Textos que podem conter conotação sexual, palavras, atos e cenas descritivas de violência e sexo. Só leia se for maior de idade.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Anel de Diamantes-Cap 22- O nascimento do herdeiro


Cap. 22 Anel

Draco e Harry caminharam lado a lado cautelosos. Atentos a qualquer som estranho, não ouviam nada além de um canto, que demonstrava união de vozes. Certamente os servos cantavam uma melodia entoando a chegada do ‘’mestre’’.

Draco sentiu gelar até os ossos ao olhar por uma fresta de uma porta, avistou Hermione inconsciente, e duas figuras estranhas. A seus pés estava uma figura demoníaca, e a sua cabeça o mais lindos dos anjos. Enquanto em seu ventre a serpente passeava asquerosamente, como se estivesse prestes a atacá-la ou a devorar a criança que sairia dali.


_Rony! – Harry disse sem poder acreditar no que via.

_Merlin o que eles estão fazendo? – Draco sussurrou quase sem voz.

_Fica quieto, se o Ronald está ali, ela estará protegida. – Harry disse e a figura de Lucius apareceu, fazendo parte daquela cena.

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_Mas que diabos está fazendo aqui!- ele disse para a figura de Ronald, que continuava impassível, olhando para o demônio que habitava o corpo de Samantha. – ACABE COM ELE!- Lucius gritou incitando o demônio contra Ronald.

A fera rosnou deixando seu posto aos pés de Hermione avançando perigosamente para onde Lucius estava, passou por ele devagar, se pondo no meio da sala, que se abriu magicamente como uma arena para luta. Ronald seguiu a fera sem se importar com Lucius a sua frente, se postando em frente à fera. Eles lutariam...

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Hermione estava em um estado de inconsciência, sabia que corria perigo, que talvez fosse algo infantil e imaturo, mas se sentiria melhor se seu anel de diamantes estivesse em seu dedo. Vagou num mundo inconsciente, mas sua mente a levara especialmente para o dia que o perdera...



Flash back 1

Acordou se sentindo mais péssima do que o normal, naqueles últimos dias olhar para o anel de diamantes que ele lhe dera era seu único alento. Olhar para ele era a única maneira de conseguir um pouco de paz, e manter sua sanidade naquele cativeiro. E agora estava sem ele! Respirar de repente causou dor, uma dor profunda que só sentira quando tinha medo de perder Rony, e agora sentia medo de não ver Draco mais uma vez. Sentia-se nua sem esse anel. Como podia ter se tornado tão dependente de um objeto! Um objeto que nem fora lhe dado com amor, fora lhe dado com o intuito de proteção. Olhou sua mão, e as lágrimas vieram à tona mais uma vez, juntamente com as lembranças da noite anterior...





Fim do Flash back 1

***

Flash back 2

Hermione estava de pé próxima a porta, tentando analisar as possibilidades de uma fuga, quando ele entrou. Lucius empurrou-a com violência para dentro do quarto, ela sentiu fortes dores no ventre, mas fazia o máximo para não demonstrar. Ele caminhou ameaçadoramente para cima dela, que se afastou dando um passo para trás, já tinha sentido o peso das mãos dele, e era melhor e mais seguro se manter longe.

Lucius continuou a avançar até que ela encostou-se na parede gélida e úmida do quarto, segurando o ventre. Ele a olhou com desdém. Desde que fora capturada, Hermione teve o cuidado de esconder o anel, para que Lucius não o tirasse dela. Mas naquele dia o colocara, queria sentir-se segura ao menos uns instantes, porém se esquecera completamente.

Num relance a luz do alto do quarto se encontrou com o anel que brilhou fortemente. Ela tremeu ao notar o olhar frio de Lucius sobre sua mão. Tentou esconder as mãos em suas costas, mas o homem aproximou-se furioso, encurralando-a apavorada. Ele segurou-a pelo pulso olhando de maneira crua para o anel de diamantes.

