Textos que podem conter conotação sexual, palavras, atos e cenas descritivas de violência e sexo. Só leia se for maior de idade.

sábado, 26 de março de 2011

Anel de Diamantes - Cap. 19 Pesadelos


Cap. 19- Pesadelos
            ... Os passos firmes ecoavam pelo piso gelado da mansão. Ela estava descalça, e caminhava em direção ao quarto de Draco, mas parecia que cada vez ele estava mais longe, ouviu o choro de Hermione alto, sofrido. Draco chamava pelo filho! Incessantemente, mas ela não conseguia chegar até eles, não conseguia ajudá-los. Depois de correr por muito tempo perdida entre os corredores da mansão encontrou Hermione, sua camisola manchada com seu sangue. Vermelho! Era a cor que predominava! Hermione tinhas as mãos e o ventre cobertos de sangue,  e ela implorava ajuda! Gritava e chorava que levaram seu filho. Draco chegou também desesperado e Hermione lhe apontou. Você! Você o roubou! Você o tirou de mim! Neguei! Gritava desesperada que não fui eu! Eu não era culpada, só tentava impedir!Não! ... Sim! Você! Acusou Draco impiedoso! E você vai pagar! Draco disse caminhando para mim feroz...

Nãoooo!


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_Acorda! Samantha!- Draco gritou alto a sacudindo. Ela abriu os olhos assustada.

 E se deparou com o primo sem camisa, a sacudindo brutalmente,  Hermione estava de pé num canto do quarto muito assustada com o que via, era a primeira vez que ela ousava presenciar o sono conturbado da loira. Colocou a mão no peito. Aquilo definitivamente não era normal.

_Draco! – ela sussurrou quase sem voz.

_Você está acordada? Sam, fale comigo! – ele disse mais calmo porem ela ainda estava muito atordoada.

_Não fui eu Draco! Não fui! Me perdoa! – ela disse chorando, e Hermione teve pena dela.

_Ei!Calma! Foi só um sonho! Um sonho ruim! Samantha! – ele disse e passou a mão pelo rosto dela num gesto fraternal. – Mione, ela está com febre! – ele disse apreensivo!

_Eu vou buscar uma poção! – Hermione disse e saiu de pressa.

Juntos cuidaram de Samantha ate que ela pegasse um sono tranqüilo e por enquanto sem perturbações.

_Acha que ela vai sonhar de novo? – ele perguntou Hermione.

_Ela deveria procurar ajuda! Isso não é normal!

_Não é. Vou falar com ela mais tarde!- eles saíram do quarto deixando-a descansar – Hermione, obrigado por me ajudar! Eu sei que não gosta dela e... – ele começou a dizer e ela o interrompeu.

_Draco, ela é sua família! – ela suspirou - Ainda acho que ela dá muito mole pra você! Mas... não posso ver uma pessoa sofrendo assim, mesmo que seja uma Malfoy arrogante, chata e oferecida!

Ele riu.

_Você é demais!

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Draco conversava com Samantha na biblioteca, naquela tarde, sabia que mais tarde passaria com ela no hospital mais uma vez. Então antes que se irritasse preferiu conversar com a prima.

_Sam, você precisa de ajuda! Esses pesadelos não são normais!

_Eu não preciso de ajuda Draco!- ele respondeu impaciente queria dizer que só precisava ficar perto dele, mas não conseguiu dizer.

_Sim precisa. Eu e a Hermione ficamos preocupados.

_Não se preocupe então!- ela disse ríspida.

_Não vai me contar o que sonha?

_Não!

_Samantha pare de agir como uma menina mimada! E me deixa cuidar de você.

_Draco, me faz um favor? Só cuida da Hermione do seu filho! Eles precisam de mais ajuda do que eu!

_Como assim, do que você está falando?

Ela não respondeu virou as costas e sairia, mas Draco foi mais ágil e segurou o braço dela.

_Porque eu deveria me preocupar com eles? – ele perguntou apreensivo.

_Eles são sua família!Me deixa em paz!- la disse e saiu deixando o loiro atordoado.

De repente a vontade de ver Hermione se tornou algo vital, as palavras enigmáticas de sua prima ecoavam em sua cabeça ...me faz um favor? Só cuida da Hermione do seu filho! Eles precisam de mais ajuda do que eu?

Subiu as escadas apressado indo para seu quarto, Hermione dormia tranquila.  Acariciou o rosto corado, realmente os últimos dois meses de gravidez estavam sendo puxados para ela, ele pensou olhando o ventre enorme. De onde tinha tido a idéia de contratar uma mulher para gerar um filho? Aquilo nuca poderia ser um contrato. Era uma questão de amor dar a vida a outro ser! Infelizmente entendera muito tarde, mas sua decisão errônea tinha lhe dado o privilégio de conhecer verdadeiramente uma mulher maravilhosa como Hermione. Ela ainda não aceitara de todo a ‘’vida’’ deles, mas ela dizer que o amava com certeza era um grande passo. Embora ainda a sentisse distante quando falavam de Eros. Mas ele a entendia, era preciso que o contrato fosse cumprido até o fim  para que ela se sentisse livre! Mas ele esperaria, valia a pena esperar por ela... a mãe do seu filho, a mulher que ele amava e que o amava também!



