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domingo, 8 de maio de 2011

Miedo - Vulnerável

Encontro: Vulnerável


Hermione correu cegamente, ela só tinha que ficar longe dele. Santo Deus será que ela merecia outro Don em sua vida? Tremendo de medo, ela caiu no chão, amassando suas vestes, só para segundos depois notar que estava em um corredor vazio. Mesmo caída, ela não se deteve, lentamente começou a engatinhar em direção a torre da Grifinória. O medo a fazia para de raciocinar, a fazia ficar fora de si.





Depois de um tempo, que havia se arrastou com pernas trêmulas, conseguiu entrar de volta em seu dormitório, que estava vazio, porque todo mundo ainda estavam almoçando. Caiu sobre sua cama por um momento, antes de pôr na cabeça que iria se dirigir à ala hospitalar. Ela não podia ir às aulas hoje.



***

Ela se deitou na cama do hospital, preparando-se para a enxurrada de perguntas que viriam; antes da campainha tocar. Harry e Rony estariam ali em breve. Muito em breve na verdade.

_Hermione! – Ron chamou, correndo para a cama com Harry ao seu lado.

_O que aconteceu? Você está bem? – Harry perguntou, tocando a testa dela com preocupação. Hermione sorriu para os dois.

_Estou bem, eu só me senti um pouco... tonta. Não sei se poderei ir às aulas. – disse ela sem os encarar. Os meninos suspiraram de alívio, e se sentaram cada um de um lado da borda estreita de seu leito.

_Nós estávamos preocupados. McGonagal não quis nos dizer como você estava. – disse Rony apertando a mão da amiga.

_Isso é muito ruim? Estou bem!- ela disse com um sorriso.

_Ela é como um saco velho! – afirmou ele fazendo com que Harry risse e Hermione fechasse a cara.


_Rony! Não diga essas coisas! – disse Hermione e o ruivo se calou.

_Por que não? É a verdade! - Harry ficou do lado de Rony.

_Nós não dev... – disse ela, ou melhor, tentou dizer, já que o moreno a interrompeu.


_Você sabe que eu estou certo, eu estou sempre certo ... – disse Harry sorrindo.

_Oh!Não seja convencido Harry! – disse ela sorrindo em seguida com os amigos, os únicos de quem não tinha medo.

Hermione relaxou em sua cama, não importunaria seus amigos com uma preocupação boba. Tinha medo de ficar sozinha, mas ali estaria segura, não era a verdade?!

***


Uma semana se passou, sem mais problemas e dificuldades. Hermione foi crescendo lentamente em sua confiança, como fazia todos os anos. Longe de Don, começou a reconquistar a sua ousadia, sua sagacidade, sua inteligência, embora tenha demorado tempo. Claro que, no Natal, todo o ciclo recomeçaria. Mas ela preferia não pensar nisso, agora.

Foi uma aula em campo aberto, Trato das Criaturas Mágicas e Hermione estava trabalhando com Harry. Ela saltou alegremente sobre a Ron, que estava tentando controlar uma criatura viscosa com dentes elétricos. Alguns alunos olharam para o casal como se pudessem repreender os dois com olhares fulminantes, por estarem se divertindo com uma aula tão perigosa. Ela percebeu Neville, que estava olhando para o chão, e tomou uma coragem para falar com ele. Respirou profundamente antes de se aproximar.


_Oi Neville! Como você está? – ela perguntou, tentando fazer o melhor que poderia. Tentaria confiar e ser amigável, assim como era com Lilá e Parvati. Harry e Rony tinham dito que ela tinha ferido os sentimentos de Neville, e ela estava determinada a se desculpar com ele. Ela viu o sorriso de Rony em aprovação.

_Oh, eu estou... bem H-Hermione. – Neville gaguejou, ficando vermelho.

_Isso é ótimo! Ainda tem o seu Lembrol? – perguntou vendo-o num tom de vermelho muito perto do tom do cabelo de Rony

_Sim. Hum, eu esqueci na casa da minha avó, apesar de tudo. – respondeu ele com um sorriso tímido. Hermione riu levemente.