_Me solta!- ela gemeu enquanto ele apertava seus pulsos.

_O que você fez para que ele te desse esse anel sua sangue-ruim imunda?

Ele puxou com violência o anel do dedo da moça que estralou dolorosamente.

_Não! Para isso é meu! Ai!- ela tentou reagir enquanto ele lhe tirava o anel, enfim ela soube que o tinha perdido. Olhou amedrontada, recolhendo a mão e pousando-a sobre o ventre.

_Responda!- Ordenou desferindo-lhe um tapa na face. – Diga o que você fez com o meu filho, para que ele te desse esse anel? - Exaltou-se.

_Eu..eu..o amei. – Disse decidida apesar de sua voz estar trêmula, nunca imaginaria que admitiria aquilo alguma vez, ainda mais para Lucius.

_Amou-o? Você o amou? Faça-me rir, você não passa de uma vagabunda ambiciosa, você se vendeu pra ele, não passa de uma vagabunda qualquer. - Disse aproximando-se perigosamente do rosto da moça, segurando seu queixo para que ela lhe encara-se. – Você realmente é apetitosa. - Falou passando a língua pela face esquerda da moça que o empurrou enojada.

Realmente o beijo que me deu quando fui buscar você e minha sobrinha na delegacia, me fez me sentir...vivo. Mas definitivamente isso - ele lhe mostrou o anel – é precioso de mais para ser dado a uma prostituta como você. – ele disse e saiu do quarto batendo forte a porta.

Hermione sentiu dificuldades em respirar, sentia-se tão suja, tão vulnerável, tão só. Chorou por toda noite, até que sentiu Eros soluçar dentro de si, em respostas aos seus próprios soluços era como se ele sentisse a dor de sua mãe.



Fim do flash Back 2

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Lucius tentou não se importar com a luta que se seguiria, a única coisa que precisava era que a seqüência de magia continuasse e o ritual se desse por terminado. As pessoas em volta de Hermione ainda ajoelhada entoavam cantos de invocação. Ele caminhou até Hermione, murmurou um feitiço que a fez acordar.

_Acorde! Você tem que trazer essa criança ao mundo! SUA DESGRAÇADA ACORDA! – ele gritou enquanto sua mão se levantava a fim de esbofeteá-la.

Harry não pode segurar Draco que irrompeu na sala ofegante.

_SE MACHUCÁ-LA SERÁ UM HOMEM MORTO!

_Draco! – Hermione murmurou ao ouvir a voz ecoar pela sala – Ah! – e soltou um grito alto e se contorceu na pedra fria.

A serpente sobre ela se agitou, e a morderia, Draco prendeu a respiração. Mas a serpente parou e olhou em sua direção. Só então Draco percebeu a presença de Harry em algum ponto atrás dele. Estava pronto para lutar, porém olhava fixamente para a serpente sobre Hermione enquanto sua boca se movia num silabado estranho.

Hermione gritou novamente e a serpente, mas uma vez se agitou. Draco deu um passo em direção a ela.

_Então enfim nos encontramos meu filho querido! – Lucius apontou a varinha para ele, enquanto exibia um sorriso sarcástico.

_Não quero brincadeiras Lucius!- ele disse sério. – Eu só quero a minha mulher! – ele disse baixo como um rosnar.

Harry continuou se aproximando de Hermione num diálogo com a serpente, que parecia desafiá-lo.

_Sua mulher? Antes era sangue-ruim Draco! O que mudou? Nada!

_Tudo Lucius! Tudo mudou. Aceite a sua derrota. O Lorde não pode voltar!

Lucius lançou um feitiço em Draco que o revidou.

_Não só pode como vai! E vai renascer do meu sangue! Do seu sangue! A alma de seu filho será enviada para o mundo dos mortos, e a do meu Lorde ressurgirá no corpo dele.

_Nunca!

Dessa vez foi Draco que atirou um feitiço em Lucius que se esquivou.

