Textos que podem conter conotação sexual, palavras, atos e cenas descritivas de violência e sexo. Só leia se for maior de idade.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Sacrificio - Capitulo 31- Frustação



Cap. 31 - Frustação


         Era tardezinha, Hermione havia acabado de sair do banho e ao chegar ao quarto encontrou Pansy sentada próximo a sua cama.

         _Parkison?

         _Se lembra de mim, Granger? – a morena disse maliciosa e Hermione se aproximou da cama cautelosa.

         _O suficiente para saber que não é uma boa companhia.

         _Que pena que pense assim, Granger. Gostaria muito de ser a sua amiga.




         _Por quê? Não seja ridícula! Eu perdi parte da memória, não fiquei idiota. – Hermione disse áspera e se sentou na cama.

         _Bom, até onde sabe? Que você se casou com um homem comprometido.

         _Ah, garota, me deixa, vai. E ele não tem nada com você. - Hermione disse, porém as palavras não saíram tão firmes quanto desejava.

         _Quem disse? – ela disse arrumando os botões abertos da camisa da escola, demonstrando um par perfeitos de seios turbinados.

         _Se ele quisesse você, por que ele teria se casado comigo? – Hermione perguntou confusa, sua cabeça começando a doer.

         _Porque você foi conveniente para ele, querida, apenas isso. Mas ele já comentou o quanto você é uma mulher aguada na cama. E me disse também que é um desgosto ter que dormir com você todas as noites, e é por isso que, antes de ir para o dormitório de vocês, ele me procura. O Draquito não é um homem de dormir insatisfeito. - Pansy disse maliciosamente, sorrindo ao ver Hermione pálida.

         _Pode ser, mas ainda assim prefiro o cargo de esposa, é bem melhor do que ser a amante.

         Pansy ficou séria. E pensou um segundo antes de dizer.

         _Até quando o posto é seu, eu não sei. E nem você sabe, mas tenho convicção de que será por pouco tempo, muito pouco tempo. – ela disse e saiu rápido.

         Hermione tremia muito e colocou as mãos no rosto. Detestava se sentir tão frágil. Preferia estar correndo por aí com Harry e Ronald a estar ali, fragilizada, grávida e casada com Draco e, o pior, sem lembrar de nada. Os pensamentos faziam um turbilhão em sua mente, não conseguia se controlar, e, enfim, deu vazão às suas lágrimas de frustração.

         Pomfrey chegou e a encontrou sentada na cama, chorando desconsolada.

         _Que foi, Menina?- a mulher perguntou pelo hábito, mesmo sabendo que ela já era uma senhora, e continuou preocupada - Sente alguma dor? - Hermione negou com a cabeça - Suas lembranças voltaram? – ela negou mais uma vez – Vem, deite-se. - ela ordenou, obrigando-a a se deitar – Vou pegar água pra você.

         Não demorou dois minutos para que Draco entrasse pela enfermaria correndo, com Harry e Gina em seu encalço.

         _O que houve com ela? – ele perguntou, apressado, a enfermeira.

         _Não sei. Quando cheguei, ela estava pálida, tremendo muito e chorando sem parar.

         _Hermione! - Harry chegou e, antes de ouvir qualquer coisa, se aproximou da amiga.

         Hermione o abraçou, chamando por ele.

         _Estou aqui.

         _Harry! Harry!- ela dizia entre soluços, agarrada ao pescoço dele, sem olhar a sua volta e sem ver a expressão de decepção no rosto dele.

         _Draco. - Gina disse baixo segurando a mão dele, que tremia.

         _Veja o que ela tem, por favor, eu... - ele disse com dificuldades - Preciso sair. - ele se virou e saiu apressado.

         Draco não podia entender, depois de todo o destrato que ela sofrera, como ela podia se abandonar nos braços dele? Porque ela tinha que se entregar à ele naquele momento? Seria tão mais fácil se ela tivesse esquecido o Potter ou os Weasleys. Mas por que ele? Precisava tanto estar ao lado dela naquele momento, precisava tanto do seu amor e carinho. Justo agora que descobrira que tinha tanto a oferecer. Que tinha tanto amor a dar.

         Saiu cabisbaixo e se sentou do lado de fora da enfermaria. Apesar dos pesares, não podia se afastar dela. Não podia.

         Gina se aproximou e desfez o abraço entre Harry e Hermione.

         _Ginny!- ela murmurou antes de abraçá-la.

         _Harry, vá atrás do Draco, ele precisa ouvir alguma coisa. Deixe que eu converso com a Hermione, ok?

