Textos que podem conter conotação sexual, palavras, atos e cenas descritivas de violência e sexo. Só leia se for maior de idade.

domingo, 8 de maio de 2011

Cap 23- Inegável

Cap.23. Inegável



A Sra. Weasley e a Sra. Malfoy chegaram correndo ao mesmo tempo no quarto em que Draco chamava incessantemente por Hermione.

_O que houve meu filho? – Narcissa perguntou rapidamente.

_Ela está com febre, e não quer acordar! – ele disse com os olhos fixos no rosto de Hermione.



_Eu disse que não é aconselhável o uso de qualquer tipos de magia em partos! É ir contra a lei da natureza! – Exclamou a Sra. Weasley molhando uma toalha na água morna.

_Eu sei Molly! Mas já disse não havia outra opção! Era a vida de ambos! – Narcissa quase gritou.

_Como assim era a vida de ambos? – Draco perguntou sem entender.

_A Hermione pode ter sacrificado a vida dela... – Narcissa fez uma pausa – Pela vida do Eros.

_O quê? – Draco perguntou sentindo o seu corpo tremer ferozmente.

_Calma Draco, ainda podemos salvá-la. – Molly disse tentando acalmá-lo.

_Que tipo de magia ela usou? – ele perguntou ofegante notando-a mais pálida do que minutos atrás.

_É algo antigo Draco magia rúnica!

_E vocês sabem as conseqüências disso?

****

O silêncio que se fez foi aterrorizador, e Draco parecia ouvir seu coração acelerado como um tambor em seu peito.

_Não sei! Mas tudo parece agravar a situação dela, ela sentiu muitas dores, foram muitas horas de contrações, certamente isso a deixou muito enfraquecida.

_Sim Narcissa e ela provavelmente perdeu muito sangue antes, durante e depois do parto. – Molly explicou.

_Eu fiz alguma coisa errada? – ele perguntou apreensivo.

_Não meu bem, você fez tudo corretamente, ele precisava nascer com a ajuda de suas mãos e assim foi feito. – Narcissa disse.

_Mas e se ela não ficar bem?

_Tenha fé filho! Tenha fé! Pois a fé dela salvou o filho de vocês.

****

No hospital...

****

Samantha abriu os olhos devagar, sentia o corpo dolorido como se tivesse enfrentado uma batalha. Sentou-se na cama sem perder tempo. Rapidamente notou que algo estava sobre as suas pernas. E ao olhar notou os cabelos escuros de um homem que estava adormecido junto a sua cama. Sorriu confusa, se lembrava de pouca coisa. Mas se lembrou dele.

_Você de novo? Não acredito!

O homem despertou e a encarou com olhos sonolentos e muito cansados.

_Como você está? Sente alguma coisa anormal?

_Não, estou bem. Exceto o fato de ainda não ter um quarto só meu! – ela sorriu fraco.

_Correção, você queria uma cela só sua. Não citou um quarto em momento algum!

_Sabe me dizer o quê aconteceu? – ela perguntou com seriedade.

_Não muito, você estava muito fraca, depois que... – ele hesitou.

_Depois que o quê? Me diga o que houve? – ela se apavorou.

_Você não era você Samantha! Tinha algo mais vivendo dentro do seu corpo, e não era algo bom! – ele disse escolhendo as palavras.

_Oh! Mérlin! A Hermione! O Eros! Mérlin eu completei o ritual! – ela disse se levantando rapidamente e pulando da cama, como se fosse sair do quarto.

Kevin num gesto rápido impediu a passagem até a porta.

_Calma!

_Eu preciso saber da Hermione! E do Eros! – ela disse aflita e uma onda de tontura a abalou a fazendo oscilar de um lado para o outro.

E Kevin a amparou com precisão.

_Eles estão vivos. É a única coisa que sei. Mas ela estava em trabalho de parto, há essas horas a criança já deve ter nascido!

_Oh Mérlin! Então o Draco conseguiu tirá-la das mãos do Lucius?

_Sim!

_Mas... O Lucius ele vai me matar! – ela disse se sentando na cama. – Ele vai me matar!

_Não vai não. – ele afirmou sério a olhando.

_Como pode ter tanta certeza?

_Seu tio está morto!

Ela apenas abriu a boca num espanto.

_E o Draco, ele ficou ferido? Me conta o que aconteceu.

_Eu não sei de tudo, estava tentando ajudar a Hermione a maioria do tempo, ela me parecia muito mal, e tentava chegar até você. Mas daí eu apanhei no mínimo duas vezes, primeiro o Potter e depois o Draco.

_Eles bateram em você? – ela se espantou.

_Sim! E tive que agüentar calado. Ah estava uma loucura aquela casa!

_É porque você bateu na Gina! E ainda beijou a Mione a força! – ela contou quase rindo.