_Ele não era para você se lembrar de tudo? – perguntou ela sorrindo e ele a acompanhou.


_Sim! – respondeu ele rindo alto acompanhado dela, e Rony apenas deu um pequeno sorriso, a amiga havia feito um bom trabalho.



***


Do outro lado do campo, Malfoy sentou-se na cerca de piquete, os braços cruzados sobre o peito (já que ele tinha um equilíbrio perfeito) e sorriso firme no lugar. Hermione estava ficando confiante novamente. Tal como a Hermione, que lhe bateu. Mas o que aconteceu na casa dela para que ela estivesse tão assustada quando voltou? E do que ela tinha tanto medo? E que estava escrito na carta? Ele teria que descobrir.

    *Mais tarde naquele mesmo dia...

 


Hermione estava olhando Ron e Harry jogar xadrez, enquanto ela fazia seu trabalho de casa, em frente à lareira na sala comunal da Grifinória. Ela riu um pouco quando Rony ganhou mais uma vez e eles começaram um novo jogo. Alguém lhe tocou o ombro e Hermione se virou para ver Neville, corando como de costume.

_Hum, Hermione, eu poderia falar com você ... em particular ... por um segundo?

_Ah, mas eu tenho que fazer meu... dever de casa ... – Hermione disse com medo.

_Hermione, esse trabalho é só para daqui a três semanas. – Harry exasperado. Hermione corou e levantou-se.

_Eu acho que... eu poderia falar com você por uns minutinhos, Neville – ela murmurou, olhando com raiva para Harry. Harry sorriu docemente, em resposta. Ela seguiu Neville mais para um canto deserto do salão.

”Harry e Rony estão ali, Hermione. Ele não pode feri-la...” – ela pensou enquanto seguia o colega de casa.

_Eh, ah... Hermione, você gostaria... ah, bem, você gostaria de qualquer dias desses, hum... sair comigo? – Neville perguntou, olhando para o chão e ficando vermelho mais vermelho do que já estava. O coração de Hermione batia mais rápido que uma britadeira. Ela estava se sentindo tonta.

Quando Neville olhou para cima e colocou uma mão no ombro dela, Hermione teve que usar cada resquício de autocontrole para não esquivar-se e ir embora correndo dali.

_Por favor? – Neville acrescentou sorrindo. A última gota de lógica definhava dentro de Hermione. O sorriso de Neville se transformou em sorriso Don’s.

"Se eu digo que não, ele vai me machucar ...” – Ela imaginou desesperada.

_Ok... eu... sim. – ela gaguejou.


Neville se inclinou e beijou-lhe o rosto antes de correr escada acima para os dormitórios masculinos. Hermione esfregou a bochecha freneticamente, tentando apagar uma marca invisível. Com certeza haveria uma contusão...

Ela correu para cima, entrando nos dormitórios das meninas o mais depressa possível, ignorando as chamadas de Harry e Rony. Ela entrou no banheiro, acendendo rapidamente a luz. Nada. Não havia nada lá, nenhuma marca. Ela apagou a luz e fez o caminho até sua cama, enrolando-se nas roupas de cama.

É Neville, não Don, é Neville, não Don...” – Ela dizia como se fosse um mantra. 




***

Malfoy analisou o salão preguiçosamente com seus olhos, tentando achar sua ratinha. Ela ainda não estava ali, o almoço ainda estava pela metade. Aguardando ansioso... a porta foi aberta lentamente e ela andou rapidamente para não atrair atenção.

Ela sentou-se entre os amigos como de costume, e de frente para Longbottom, que sorriu para ela. Hermione se encolheu, direcionando seus olhos para o prato a sua frente e lentamente, começou a trabalhar nas panquecas que o Weasley havia acumulado em seu prato. Ela só deu a segunda garfada, quando ficou enjoada com o cheiro e empurrou o prato longe.

Malfoy riu, ignorando os olhares de seus colegas de casa. Ratinha tola.


