Talvez lá haja um Deus acima
E tudo que eu sempre aprendi do amor
Era como ganhar alguém que te conquistou
E isso não é um choro que você pode ouvir à noite
Não é alguém que vê a luz
Isso é um aleluia frio e partido
Draco estava ao lado da cama de Hermione, ela estava pálida e tinha os olhos fechados. Estava inconsciente ainda. Draco sentia seu coração doer desesperadamente. Os médicos disseram que ela estava bem, mas por vias das dúvidas mandou chamar o medibruxo responsável por ela.
Ele segurava as mãos gélidas enquanto acariciava os cabelos cacheados que ela tanto amava. Sentiu um frio subindo novamente e eriçar os cabelos de sua nuca. Estava tão triste, e por que os acordes de uma canção insitia em aparecer em seu cérebro?
Com a voz embargada ele subitamente começou a cantar...
Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia, aleluia, aleluia, aleluia, Aleluia
Eu ouvi que havia uma nota secreta
Que Davi tocou e louvou ao Senhor
Mas você não se importa realmente com a música, se importa?
Foi assim - a quarta, a quinta
A queda do menor, a ascensão do maior
O rei confuso compondo aleluia
Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia.
Seu coração estava em pedaços, como poderia existir tal dor? Como poderia? Ele tinha perdido seu anjo ruivo? Ela era seu anjo! E agora ver Hermione assim e saber que ela sofreria quando acordasse. E se o bebê não ficasse bem? E se acontecesse alguma coisa com ele? Ou com Hermione? Ele não suportaria... Ele afundou a face de encontro ao colchão, sentia os pêlos levemente arrepiados, mas não sabia que a figura que estava no quarto de Fantine estava mais uma vez próxima a eles. E beijou levemente a face de Hermione e assoprou levemente as palavras: - Hallelujah!
Ela acordou em seguida.
_Rony?
_Mione! Você acordou! - o loiro ficou tão surpreso por ela acordar de repente, que nem ligou para o fato dela ter chamado o nome de Ronald. Seu coração estava triste demais para se preocupar com aquilo.
_Draco? - ela disse ainda muito debilitada.
_Oi! Estou aqui! Você está bem?
_Estou muito tonta! – ela contou.
_O Dr. Richardson deve estar chegando ele vai cuidar de você!
_Draco, eu...
_Descansa Mione não fala nada agora! Nada! - ele disse beijando suavemente as faces dela, que adormeceu logo em seguida.
O Dr. Richardson entrou no aposento sem ao menos bater na porta.
_O que houve? – ele perguntou já iniciando os exames em Hermione.
_Ela teve uma emoção muito forte! – o loiro contou baixo, sem encará-lo.
_Eu não avisei que emoções poderiam ser prejudiciais? – ele perguntou ríspido, olhando para Draco.
_Claro, porém não foi possível evitar esse transtorno.
_Transtorno que colocou a vida de seu filho em risco!
_Não te chamei para dar opiniões, te chamei para cuidar deles! Eu não quero que nada de mau aconteça a eles! – o loiro disse inseguro, afinal ele também se encontrava muito abalado.
_Então se retire e deixe-me fazer meu trabalho!
Draco engoliu em seco, queria revidar, brigar, mas sabia que no momento o médibruxo estava certo. E por isso ele resolveu sair e deixá-lo fazer seu trabalho.
O corredor frio trouxe a imagem de Fantine novamente a sua mente, e a perda dela doeu forte. Ele se encostou à parede fria e fechou os olhos, tentando engolir outra onda de choro que o ameaçava.
_Anjo? – a voz angelical chegou aos ouvidos dele, e ele suspirou, estava ouvindo fantasmas agora. Ele concluiu.
Mas a voz de algum adulto lhe chamou a atenção:
_Menina! Você não pode sair andando assim pelo hospital!
_Me solta! Anjoooo! – a voz doce se fez ouvir de novo. E ele abriu os olhos rapidamente.
A cena mais improvável, e que nunca poderia imaginar, uma menina ruiva, vestida com a camisola do hospital estava sendo segura por um enfermeiro. Sua voz falhou, e por um momento ele não soube o que estava acontecendo tinha medo de ser um sonho e acordar.
_Solta ela! – ele ordenou num só fôlego, como se não pudesse respirar.
Desencostou da parede e viu a menina correndo em sua direção.
Merlin que isso não seja um sonho! O loiro pediu em mente ao ver a menina se aproximar, ele abriu os braços e ela pulou no colo dele.
Ele a abraçou forte, como jamais tinha feito.
Eu não mereço que isso seja um sonho! Ele disse em voz alta ao sentir o calor do corpo dela e as lágrimas dela molhando o pescoço dele.
_Fantine, eu pensei que você tivesse... - ele não conseguia dizer – eu pensei que...
_Eu estou bem anjo! Muito bem! – a menina disse se afastando do ombro dele, e enxugando o rosto dele.
_Como você melhorou assim? Você precisa estar deitada e... – ele disse extremamente desconcertado e tremendo.
_Eu estou bem anjo! E a tia Mione? Quero vê-la!
_O médico está cuidando dela!
_Fantine! - a voz da mãe dela se fez ouvir. - Minha filha! - A mulher se aproximou de Draco chorando.
_Mamãe! - a menina disse alegre e pulou do colo de Draco direto para a sua mãe.
Que chorava muito.
_Não chora mamãe eu estou bem! Um anjo me salvou!
_Vocês acreditam em milagres? – o médico da menina chegou e disse próximo a eles.
_Acredito! - o loiro disse olhando para menina.
_Presenciamos um senhor Malfoy!
Todos sorriram alegres.