_Eu????? – ele gritou. – Eu não faria isso! Nunca! Eu não bateria numa mulher! – ele disse indignado.

_Ah Coitadinha, dizem que ela ficou cheia de hematomas! – ela alfinetou maldosamente.

_Não fui eu? Ou será que estava sob a maldição imperius? – ele se preocupou alisando o rosto num gesto nervoso.

Ela sorriu.

_Acredito em você e eles também acreditarão.

_Ah Claro, depois que fui estuporado, machucado e quase levei uma maldição da morte! – ele disse irônico.

_Por que está cuidando de mim? – ela perguntou séria.

_Por quê? Sempre tem que ter um por quê? Não agüento suas reclamações! Por que

_Sim tem que ter um por que! – ela disse irritada.

_Não sei, apenas me senti na obrigação de te ajudar, e depois que... – ele hesitou

_Diga! – ela disse num tom de ordem.

Ele pensou em não responder, mas a olhou e viu o estado deplorável de ambos.

_É difícil de acreditar... mas...

_Não me venha com essa, estive tendo sonhos muito estranhos há meses, minha mente foi invadida e eu fui torturada. Fui uma das peças chaves de um ritual de magia negra, tentando roubar a alma de um bebê inocente. Em que eu não acreditaria?

_Um anjo te entregou pra mim!

_O quê? – ela ficou de pé num salto. – Eu não acredito!

_Eu sabia que não acreditaria! Mas é a verdade! E eu não vou negar ou rejeitar um pedido feito por um anjo que me entregou você! Nós dois estamos sós Samantha! Podemos ser luz e caminho um para o outro!

Ela ficou em silêncio por alguns minutos.

_Isso é uma cantada?

Ele deu de ombros.

_Não! É um pedido para que sejamos amigos, e se depois rolar...

_Rolou! – ela completou com um sorriso e caminhou até ele o abraçando com força.

_Não vamos ficar sozinhos Kevin! Nem eu? Nem você!

Estavam abraçados e ela se sentiu em paz, nos braços dele...

****

Muitas horas se passaram, a febre de Hermione não cedia!

_Precisamos chamar um medibruxo! Onde encontramos o Dr. Richardson? Ele é o melhor! – Disse Molly

_Aquele bastardo não vai tocar nela! – Draco rugiu.

_Eu mesmo ainda não dei um fim nele! – Harry lembrou.

_Calma aí! Meninos, não foi o Dr. Kevin que machucou as meninas, ele estava sobre o domínio de Lucius. – Narcissa afirmou.

_E mesmo que tivesse sido ele, a Hermione precisa dele, e nós estaremos aqui! – Disse Arthur sabiamente.

_Vou mandar trazê-lo, mas se ele olhar pra Ginny eu o enforco! – Harry disse e saiu pisando duro.

Ginny esboçou um breve sorriso, e olhou para Eros adormecido em seus braços.

E Draco se afundou na cadeira ao lado de Hermione.

****

Quando os aurores comunicaram a Kevin que ele deveria ir a casa dos Weasley...

_Devemos partir agora! É urgente! – avisou o auror.

_Eu vou com você! – Samantha disse se levantando.

_Você precisa ficar! Ainda está debilitada!

_Debilitada o inferno! – ela esbravejou – Quero ver meu primo e a Hermione!

_Se o casalzinho não se importasse, temos uma vida em risco! E do jeito que o Malfoy está se chegarmos tarde viraremos poeira só com o olhar dele! – alertou o auror, e eles foram pela chave de portal.

***

Tão logo entraram no quarto Samantha correu para Draco, e o abraçou.

_Primo! Você está vivo! Chegou a tempo!

_Sim, Sam. E você como está?

_Bem! Draco e ela? – ela perguntou olhando a cama.

_Estou com medo de perdê-la Sam! Muito medo! – Draco continuou e se permitiu abraçar a prima.

Kevin entrou no quarto naquele momento e sentiu seu peito apertar ao ver o abraço dos primos. E passou por eles, esbarrando-os para que notassem a presença dele. Draco logo se separou de Samantha e num impulso segurou Kevin pelo colarinho da camisa, num gesto violento que fez todos do recinto suspirarem.

_Se tocar num fio de cabelo dela que não seja necessário eu acabo com a sua vida! – Draco disse feroz entre os dentes, como um chiado de serpente. E Harry o aprovou com um aceno enquanto ficava atrás de Gina de modo protetor.

Ela apenas o cutucou com o cotovelo...

Kevin o empurrou com o gesto firme...

_Tira as mãos de mim Malfoy! Você não está em condições de exigir tanto!

Samantha teve um impulso de se meter entre os dois homens antes que se atacassem.

_Calma aí! A Hermione precisa de ajuda, poderiam deixar as diferenças pra depois que ela estiver fora de perigo!?

Os dois se olharam desafiadoramente.

