Cap. 10 – Entregas
Foram doces momentos até que Draco se afastou depressa e disse, ao vê-la levar as mãos aos lábios surpresa como se tivesse experimentado melhor dos sabores.
_Meu Deus! O que eu estou fazendo?- ele disse num fio de voz e se afastou depressa, evitando olhar para ela.
***********************************************
Se Ronald não a queria, Luna provaria para ele que não era nada de se jogar fora, e certamente encontraria muitos que a queriam. Prendeu alguns fios de cabelo com um pregador de cabelos em forma de rosa, escolheu um vestido leve, decotado e curto. Uma sandália rasteira e muito leve foi a que escolheu. E assim esperaria por ele. O passeio seria divino!
Ronald não demorou a chegar, logo que desceu da sua caminhonete, ela o recebeu com um sorriso e um beijo nos lábios que o deixou desconcertado.
_Você está muito... bonita!- ele elogiou.
_Obrigada! – ela disse esnobe, e entrou no carro sem esperar qualquer palavra dele.
Rony emitiu um suspiro, aquele passeio prometia... ajeitou o chapéu sobre os cabelos vermelhos e entrou no carro.
Luna tentava ignorar o perfume da pele dele, os cabelos úmidos e cheiroso, e aquele olhar que a aquecia até a alma.
Era hora de agir.
Elevou uma das pernas apoiando o pé no painel do veiculo para amarrar as sandálias. Ronald umideceu os lábios.
Puxa! Ela devia ter noção de quanto o excitava, ele pensou e desviou o olhar daquelas pernas longas e brancas. Precisava tirar as imagens dela completamente nua de sua cabeça. E precisava ser rápido. Freio o carro abruptamente, o que fez Luna se assustar.
_Ai, Ronald! Você ficou louco? Quer me matar de susto? – ela disse ajeitando o decote com visível irritação.
_O que você está tentando fazer? – ele disse ainda de olho na estrada.
_Eu? Tentando fazer o que? – ela disse com falsa inocência.
_Ora! Luna não banque a inocente. Você sabe muito bem o que está fazendo!- ele disse bravo diante a expressão de assombro dela. - Há dias você vem me tentando?
_Você se sente tentado? - ela perguntou com um sorriso triunfante.
_Você não precisa se vestir assim para me impressionar!
_O que tem a minha roupa? Você disse que estava bonita!
_E está.- ele gritou – E está incrivelmente provocante.- ele disse nervoso
Luna sabia que estava conseguindo o que queria. Ele não era imune a ela. Num movimento ousado, ela segurou uma das mãos dele e levou a uma das coxas dela.
_Eu te provoco Ronald? – ele se aproximou do ouvido dele, enquanto falava sensualmente, e assoprou muito próximo ao ouvido dele, num gesto devagar.
A reação dele foi tão imediata que ele freio o carro, e ao mesmo tempo sua mão se moveu se insinuando entre as coxas dela, debaixo do vestido. Ela soltou uma expressão de espanto, pela velocidade e precisão dos gestos dele, e fechou as pernas.
_É melhor irmos, ou quando chegarmos a festa já terá acabado. – ele disse se voltando ao volante.
Luna soltou uma expressão de decepção. Será que ele não podia entender que ela não queria festa nenhuma, ela só queria estar com ele.
******
A primeira música que eles dançaram era agitada, e ao dançar ela fazia questão de roçar o corpo ao dele bem mais do que necessário.
Que deus o ajudasse a se controlar ou iria arrastá-la até o carro e toma-la ali mesmo, até vê-la implorar para que ele parasse. Alias era hora de fazê-la parar!
Ele pensou ao notar o beijo caliente que recebia naquele momento e que fazia seu corpo todo tremer.
_Para com isso Luna, não me beije assim.
_Parar com o que Rony? Você não quer que eu te beije?