_Mas temo mocinha que ainda precisará ser observada e devidamente avaliada! - o medico disse a Fantine.
_Tudo bem! Tchau anjo! Assim que a tia Mione acordar eu quero vê-la, diga que eu mandei um beijo!
_Tchau! E o anjo é você! – ele sorriu e a menina o abraçou uma vez mais. E saiu com a mãe e o médico.
Antes que Draco pudesse dizer qualquer coisa o Dr. Richardson abriu a porta do quarto. E pediu que ele entrasse.
_Draco! Draco! - Hermione estava sentada na cama, ela chorava copiosamente e abriu os braços para ele.
_Oi amor! Estou aqui!
_Draco! A Fantine ela... - ela não foi capaz de dizer.
_Não! Mione – ele segurou o rosto dela - Ela está melhor do que nunca!
_Como assim? Ela estava tão debilitada e...
_O milagre aconteceu Mione! Um milagre!
_Que milagre Draco? Que milagre?
_Ela está viva! – ele contou sorridente – Viva! Não sei como, mas estive com ela, e ela está muito bem!
_Merlin!
Ela disse enquanto abraçava Draco alegremente.
_Devo avisar os dois pombinhos que mesmo notícias alegres são emoções fortes! - o Dr. Richardson disse rabugento.
_Ah! Cale a boca! - Draco rosnou.
_Sim, mas essa é uma notícia muito especial. – ela disse e abraçou Draco o beijando na boca. Estava tão feliz que nem se importou por estar na frente do medico.
Kevin olhava abismado, o beijo que o casal trocou. Foi um beijo rápido, mas capaz de despertar a inveja dentro dele. E ele desejou desesperadamente estar no lugar de Draco. Lembrou-se de sua esposa que morrera tão tragicamente, talvez se ele conseguisse tirar Hermione daquele loiro idiota, ela pudesse ter algum sentimento por ele. Ela não amava o loiro, caso o amasse não estaria num cemitério chorando por um homem morto. Isso significa que ele tinha alguma chance de roubá-la desse idiota! Ele deduziu.
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Depois de muito insistir com os médicos Hermione conseguiu autorização para ver Fantine com a condição de não demorar. Amparada por Draco ela caminhou pelos corredores até chegar do hospital infantil. E ao quarto da menina. A porta estava aberta. Havia um médico e dois enfermeiros com ela. Ela olhava distraída os movimentos dos homens de branco, enquanto lentamente uma substância que Hermione conhecia muito bem corria pelo cateter do soro.
Ela estava na sua sessão de quimioterapia. Hermione encostou-se à parede oposta esperando os médicos saírem. Observando a menina com resoluta resignação obedecer aos médicos. Pensou no horror que sentiu ao pensar nela morta e no alívio de vê-la ali. Mesmo que pálida e parecendo abatida, mas viva. Era outra chance. A chance que Rony não teve, mas que Fantine teria e que Hermione faria de tudo pra aproveitá-la. Draco mantinha-se quieto ao lado dela. Sabia que milhões de pensamentos percorriam a cabeça da moça. Ele observava com carinho o anjinho fazer careta pro remédio que lhe davam na colher.
_ Eu queria poder cuidar dela – ele disse depois de um suspiro – levá-la conosco e cuidar dela da melhor maneira possível.
Hermione olhou pro rosto dele. Draco a surpreendia cada vez mais. Os médicos saíram e Hermione aproximou-se da porta.
_ Tia Mione! – a menina disse na voz aguda e doce.
_Ah meu amor! – disse Hermione adiantando-se para abraçá-la forte.
_Eu estou bem tia! – disse a pequena – Não queria assustar vocês.
_ Tudo bem Fantine - disse Hermione sentando-se na cadeira ao lado dela. Ainda se sentia fraca e tonta – como você está?
_Bem, e você? E o neném? – perguntou Fantine.
_Ficaremos bem – Hermione sorriu – Onde está sua mãe?
A menina deu de ombros. Hermione sentiu o corpo perpassado por um incômodo calafrio. Rony tinha pavor das sessões de quimioterapia, odiava ficar sozinho nelas, passar por todos os mal-estares daquelas horas. E ali estava aquela menina tão pequena passando por isso sozinha. Sentiu um súbito desprezo pela mãe da menina.
Ela levantou-se e arrumou os cobertores da menina. Esta olhou pela porta e avistou Draco ainda no mesmo lugar.
_ Anjo vem cá! – chamou ela – Não posso sair. – ela indicou o soro. Draco se aproximou.
_ Como está pequena? – ele perguntou olhando pro rostinho dela.
_ Bem. – ela sorriu.
_ Isso incomoda? – perguntou ele indicando o soro, parecendo à Hermione estranhamente infantil. Ela sorriu pra si mesma.
_ Não tanto – disse Fantine – Só um pouquinho.
_ Por que sua mãe não está aqui? – perguntou ele que aparentemente não tinha ouvido a conversa anterior.
_Acho que ela não gosta muito de ficar aqui, sabe? Meu irmãozinho morreu aqui, e ela fica triste. – disse Fantine simplesmente. Draco não soube o que dizer, enfim perguntou cuidadoso.
_ Seu irmão teve o mesmo que você? – Fantine concordou com a cabeça. - E também ela trabalha muito, tia! Ela é correspondente internacional do Profeta Diário... Aí viaja muito. – disse a menina inocentemente.
_ Entendo. – disse Hermione – Olha, nós vamos lá, ok? Viemos ver como você estava, mas eu preciso ir descansar, e tomar meus remédios. Voltamos depois pra vê-la está bem?
_Sim titia. – Hermione se inclinou para beijar-lhe a testa e Draco fez o mesmo murmurando que voltariam.