_Como ousa lançar um feitiço em mim? Eu sou seu pai!

_Não desejando roubar a alma de meu filho! O próprio avô que quer matar o neto, sangue do seu sangue, eu lanço quantos feitiços eu quiser! – Draco disse com desprezo.

_Nossa que emocionante eu nunca pensei que Draco Malfoy fosse dizer palavras tão lindas... tão idiotas.. sendo assim já que você não se considera o "meu" filho, eu posso muito bem te matar sem ter remorsos depois! – Lucius disse esboçando um sorriso, digno de um Malfoy, frio.

E por um momento Draco sentiu medo, ele sabia que o "pai" era capaz de fazer isso mesmo, mas ele ergueu a cabeça, segurou a varinha com muita força e tentou memorizar todos os feitiços poderosos que ele tinha aprendido em sua vida toda, afinal ele lutaria contra Lucius! O ardiloso Lucius Malfoy, esse que te dera uma vida miserável do lado das trevas. O homem que o impedira de ver a luz! Um comensal da morte que era forte e sujo o suficiente para matá-lo com um avada kedrava.

Mas aquela era uma opção que ele não teria em mente, ele não ia fazer isso, com certeza ele ia querer prolongar aquela luta, com certeza ele ia querer passar a noite toda lutando e lutando e depois matá-lo em frente de todos, só para mostrar que ele era Lucius Malfoy o comensal da morte mais fiel ao seu Lorde das Trevas.

Fechou os olhos e tentou memorizar tudo, concentrou toda a sua força na mão em que estava a varinha, depois abriu os olhos e olhou para cada canto da sala, olhou a sua mãe Narcissa. Quanto tempo não a via?! Ela ainda estava tão bonita quanto se lembrava embora sua aparência fosse de quem sofrera muito. Certamente seu pai tornara a vida dela muito difícil...

A ela quem deveria agradecer por ter sido capaz de amar, pois de Lucius nada poderia ser bom. E fora o carinho da mãe que evitara que ele se afogasse nos caminhos do mal.

Olhou para frente e viu Hermione, a mulher que carregava o seu filho em seu ventre, a mulher que ele aprendera a amar. A mulher que tantas emoções causara em sua vida. Ele queria tanto tocá-la, calar aqueles gritos de dor, tirá-la daquele ritual imundo. Percebeu que ela sofria muito avistou a serpente que estava sobre a sua barriga. Lágrimas vieram aos seus olhos, mas se segurou para não deixá-las cair, não choraria perante Lucius.

Precisava se ocupar de seu pai, Harry cuidaria dela, ele sempre cuidara e ele a tiraria de lá ilesa. Confiava em Harry!

Draco ainda olhava pela sala, tentando analisar suas possibilidades quando Lucius lançou um estupefaça. Mas Draco conseguiu desviar, o seu reflexo nunca lhe falhara.

_Ah, sim pensei que estivesse dormindo. – Lucius disse sorrindo.

_Como sempre um covarde! – Draco disse seco e frio.

_Eu sou um Malfoy, meu querido, você queria que eu agisse como? Somos iguais "Filho"! – Ele disse com deboche.

_Não sou igual a você! – Draco gritou.

_Não, não é. Você é pior! É a escória. Deitou-se com uma sangue-ruim! – ele riu – Onde chegamos? Nunca precisei disso para ter uma mulher. Você renegou seu sangue verdadeiramente Draco.

_Não, nunca precisou. Porque comprou suas amantes não é Lucius! Comprou todas.

_Assim como você comprou a sangue-ruim?

Draco sentiu o sangue gelar.

_Que papelão Draco. Comprando um herdeiro. Inútil!

_Cala a boca! Você não sabe de nada! Você não sabe da minha vida! – Draco respondeu engasgado.

_Fracassado até na cama! Eu sabia que vindo de Narcissa poderia mesmo esperar isso. Eu imaginei que o sangue puro dela seria suficiente, mas só agora vejo o tamanho do meu fracasso! Junto com o Potter! Devo imaginar a relação de vocês desprezível filho!? Muito desprezível!