Ele preferiu não responder, e saiu, deixando-a sozinha no meio do salão. Luna o confundia ao extremo, tinha algo virginal, mas as vezes agia como se fosse a encarnação do demônio a lhe tentar. Precisava conquistá-la, não queria ser apenas mais um brinquedo nas mãos dela. A queria para si, e para os filhos que teriam. Como domaria aquela fera de unhas afiadas?
Luna bebericava um copo de vinho tinto, enquanto passeava entre os rapazes. Que se viravam para vê-la passar com seu andar reboloso. Um deles não hesitou em convidá-la para dançar, uma musica lenta que começara a tocar. Ela aceitou sorridente, e logo estava na pista de dança...
Ronald tomava uma cerveja enquanto seus olhos estavam na pista de dança. Algo o sufocava, ela estava com a cabeça nos ombros de outro. Seus quadris se moviam num movimento lento, sensual e muito próximos.
Por que seu coração batia tão apressado? Por quê?
Sua cabeça girou com o ultimo gole de cerveja. E saiu em disparada pela pista de dança.
_Luna vamos pra casa agora! – ele disse próximo ao casal.
Porem Luna apenas levantou um pouco a cabeça, e disse:
_Agora que a festa está boa? De jeito nenhum. Se quiser pode ir. Vá. Eu consigo alguém que me leve em casa. – ela disse calma, e se voltou ao ombro do rapaz que sorriu desdenhoso para Ronald.
Ele a segurou pelo braço e disse ameaçador.
_Sim, nós vamos pra casa!
_Nós não! Você vai, se pensa que vou pra casa par ficar igual às bobas das minhas irmãs? Eu quero me divertir. – ela disse se livrando do aperto dele em seu braço e voltando aos braços do rapaz.
_È melhor dar o fora Cowboy! Agora! – Ronald exigiu em alto e bom som.
O rapaz o encarou como se fosse brigar, porém, quando o olhou nos olhos, deixou Luna e saiu bufando.
_Não adianta espantar os rapazes, eu não saio daqui nem a pau!- Luna disse vermelha de raiva.
_Não me obrigue Luna! – ele disse com um suspiro tentando manter a calma.
_Mas não vou para casa com você de maneira nenhuma, não vou mesmo. - ela disse o desafiando e virou a costas para sair.
Com um grunhido animal, Ronald avançou sobre ela. Mas que garota petulante! Ele pensava enquanto a pegava pela cintura e a jogava sobre os ombros como um saco de vegetais.
_O que você está fazendo? Me ponha no chão agora! Você é louco!- ela gritou enquanto batia nas costas dele.
_Pare de se mexer ou vamos os dois para o chão, você não é tão pequena assim! – ele disse enquanto dava largos passos com ela nas costas, sobre muitos olhares curiosos.
_Seu...- ela bufou era difícil falar de caneca pra baixo e em movimento, mas ela não desistiria._ Você é um insensível! Idiota! Estúpido! Brutamontes! Covarde!- ela berrou incessantemente.
_Você queria chamar a atenção? Já estamos chamando o suficiente. Agora cale a boca!- ele ordenou feroz.
Ele chegou no carro abriu a porta.
_Me solta seu monte de músculos sem cérebro!
Irritado Ronald praticamente a jogou no bando da caminhonete. E a fez gritar ai, por bater no banco com força demasiada.
_Do que você me chamou?- ele perguntou quase gritando – Não, não responde porque não é isso que eu quero saber. Me responde só uma coisa: com quem eu estou me dando nesse momento, com uma fera ágil e esperta ou uma gatinha manhosa aprendendo a afiar suas garras?
Luna tinha o ódio estampado no rosto. Sua cabeça trabalhava a mil. Deitada ali no banco do carro, um brilho malicioso surgiu nos seus olhos. E ela entreabriu as pernas.
Elevando uma delas, encostou atrás dos quadris dele, e num gesto sensual o fez se aproximar, num convite mudo e sensual.
Ronald se sentiu perdido e foi até ela e puxou o pescoço dela, unindo as suas bocas num beijo avassalador.