         Harry saiu com um suspiro de resignação. Não queria ter que conversar com o loiro, queria ficar perto da amiga. Talvez fosse remorso por tê-la tratado mal, ou por tê-la chamado de nomes feios, ou ainda por não ter sido o amigo que ela merecia. Tinha raiva de si mesmo, principalmente de Draco por ser bom pra ela, por ser amigo e companheiro, por ser o marido que ela merecia. Mas já que o destino tinha ajudado, era melhor aproveitar a chance...



*****************************************************

         _Hermione, o que houve, minha amiga?

         _Estou tão confusa, Gina. Tão confusa!

         _Senta aqui, vamos conversar. - ambas se sentaram – É sobre o Draco, não é?

         _É sobre tudo. Gina, e se estiverem me enganando? E se for uma farsa?

         _Mione, me escuta. Olha só, você e o Draco estão casados e se amam, vão ter um filho que, com certeza, vai ser lindo!- ela tentou fazer a amiga sorrir, em vão – Mas acontece que você se feriu e perdeu a memória. Você não confia em mim?

         _Sempre confiei.

         _Então, eu não minto.

         _Mas ele é o Draco Malfoy. Ele deve mentir pra mim.

         _Não creio que haja mentira entre um casal que se ama. E é o que vocês são, um casal que se ama.

         _E a Pansy?

         _O que tem essa vaca?

         _Acha que o Draco tem um caso com ela? Acha que ela dorme com meu marido?

         _Han? De onde tirou isso? Claro que não! O Draco é fiel a você.

         _Como pode ter certeza?

         _Hermione, o Draco é louco por você! Ele luta, briga, chora, fica maluco por sua causa. E ele detesta a Pansy. Seja o que for que tinha entre eles, acabou antes de você.

         Hermione a olhou calada, com os olhos inchados e expressão chorosa.

         _Merlin, mesmo sem memória você sente ciúmes dele.

         _Não estou com ciúmes. – ela tentou se defender e Gina sorriu. – E só que não quero dividir meu marido, mesmo que ele seja o Malfoy.

         _Então, amiga, melhore logo, e segure-o. Porque tem muitas barangas atrás dele.

         _Você acha?

         _Claro. Ele é louco por você e por essa criança.

         Abraçaram-se carinhosamente.



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         _Malfoy!

         _Como ela está?

         _Melhor! Principalmente depois que você saiu. – Draco o olhou de cenho franzido.

         _Draco, porque você não aproveita essa situação para devolver a liberdade dela?

         _O quê? - Draco o olhou incrédulo.

         _Devolva a ela a vida que ela sempre teve. Sem ser casada com você.

         _Você está louco!

         _Pensa, Malfoy. É a chance de deixá-la livre.

         _E meu filho? Como pode me pedir uma coisa dessas? Potter, eu devia te quebrar os dentes.

         _Mas não vai fazer, sabe por quê? No fundo, sabe que eu tenho razão, você nunca será bom o suficiente para ela!

         _Vá à puta que te pariu, Harry Potter! Quem é bom o suficiente? Você? Hein, Harry? Você? Seu idiota! Você não entende nada de amor, nada!

         _Quem não entende é você!

         _OW! O que está havendo? A Hermione pegou no sono nesse momento. – Gina disse chegando e entrando entre os dois.

         _Gina. Nunca pensei que diria isso, mas acredito piamente agora que você está perdendo seu tempo namorando esse paspalho.

         _Quê?

         _Cala a boca, Draco! - Harry rosnou.

         _Medo de que eu conte a ela o que você quer, Potter?

         _O que está acontecendo?

         _Pergunte ao santo Potter, ele sabe resolver tudo do seu jeito, claro, e sem se importar com mais ninguém além dele mesmo. - Draco disse irritado e saiu.

         _O que você disse a ele, Harry? E eu que pensei que as coisas estavam chegando no lugar.

         _Não disse nada que não seja a verdade. Pedi que ele se afastasse da Hermione.

         _Harry, você não tem noção das coisas? Você está sendo idiota. Harry, a Hermione está grávida! - ela contou como se ele não soubesse - Eles vão ter um filho e você querendo separá-los? É hora de apoiá-los e torcer pela família deles. Que espécie de amigo você está sendo? Todos nós erramos com ela, Harry, mas nos redimimos, só você continuou errando e errando e errando. Você acha que, quando a memória dela voltar, ela não vai se lembrar de como você a agrediu emocionalmente a chamando de prostituta? Harry, ela vai reviver tudo de novo, inclusive a sua idiotice. E se você atrapalhá-los perderá a sua amiga. E se continuar agindo como um crápula idiota vai perder sua namorada também.

         _Gina! Mas...

         _Nada de mas, Harry. Agora, pense.

         _Você vai ficar do lado do Malfoy agora?