Eles voltaram aos corredores. Ambos em silêncio.
_ Dá pra imaginar uma mãe deixar uma criança sozinha em uma situação dessas? – disse Draco indignado. - Ela me pareceu preocupada, quando a deixei com a menina.
Hermione suspirou.
_Realmente é horrível. – ela disse – Mas Draco você ainda não me disse como chegou aqui.
Ela lançou um olhar acusador ao loiro que suspirou.
_Meu amor, não é um bom momento. Preciso te levar pra casa. Esqueceu-se do que o ‘’purgante’’ disse? Repouso... – ele disse e a abraçou.
_Tudo bem, por enquanto, mas você vai me responder as perguntas num outro momento.
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Draco e Hermione voltaram juntos para casa, ela adormeceu antes de chegar, e não viu quando ele entrou na mansão com ela nos braços, e a colocou na cama. Ele também se sentia extremamente cansado... Deitou-se ao lado dela, e adormeceu instantaneamente.
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Quando Draco acordou, ela já havia acordado, estava sentada numa poltrona próxima a janela.
_Bom dia!
_Bom dia! Nossa dormi tanto assim!
_Sim, dormimos muito! O dia já está amanhecendo.
Ele se levantou e esfregou os olhos. E ela continuou.
_Acordei cedo, estava com fome!
_Ontem você não se alimentou direito. Já comeu alguma coisa?
_Sim. – ela respondeu feliz, alisando a barriga – E já liguei para o hospital também, a Fantine ainda está dormindo. Mas como pedimos, ela foi monitorada o tempo todo, e está bem!
Ele não pode deixar de sorrir.
_Não imagina como fico feliz com isso!
_Posso imaginar, eu mesma estou muito feliz! Muito! Embora ainda esteja intrigada!
_Com o que? – ele se levantou rápido e tentou desconversar indo para o banheiro, mas deixou a porta aberta de modo que pudessem conversar.
Ela se calou por alguns instantes enquanto ouvia a água do chuveiro escorrer enquanto ele tomava um banho rápido e escovava os dentes.
Minutos depois ele saiu enrolado numa toalha e com uma outra secava os cabelos. Ela desviou os olhos do corpo másculo e úmido.
_Draco, como você conheceu a Fantine? E desde quando você freqüenta o hospital? – ela perguntou séria sem o encarar.
_Mione. – ele prendeu a respiração – Não devemos tratar disso agora, você pode... - ele disse incerto, mas ela o interrompeu.
_Estou perfeitamente bem, senhor Malfoy! E quero saber essa história agora! E não tente me enrolar! – ela o encarou.
Ele deu um suspiro profundo, e começou a faltar.
_Eu faço alguns trabalhos sociais. - mentiu.
_Desde quando? Nunca soube de sua presença no hospital.
_Eu sempre peço para não ser identificado.
_Como conheceu esse hospital, assim do nada? – ela perguntou desconfiada.
Ele engoliu em seco. Não podia contar a ela que mandara investigar a vida dela. Não agora! Se ela soubesse ia ficar muito brava com ele, e ainda tinha a saúde frágil dela e do bebê. Precisava pensar rápido em alguma coisa convincente. Ela era esperta.
_Um dia me peguei pensando na doença que levou o Weasley. - ele disse sem encará-la.
Era melhor dizer meias verdades, mas não conseguiria mentir olhando nos olhos dela, não mais, não depois de saber que amava. E continuou devagar, sabia que era um assunto delicado, e não pretendia colocar nada em risco. Era melhor que ela não soubesse certamente depois lhe contaria, mas não naquele momento.
_Fiquei pensando em sua dor com a perda dele. E descobri que essa doença acometia crianças, e então encontrei o hospital, resolvi conhecê-lo. Encontrei Fantine. E ela logo me apelidou de anjo. – ele esboçou um sorriso.
_E porque eu nunca fiquei sabendo? Você nunca disse seu nome a ela? Ou ela nunca lhe disse o meu? Que eu saiba nossos nomes não são tão comuns principalmente na vida de uma garotinha que está confinada a um hospital há tanto tempo.
_Ela sempre me tratou por anjo! Não achei necessidade de tocar no meu nome!
_E o meu? Ela nunca falou de mim? E você certamente adorou o codinome de anjo? Combina bem com você não é mesmo? - ela disse sarcástica.
E ele tremeu lembrando-se de outrora quando eram extremamente inimigos. Ou de quando ela temia o toque dele. Quando palavras rudes e tons indelicados prevaleciam entre eles.
_Não acho que eu mereça o nome de anjo! Mas me sinto bem quando ela me chama assim. - ele falou expressando verdadeiramente o que sentia.
_Eu espero do fundo do meu coração Draco, que você esteja falando a verdade, toda a verdade. Pois se algum dia eu descobrir que você está mentindo pra mim... - ela fez uma pausa.
Esperava sinceramente que ele não estivesse atrás do dinheiro que ele a pagou pelo contrato. Não queria que ele soubesse que ela tinha doado todo o dinheiro, sem tirar um único centavo pra uso próprio. Aquele era um assunto dela. E ela só contara a Harry sobre pressão. Se não fosse isso ninguém jamais saberia, nunca!
Porém antes que ela pudesse concluir a frase, ele se aproximou, acariciou o ventre dela e em seguida seu rosto, num gesto afetuoso, sorriu um sorriso torto que a deixava maluca, mas não era de deboche ou cinismo! Era um sorriso verdadeiro, de quem amava. Ela estremeceu.
_Você está mesmo bem?
_Estou. - ela respondeu sorrindo de volta, e passando os dedos pelos cabelos dele.
_Então se apronte, vamos comprar um presente pra Fantine, e depois visitá-la!