“Você não pode mesmo comer uma panqueca, ou você tem medo delas também?”
Ele viu quando ela olhou ao redor do salão, os olhos caiando sobre ele, para então, voltar-se rapidamente para o seu prato. Ele a “estudou” durante toda a refeição, quando o Weasley e o Potter a puxaram para fora do salão, fazendo piadas que ela sorriu fracamente.

Ele sentou-se reto, quando viu Longbottom caminhar até ela e lhe dar um beijo na bochecha e um abraço. Ela virou seu rosto quando Malfoy apareceu por cima do ombro do rapaz. Assustada, ela tentou se afastar de Neville. Malfoy continuou caminhando até os quatro.

_Olá, testa rachada, olá cenoura ambulante. – ele cumprimentou, entediado por trás da máscara de desprezo.

_Vá embora, Malfoy. – Longbottom disse, colocando um braço possessivamente ao redor Hermione. Ela se contorcia ansiosamente. Malfoy sorriu ao observar o gesto.

_Você não vê que sua própria namorada tem medo de você, Longbottom? – ele perguntou, frisando a palavra namorada. Longbottom parecia confuso, Hermione que estava olhando para Malfoy não percebeu. Seus lábios tremeram ligeiramente quando ela finalmente conseguiu tirar o menino de volta dela.

_Isso não é verdade. - Rony disse calmamente, sorrindo feliz para Neville. – Não é Hermione?

Hermione não respondeu. Houve um longo silêncio.

_Responda Granger. – Malfoy disse, ainda segurando o olhar amedrontado, olhos de rato. Ela engoliu em seco.


_É. – ela sussurrou furiosa, olhando para baixo quando Malfoy sorriu triunfante.

"Pobre ratinho. Sempre preso". Ele se afastou e caminhou para sua próxima aula, arrogante como sempre, deixando três grifinórios olhando para ele com o mais puro ódio, e outro com apenas confusão e medo.




***


Hermione explicou, pela quinta vez, porque a poção era tão potente. Gina simplesmente olhou para ela sem expressão. Elas se sentaram em um canto isolado da biblioteca de Hogwarts, e depositaram na mesa vazia um monte de livros empilhados.

_Hermione, eu não estou entendo essa matéria! – Gina reclamava. – E além do mais eu preciso ir ao banheiro!

_Mas Gina! Você foi agora pouco...

_Eu sei. Mas quando fico nervosa eu sinto mais vontade! – disse a ruiva.


_Mas nós precisamos estudar. – Hermione rebateu tentado convencer a amiga a ficar.

_Também sei disso. Então o que você sugere? – Gina respondeu com cara desanimada. Hermione a olhou com raiva.

_Nada. Mérlin! Vá! Mas volta rápido. - Hermione desistiu.


Gina estava desesperada. Gina desapareceu atrás das estantes e Hermione ficou de pé, pronta para ir falar com Senhora Prince. Era difícil admitir para si mesma, mas ela estava um pouco assustada, mesmo que fosse apenas a biblioteca. Seu refúgio. Por que ela deveria ficar com medo em seu abrigo?

_Olá, Rato. – uma voz fria que estava começando a se acostumar sussurrou em seu ouvido. Ela saltou para a trás, tropeçando no pé da cadeira e caindo. Esforçando-se um pouco, ela ergueu a cabeça, até encará-lo.

_Malfoy... – ela sussurrou, com desprezo, e em parte reverência. Ele sorriu.

_Esse é o meu nome. – ele disse, sentado em na cadeira vazia e começando a vasculhar sua bolsa.

_O que você está fazendo? – ela sussurrou, olhando em volta, nervosamente.

_Procurando a carta do Tio Don. – ele disse, olhando para cima e sorrindo diabolicamente para ela, querendo ver a sua expressão. Ela foi dividida entre o medo e a necessidade de mantê-lo longe da correspondência. Ela ajoelhou-se ficando mais perto dele, colocando a mão sobre a mesa. Uma mão que tremia um pouco.