Um furacão de sensações pareciam dominá-los. Esfregavam suas intimidades, com luxuria enquanto os beijos faziam as cabeças girarem. Estavam sem fôlego.
Mas a sanidade voltou! E Ronald se afastou, certamente ele a teria, mas não ali e não agora. E muito menos do jeito dela...
*******************************************
A tarde tinha chegado e Hermione não tinha visto Draco durante todo o dia. Então com seu coração aos pulos entrou na biblioteca, mas ficou lá por muito tempo, e ele não apareceu. O Sr. Malfoy entrou na biblioteca e a encontrou encolhida numa das poltronas.
_Mione, meu bem, o que faz aqui? – ele perguntou acariciando os cabelos da ‘’filha’’.
_Eu tinha que ver o Draco hoje! Eu sempre chego primeiro. – ela disse calma.
_Ele não te avisou? Ele saiu de madrugadinha, com o Ronald. Foram juntos olhar alguma coisa sobre o gado dele. Devem voltar em três dias.
_Três dias? Mas ele não falou comigo!- ela disse visivelmente magoada.- E ele nem sabe ...
_Se vai dizer que ele não sabe guiar uma boiada, está enganada. Meu filho era um mestre nisso tudo. Foi criado como um cowboy, mas a cidade o mudou muito e fez dele um doutor. Quem sabe um dia ele volte! Talvez ele encontre um motivo que o faça ficar. –o velho disse melancólico.
E com uma caricia nos cabelos dela, ele saiu.
Hermione, permaneceu onde estava. Parada. Tentando descobrir porque ele não a avisara. E porque ela estava tão chateada. Queria distância dele! E ele estava distante. Não tinha motivo para se irritar. Mas estava com muita raiva.
****
Gina entrou na sala de repente interrompendo seus pensamentos.
_Mih, eu tenho que levar algumas coisas na fazenda Sol Poente, você quer ir comigo? Eu vou na pickup e vou num pulo e volto. Pensei que ... – ela ia dizendo, mas ao olhar para irmã percebeu que algo estava errado. - Mih? Você está chorando?
_Ele não vai voltar!- ela murmurou apenas.
_Quem? – Gina perguntou se sentando ao lado da irmã.
_Ele me deixou, ele não vai me curar! – Hermione a abraçou.
_O Draco? Hermione ele só saiu com o Ronald. E porque você se importa tanto? Você não queria nem olhar pra ele. E desmaiou quando ele tocou você!
_Eu não me importo!- ela gritou e se levantou num salto – Eu não me importo com ninguém! E tomara que ele não volte nunca! Nunca mais! – ela disse e saiu gritando a palavra nunca.
Gina suspirou cansada. Às vezes era complicado entendê-la. Mas amava a irmã. Embora não soubesse jamais o que se passava pela vulnerável ‘’cabecinha’’ dela.
*******************************************
Era tarde da noite e Hermione sentiu que alguém entrava em seu quarto. Um pânico imenso a dominou e ela não foi capaz de abrir os olhos. Seu coração batia acelerado, descompassado. Sentiu alguém levantar seus cobertores e devagar pode notar que algo deslizava entre eles.
Sua pele se eriçou e tremer se tornou inevitável. Abriu os olhos. E ele estava lá. forte. Cruel. Bruto. Ele lutou. Arranhou os barcos que a enlaçavam, numa tentativa de fugir, queria tirar as mãos deles e os lábios de seu pescoço. Ele se investia conta ela, dentro dela, e ela gemeu extasiada por um momento, quando abriu os olhos novamente encontrou o azul dos olhos dele. Apertou os olhos mais fortes e os abriu mais uma vez. Um fogo sobre-humano percorria seu ventre, e seus olhos se depararam com a face branca e conhecida de Draco. Ele se movia cadenciado, seus grandes olhos azuis a encarando. Ele moveu seu corpo e de repente era muito bom ter ele próximo a ela, dentro dela. Não, ninguém jamais a tocaria de novo. Ela gritou. E lutou contra ele.