         _Não, Harry. Vou ficar do lado certo. E quer saber? Eu tenho uma vadia para pegar, então, beijo.- ela disse, beijou-o rapidamente nos lábios e saiu, o deixando pensativo.



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         Romilda Vane estava no refeitório quando Pansy Parkinson se sentou ao seu lado. Ela a olhou absorta, sem entender o que a sonserina queria.

         _Perdeu o senso de direção, Parkinson? A mesa da sonserina não é essa. – disse com deboche.

         _Talvez. Embora ainda me sinta idiota tão próxima a idiotas. – Pansy disse com descaso.

         _Não quer outra surra Grifinória, não é, Parkinson?

         _Tenho uma proposta pra você. – ela disse sem rodeios.

         _Não faço trato com sonserinos.

         _Você ainda é afim do Potter?

         _Isso, definitivamente, não é da sua conta.

         _Ser trocada por uma ruiva besta e pobre não é algo que devemos deixar barato.

         _Não me importo mais. - Romilda respondeu trêmula.

         _Sei de táticas mais eficazes que bombons com a poção do amor. – ela disse metida, se referindo os atos passados da menina.

         Romilda ponderou as palavras, porém, mesmo que fosse responder, foi interrompida, vendo uma ruiva se aproximar sorrateiramente.

         Pansy não havia se dado conta da presença da outra até que teve os cabelos envoltos fortemente num aperto doloroso em sua nuca

         _Ai.

         _Se você se aproximar ao menos cem metros daquela enfermaria enquanto a Hermione estiver por lá, eu me certificarei para que você permaneça lá na enfermaria ao lado dela, mas cuidarei também para que não esteja consciente até o próximo ano. – Gina disse muito próxima ao ouvido de Pansy, que tentava segurar a sua mão.

         _Do que esta falando, sua maluca? Eu não estive naquele “inferno” de enfermaria. E se sua amiguinha esta lá, ela deveria a aprender a andar. – Pansy disse conseguindo se livrar do aperto de Gina.

         _Se afaste dela, Pansy, já demos muitos avisos. Eu, o Draco, o Blaise... É melhor tomar cuidado. Ainda não me desceu essa história de ela ter simplesmente caído. É melhor ficar longe deles, entendeu? Longe da Hermione e do Draco. – Gina avisou ameaçadora.

         _Olha aqui, sua vaca ruiva, devia cuidar do seu namorado, ao invés do marido de sua amiga. Ou você está dando para ele também? De repente... Sei como é a fama do Draco.

         Gina caminhou até ela e sua mão desferiu sobre o rosto de Pansy, deixando marcas pelo longo da face branca.

         _Não ouse insinuar isso nunca mais!

         _Como se atreve!- Pansy disse levantando a varinha para azarar Gina.

         Porém, antes que pudesse fazer qualquer coisa, a varinha voou de suas mãos, as três olharam em direção ao feitiço que atingiu Pansy.

         _Isso não é uma boa idéia! – Blaise disse calmo.

         _Arg! Blaise, você ainda vai se arrepender. - ela disse e saiu bufando.

         Gina sorriu para Blaise e ele saiu sem dizer nada. E ela se voltou para Romilda.

         _E você, Vane, longe da Parkinson.

         _Você não manda em mim!

         _Não. Mas posso te avisar, é melhor não se envolver com ela. Porque, quando ela se ferrar, vai te levar junto. E quer saber... Te quero longe do Harry também.

         _Sua doida!- Romilda disse saindo enfurecida.

         Gina ficou sozinha alguns minutos antes de Blaise se aproximar.

         _Mandou bem, Weasley. - ele disse sorrindo perto dela.

         _Obrigada. - ela não pôde conter o sorriso, principalmente por notar os dentes brancos e perfeitos do Sonserino.

         _Você é uma mulher forte, Weasley!- ele comentou olhando-a nos olhos.

         Gina abriu a boca desconcertada, os olhos dele brilhavam como se a hipnotizassem. Nunca tinha reparado tão bem nele. Ele era perfeito demais, e sorria como um demônio prestes a levá-la ao inferno.

         _Não é nada! Quer dizer, não sou nada... Eu... - ela gaguejou.

         _Gina! - Harry chamou, sua voz soou quase como um grito, e ela conseguiu desprender os olhos dos de Blaise. – O que está fazendo de papo com o Zabini? – Harry se aproximou enraivecido.

         _Nada, estávamos apenas nos cumprimentando. Tchau, Zabini. - ela disse sem olhar para ele e puxou Harry pela mão – Vem, amor!

         Nenhum dos dois viram Blaise olhar para as curvas da ruiva e sorrir maliciosamente.





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