_Não... por favor - ela acrescentou um segundo depois.

_É apenas uma carta. Você não tem nada a esconder, não é? – Malfoy perguntou e ela balançou a cabeça vendo ele vasculhar sua bolsa até que encontrar a carta. Retirou-a com um floreio e ela fez um movimento com os joelhos, que a levou na direção dele. Draco estendeu a mão que segurava a carta na direção dela, que hesitante esticou o braço, mas com um movimento rápido da parte dele, se ergueu tirando-a do alcance de sua dona. Hermione se ergueu, tentando pegar a carta enquanto Draco tentava detê-la com o braço livre. Distanciou-se dela o suficiente para abrir a carta enquanto Hermione se aproximava novamente.

_Não, por favor, me devolva! – ela disse com sua voz soando um pouco mais forte. Ele poupou-lhe um olhar afiado antes de prender a carta um pouco acima de sua cabeça, e começar Lê-la.

_Cara Mione... – ele leu em voz alta, se divertindo muito neste momento. Ela ficou na ponta dos pés, tentando obter a carta, mas foi inútil. Ele era mais alto e isso dificultava. Fora o medo que ela estava tendo de estar tão próxima de um garoto como Malfoy. Ela teve que esticar o braço quase que totalmente para ver se conseguia fazer com que seus braços tocassem ao menos um pedaço do papel. Mas não conseguiu. Malfoy se esquivava com facilidade. – Como você está? Eu sinto sua falta. Eu tenho certeza que você sente falta de mim também.

Ele olhou para Hermione, que estava muito pálida. Parecendo que desmaiaria a qualquer momento. Mas ele prosseguiu com a leitura.

_Nossas noites eram agradáveis, assim como os nossos dias. Adoro compartilhar minha vida com você! Eu te amo. Devo ir agora, Cindy está no telefone. Amor, Don.

Draco franziu a testa, parecia perfeitamente normal a carta do tio, exceto que havia uma tendência à ser pervertida. Bom, provavelmente não pervertida – ele raciocinou – por que o tio Don teria uma razão para ser pervertido? Apenas uma corrente subjacente de...? Segunda intenção? Ele entregou a carta para Hermione, que parecia desorientada e ainda mais pálida.

_Isso foi positivamente normal, Granger. Não vejo porque você teve tanto trabalho em esconder isso. Você está saindo com Longbottom, então? – ele perguntou despreocupadamente, sentado na cadeira novamente.

_S-sim. – Hermione disse corando e olhando para o chão.

_Eu gostaria que você não gaguejasse tanto. É chato, sabe? –ele falou enquanto colocava a carta junto com os livros dela. Ela permaneceu calada.

Draco ficou mais uma vez, olhando para ela, de repente, novamente interessado. Ela olhou para ele, parecendo particularmente ingênua, incrédula... particularmente vulnerável. Sentiu uma coisa estranha que não conseguiu definir...


Se levantou e aproximou-se dela, abaixou a cabeça um pouco e roçou os lábios contra os dela, quase suave, casto ... quase. Surpreendeu-lhe que ela não se afastara, não lutara. Seus olhos estavam bem abertos e olhando para os seus, e ele podia sentir seu corpo balançando... tremendo ligeiramente. Experimentalmente, tocou-lhe os lábios ligeiramente com a língua, e ficou surpreso ao sentir sua boca aberta, obediente, totalmente submissa, sem nenhum sinal de confusão quanto ao que ele queria.

Ele se afastou e olhou para ela brevemente, antes de dar um passo para trás. Ele não se incomodou em dar um daqueles sorrisos presunçosos ou um adeus. Simplesmente andou para fora da biblioteca sem voltar o olhar para Hermione.

Ele estava muito confuso.



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N/A.: Ow mais ummmmm Vivaaaaaaaa hauahuah Trabalho rendendo aquii qem tiver gostando grita euuuuuu.

N/A 2.: Esperando comentários de vcs, heim leitores queridos. Bjos.

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