_Ainda não acabou Richardson!

_Não mesmo Malfoy!

***

Em silêncio olharam Kevin cuidar de Hermione. Ele utilizara procedimentos trouxas e bruxos, depois de várias tentativas em vão, ele colocou a mão esquerda sobre o baixo ventre dela, e apertou com um gesto firme, murmurou algum encantamento, e se voltou preocupado.

_Não surte efeito! Ela não para de sangrar! – ele ofegou. – Não há mais nada na medicina bruxa ou trouxa. Devemos esperar!

_Esperar? – Harry gritou já que Draco parecia passado com a notícia. – Esperar que minha amiga sangre até a morte! Ficou maluco?

_Escuta Potter, eu estou nesse ramo de medicina há anos, e não imagino o que pode estar ocorrendo. Pode ter sido a magia, e as tensões que ela viveu. Essa febre parece algum tipo de magia que eu desconheço. – ele disse

Molly e Narcissa se olharam com pesar.

Depois de muitos minutos conseguiram tirar Draco do quarto, ele estava nervoso e a febre dela aumentara a fazendo delirar. Ele chamava vários nomes e dizia frases incoerentes. E ele podia ouvir a voz dela.

_Ela esta chamando a Fantine! Harry, peça que a tragam até aqui! A Fantine também deve querer vê-la pela... – ele engasgou com as próprias palavras. – Última vez. – ele disse e sentou-se chorando muito.

_Não fala assim Draco! Isso não pode acontecer! – Gina disse e olhou para Harry depois caminhou até ele, sentou-se a seu lado e o abraçou carinhosamente, como faria a algum de seus irmãos.

Mas ele não pôde dizer nada, apenas se deixou ser consolado por Gina, Harry os olhou com aceitação, não havia nenhum sentimento de posse quanto a Gina, era impressionante como ele passara a ser um membro de sua família. E vê-lo sofrer juntamente com Hermione era sofrer em dobro.

****

Não demorou muito para que Harry voltasse carregando a Fantine.

_Anjo! – ela o abraçou fortemente, quando Harry a passou para o colo de Draco.

_Oi! – Draco respondeu, e deu um breve sorriso, sua face estava muito vermelha devido ao choro.

_Você se lembra que eu disse que levaria meu filho para você ver? Pois é ele nasceu!

A menina sorriu feliz!

_Eu sei e estou doidinha para ver ele!

_Oh Fantine, como sabe que ele nasceu?

Ela apenas sorriu enigmática. E pediu para descer do colo de Draco, ele a soltou e ela foi até Ginny. Tocou o ventre de Gina e subiu no sofá para alcançar o ouvido da ruiva.

_Ela vai ser a menina mais linda de todos os tempos! E ela e o Eros eles vão te dar muito trabalho! Assim como você e o Harry deram a ele. Seu irmão mandou te dizer que ainda sente ciúmes de você com seu melhor amigo!

Gina arregalou os olhos, e Fantine riu sapeca. Gina caminhou até Harry e o abraçou quase chorando. Fantine voltou para o loiro.

_Quero ver o Eros!

_Fantine, você vai vê-lo mas primeiro quero te falar uma coisa. A Mione ela está com problemas... – ele quase se engasgou. – Talvez ela não sobreviva. E por isso quero que você a veja! – ele disse contendo sua dor.

A menina ficou séria e disse:

_Eu sei. E também sei o que ela tem. E sei o que pode salvá-la.

_O que você esta dizendo? – ele a olhou com espanto.

_É verdade, mas eu só poderia dizer se você me chamasse. Você precisava mudar anjo, e você mudou. Pensou primeiro em mim, e na minha vontade de ver a tia Mione.

_Fantine, não estou entendendo nada!

_Não precisa entender. Nem eu entendo às vezes. – ela disse com uns olhos sonhadores que lhe lembrou a Luna Loovegod.

_Vamos, não podemos perder tempo.

****

Deixando todos perplexos, Draco saiu e entrou no quarto com Fantine. Eros estava num cesto improvisado, num canto do quarto. O quarto estava à meia luz, a pele de Hermione reluzia, o suor febril, e ela ainda delirava baixo, mas estava adormecida profundamente.

A menina se aproximou e olhou Hermione com carinho.

_Anjo, ele a ama tanto... que ele quer que ela fique com vocês. Com você e com o Eros. – Ela disse olhando Hermione e tocando o rosto dela, que delirou dizendo o nome de Draco.

_Estou aqui Mione! – ele disse e pegou a mão dela. E ela abriu os olhos devagar. – Estou do seu lado! – ele disse suave.

_Você tem que tirar a tatuagem dela Anjo! É ela o que quer matá-la! – a menina disse calmamente.

_Hum? – Draco se espantou.

_Fantine! – Hermione chamou.