Ambos sorriram e se beijaram...
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Hermione se arrumou feliz, tomou banho, escolheu um vestido novo, que valorizava seus seios, ele era curto, o que deixava boa parte de suas coxas a mostra, as sandálias eram baixas, de modo que não tropeçasse, ou fizesse algum tipo de mal a ela. Mas eram bonitas. Hermione se olhou no espelho, passou uma maquiagem leve, e desceu para a sala onde ele a esperava. Mas ele não estava sozinho...
Draco e Samantha conversavam animadamente.
_Bom dia Hermione! - Samantha disse efusiva tão logo a viu. -Nossa espero que não estejam indo ao seu médico! Ou o ‘’Doutorzinho’’ certamente crescerá os olhos pra cima de você! – ela disse com um sorriso enorme.
Draco ficou sério, achou-a realmente bonita, mas aquele vestido estava curto demais!
_Não, certamente seu primo deve me levar para almoçar fora, ou algo assim. Hum! Coisas de casais! - ela sorriu maliciosamente para Draco, que correspondeu o sorriso apensar da súbita irritação. - Não estou precisando de médicos, sinto-me bem como nunca! Ah! Não espere por nós para jantar. Poderemos passar o dia todo fora e chegaremos tarde!
_Ok! Mas fique de olho! Esse meu primo tá muitooo lindo! - ela disse piscando para Draco, e Hermione o olhou.
Merlin, ele estava a cada dia mais lindo! Ou ela estaria mais apaixonada?
_Vamos amor? - ela chamou e Draco acompanhou, mas não sem antes dar um beijo na face da prima.
_Tenha um bom dia prima! – ele desejou saindo atrás de Hermione.
Tão logo entraram no carro, Hermione disse:
_Porque você a beijou?
_Mione, eu só me despedi!
_Tá, mas não faça mais isso! Tenho certeza de que se eu andasse por aí me despedindo dos homens assim você nãos gostaria! – ela emburrou.
_Hermione ela é minha prima!
_Eu sei, mas ela estava prestes a engolir você!
_E você está com ciúmes Herms! – ele brincou olhando pra ela.
_Você sabe que sim! – ela fez beicinho
_Mi, eu sou todo seu! E você toda minha! Ninguém vai roubar você de mim, ou me roubar de você! Não mesmo! – ele a beijou nos lábios. - Vamos?
Ela sorriu e saíram...
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Caminharam pelo shopping luxuoso devagar, estavam felizes, suas mãos dadas eram prova disso. Passearam devagar, entraram numa loja de brinquedos, Draco ficou extasiado com a quantidade de brinquedos trouxas, as cores e a diversidade.
Hermione ria do loiro enquanto ele experimentava capacetes, espadas, e outros brinquedos para meninos. Parecia uma criança crescida no meio daquele ambiente infantil.
_Draco! Ei viemos buscar um presente pra Fantine, não para você! – ela zombou, enquanto o loiro testava um game-boy, e o colocou sobre o balcão, junto com um urso de pelúcia que Hermione escolheu para Fantine.
_Ah! Mione relaxa, eu nunca vim numa loja assim, e esse eu estou levando para nosso filho! - ele sorriu malicioso, olhando mais bichos de pelúcia.
_Mas, Draco, ele não vai nascer e logo brincar com isso. No mínimo quando ele tiver um ano ele pega e o quebra todo! – ela disse divertida sobre os olhares atentos dos atendentes.
_Tudo bem, então levamos um urso pra ele também! Você acha que ele vai se importar se eu o brincar com o game-boy primeiro vai?
Mais uma vez ela riu gostosamente, enquanto olhava o urso marrom que ele escolhera para o filho.
Draco continuava feito uma criança naquela loja, e estava longe das vistas dela mais uma vez.
_Mione! Corre vem ver isso! – ele chamou aparecendo num dos corredores.
_Calma, não agüento correr! - ela caminhou devagar com a mão sobre o ventre.
Ao entrar no corredor percebeu que havia centenas de bonecas, de diversos tipos, mas os olhos de Draco estavam fixos em uma parte das prateleiras, e ela logo foi ver o que tanto que chamava a atenção.
Uma boneca, de cabelos ruivos e vestido verde, era uma réplica perfeita de uma menina ruiva. O vestidinho em tons verdes, os olhos azuis, as dobras dos dedos, da face, ela era perfeita.
_É linda! - Hermione disse e Draco a pegou com tanto cuidado como se realmente pegasse uma criança.
Hermione sentiu as lágrimas aflorarem, não sabia por que. Apenas estava emocionada, a boneca era tão perfeita, muitas vezes ela e Ronald imaginaram uma menina como aquela, fruto do amor deles, e aquilo doeu. Ela repreendeu as lágrimas, Draco ainda olhava para a boneca tentando encontrar algum defeito, mas, não havia. Ela desviou os olhos e voltou à prateleira. Dessa vez uma boneca com cachos loiros, tão perfeita como a primeira, a fez sorrir, suas roupas tinham tons rosa, e ela trazia uma flor nas mãozinhas delicadas. Seus olhos eram cinza como os de Draco. E as lágrimas afloraram mais uma vez.
_Essa também é linda!
_Mas a Fantine pode imaginar que a Ruivinha é filha dela!
_Sim. Mi, você está chorando!
_Não! É porque estou emotiva! – ela saiu de perto dele, porém ele a segurou, e pegou a boneca loira - Ela é linda! Você gostaria de um dia ter uma menina?
