinhos, afinal, foi um membro da família que ela considera a sua própria. Ele poderia ter sido anos mais velho que ela, mas ele ainda era como um irmão.
Ela choraria no funeral se ele tivesse morrido? Alguém choraria por ele? Imaginou-a sozinha na beirada de seu caixão. Sim ela choraria por ele, mas ninguém mais. Aquelas pessoas não o suportavam enquanto vivo, não haveriam motivos para cerimoniais depois de morto. Ele pensou ridiculamente, suprimindo um suspiro de repugnância. Seu luto seria de poucos.
Como seria isso, Draco perguntou desamparado, ter uma família como Carlinhos Weasley, ter amigos como ele... as pessoas que realmente sentirão falta dele, realmente chorando sua morte. Será que sua vida teria sido mais feliz?
Ele tem se odiado por anos, sentindo a forma como ele agiu com Weasley e seu clã. Sim, eles eram pobres e viviam humildemente, não tinha nada comparado ao seu estilo de vida. Mas... eles foram felizes. Weasley estava sempre cercado por pessoas que o amava. Ele nunca tinha conhecido esse sentimento.
Seu pai sempre foi deslocado para as empresas, sempre o criticando por uma coisa ou outra. Sua mãe o amava, sim, mas ela estava sempre ocupada com os assuntos sociais, não tendo muito tempo de sobra para ele. Sendo apenas uma criança, ele sempre teve tudo o que queria, mas ele nunca pareceu tão feliz ou satisfeito como o Weasley, que não tinha nada.
Forçando-se a parar de pensar sobre o ciúme que sentia do Weasley, Draco voltou seus olhos de volta para Gui, tentando ouvir o elogio de Gui Weasley. Ele estava distraído, pensando, sua esposa inclinou a cabeça sobre o ombro do Weasley. Ele deveria estar lá em cima, ele sabia, confortando ela, abraçando-a da mesma forma que o Weasley fazia. Ela não precisava dele, pensou, da mesma forma como ela necessita de Ron ou Harry. Ela os amava, eles a amavam.
Draco não estava sobre os sentimentos dela, haviam dito que se amavam, mas poderia ter sido apenas no calor do momento, mas ficaria satisfeito em saber que ela o tolerava, com certeza, desejava ele, que era bastante aparente depois dos últimos dias. Ambos estavam mudando...
_O que você está fazendo? – Draco olhou para cima, assustado, para ver Hermione em pé na frente dele.
Olhando em volta, ele viu que as pessoas estavam se levantando de suas cadeiras para conversar uns com os outros, para oferecer condolências aos Weasleys.
_Desculpe... estava distraído em meus pensamentos. Já acabou?
_Sim. O que estava pensando? – Hermione perguntou, curiosa sobre o que poderia ser tão preocupante que ele nem sequer notou as pessoas se deslocando ao seu redor.
_Isto e aquilo. – disse Draco evasivo, em pé.
Pegando em sua mão, ele a puxou através da multidão, ele foi para diante do Sr. e da Sra. Weasley.
_Sr. Weasley, Sra. Weasley, eu quero oferecer-lhes as minhas condolências. Eu não conhecia bem Carlinhos, mas ele se juntou com os outros na ameaça contra minha mulher, eu sei que ele era um bom homem e que ele vai fazer falta.
_Obrigada, querido. – disse a Sra. Weasley, com lágrimas caindo pela bochechas. Sr. Weasley assentiu estático e ofereceu sua mão trêmula para Draco.
Hermione e Draco saíram para repousar com Ron, Harry, e Gina. Antes que pudesse dizer alguma coisa, Ron e Gina enrijeceram. Voltando a olhar, Draco viu um novo ruivo se aproximar da família.
_Percy? – Ron disse na descrença.
_Olá, mamãe, papai. – disse ele firme, os olhos cheios de dor. Olhando para seu filho, o Sr. Weasley suspirou.
_Olá, filho. Bem-vindo a casa.
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