_Hermione! Hermione! Mione... – Gina e Luna gritavam enquanto tentavam acorda-la.
Mas ela se debatia presa em seu pesadelo. Num instante ele estava lá, e no outro ela abriu os olhos, e o que viu foi dois rostos assustados de suas irmãs.
_Mih, você está bem? – Luna perguntou.
Ela passou a mão pelos cabelos, estava molhada de suor, sua respiração irregular como se tivesse corrido kilometros.
_Tome um pouco de água Mione.- Gina apareceu com um copo. Que ela pegou trêmula.
_O que está acontecendo aqui? – O Sr. Malfoy perguntou entrando no quarto.
_Foi um sonho papai! Um pesadelo daqueles! Acordamos com os gritos dela, e quando chegamos ela se debatia feito louca. – Luna explicou.
_Mih! Como você está minha filha? – ele perguntou carinhosamente se sentando ao lado dela na cama.
Mas a voz dela não saia, sua garganta estava seca, ele tomou mais um gole da água que Gina trouxera.
_Ele... – a voz falhou mas ela continuou – ele me pegou de novo. E estava de novo sobre mim. – ela disse entre soluços.
_Está tudo bem. Foi só um sonho minha filha. Nós estamos aqui com você.- O sr. Malfoy disse acariciando os cabelos dela.
_Isso, Mione, foi um sonho. Só um sonho mau. – Luna disse acariciando as mãos dela.
_Ele está aqui! – ela disse num fio de voz.
_Não tem ninguém aqui. Olha só e eu e a Luna vamos procurar e confirmar isso pra você ok?- Gina propôs.
E logo ela e Luna estavam procurando, debaixo da cama, nos guarda-roupas, de trás das cortinas.
_Viu Mih? Não tem ninguém aqui. – O Sr. Malfoy e percebeu os grandes arranhões que ela tinha nos próprios braços, no pescoço e no colo. –Acho melhor tomar seus calmantes, e cortar essas unhas.
Hermione, fingiu que dormia, par que eles saíssem de seu quarto. Sabia que nada mais a faria dormir, nem mesmo os remédios que estava acostumada. Esperou que eles se fossem, devagar evitando despertá-la. Se levantou rapidamente, os pés descalços, a camisola úmida de suor, e caminhou ate a prateleiras, retirou suas bonecas de lá. Carregando-as até a cama. As cobriu como se as escondessem, e se sentou na poltrona num canto do quarto.
_Eu não vou deixar que ele se aproxime. Podem ficar tranqüilas, ele não vai se aproximar. Eu não vou deixar ele me tocar de novo. Prometo que não.
Ela dizia completamente fora de si, se encolheu na poltrona até que o sono a venceu.
Dormiu até que outro pesadelo a fez se debater e cair de cara no chão. Assustada ela não pode dormir de novo.
***
Na manhã seguinte, ninguém a viu sir. Mas souberam por um empregado da fazenda, que ela estava lá, no seu jardim, próximo ao tumulo de sua filha. Estavam acostumados com as longas horas que ela passava ali, imersa em sua dor, e preferiram não mexer com ela. Talvez um pouco de solidão a ajudasse.
***
Já era tarde da noite e estavam preocupados. O Sr. Malfoy pediu a Luna e Gina que a buscassem para casa. Embora soubesse que ninguém a traria de volta. Mas era preciso que alguém além dele aprendesse a lidar com Hermione e suas crises.
_Mione, Vamos pra casa! – Gina convidou paciente sentada ao lado da irmã. – está frio, você vai adoecer.
_Me deixa em paz Gina! Me deixa assim a morte que eu espero talvez chegue mais rápido. Vá embora!
_Ah! Mih, pelo amor de Deus, o papai nos fez vir até aqui, e vamos levá-la. – Luna disse impaciente – Era para eu estar na minha caminha quentinha. E não aqui atrás dessa desmiolada! – resmungou.