_Oi Tia! O tio Draco vai te livrar dessa dor! – ela disse e olhou para o loiro que estava pálido – Ele tem que tirar essa tatuagem que aquele homem te fez! Ela esta na sua perna.

_Fantine você me assusta! Como sabe de tantas coisas?

Ela sorriu abertamente.

_É bom ter amigos anjos!

_Assim posso salvá-la?

_Hum-Hum!

_Como vou fazer isso?

_Aqui! – ela remexeu numa pequena bolsinha de pelúcia que trazia consigo e mostrou uma pequena pena em sua mão delicada.

Draco a olhou absorto e suspirou:

_Vá depressa! O tempo está acabando!

_Mas o que faço? – ele perguntou totalmente dependente daquela criança.

_Você já a curou uma vez... no navio... você sabe o ritual! Anjo às vezes você parece uma criança. – ela se negou com a cabeça – Como pode! Pega ela! – A menina ordenou autoritária e ele apenas obedeceu.

Sentiu o calor doentio de Hermione contra seu peito e a ajeitou o mais confortável que pôde, já que sua cabeça e seus braços pendiam pra baixo, com uma das mãos livres, abriu a palma, e a estendeu em direção a Fantine. A menina abriu sua mão e assoprou a pena branca em direção a Draco.

A pequena pena era tão branca que chegava a reluzir e como se tivesse vontade própria flutuou a distância entre eles, e repousou na palma de Draco.

_Eu vou ajudar a tomar conta dele! – ela se referiu a Eros e logo saiu em direção ao cesto no canto do quarto.

E antes que Draco pudesse dizer alguma coisa, foram transportado, para outro lugar...

****

Draco precisava recuperar o fôlego, mas a olhou antes mesmo de respirar e saber onde estava, ela ainda estava inerte e inconsciente, a febre não havia cedido.

Olhou a sua volta, não havia muitas coisas. O ambiente estava na penumbra... Mas estavam ao relento, embora não houvesse corrente de ar. Analisou rapidamente o local. Estavam num ambiente úmido, uma caverna. Se perguntou se não faria mais mal a ela. Sentiu-a estremecer. Pôde ouvir o barulho de água próxima, e o canto de pássaros silvestres. O ambiente era recoberto de pedras, úmidas.

Conjurou uma cama, que apesar do ambiente de pedras, ela ficou firme. Olhou em sua volta, mas uma vez, pouco abaixo do lugar que se encontrava, havia uma riacho que passava, e bem no meio do curso as pedras se abriram como se fosse retera afuá, formando uma piscina natural. No teto da caverna frestas entre as rochas permitiam a luz do sol passar. Causando um efeito de brilho e luz no ambiente. Prendeu a respiração diante da beleza do ambiente, a água cristalina era de um azul incrível.

_Draco! – a voz dela o fez voltar a realidade, ela chorava.

_Oi! Estou aqui!

_Eu vou morrer! Não sinto mais forças para nada! – ela disse devagar e lúcida pela primeira vez em muitas horas.

_Não fala isso! – ele a abraçou. – Não vou deixar que isso aconteça! Não vou!

_Draco cuida do Eros, e diga a ele que eu o amei! – ela disse entrecortado pela fraqueza.

_Não! Nós dois vamos cuidar dele! Nós dois! – ele chorou a segurando em seus braços enquanto olhava a face dela embranquecer ainda mais... – Não!

Os olhos delas pesaram, enquanto ela voltava para seu estado de inconsciência, mas ela ainda balbuciou:

_Eu amo... você!

_Não! Hermione! Acorda! Não por favor! Hermione! – ele gritou e sua voz ecoou pela caverna, e ele escutou o eco de seu desespero. – Merlin não! – ele gemeu tentando encontrar pulsação nela.

Em vão...

Desesperado e sem saber o que fazer, Draco a despiu por completo.

Precisava dar um jeito de livrá-la daquela marca. Amaldiçoou seu pai onde quer que ele estivesse. E pensou que se ele já não estivesse morto, o mataria mil vezes se preciso.

Ela ainda sangrava muito, e ele amaldiçoou a si próprio por ter tocado nela e ter lhe feito um filho. Tirou sua camisa num gesto rápido e a pegou nos braços. Ela permanecia inerte e permaneceu assim até que ele entrou com ela devagar na água.

Sentiu-a estremecer e se encolher ao entrar em contato com água fria.

_Merlin! – ele balbuciou aliviado ao senti-la reagir.

Com cuidado a mergulhou mais uma vez, de modo que o corpo dela todo estivesse dentro da água. Permaneceu na parte rasa e se sentou em algumas pedras, a água os encobrindo no meio do peito. Segurou-a e chamou por ela.

_Hermione, Hermione!

_Oi! – ela respondeu fraca e antes de abrir os olhos.

_Você respondeu!

_Me salva Draco! Me salva! – ela murmurou.