Draco o olhou enojado e Lucius continuou:

_Será melhor acabar com a sua vida, antes que estrague mais a sua honra!

_Eu digo o mesmo para você – Draco fez uma pausa – ‘’Papai"! – Draco mal tinha acabado de fechar a boca e Lucius lançou um feitiço contra ele, que desviou por pouco. – Ah, por falar nisso você e mais quantos vão acabar comigo? - Draco disse sarcástico.

Draco não ficou para trás lançou outro em seguida, mas passou longe de Lucius.

_Você vai precisar mais do que isso para poder "tentar" me matar, ‘’Filho’’! – Lucius disse gargalhando.

Lucius murmurou algo, e uma imensa barreira transparente surgiu ao redor deles, algo como um campo magnético.

_Draco! – Harry e Narcissa gritaram juntos.

_Você é meu Draco, eu vou acabar com a sua vida!

_Não se eu acabar com a sua primeiro!

As palavras não foram mais ditas apenas murmúrios e nomes de feitiços que os dois estavam lançando um contra o outro.

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Por sobre o corpo de Samantha, o demônio que a "possuía" libertou-se de seu invólucro carnal, demonstrando através do corpo de Samantha sua verdadeira face. E encarou Rony que o fitava sorrindo.

_Caraca! Mas tu é mais feio que o diabo. – fala Rony rindo.

_Não se iluda, "anjinho". Eu sou o "diabo". – fala o Demônio.

_Bem, com certeza fede como ele. – fala Rony divertido. – Que tal você ir embora? Sabe que não tem chances contra mim. Além do mais a carinha de Loira aguada da Sam é mil vezes melhor do que essa sua cara de Máscara de Halloween.

Rony não se moveu quando o demônio saltou sobre ele. Nem mesmo quando foi envolvido por ele, em um abraço mortal. As trevas o envolveram e ele sentiu o frio que emanava do demônio.

Sentia suas forças fraquejarem, conforme o abraço continuava. Viu o sorriso na face do demônio e percebeu que o demônio presumira que seria fácil derrotá-lo.

_Hoje, eu levarei tua alma para o inferno, junto com as outras daqui!! – rosna o Demônio apertando o abraço ainda mais.

_Não. – fala Rony surpreendentemente calmo. – Não haverá almas para você, aqui.

_E como pretende me impedir? – pergunta o Demônio abrindo caminho dentro de Rony, tentando chegar a sua alma.

_Vou te dar, exatamente o que você quer. - fala Rony calmo baixando suas defesas e sentindo o demônio tocar sua alma.

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Harry queria ajudar Draco, mas ficou atento a serpente que ainda estava sobre Hermione, que gritava se contorcendo em dor. Conseguiu se aproximar, a tempo de ver a boca da serpente se abrindo e se fechando rapidamente na cintura dela.

_Nãoooooo! – ele gritou quando foi atacado por um comensal que apareceu a sua direita, sem conseguir chegar até Hermione.

_Não! Draco! – ela tentava dizer, mas a dor que sentiu mostrara que a serpente realmente a mordera. Ela fechou os olhos e gritou, ao mesmo tempo em que Eros se sacudia dentro de seu ventre.

Harry tentou se aproximar mais uma vez, porém a luta que travara ainda não estava acabada apesar de ter atingido o comensal mais de uma vez.

Hermione sentiu novamente a visão ficar turva, mas ouviu o canto do canário novamente ecoando em sua mente, apertou os olhos tentando se apegar ao som e se livrar da dor.

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A serpente deu um giro sobre seu próprio corpo e despencou no chão com um baque surdo. Se contorcendo, soltou um chiado alto. Harry tampou os ouvidos, era o barulho mais horrendo que um animal emitiria. Era como se ela sofresse mil vezes a picada com seu próprio veneno. Instantes depois ela ficou imóvel.