_Luna! – Ralhou Gina- A única desmiolada aqui é você que não sabe nada além de ficar rebolando esse traseiro para o Ronald e qualquer um que passe. –Gina disse feroz.
_Não vem não, que você não é nenhuma santinha! – Luna revidou.
_O Ronald devia era tomar uma atitude de homem, e se casar logo com você pra ver se te dava jeito.
As duas discutiam já de pé, uma de cada lado de Hermione, que continuava sentada. Ela apenas tampou os ouvidos, balançava seu corpo pra frente e para trás, como se balançasse.
_Ah!Gina, me poupe ta? Eu ao contrario de você não tenho compromisso com um, enquanto tenho umas certas ‘’amizadezinhas’’ fora do normal com um tal professor. –Luna disse maliciosa.
_É melhor calar essa sua boca Luna, se não eu vou ... – Gina disse extremamente vermelha.
_Você vai o que? Me bater? Tente então, sua cabeça de ferrugem!
_Por favor não briguem... por favor... não briguem – Hermione dizia baixo como um mantra, mas a voz se elevou num grito que sobressaiu a briga das duas. – PAREM NÃO BRIGUEM!
_Viu o que você fez? – Luna acusou.
_Eu? Foi você que não tem a língua dentro da boca, foi chamar nossa irmã de desmiolada! Você devia pensar e ter mais respeito e consideração por tudo que e a passou, tudo foi para nós proteger...
_Eu não quero piedade de ninguém, não quero! Não quero que tenham pena de mim!- Hermione gritou enquanto saia correndo sem rumo, e com passos incertos pela fraqueza.
Luna e Gina se entreolharam desanimadas e fizeram o caminhos de volta em silêncio. Tão logo entraram em casa. O pai perguntou.
_Vocês a trouxeram?
_Não foi possível! – Luna disse descontente.
_Ela está muito alterada. Como há tempos não ficava. _ Gina completou.
_Mas porque? Eu não entendo. Terapia estava ino tão bem. – O velho reclamou.
_Ela este me assustando papai. As vezes ela me parece tão bem, mas de repente...- Gina fez uma pausa – está tão pior quanto antes.
_E o Draco nem está aqui par nos ajudar. – o Sr. Malfoy reclamou.
_Acho que ela está assim por causa dele. – Gina contou.
_Será. Meu Deus o que será que se passa pela cabeça dessa minha filha? – ele disse e saiu em busca de Hermione.
****
Faltavam poucas horas para o amanhecer quando enfim ele a encontrou, deitada na relva. Abatida e desligada. Estava gelada, com a friagem e molhada do sereno da noite. Sua pele eriçada.
_Hermione, porque está fazendo isso? Vamos pra casa.
_Não papai, eu não quero. – ela disse trêmula. – Não quero dormir. Não quero remédios.
_Preferi ficar aqui com seus fantasmas não é mesmo? Mas dessa vez não. Levante-se!- ele estendeu a mão.- Eu não tenho mais idade para correr atrás de você.- disse ele lhe sorrindo e ela segurou a mão num gesto tímido. – O que você está sentindo? Quer falar comigo sobre isso? – ele perguntou enquanto a abraçava.
_Se eu dormir o senhor vai me proteger? Não vai deixar ele se aproximar? Eu não quero ter sonhos ruins, não quero. – ela disse perturbada.
_Farei o possível doçura. Mas tem que me prometer descansar.
Quando o Sr. Malfoy entrou em casa com Hermione. Gina e Luna se entreolharam.
_Como ele faz isso?- Gina perguntou a Luna que bocejava cansada no outro sofá.- Será que aprendo um dia?
_Só pode ser manha. A Hermione está muito manhosa isso sim.- Luna reclamou fechando os olhos e Gina suspirou.
Sabia que tinha que ir cuidar dela. Não queria Hermione doente pela noite passada no sereno.