Draco respirou pesadamente. E sua cabeça fervilhou.

_Accio varinha! – ele gritou e eco se fez ouvir.

A varinha voou em suas mãos e no outro instante ele conjurou flores. Rosas... vermelhas... colocou as próxima a ele numa pedra na beirada de onde estavam. Uma delas ficou em sua mão junto com a varinha, ele a beijou e a levou aos lábios de Hermione, os tocando como se fosse uma carícia. Ainda com a rosa na mão, murmurou um encantamento apontando para o céu. E em poucos instantes as pétalas caiam do teto de pedra. Numa magia perfeita e incomum. As pétalas vermelhas e macias caiam sobre eles, numa chuva diferente, enquanto ele murmurava os encantamentos que sabia de forma baixa e ritmada. Estava concentrado apesar do pânico que sentia. Parecia em transe dizendo feitiços complexos. Seguiu um pouco mais adiante, no lago, e a colocou completamente dentro da água... como mandava o feitiço, porém a idéia de não ver o rosto dela o apavorou. E ele mergulhou ao mesmo tempo em que a levava para o fundo das águas...

Emergiu das águas segurando-a firmemente junto a si, pétalas de rosas pendiam do corpo dos dois. Abraçou-a fortemente ao perceber a temperatura fria de seu corpo e o arroxeado de seus lábios. "Hermione" chamou-a carinhosamente sem obter resposta, nem ao menos um suspiro.

Aproximou seu rosto do dela, a respiração lenta e inconstante assustou-o. Não podia perdê-la.

Sentou-se no chão da caverna, abraçando de forma hiper protetora a mulher no seu colo.

Olhou-a atentamente. Antes a pele dourada estava agora pálida e gélida, os lábios rosados estavam roxos e sem vida... Ela estava sem vida. Desesperou-se.

_Hermione... Mione... não faz isso comigo, não agora. Sussurrou entre lágrimas.

****

O desespero já havia tomado conta de si há muito tempo, palavras desconexas saiam de seus lábios e seu coração batia descompassado, destroçado.

Ouviu um leve barulho vindo das águas, e uma luz alaranjada invadir a caverna, uma linda mulher de cabelos longos e loiros, pele alva e olhos verdes emergiu das águas. Seu corpo era coberto por um longo tecido branco, na perna carregava uma delicada tornozeleira com o símbolo do sol e na testa havia desenhado um pequeno pentagrama.

Caminhou até junto a ele olhando-o detalhadamente.

_Quem é você? – Perguntou assustado e com expressão de poucos amigos.

_Sou aquela a quem ela rogou para que protegesse vosso filho. – Disse abaixando-se junto a eles.

_Então faça de novo... Se você protegeu Eros também pode protegê-la, por favor. – ele rogou entre lágrimas.

_Sim posso. Mas não sei se devo. – Falou acariciando os cabelos emaranhados de Hermione.

_Por favor, por Eros ele precisa dela e... Eu também. – Admitiu apavorado com a idéia de perdê-la.

_Você a ama meu jovem? – Seus olhos encontraram-se e Draco sentiu-se como um livro aberto.

Ele podia afirmar que a amava? Depois de anos de ódio e ofensas, depois de humilhá-la por quase uma vida? Por isso talvez não. Mas podia por todas as noites que passaram juntos, por tudo que ela o fizera sentir, pelo medo que o assolava só em pensar que poderia perdê-la. Olhou atentamente a Deusa a sua frente quer ela acreditasse ou não ele diria o que verdadeiramente sentia.

_Nunca me ensinaram a amar... Cresci sem acreditar no amor. Mas depois que a conheci verdadeiramente. Algo em mim mudou. Sinto calor em meu peito! Sinto como se não pudesse respirar se ela não estiver bem. Eu sei que talvez ela não me ame. Sei que ela sempre amou o Weasley, mas não posso evitar. Preciso dela para respirar, preciso dela para viver!

_E mesmo sabendo que ela pode não te amar implora pela vida dela? Mesmo sabendo que ela não tem mais obrigação alguma de ficar com você? Sabendo que ela pode te deixar?

Draco abaixou o olhar e fechou os olhos sentindo as lágrimas arderem. Suspirou profundo.

_Não entendo como aconteceu, ou porque, ou quando. Só sei que eu morreria e mataria por ela! Não importa que ela não me queira. Ficaria satisfeito ao saber que ela está viva. Não é justo vê-la padecer por um sonho que era meu! Eu a coloquei nisso, eu a engravidei.

_Era um contrato, e ela sabia.

_Sim, mas se não fosse meu sonho...

_Deixaria seus sonhos por ela? – a mulher o olhou com grande interesse.

_Todos! Trocaria todos os meus sonhos por ela. Eles não tem mais sentido para mim se ela não estiver comigo.