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A visita ao medibruxo, foi irritante como sempre, e Hermione se sentiu mais desconfortável com as investidas incessantes do Dr.Richardson. Chegaram em casa, aliviados, por saber que o bebê estava bem, mas as consultas duas vezes por semana irritou aos dois.

O medibruxo sabia como irritar o loiro, com elogios descarados a sua companheira, que tentava contornar a situação. Sabia que o medibruxo era atrevido, porém um exímio profissional, e ela confiaria nele durante o nascimento daquela criança. Ele a ajudaria dar a luz em segurança. Por essa razão precisava ser prudente, e evitar que Draco o espancasse.

Convidou Gina e Harry para jantar, a fim de pedir ajuda ao amigo, para acalmar os ânimos do loiro. Talvez Harry conseguisse conversar com ele, e ajudá-lo a compreender que era uma irritação idiota do tal medibruxo. E poderia conversar com Gina também, queria falar-lhe o quanto achava estranho os sonhos da loira.

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Draco e Harry conversavam no escritório...

_Harry, eu preciso descobrir o que a Samantha está sonhando! Tem alguma coisa ai! Eu tenho certeza.

_Sonhos nem sempre são bons, já pensou se for algo premonitório, como o que tive antes da guerra? – Harry disse baixo

_Eu não sei! E ainda tem o que ela me disse, sobre cuidar da Hermione e do meu filho! Droga, e ela não quer falar sobre o assunto. Não sei mais o que fazer. Você poderia tentar falar com ela! – Draco disse apreensivo.

_Ah! Sim ai a Gina me mata não é mesmo?- ele ironizou.

_Potter, você é mais sensitivo pra esse tipo de coisa, se eu chegar perto dela a Mione me mata! E eu não posso contrariá-la.



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Hermione estava mais cansada do que o normal naquela tarde, e Draco a deixou adormecida, para visitar Fantine. Estava com saudades daquela menina e também preocupado que ela estivesse passando muitas horas sozinhas, já que a mãe dela vivia por volta de suas coisas. Porém ao chegar ao hospital deparou-se com a mulher, que saia dos aposentos da filha. Draco não fez questão de esconder a antipatia que sentia por ela. Mas aceitou o pedido cordial da mulher para tomarem um café. Havia algumas verdades que estavam engasgadas, e que ele queria muito falar para ela. Mesmo que isso implicasse em trazer de volta o Malfoy frio e calculista que ele fora m dia, antes de conhecer verdadeiramente Hermione.

_Bom, senhor Malfoy. Soube do interesse que o senhor e sua... - ela engasgou em dizer o nome de Hermione. -a Senhora Weasley.

_Minha noiva! - ele disse sério e a mulher sorriu tímida.

_Devo agradecer o carinho a dedicação e os recursos financeiros que vocês têm destino a fantine, e a toda a instituição. Mas percebo o apego da minha filha a vocês.

_O sentimento que ela tem saiba que recíproco. - ele respondeu frio, e a mulher desfiou o olhar do dele.

_Sr. Malfoy, o senhor é jovem e bonito! Vindo com certeza de uma família de posses.

_Não sei o que isso te importa.

_Importa que eu e a Fantine temos uma vida diferente! - ela o encarou corajosa - E eu não quero que quando o senhor e se cansar de seu capricho a minha filha sofra.

_Capricho? A senhora acha que eu e Hermione temos apenas ''capricho'' pela sua filha? - ele se exasperou.

_Não é bem isso. Mas e quando vocês se cansarem? Draco eu e a Fantine já sofremos muito! Perdas irreparáveis e não acredito que ela precise passar por isso novamente.

_Concordo, mas não concordo com o descaso que a senhora a trata seja correto.

_Não venha me ensinar a ser mãe!- ela se irritou. - O senhor não me conhece e não conhece a minha vida as minhas dores.

_Acho que conheço o suficiente para saber que hostiliza a própria filha a obrigando a passar por sessões de tratamento completamente sozinha.

A expressão da mulher ficou dura.

_Acho que deveria me ouvir antes de me criticar!

_Não tenho tempo! Vim para ver a Fantine, preciso voltar para casa. - ele disse se levantando.

_Eu a proíbo de vê-la!

_O quê? -  o loiro se virou atônito para a mulher, e semi-serrou os olhos, articulou a idéia estrangulá-la ali mesmo.