Ele perguntou sem sentir, só depois verbalizou suas palavras, é que percebeu que talvez aquilo a chateasse. Hermione não respondeu. As perguntas rondavam a sua cabeça, claro que seria agradável! Nunca imaginara aquilo, mas com certeza seria ótimo se tivessem uma menina. Um casalzinho seria perfeito. Assim o bebê poderia cuidar de uma irmãzinha quando fossem para Hogwarts. Ela respirou fundo, estava sonhando demais.
_Draco! Paga um sorvete! Estamos com fome! – ela sorriu e saiu de perto dele.
....
Draco carregava uma sacola com o presente de Fantine, pois as demais compras, mandou entregar. Pararam na praça de alimentação, tomaram sorvete, comeram pizza, e tomaram refrigerantes. Riram de coisas banais, viam os jovens se divertindo, crianças correndo deixando os pais malucos!
Já estavam de saída quando se depararam com uma loja de bebês, Hermione não pode evitar parar instantaneamente, e olhar a vitrine, tão bem arrumada, E Draco a abraçou por trás, segurando delicadamente a sua barriga, enquanto seu queixo encostava-se ao pescoço dela.
_Podemos entrar se você quiser, e não estiver cansada, já passou da hora mesmo de comprar as coisas dele.
_Eu não sei, Draco! Ainda não quero me envolver! - ela disse trêmula.
_Você já está envolvida minha cara! Muito! - ele sorriu - Vamos!
Hermione se perdeu no cheiro de roupa nova, tudo era tão lindo! O cheiro de bebê era inconfundível e adorável! De repente ela e Draco se viram envolvidos escolhendo as roupas, e utensílios da criança que saltava em seu frente, como se percebesse o que estava acontecendo. Escolheram roupas em tons brancos, amarelos, verdes e azuis! Algumas vezes discutiam, pois ele queria peças maiores como se o filho já fosse nascer andando, ela escolhia peças menores, como se o bebê fosse caber na palma de sua mão.
Algumas horas depois ela se sentou exausta, e Draco continuava exigindo das vendedoras o melhor e o mais caro para seu filho. Por fim ele se sentou ao lado dela com um casaquinho azul nas mãos.
_Gostou desse?
_Draco! Ele já tem tanta roupa que par usá-las ele vai precisar ter um mês de vida durante um ano inteiro! – ela riu e levou a mão na barriga com uma careta.
_Você está bem? - ele se preocupou.
_Estou muito cansada! Muito! Mas ainda temos que levar o presente da Fantine! Prometemos ir vê-la hoje!
_Sim, acho que extrapolamos.
_Sim, você deve ter gasto uma fortuna! Merlin! Não foi pra isso que saímos!
_Ei, de que me serviria a minha fortuna se não pudesse gastar com as pessoas que eu amo?
Ela lhe sorriu terna e ele a beijou sem se importar com os olhares dos vendedores que também estavam exaustos de atender o casal.
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_Ei, eu pensei que tivessem me esquecido! – a menina exclamou logo que viu seus amigos entrando no quarto.
_Oh! Querida nos desculpe, é que ficamos caminhando pelo shopping e acabamos perdendo a hora! – Hermione se desculpou beijando a face da garota e Draco seguiu o gesto.
_Trouxemos dois presentes para você! – ele contou sorrindo.
_Dois?? – a menina arregalou os olhos.
_Sim, ficamos em dúvida de qual iria gostar mais, daí trouxemos dois! – dessa vez Hermione riu do assombro da menina.
_Aqui estão! – Draco anunciou fazendo uma pequena magia, e fazendo os brinquedos que estavam encolhidos magicamente voltarem ao tamanho normal.
_Uau! - A menina exclamou alegre abrindo os embrulhos enquanto Hermione a ajudava.
Draco observava atentamente as duas, e pensava que elas deviam ser mãe e filha, se davam tão bem, certamente Hermione a trataria muito melhor do que a própria mãe dela.
Os dois viram os olhos de Fantine brilharem, ao abrir os presentes, e pegá-los com carinho.
_Ei! Que nome acha que podemos dar a eles? – Fantine disse eufórica.
_Não sei, mas podemos pensar nisso juntos, tem alguma sugestão Draco? - Hermione o encarou sorridente.
_Não! Mas quem sabe se o chamarmos de Salazar!
_Arg! Draco! – Mione fez uma careta e eles riram.
_Anjo, que nome feio! – a menina disse e Hermione concordou com ela.
_Que tal: Sunshine! Quer dizer raio de sol!
_Isso! Isso! – Fantine disse eufórica – Agora o anjo escolhe o nome da boneca! – ela disse e Draco sorriu.
_Você tem certeza Fantine? Que ele pode escolher cuidado! - Hermione brincou.
_ Rebecca! Quero que ela se chame assim! Você se importa? – Draco perguntou apreensivo.
_O que quer dizer esse nome.
_É um nome da bíblia trouxa, rebeca foi uma mulher forte, generosa e muito sábia. – Draco contou displicente.
_Legal, Sunshine e Rebeca! – a menina disse abraçando os brinquedos.
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Draco e Hermione voltaram pra casa, alegres apesar do cansaço. Haviam extrapolado, e Draco estava preocupado com a saúde dela. Ela tomava banho, quando ele avisou que as comparas tinham chegado, que desceria para a biblioteca para acertar com as lojas. Ela se vestiu calmamente, e ao entrar no quarto encontrou a boneca loira que viram na loja sobre a cama, com um pequeno cartão.
‘’Se lembra que eu disse que a minha fortuna era para gastar com meus amores? Pois é, não podia deixar a mulher que amo sem um presente! Você gostou tanto dela! Beijos, e escolha um bom nome! Draco Malfoy! ‘’
Hermione suspirou olhando para a boneca. Onde estava vivendo? Merlin! Que sonho era aquele? Seu coração transbordava felicidade! Uma felicidade que não sentia há muito tempo!