_Eu não tinha dúvidas do seu amor por ela, porém precisava ouvir até aonde você iria para salvá-la. Darei a ela o sopro de vida, e a oportunidade de viver em paz e não te pedirei nada em troca. Ela já me pagou quando lembrou-se de mim, quando recorreu a mim para ajudá-la. E você apenas ame-a. Disse dando um beijo na testa de Hermione e desaparecendo.

Draco a viu desaparecer no ar... piscou várias vezes para saber se era verdade. Ainda torpe com as cenas e palavras, a levou para a cama, a vestiu com uma camisa sua. Notou que não havia tatuagem nenhuma na perna dela. Satisfeito ele se deitou ao lado dela, segurando firme uma de suas mãos.

E seus olhos pesaram, numa sonolência fora do normal. Era como se o peso do cansaço de todos esses anos estivessem sobre suas costas. E ele adormeceu...

****

Hermione voltou a si.

Sentira tantas dores nas últimas horas que a consciência de seu corpo leve sem dores a fez suspirar. Nenhuma dor... Nenhum mal estar.

Nem se lembrava de quando se sentira tão bem. Abriu os olhos e não reconheceu o lugar.

Era realmente boa a sensação de estar bem, de estar leve... leve até demais. Levou a mão ao ventre... estava liso.

_Eros! – ela balbuciou abrindo os olhos. Tocando a própria barriga.

Sua mente estava confusa. Não sentia mais nada, sentia seu corpo tão perfeito como fora antes da gravidez

_Merlin! Eros! – angustiada tentou levantar a outra mão. Mas percebeu que estava segura...

Segura por outra mão, muito maior que a sua, mais masculina, mais forte...

_Draco! – ela se sentou ainda admirando suas mãos unidas.

A imagem do loiro adormecido ao seu lado a fez recordar tudo de uma só vez. Seu seqüestro, os rituais, as dores, o nascimento de seu filho... seu amor.

_Draco! – ela sussurrou próxima ao ouvido dele, tocando delicadamente os cabelos loiros.

Ele suspirou cansado antes de abrir os olhos. Demorou a assimilar a imagem que viu a sua frente.

_Mione! – ele exclamou se sentando e a encarando. – Você está bem? Está sentindo alguma coisa? – ele perguntou tocando o rosto dela para averiguar se havia febre.

_Draco!

_Está com febre? Sente alguma tonteira? – ele perguntou agitado.

_Draco! – ela segurou as mãos dele. – Eu estou bem! – ela sorriu e ele a encarou.

_Mérlin!

_Me abraça! – ela pediu, mas sem dar chance de resposta.

Pulou nos braços dele, que a recebeu com carinho.

Se abraçaram forte por muitos minutos. Numa demonstração de alívio.

_Draco! O que aconteceu? Eu só me lembro dos acontecimentos quando o Eros nasceu. Ele está bem? Onde ele está? Onde nós estamos? – ela perguntou dando uma olhada no lugar.

_Ele está bem! O problema era com você! – ele alisava o rosto dela com veneração.

_Comigo? O que houve? – ela se preocupou.

_Você esteve mal Hermione. Eu juro que pensei que você não sobreviveria. – ele disse com os olhos marejando.

_O ritual de proteção! Deu alguma coisa errada?

_Não! Mas você ofereceu a vida pelo nosso filho. Hermione foi um gesto muito nobre.

_É seu filho Draco! Não poderia te imaginar sem ele!

Foi a vez dela tocar o rosto dele com carinho.

_Mérlin, eu não me perdoaria nunca se eu te perdesse. – ele disse num sussurro aproximando seus lábios dos dela.

O primeiro toque foi "fugaz". Suas respirações lentas assoprando um sobre o outro numa troca mútua de calor. Se moveram no mesmo instante aumentando o contato. Draco fechou os olhos, e as lágrimas desceram pelo seu rosto se unindo as suas bocas.

_Eu tive tanto medo de te perder. Tanto! O tempo todo! – a voz dele saiu falha pela emoção, e por estar muito próxima a ela.

_Estou aqui! Salva! Graças a você! – ela disse e enfim o beijou, saboreando os lábios dele. Devagar num beijo longo e lento.

Ficaram se beijando por muitos minutos, matando as saudades do gosto um do outro.

Enfim ele direcionou o rosto para o pescoço dela. E aspirou profundamente, sussurrando o nome dela.

_Draco! – ela gemeu.

_Acho melhor irmos embora! – ele disse se afastando, mas ela havia notado a excitação dele.

Segurou o braço dele, impedindo-o de se afastar.

_Draco!

_Oi! – ele respirou pesado.

_Você me deseja, não é? – ela perguntou com um sorriso tímido.

_Sim. Muito. Mas não podemos. Num minuto, você estava tão mal. E agora! – ele sorriu de volta.

_Eu estou bem!