_É isso mesmo. Sente-se e me ouça! - ela pediu retomando o tom gentil.

Draco ponderou, podia desafiá-la facilmente. Certamente com toda a influência que possuía conseguiria tirar dela os direitos de mãe, e obter a guarda de Fantine. Porém a simples lembrança de Fantine o fez hesitar. Anjo! Era assim que a menina o tratava não podia ser um anjo se batesse de frente com a mãe da menina. E ele queria continuar sendo o anjo daquela garotinha.

Sentou-se de frente a mulher e a viu estremecer. A encarou e pode notar as olheiras profundas e as linhas de expressão de seu rosto, demonstrando cansaço. Certamente ela fora uma mulher bonita.

_Bom, não estou aqui para contar meus problemas, ou para que de alguma maneira você sinta piedade de mim.

_Tudo bem.

_Quando era jovem...

            A história que Draco ouvia atentamente era realmente triste e comovente. Por diversas vezes ele pode notar os olhos dela inundados de lágrimas. Ela se mostrava uma bruxa inteligente e perspicaz. Porém a vida pouco lhe ajudara.

E ele percebeu que a ameaça súbita fora um gesto desesperado, para mostra-lhe a verdade. E ele se simpatizou pela mulher a sua frente.

_Senhor, eu jamais tive intenção de me afastar dela. Só que é preciso. Eu preciso cuidar dela, creio que ela conseguirá sair dessa. Porém, o que oferecerei a ela? Nada! Ou a mesma vida infeliz que eu! Eu penso nessa menina todos os dias de minha vida, todos os minutos.

_Entendo! Porém não entendi onde a senhora deseja chegar!

_Eu te peço, não afaste a Fantine de mim! Nunca! Eu morreria! Eu já perdi muito nessa minha vida, não preciso que minha filha seja roubada de mim.

Ela disse e algumas lágrimas desceram pela fase pálida.

_O que te faz pensar que seria assim? - Draco perguntou calmo.

_Oras! O senhor tem posses, pode satisfazer as vontades de uma menina que foi tão privada pela vida. O senhor e sua noiva podem lhe dedicar tempo e carinho, que algumas vezes eu não dou, por estar atrás de uma vida melhor, um futuro pra ela.

Draco a olhou nos olhos, sabia que ela não estava mentindo. Segurou as mãos da mulher que estavam sobre a mesa, e disse carinhosamente.

_Eu vou te ajudar a cuidar dela. Não tenho intenção de tirá-la de você, confesso que julguei mal seus atos, achando que era um descaso. Mas podemos ser amigos, e juntos cuidar dela!

A mulher lhe sorriu...



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Draco optou por não contar a Hermione, queria poupá-la de toda uma história triste que envolvia a menina que eles tanto gostavam. Apesar de se sentir muito cansada, ela estava muito bem.

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            Mais uma visita ao hospital, os deixaram exaustos. O Dr. Não desistia de tentar impressionar hermione, e mais uma consulta terminava em bate-boca e provocações.

            _Se você tocar nela um minuto a mais do que o necessário, eu te esfolo vivo doutor!

            _Antes de você sair das fraldas e enquanto estava brincando com uma vassoura de brinquedo eu já estava cursando medicina, então atenha-se a seu lugar!

_Sim! – Draco bufou e  Hermione segurou a camisa dele, o olhando com olhos suplicantes, para que ele deixasse de lado. – Desde que você atenha-se a seu código ético e pare de dar em cima de suas pacientes!

O medibruxo sorriu cínico, enquanto os dedos deslizavam pelo ventre dela. E os olhos mirando os de Draco, desafiadores.

_Você enxerga demais meu caro.

O silêncio reinou alguns instantes até que o próprio medibruxo dissesse.

_Tudo bem querida, vocês estão ótimos! – ele disse se referindo a  ela e o bebê.

Instantes depois Draco saiu da sala irritado, e deixou Hermione pra trás pegando os receituários, não suportava olhar para aquele cara cínico mais nenhum minuto.

Quando Hermione saia à porta, o Doutor aparatou a pequena distância que havia entre eles, e segurou seu braço suavemente.

_Você não precisa ficar sempre ao lado dele, se precisar de alguma coisa estarei aqui.

_Obrigada. – ela disse muito sem graça, e saiu.

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            Realmente, aquelas provocações do Dr. Richard estavam lhe tirando do sério. Não sabia mais como controlar a fúria crescente em Draco, ele estava muito irritado, se continha apenas em consideração a ela a ao bebê. Mas não sabia até quando ia conter aquilo. Por isso era melhor fazer alguma coisa.

            Saiu sem avisar, enquanto Draco estava trancado no escritório com o advogado...

            Chegou ao hospital, e não encontrou objeções em ser atendida pelo doutor que parecia estar a sua espera.

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