Sorriu feliz: Paola!
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No meio da noite, Draco e Hermione conversavam, às vezes passavam várias horas da noite acordados, conversando sobre diversos assuntos.
_Mione, eu estou tão feliz! – ele disse alegre.
_Eu também! Olha só o bebê parece sentir isso ele está tranqüilo. - ela disse enquanto as mãos dos dois passeavam pelo ventre enorme.
_Hermione, eu estava pensando olha só. Hoje escolhemos tantos nomes, que tal escolher o nome dele? – Draco se empolgou, alisando os cabelos dela, enquanto sentia a respiração dela sobre seu peito.
_Pensei que já tivesse um em mente quando decidiu ter um filho.
_Eu pretendia pensar, mas encontrar você, definitivamente me tirou o rumo! – ele disse alegre e ela sorriu se sentando na cama.
_Você quer mesmo a minha ajuda? – ela perguntou ao mesmo tempo incrédula e animada.
_Claro! Acho que eu não iria conseguir fazer isso sozinho! Eu pensei em Scorpion. - fala Draco sério.
_Com esse nome ele vai pra sonserina. Só pelo nome feio! - ela fez uma careta.
_Ei! O que você tem contra sonserinos? - ele perguntou brincalhão.
_Nada! – ela respondeu maliciosa.
_E qual a sua idéia? - pergunta Draco.
_ Eu pensei em Gabriel. - fala Hermione com um sorriso e pensativa.
_ Gabriel? - pergunta Draco. - Nome de anjo pra um Malfoy? Nem pensar!
_Claro, que Gabriel combina - fala Hermione sorrindo. – acho até que ele será lindo, loiro, olhos azuis... doce como um anjo!
_Sem chance. Ele é um Malfoy se esqueceu? Malfoys não são anjos! - fala Draco seco. - Nem pensar. Gabriel NÃO!!!! ALÉM DISSO... Não... Nome de anjo para um Malfoy definitivamente não!! Onde ouviu esse nome? - pergunta Draco ciumento,
_ Não tenho certeza. Mas acho que tenho sonhado com um homem alto, forte, guerreiro, lindo... e completamente apaixonado por mim. – ela disse divertida
_Pare de sonhar com outros homens. - rosna Draco a fazendo rir - Gabriel é uma péssima idéia. Que tal Apollyon? - pergunta Draco seco.
_Oh, sim. O Anjo Destruidor! - rosna Hermione. - Era só o que me faltava!!! Não vamos concordar nem nada, pelo visto. - fala Hermione conjurando um livro de mitologia.
_Que tal Ares? - pergunta Draco sorrindo. - Um nome forte. Um nome poderoso! – ele disse logo que viu uma figura no livro que estava nas mãos dela.
_ Ares. - lê Hermione séria. - É filho de Zeus (o soberano dos deuses) e Hera. Embora muitas vezes tratado como o Deus Olimpo da guerra, ele é mais exatamente o Deus da guerra selvagem, ou sede de sangue, ou matança personificada. – ela bufou - Sem chance! Não podemos colocar um nome desses nele - Que tal... Dionísio?
_Sei. - fala Draco resmungando. - o Deus grego equivalente ao Deus romano Baco, das festas, do vinho, do lazer e do prazer. Filho de Zeus e da princesa Semele, foi o único Deus filho de uma mortal - Só o que me faltava. Vão tirar sarro dele a vida toda. - rosna Draco irritado. - Que tal Hades?
_Nem pensar!! Deus dos Mortos?? - pergunta Hermione. - Quem seria idiota para colocar um nome desses num filho??? Ainda Acho que Gabriel é um belo nome.
_GABRIEL NÃO!!! – fala Draco decepcionado - Que tal Hefesto?
_Ah, claro. - fala Hermione ironicamente. - Hefesto era um Deus da mitologia grega, filho de Hera e Zeus, conhecido como Vulcano na mitologia romana. Era a divindade do fogo, dos metais e da metalurgia, conhecido como o ferreiro divino. – ela novamente fez uma careta de descontentamento - Vão rir pouco dele na escola, não é mesmo?
_Então pense em algo melhor! – ele disse emburrado.
_Que tal Eros? - pergunta Hermione séria. - Tem uma sonoridade legal.
_ Hummmmm.... - fala Draco pensativo enquanto lia rapidamente o livro - Eros era o Deus grego do amor. Hesíodo, na sua Teogonia, considera-o filho de Caos, portanto um Deus primordial. – Hermione o interrompeu.
_Além de descrevê-lo como sendo muito belo e irresistível, levando a ignorar o bom senso, atribui-lhe também um papel unificador e coordenador dos elementos, contribuindo para a passagem do caos ao cosmos. -Hermione leu rápido.
_É pode ser uma boa. - fala Draco - Muito belo e irresistível. Sim. Com certeza puxou ao pai – ele disse e levou um beliscão de Hermione. - Tudo bem, e se for um pouquinho inteligente como você está bom!
_ Mas ainda acho que GABRIEL... - fala Hermione e pára ao ver o olhar de Draco. - Tudo bem... Tudo bem... Nada de Gabriel.
_Eros Malfoy!_Ficou Lindo! Gostou Eros? - ela perguntou alisando o ventre, e o bebê saltou como que em aprovação e os dois riram...
Porém uma batida na porta os interrompeu. Draco abriu irritado e um dos elfos adentrou ao quarto devagar e temeroso.
_Meu senhor, perdoe minha ousadia de importunar-lhe essa hora, mas é que creio que esteja acontecendo alguma coisa errada com a vossa prima.
_Como assim?
_Ela está gritando parece estar tendo um pesadelo, mas é algo assustador!