***
Naquela tarde uma chuva fina caiu na saída da escola. Os alunos se aventuraram pela chuva fina e fria. Todos saiam e Harry pediu que Gina ficasse uns dois minutos. Assim com certeza ganharia tempo para que os outros alunos saíssem.
_Bom se não tem nada a dizer. Eu já vou indo.- ela o fuzilou com o olhar;
_Por favor Gina, não quero que se resfrie.
_Harry, você deixou a turma toda sair. – ela se indignou.
_Mas você não. – ele disse com um sorriso conquistador.
_Por favor, Harry eu não quero me meter em apuros. Está na hora de pararmos com isso. – ela falou enquanto ele fechava a porta e procurou os lábios dela em seguida.
_Gina! – ele disse e segurou o rosto dela carinhosamente a olhando nos olhos.- Cale a boca!
Ela até ia protestar, porém os lábios dele a impediram e a calou com um beijo.
_Eu não quero me meter em apuros.- Gina disse num murmúrio, sentindo os braços quentes a envolvendo.- Acho melhor providenciarmos alguma coisa pra fazer, a chuva engrossou, pelo jeito não vou poder ir embora agora.- ela sorriu maliciosa.
_Prefiro temporais. Que o mundo desabe, mas daqui você não sai, e com certeza encontraremos alguma utilidade pra fazer. - ele disse a apertando contra o peito, e beijando os ombros dela.
_Voce é um pervertido! – ela riu, quando ele fez cócegas em sua barriga.
_E você está sozinha comigo! E além do mais tem uma maginação fértil! Eu me referi a cartas. Ao jogo de cartas. Não posso ser um pervertido por te convidar a jogar cartas.
_Ótimo, assim não preciso ficar olhando diretamente pra você! – ela resmungou, enquanto o seguia.
_Falou alguma coisa? – ele se virou para ela.
_Nada importante. – ela disse alto e depois continuou baixo.- não pra você claro!
_Está resmungando que nem seu pai!
_vamos jogar ou não?
Sentaram de frente um para o outro na mesa do professor. E jogaram, até que Gina, disse exasperada;
_Harry, você está roubando. – ela acusou.
_Não estou não. E se você olhasse para mim saberia. – lê respondeu indignado.
_Não preciso olhar pra você pra saber que está roubando. E só prestar atenção no jogo!
_Você não quer olhar para mim! Você tem medo!- Harry disse
_Eu não tenho medo de você!
_Não? Então eu sou tão feio assim?- ele brincou e ela acabou sorrindo.
_Não!Ai, Harry!
Por que será que ele não podia entender que se continuassem o olhando o seguiria num instinto animal como um bicho no cio.
_Harry! Você tem tornado as coisas bem difíceis pra mim sabia?
_È você quem está fazendo isso Gina, e sozinha! Está dificultando sua própria vida! – e disse se irritando
_Eu só estou fazendo o que é certo! – ela se exasperou.
_Sim, e é certo fugir do que sente? Se casar com alguém que você não sente nada por ele, não é certo. Gina, eu posso sentir o que tem dentro de você, posso farejar como um animal. – ele disse serio.
E ela teve vontade de rir, porém se conteve.
_Vamos para com esse assunto, por favor? Não gosto quando me olha como uma presa pronta pra ser atacada. Eu não vou chegar e simplesmente dizer: Atenção, parem os preparativos por que eu estou atraída pelo professor, e ele me deseja, o mesmo tanto que eu o desejo. Portanto parem tudo que eu vou viver outra vida! Ah!Harry, me erra vai!?
_Gíria? O que isso significa? Significa que você gosta de inovações, portanto mudanças podem e devem acontecer.
_Não comigo! Eu não vou magoar o único homem que eu considero na vida.
Ela disse e se levantou ficando próxima a janela olhando a chuva torrencial. Harry caminhou até ela e a abraçou pelas costas.
_Tudo bem então!