Hermione respirou ofegante e abriu os olhos.

_Mione! – Harry conseguiu derrubar o comensal e se aproximar dela.

Harry! – ela sussurrou fraca – Eu quero sair daqui!

_Vamos te tirar daqui! Merlin! – ele disse tentando ver onde a cobra a mordera. Ele tinha certeza que ela havia sido picada, ele vira a mordida. Eros se remexeu sobre sua mão como se o reconhecesse e implorasse por socorro. – Calma vou ajudar vocês!

Hermione se contorceu de dor, mais uma vez.

_Ele vai nascer Harry! Ah eu preciso do Draco! – ela gemeu alto, e chorou agoniada.

_Deixe-me ajudá-la!- uma voz se aproximou deles, e num movimento muito rápido Harry apontou a varinha para o homem que aparecerá no seu campo de visão.

_Seu desgraçado! Se afaste dela! Eu vou matar você! – Harry gritou encurralando o homem indefeso num canto. – Idiota! – Harry disse desferindo um soco na face do homem que caiu ao chão sem entender.

Harry desferiu um chute que fez o homem se curvar.

_Seu bastardo! Você não merece ser morto por um feitiço. – ele disse o levantando do chão.

O homem era mais alto que ele, mas ele não se intimidou e desferiu outro soco o jogando no chão novamente.

_Para Potter! Para! – Narcissa gritou se aproximando de Harry – Você pegou o homem errado.

Harry olhou para o homem de aparência desleixada e que tinha os lábios sangrando.

_Precisamos tirar o Draco de lá! O Lucius vai matá-lo! Precisamos tirar a Hermione daqui! Por favor, Potter. – ela o olhou suplicante.

_Harry! Por favor! – Hermione suplicou já que Harry estava totalmente fora de seu campo de visão.

Ofegante Harry se afastou de Kevin, e se aproximou novamente de Hermione.

_O Draco, Harry! Ajuda ele! O Lucius vai matá-lo! – Hermione pediu suplicante.

Harry a olhou e olhou para onde o feitiço magnético estava localizado, apenas via os vultos loiros se atacando ferozmente. Não saberia dizer o que sentia, ainda mais acabando de saber que seria pai. Em que ponto a loucura de Lucius chegara, querer matar o único filho, o único herdeiro. Sentiu pena de Draco que precisava lutar contra o próprio pai. Mas ele não precisava lutar sozinho... e não lutaria. Num impulso ele lançou um feitiço muito forte contra o escudo, porém o mesmo ricochetou e se desfez.

_Isso é Magia negra Harry! – Narcissa disse se aproximando – E você não vai tirá-la sozinho...

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– Sectumsempra! – Lucius disse debochado - Vamos ver o que você é capaz ‘’filho"!

_Vai ter que tentar mais ‘’papai’’! – Draco falou devolvendo o deboche enquanto erguia um escudo defensivo e revidava o feitiço.

_Talvez isso – fala Lucio desviando-se por milímetros do feitiço de Draco. Levantou sua mão esquerda e mostrou o anel em seu dedo mindinho para Draco. – Talvez isto prove que sou melhor que você. Afinal nunca presenteei as prostitutas com quem me deitei!

Draco olhou atônito para o anel na mão de seu pai.

_ Devolva-me isso!- exige Draco sério.



_Você quer? Vem pegar! – fala Lucius sorrindo enquanto atacava Draco novamente. - Foi realmente interessante saber que ela chorou a noite toda porque eu tirei isso dela. A Sangue-Ruim é ambiciosa! – fala Lucio rindo e defendendo-se de de vários ataques sucessivos de Draco.- Ela me recebeu com um beijo tão caloroso!
_Desgraçado! – grita Draco mirando na cabeça de Lucius e disparando feitiços sem parar.