Draco olhou par Hermione, que o encarava séria:
_Eu vou ver! Já volto Mi!
Ele disse e saiu.
Abriu a porta do quarto, Samantha estava deitada, de barriga pra cima, e murmurava coisas desconexas, se debatendo muito. Depressa ele caminhou até a cama, e sacudiu-a pelos ombros.
_Sam acorde! Samantha! – ele sacudiu mais forte, enquanto ela ainda se debatia.
Sua camisola de seda branca estava com a alça caída para os lados, a deixando muito desejável, Draco subiu a peça evitando tocar à pele alva. E chamou alto.
_Sam!
Ele segurou rosto dela:
_Acorda Sam! Samantha! – ele gritou ao vê-la tentar socar ele em seu sonho perturbado!
_Oi! - ela respondeu tremula.
_Você estava sonhando!
_Desculpe acordei você!
_Eu não estava dormindo. Você deveria ter tomado uma poção para sono sem sonhos! – ele a observava tremer e passar as mãos delicadas pelos cabelos desalinhados.
_Eu estou bem, e elas não funcionam mais comigo!
_Por quê? – ele se sentou ao lado dela.
_Não quero falar disso, não agora! – ela disse delicada, porém estava muito pálida. – Outro dia falamos sobre isso ok? Pode voltar antes que sua viuvinha tenha um ataque de ciúmes! Vai! – ela tentou sorrir.
_Você tem certeza de que vai ficar bem? – ele disse preocupado.
_Sim, claro! Pode ir! Anda! Boa noite!
Samantha praticamente o expulsou do quarto. E ele apenas pediu aos elfos que continuassem de olho e que qualquer coisa o chamasse. Ao entrar no quarto encontrou Hermione no mesmo lugar! Mas, seu instinto lhe dizia que ela estava emburrada.
_Mione, está tudo bem, ela teve outro pesadelo!
_Hum! Aposto que ela estava de camisola sexy e transparente! – ela disse com desdém.
_Bom, transparente não deu tempo de ver, mas era sexy e estava muitoooooo sensual! – ele a provocou – Ah Mione, que é isso? Ela estava dormindo, e praticamente me expulsou do quarto depois que eu a acordei.
_Então você acha que não foi um pretexto pra tentar te seduzir?
_Não, não foi! - ele disse firme - E mesmo que fosse... eu não iria querer, eu tenho você! A bruxa mais linda de todo o universo! - ele disse a abraçando.
_Sim, no momento a mais gorda também!
_E a mais ciumenta! Mas olha se contente, porque você está com o loiro mais lindo também!
Ela não pode evitar rir, e o abraçar. Hermione adormeceu logo, ao contrário de Draco que passou mais um tempo acordado imaginando quais seriam os pesadelos de Samantha!
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Draco esteve a manhã inteira sem seu laboratório e escritório. Recebeu a visita de seu advogado.
_Qual o pedido o senhor tem para me fazer agora! – o advogado perguntou curioso.
_Quero que tire alguém do meu caminho! – o loiro disse seriamente.
_Sou advogado, não um matador de aluguel!
_Não é isso que eu quero fazer, embora seja a minha vontade, eu não posso arriscar a minha família!
_Sua família? Hum! Vejo que progredimos bastante! A viuvinha deve ser mesmo boa p... - a varinha de Draco apontou para o advogado e ele se calou.
_Não termine essa frase se deseja sair vivo daqui! – Draco rosnou.
_Tudo bem. Mas me diga quem é essa pessoa?
_Um medibruxo insignificante, que resolveu dar em cima da Hermione! E eu não gosto nada da maneira que ele olha pra ela. Parece que a quer devorar!
_Você não pode eliminar as pessoas assim, só porque olham para a sua ‘’mulher’’!
_Não quero eliminá-lo apenas tirá-lo do meu caminho! E se você não me ajudar vou procurar outros meios! Livrar minha cara de Askaban, vai ser muito mais difícil do que se me ajudar agora! – o loiro realmente sabia convencer.
_Não vou implantar provas falsas!
_Se vira! Mexa na vida dele até encontrar algo que o condene, algo que eu possa usar para afastá-lo.
_Sabe que não posso fazer isso!
_Ora doutor aos velhos tempos, em que o fazíamos coisas ilícitas.
_Cale a boca. – o advogado se irritou, e Draco sorriu – Vou ver o que eu posso fazer! – ele disse se dando por vencido. E por falar nisso como vai o herdeiro?
Draco sorriu de uma forma que o advogado que convivia com ele desde que ele era um garoto nunca havia visto.
_Meu menino o nome dele é Eros! E ele está bem! Muito bem!
_Eros? Que nome diferente!
_Eros é o Deus da beleza e do amor, considerado irresistível!
_Típico de um Malfoy! Draco, esse menino já é um convencido antes de nascer! – o advogado riu.
_Ele tem motivos para isso! – Draco sorriu feliz.
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Hermione estava na casa de Gina, conversando alegremente:
_Gina! Tenho tanta coisa pra te contar!
_Comece me dizendo que a loira aguada foi embora! – Gina fez uma careta.
_Ainda não! Essa moça é muito estranha, ele tem uns pesadelos que são de estranhar!
_Hum! Mas e ai? Conta-me! – Gina disse eufórica.
_Bem, o Draco e eu fomos ao shopping! Menina, compramos tantas coisas para o Eros! – ela disse alisando a barriga.
_Mione! É esse o nome? Que fofo! Eros! Soa forte! Bem Malfoy né? – Gina disse caindo na risada.
_Oi, Amores! - Harry cumprimentou ao chegar - Como vai meu sobrinho Mi?
_O Eros está ótimo! – ela contou feliz enquanto Harry tocava a barriga dela.