Harry beijou a nuca ruiva enquanto suas mãos se apertavam ao redor da cintura. Os beijos mornos em seu pescoço a fez sentir um subido calor entre as pernas, que a deixou sem ar, e embora seu corpo não oferecesse resistência. Ela tentou argumentar.
_Por favor Harry não me obrigue a ser infiel.
_Seja minha essa noite Gina?
Ela não poderia olhá-lo, então preferiu correr par longe dele. Pois tinha certeza de que não resistiria se ficasse.
A chuva bateu sobre seu corpo impiedosa e fria, mas ela continuou e ele não a impediu.
*****************************************
Hermione se debatia na cama e o Sr. Malfoy continuava sentado na poltrona num canto do quarto.
_Pai, pode ir dormie, eu posso ficar sozinha e eu... –ela ia dizendo mas ele a interrompeu.
_Não senhora Hermione. Você não tomou seus remédios, não dormiu nada nas ultimas noites e o Draco não vai gostar disso. – ele disse calmo.
E a notou estremecer quando mencionou o nome dele.
_Eu não quero saber dele! Não quero ouvir o nome dele! Não quero. – ela disse alterada.
_Porque não?
_Porque eu o odeio. Não quero ver ele. Não quero ouvir a voz chata dele. Nem quero olhar para os olhos dele. Nunca mais. – ela disse e se levantou agitada.
O Sr. Malfoy tentou acama-la. Mas ela cada vez gritava mais, e mais.
Draco entrou em casa, e se assutou com os barulhos do andar superior, gritos incontroláveis tomavam o ambiente.
_Oi, Draco que bom que você chegou!- Luna disse aflita.
_Porque? Que gritos são esses?
_A Mione, ela não está muito bem. Está uma pilha desde que você saiu. Há muito tempo não a vejo assim, está com os nervos tão atacados que chega a dar medo.
_Eu vou vê-la. – Draco disse se apressando.
Ao entrar no quarto a encontrou chorando abraçada ao pai. Nenhum dos dois perceberam a sua entrada. Ela tinha os olhos fechados de encontro ao ombro do velho, e estava ajoelhada sobre a cama.
_Boa noite! – a voz soou como um estrondo no quarto.
O Sr. Malfoy levantou a cabeça a procura dos olhos do filho, porém Hermione apenas escondeu seu rosto da curva do pescoço dele, e apertou seus braços ao redor do pai.
_Olá Hermione!soube que está um pouco agitada. – ele disse calmo – Quer falar sobre isso?
_Vá para o inferno!
Ela gritou se afastando do velho, que a olhou estupefato enquanto ela ficava de pé sobre a cama.
_Me deixa em paz! Não olhe pra mim com esses olhos! – ela gritou furiosa.
_Tudo bem, tudo bem, papai pode nos deixar a sós um momento? – Draco pediu calmo.
_Não! – ela gritou – Não papai! Por favor, não me deixe sozinha com ele. Pai por favor! – ela implorou como uma criança que não quer ir à escola.
_Sinto muito filha, é par seu bem. - ele disse e saiu, passando pelo filho apenas tocou-lhe o ombro num comprimento rápido.
Hermione ainda soluçava, enquanto se encolhia num canto da cama, o olhou pelos cantos, enquanto ele caminhou em sua direção.
_Não se aproxime de mim!- ela ficou de pé novamente enquanto ele se aproximava devagar. – È bom não se aproximar. Ou juro que furo seus olhos com as próprias mãos. - ela disse entre dentes, mas ele ignorou e avançou em sua direção. – Eu já disse pra não chegar perto! – ela gritou e pegou o abajur o e mirou nele.
Ele estava sério, e não parou. Ela lançou o objeto que passou longe da cabeça dele, e se espatifou no meio do quarto. E tão logo teve certeza de que errou, pegou um jarro de enfeite que estava próximo e tentou acertar nele mais uma vez.
_Precisa melhorar a mira!- ela caçoou.