Ele sorriu de lado.

_Eu adoraria fazer amor com você agora! Seria capaz de te amar por horas e horas. Mas estou imensamente satisfeito por te ver, viva, inteira. E além do mais, precisamos saber do Eros. A Fantine nos espera, o Potter, os Weasley! Minha mãe. Mérlin, minha família é tão grande!

Ela riu.

_Sim. Não devíamos estar com esse "fogo" todo! – ela ruborizou.

_Prometo te trazer aqui outro dia! Quando tiver certeza de que está mesmo bem!

_Sim. Estou! Porque você me curou!

Ele sorriu alegre.

_Tenho uma coisa pra você!

_O que?

Draco retirou de dentro do bolso da calça que usava e o brilho do sol que entrou por algumas fendas da caverna reluziu na pedra brilhante entre seus dedos.

_O anel! – ela disse emocionada.

_Seu anel! – ele disse e pegou a mão trêmula. – E vai voltar para sua mão, de onde nunca deveria ter saído. Ele vai estar em seu dedo para te proteger, honrar e... – a voz dele estava falha. – e em sinal do meu amor. Cada vez que olhar para ele saberá que é a mulher que mais amo!

_Ah! Draco! Eu também te amo! Amo muito! – ela disse sentindo-se fortalecida por o anel estar novamente com ela.

Se abraçaram fortemente e se beijaram mais uma vez

_Vamos para casa!

Ele chamou e com magia preparou tudo para partirem, não levou mais que um minuto. Foi até a cama e a pegou no colo cuidadosamente e aparatou para casa...

****

_Gina! Gina! – Eros está chorando sem parar. Sua mãe e a Narcissa já não sabem o que fazer. O imprestável do medibruxo também não! – ele disse entrando no banheiro, onde Gina tomava banho.

_Eu já vou!

_É que ele só ficou quieto no seu colo!

_Sim, já estou indo!

Ela saiu do Box enrolada na toalha. E Harry sentiu seu corpo reagir diante da visão da ruiva.

_Putz Gina! Estou morrendo de tesão! Queria muito te deitar nesse chão e ... – ele gemeu.

_Ah! Amor! Eu também, mas agora não é hora! Tenho que ir ver se consigo acalmar o Eros. – ela disse divertida.

_Ah! Mérlin, além de um Malfoy ser destinado a minha filhinha antes de nascer, ainda tenho que dividir a minha esposa! – Harry reclamou e Gina riu gostosamente.

_Ora Potter deixe de ser manhoso!

Gina caminhou até ele. E o abraçou e dizendo em seu ouvido.

_Prometo, depois que isso tudo passar te levar para cama e deixar você em cima de mim pelo tempo que desejar!

_Ah! Ginevra, isso não é um bom acordo para mim.

_Não? E por quê?

_Porque a parte difícil dos movimentos fica só para mim. – ele riu

_Está bem! Eu fico por cima também. – eles riram e ele a viu se vestir. E logo foram ao quarto que os outros estavam.

****

Logo que Gina chegou, pegou Eros do colo de Narcissa. Ele estava agitado e chorava sem parar.

_Que foi meu bem? Estou aqui! Sua mamãe e seu papai já devem estar chegando! Fica calmo está bem!... – a voz suave de Gina ressonou pelo ambiente e num instante Eros estava calmo.

Todos a olharam com admiração.

_Acho que ele gosta de mim!

_Ou da minha filha que está dentro de você. – Harry resmungou.

_O que você disse Harry? – Arthur perguntou quando ouviu o genro resmungar.

_Nada!

_Acho melhor Draco voltar logo com a Mione. Ele está com fome! – Gina disse vendo Eros colocar as próprias mãozinhas na boca e sugar com violência...

****

Harry e Fantine foram ao jardim enquanto todos cuidavam de Eros, e esperavam ansiosamente por notícias.

Mas foi os dois que avistaram Draco aparatar com Hermione nos braços no jardim da Toca.

_Tia Mione! – Fantine gritou feliz.

Harry correu para onde os dois estavam quando viu Draco colocá-la no chão. E ela permanecer de pé. Correu ainda mais rápido. E ela o abraçou sorridente.

Sentiu seu coração disparado. Era como reviver uma cena de suas vidas. No segundo ano, quando ela voltou após ser petrificada por dias.

_Você está bem? Mione! Eu não queria te perder, Minha amiga.

_Estou aqui amigo. Estou aqui meu irmão! – ela disse feliz ainda abraçada a ele.

Draco pegou Fantine no colo e a abraçou também. Logo Hermione soltou Harry e Fantine se curvou para abraçá-la ainda nos braços de Draco.

_Ei você não pode pegá-la. Ela é pesada!

_Estou bem Draco! Fantine que saudades!

_Está tudo bem tia. Eu sabia que ia ficar o anjo me disse. Ele me avisou que se você e tio Draco se amassem tudo ia dar certo.