_Até que a sangue-ruim me parece apetitosa! Talvez depois que meu lord tenha nascido, e você esteja morto, eu a mantenha com vida! Adorarei descobrir por que você se apegou tanto a ela. – fala Lucio de forma debochada.

_Você  vai morrer agora! – Draco disse transtornado, e muito furioso. A imagem de seu pai sobre Hermione o deixou irado.

O feitiço que ele mandou acertou seu pai de cheio e Draco se arrependeu de não ter mandado uma maldição da morte. Lucius gemeu sentindo como se levasse uma chicotada de fogo em seu peito. Mas ele riu como se estivesse endiabrado.

_Aprendeu filho? Aprendeu como lutar? Jogar sujo, assim como eu! – ele gargalhou e lançou um feitiço em Draco que cortou o lado esquerdo do queixo de Draco.

Draco levou a mão instantaneamente ao corte, sentindo o sangue descer. Sabia que seria uma cicatriz, mas a estética de seu rosto, pouco lhe importava naquele momento.

_Não se preocupe filho! Você não viverá o suficiente para cicatrizar! – fala Lucius rindo.

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O Dr. Kevin se aproximou de Hermione, e tentava desfazer os laços que estavam em suas mãos e seus pés, numa mistura de laços trouxas com uma corda mágica. Era quase impossível sem varinha.

Ele caminhou rapidamente a um dos comensais que ainda estavam em estado de transe realizando os cânticos do ritual e deu um chute violento que desmaiou o indivíduo, se apoderou da varinha dele que estava próximo e voltou rapidamente, soltando as cordas que prendiam Hermione.

_Eu vou te soltar! – ele disse fraco e ela o olhou desconfiada.

_Se você me tocar de novo...

_Eu estou te soltando não estou?

_Ah! – Hermione gritou com a contração que a atingiu.

_Vou te examinar, precisamos saber quanto tempo temos antes que ele nasça.

Hermione apenas choramingou, enquanto Kevin a examinava em silêncio.

_Ele está pronto pra nascer Hermione, não entendo como ainda não nasceu...

_Ele vai esperar por ele... – Hermione sorriu entre lágrimas – ele vai esperar!

_Vem vou te tirar daqui! – ele disse pegando Hermione nos braços, e ela enlaçou o pescoço dele.

Ele encontrou um vão entre uma parede, e a colocou calmamente ali, onde os feitiços que os aurores que chegaram de repente não a acertassem.

_Eu preciso ajudar a Samantha!- ele se afastou dela.

Porém antes de tentar encontrar onde Samantha estava, viu Harry e Narcissa tentando vencer a barreira para se aproximar de Draco e Lucius.

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Draco revidou o feitiço como em milésimos de segundos, e antes que Lucius se desse conta teve a face cortada identicamente ao seu filho.

_Ora, assim está melhor, quem morrer primeiro leva a marca um do outro, e te garanto de que não será eu! – fala Draco sorrindo e irritando seu pai.

O sorriso sumiu dos lábios de Lucius.

- Seu... moleque! – rosna Lucius limpando sua face com a mão e vendo o sangue escorrendo lentamente.

_Que foi? Preocupado comseu rostinho bonito? Preocupa não, o senhor já está velho demais, estava mesmo precisando de uma plástica!- Foi a vez de Draco rir, enquanto escapava de várias maldições

Agora não existia mais provocações. Os feitiços eram disparados sem cessar, por ambos. A maioria deles chocavam-se no ar e faziam com que ambos fossem jogados para trás.

- Avada Kedavra! – gritaram os dois ao mesmo tempo, fazendo com que ambos os feitiços se atingissem em pleno ar. A energia foi grande e "arrancou" as varinhas de suas mãos, jogando-as longe deles.

Ambos se olharam. E avançaram. Agora a luta era no braço. Socos eram desferidos e devolvidos com velocidade e selvageria. Chutes, cotoveladas, golpes dados por aqueles que nunca tinham lutado de forma trouxa. Apenas queriam machucar seu adversário.