_Não preciso! – ela lançou sobre todos os objetos, que estavam ao seu alcance. A sorte dele foi mesmo a falta de pontaria dela.
Ela estava desesperada, quando ele tocou a sua pele. Fechando firme os dedos fortes nos pulsos frágeis. Ela gritou, queria articular pedidos par que a soltasse, porem sua voz não saia, apenas gritos desesperados. Ele lutou em silencio, ela era forte, imobiliza-la o fez soar, mas enfim estava a segurando contra o colchão com o próprio corpo.
Estava cada vez mais difícil já que ela se movia debaixo dele, e tentava morde-lo em qualquer lugar que encontrasse...
*************************************
Gina entrou em casa em meio aos gritos de Hermione e Draco. E já ia em disparada para o quarto da irmã quando Luna a avisou:
_Se eu fosse você não atreveria. O Draco entrou no quarto assim que chegou, o papai saiu e ela não para de gritar, o clima deve estar quente.- ela disse maliciosa.
_Luna! Ouça os gritos de pavor dela. O Draco esta a assustando cada vez mais. E eu não vou deixar...- ela disse saindo em disparada para o quarto.
*************************************
Draco sabia que o que ia fazer não era correto, não tinha aprendido aquilo na faculdade ou no doutorado. Mas no momento não via outra alternativa de fazê-la aquietar-se.
E foi o que fez, segurou as mãos dela, e com uma mão livre prendeu o rosto dela, e colou os lábios aos dela. No principio a boca dela se movia com fúria tentando se livrar do contato, porém ele moveu os lábios docemente, mas sem deixar de exigir. E num instante ela se acalmava debaixo dele seguindo o ritmo suave de seus lábios.
Hermione estava ofegante, e entreabriu os lábios rapidamente, era a deixa que ele precisava para capturar a língua dela num beijo ávido. Ela o recebeu em sua boca. E o beijou com fervor. De repente estavam se beijando com fervor. O beijo dela era quente e intenso a ponto de deixá-lo a beira do desespero para possuí-la completamente.
Ele interrompeu o beijo por alguns instantes o beijo e disse suavemente no ouvido dela.
_Eu vou soltar você e eu não quero te fazer mal. Eu não sei o que te deixou nervosa assim. Mas eu quero ajudá-la hoje e sempre...
Lágrimas silenciosas rolando dos olhos dela, era angústia o que ela sentia por não saber como lidar com um sentimento novo. Hermione queria esquecer e odiar os olhos azuis que a espreitavam de tão perto. Ela apenas o olhou, como se pudesse ver a alma dele. Umideceu os lábios com a língua e ele estremeceu.
_Hermione, ah Hermione!- ele murmurou a testa dele colada a dela.
Draco optara por se ausentar alguns dias a fim de aplacar aquele sentimento que nascia tão rapidamente. Tempo perdido Hermione não saíra de sua cabeça nem um segundo sequer e quando chegar a encontrar tão descontrolada. Aquele beijo não deveria ter acontecido. Aquilo não era profissional! Precisava ter cuidado.
_Porque me beijou assim? – ele perguntou num impulso.
_Eu..- ela sentiu a voz falhar – Eu não sei beijar. – ela disse num fio de voz, e passou a língua ente os lábios novamente.
Draco perdeu sua ultima gota de auto-controle e roçou os lábios nos dela mais uma vez. Seu corpo ansiava por sentira a maciez de seus lábios. Ele a observou e viu quando os olhos dela fecharam devagar e ela se entregou ao contato. Um beijo lento, demorado. Não foi um beijo inocente, não foi um beijo malicioso. Foi um beijo entre o céu e o inferno. Um beijo capaz de seduzi-los.
Entretidos naquela troca de carinho não viram a porta abrir e Gina entrar, e logo depois se afastar boquiaberta.
_Agora, parece que já sabe beijar... - ele disse se afastando.
*****************************************
Nenhum comentário:
Postar um comentário