_E deu! Porque eu o amo! – Hermione disse e ruborizou.

_Ei! É melhor parar com declarações! – Harry fez uma careta. – O Eros está com fome. Está chorando o tempo todo! Só para quando a "minha esposa" está por perto. – ele emburrou.

Draco riu. E colocou Fantine no chão. E logo enlaçou Hermione em seus braços, pegando-a novamente, mesmo contra a vontade dela.

_É impressão minha Potter ou está com ciúmes de um Malfoy? – Draco alfinetou.

_Ah! Malfoy vai a... – ele olhou para Fantine que arregalou os olhos, como se soubesse que Harry diria uma palavra feia. No mesmo instante parou, mas continuou a seguir. – Vai a cozinha tomar um copo de água!

Malfoy gargalhou. Fantine correu sem aviso certamente para avisar que eles haviam retornado.

E Harry mostrou o dedo do meio para Draco.

_Oh! Tão "trouxa" Potter!

Os três riram como velhos amigos...

****

Mais uma vez entrar na Toca causou tumulto. Todos queriam saber se ela estava bem, e o que havia acontecido. Mas ela tinha destino: Seu Filho.

Entrou no quarto, ainda nos braços de Draco que a colocou no chão. Gina estava de costas, ainda falava com Eros docemente.

_Gina! – Hermione chamou.

_Mione! – ela se alegrou. – Eros olha quem chegou!

Ela caminhou até a amiga e se abraçaram desajeitadamente com Eros entre elas.

_Mérlin. Você está bem! Fico imensamente feliz! Mione ele está com muita fome coitadinho!

_Oh! Meu bebê! – Hermione o pegou carinhosamente e Draco a empurrou gentilmente até a cama.

Narcissa e Molly ajeitavam as colchas e os travesseiros. E tão logo Hermione tivesse acomodada abriu a camisa de Draco que usava. Expondo o seio pesado.

Draco foi quem a ajudou a segurar as mãozinhas do pequeno que choramingava e tinha pressa para se alimentar.

Demorou um pouco até que ele encontrasse o bico do seio, mas a voz de Hermione sussurrando palavras doces pareciam ser um calmante. O pequeno sugou com força, o que a fez gemer e fazer uma careta.

_É assim mesmo! Pode doer nas primeiras mamadas! – Molly disse encantada.

_Isso! Meu bebê! Isso...

O pequeno sugou repetidas vezes se alimentando.

Os olhos de Draco brilharam. Ao ver o anel na mão de Hermione. E a mão dela acariciando a cabeça do filho com carinho

Eros estava satisfeito. E abriu os olhinhos, como se admirasse a mãe e dissesse obrigado.

Hermione sentiu o coração disparar. Amava desesperadamente seu filho. E a lembrança do contrato a fez tremer. Mérlin não suportaria se Draco o tirasse dela. Sabia que o amor que sentia por ele era recíproco, mas ele era e sempre seria um sonserino. Um Malfoy!

Poderia passar por cima de seus medos. Mas o fantasma daquele contrato ainda a assombrava demais.

_Posso segurá-lo?- a voz dele a tirou de seus pensamentos. E por um momento quis que ele ainda estivesse dentro dela. Assim ele seria apenas dela. Pálida ela entregou o bebê.

Ele o pegou desajeitado.

_Mantenha ele em pé! Encoste-o em seu peito. – Disse Molly – E vamos saindo, acho que eles precisam de um momento só deles.

Todos saíram devagar.

_Oi! – Draco disse baixinho para Eros. – Você é pequenininho e já me deu tantas preocupações. Tive medo de nunca poder te pegar assim!

O pequeno resmungou como uma resposta.

_É você sabe? Você é tão quentinho, mas bem molinho. Minhas mãos são tão grandes pra pegar você. Tenho medo de te machucar!

O menino espremeu e fez uma careta.

_Aposto que prefere o colo de sua mãe. Não tenho jeito. Mas aprenderei! Como aprendi a amá-la. – ele disse e olhou Hermione nesse momento.

Ela lhe sorriu.

_Está se sentindo bem? – ele perguntou ao notar os olhos marejando.

Ela assentiu.

_Estou um pouco cansada! Mas poderia ficar olhando você e ele por horas!

Foi a vez dele sorrir.

_Toma pegue ele, ele também vai querer dormir. Descanse, logo voltaremos para casa, e para nossas vidas... – ele disse devolvendo Eros a ela, e beijando-a rapidamente nos lábios...

***************Fim do capitulo****************

Gente, as vezes eu desanimo com o blog .. isso é fato. Pq os coments aqui são bem pouquinhos e eu penso que não tem ninguém visitando as fics, o que sei que não é verdade... então please deixa um oizinho ai pra mim... Mil beijos

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