_Eros? Interessante! Mione, você está tão linda! Pegou uma corzinha! – Harry elogiou.
_O amor faz coisas Harry! Até parece que você não sabe! – Gina disse o beijando.
_IH! Gina não começa! – ela recamou emburrando.
_Até quando você vai fingir que não vê o que está na sua frente? Você o ama Hermione! E ele já demonstrou que te ama também!
_Isso mesmo Mione, a ‘’Doninha albina’’ até que é legal, e ele gosta mesmo de você! – Harry arrancou risos das duas.
Hermione suspirou profundamente.
_Gina, estou com vontade de comer aquele doce de leite que você faz melhor do que ninguém... – Hermione desconversou.
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A visita ao hospital aquela tarde foi um fiasco pior do que Hermione imaginara. Draco realmente estava irritado com as provocações incessantes de Kevin, que parecia de divertir com as implicâncias.
_Estúpido! Estúpido! Idiota! – Draco entrou na mansão xingando aos quatros ventos, e Hermione o seguia cabisbaixa. _Por que você não me deixou quebrar a cara dele?
_Ah! Draco, mais um escândalo? Ah! Pára com isso!
_Você deve estar é gostando das investidas daquele idiota, não é mesmo? – Draco disse irritado, e tomado pelos ciúmes.
_Eu? Draco eu não fiz nada! – ela disse indignada.
_Sim, não fez nada para impedir ele de ficar babando em você, e te ‘’cantando’’ o tempo todo!
_ Ele não estava babando em mim...
_Ele só faltou ...só faltou...pegar você.
_Não seja ridículo! Esta me insultando assim.
_ Ele até te mandou ficar nua...Aquele safado!
_Você está estressado! Deve ser por saber que não vamos ter sexo daqui pra frente! – ela disse magoada.
_ Não pense besteiras.
_Não vejo outra coisa que pensar!
_ Pense que ele é um safado!
_Porque te deixou sem sexo?
_Aposto que outro médico não faria essa proibição. Você viu, ele disse rindo olhando para minha cara! Isso foi provocação dele!
_Provocação nada! Você tá vendo coisas demais!
_Quem ver coisas demais aqui é você.
_ Não me irrite, se lembra? Ah! Draco, já estou nervosa com essa bobagem toda!
_Bobagem?Ele quer me sacanear. Fez de propósito!
_Você deveria saber que gestantes costumam ser proibidas de fazerem sexo nas últimas semanas da gestação. – ela gritou com lágrimas lhe sufocando.
_Sim, mas ele fez de propósito! Eu sei!
_Tudo bem Draco, não posso te impedir de ter sexo! Aproveita e sai! Faça sexo com quem você quiser! – ela disse e saiu para o quarto subindo as escadas o mais depressa que conseguia devido as suas condições.
_Hermione, não é isso! - ele gritou.
_Não! Vai, procure sexo em outra cama! Ou melhor, eu vou! Daí quem sabe você e sua priminha não podem aproveitar a estada para transarem o quanto quiserem.
_Hermione espera! Volte aqui! – ele exigiu sem sair do lugar.
_Está louco se pensa que te devo obediência! Draco eu estou indo embora, daí você pode procurar sexo onde você quiser! – ela disse quase chorando e terminou de seguir o caminho até o quarto.
_Você não vai a lugar nenhum! – ele disse subindo atrás dela.
_Sim, eu vou. Draco! Pode ir atrás dela, acha que não percebo os olhares que ela te lança, esses pesadelos não passam de pretextos para que você visite o quarto dela no meio da noite! Quantas vezes isso aconteceu nos últimos dias? Uma? Duas? – ela disse sem conter as lágrimas, sabia que aquilo a corroia por dentro há dias.
_Agora é você que está pensando besteiras! - ele disse contendo o volume de sua voz.
_Besteiras? Draco, eu não dou a mínima pelo Dr. Richardson, ou para o que ele pense de mim, ou deixe de pensar. Sabe por quê? Por que desde que o Rony se foi eu nunca mais senti o que sinto por você! E ninguém pode tentar entrar no meu coração, porque ele já tem dono Draco! – ela disse em gritos histéricos, o tremor percorreu seu corpo e ela cambaleou pálida com o mal-estar.
Draco ainda não havia assimilado as palavras dela, quando a segurou pálida no meio do quarto, evitando que ela caísse.
_Mione! O que você quer dizer com isso? - ele perguntou apreensivo.
_Que eu te amo seu loiro burro! Eu te amo! Draco, eu juro que não planejei gostar de você, mas eu gosto! – ela o abraçou e ele correspondeu ao abraço, não podendo evitar as lágrimas.
_Hermione, diz isso de novo! Jura que é verdade?
_Eu te amo Draco! E se eu sinto ciúmes é porque a idéia de te ver com outra me consome, e me mata! Droga eu não queria que você soubesse, mas eu te amo! Amo muito!
_Também te amo Hermione, amo! Amo! Amo! - ele disse a rodopiando pelo quarto.
Entretidos naquela troca de carinho, os dois não viram que a briga era presenciada por uma loira que os espreitava desde a discussão na sala...
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Bommm... Brigaduuuuu as visitas no Blog amores... me deixam imensamente feliz.... deixa um rewiew por ai ta..... pleaseeeee kkkkkkkk beijos

Bom adorei,mais eu tava tão empolgada com o anel de diamantes q quando cheguei ao 18 e vi q a hermione ñ ganho o bebezinho,a loira idiota ñ foi embora logo fikei triste.......espero q vc continue escrevendo esse capitulo pq pelo menos eu quanto mais leio mais me apaixono!vou aguardar a continuação desse.
ResponderExcluirbjos