Com um soco bem dado, Draco acertou seu pai que acabou caindo. E uma vez no chão, ele ficou parado.

- Acabou, velho. Você está acabado. – fala Draco irritado pegando uma pedra grande e parando por sobre o velho.

- Acabe logo com isso. – fala Lucio irritado. – Mate-me. Prove que pode fazer algo corajoso.

- Vou provar! – fala Draco jogando a pedra que caiu com um baque surdo ao lado da cabeça de Lucius. – Pronto, velho. Provei a você. Eu te venci. E podia ter te matado. Mas você vai viver. Por que eu quero que você viva. Quero que saiba que terá um neto. E ele será um Mestiço. Por que o sangue que corre nele, vem de mim e de uma Sangue Ruim.

- Mate-me! – exige Lucius. – Não quero ter essa vergonha.

- Mate-se se quiser. – fala Draco lhe dando as costas. – Eu não vou carregar sua morte em minha consciência.

Afastou-se alguns passos e caminhou em direção á sua varinha. Mas cometeu um erro.

Deixou de vigiar seu pai.

O golpe que recebeu em sua nuca o deixou semi-consciente. Mal sentiu quando caiu no chão. E nem sentiu os chutes que o atingiram nas costas e no peito.

- Nunca deixe um inimigo vivo! – grita Lucius chutando Draco que só conseguia proteger a própria cabeça. – Seu moleque desgraçado!! Você não é mais meu filho!!

Parou de chutar e agarrou-o pelo pescoço, tentando estrangulá-lo. Draco fazia movimentos aleatórios, tentando atacar com seus dedos, os olhos de Lucio, mas estava cansado e tonto. Errou seus golpes. Sentia que estava ficando inconsciente.

Mas ao lembrar que Hermione seria morta se falhasse, sentiu um novo ímpeto de raiva. Com determinação, enfiou o dedo dentro do olho esquerdo de Lucio e ouviu um grito de dor.

Mas Lucius não parou de apertar seu pescoço.  Sabia que era uma questão de tempo até que Draco morresse.

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_No três Potter... – Narcissa disse enquanto armavam para lançar um feitiço duplo – Um...dois...três...

Nesse momento Kevin se uniu a eles, e a barreira se desfez com o impacto dos feitiços de três bruxos poderosos, principalmente Harry. No momento que o feitiço se desfez, Narcissa gritou e viu Draco quase inconsciente...

Lucius estava sobre ele. Ambos tinham arranhões e machucados que sangravam, e Draco lutava tentando se desvencilhar do aberto das mãos de seu pai, que estavam apertando sua traquéia tirando sua respiração.

Todos sabiam que Draco tinha condições de revidar, principalmente porque lutavam sem feitiços, braço a braço.

_Vamos seu fraco! Vença-me. Ou será muito fácil!

_Eu... não... sou...você... – Draco disse compassado.

_Lucius é seu filho! Para! – Narcissa gritou desesperada.

_Não, não é. E depois que matar ele... eu mato você! – ele disse aumentando a pressão sobre o pescoço do filho, ou o mataria asfixiado ou quebraria lhe pescoço.

_Você NÃO VAI MATAR MEU FILHO! – Narcissa gritou e ao seu redor começou a surgir uma nuvem de fumaça densa, que a rodeava.

Era como se ela estivesse descontrolada realizando magia involuntária. O chão tremeu levemente e Harry olhou para trás...

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A cobra que ele virá morrer se remexeu, mas ela não estava viva, se sacudia e dela saiam pequenas gotas que se aglomeravam umas com as outras, era como se estivessem formando estalactites pontiagudas suspensas no ar, eram incolores como gelo... Draco gemeu, e Harry olhou mais uma vez, incapaz de se mover, o poder que Narcissa exalava era algo muito poderoso... O grito de Hermione que sofria com outra contração se fez ouvir, e Narcissa soltou um gemido forte, as pequenas ''contas de cristal'' vagaram pelo ar, como um disparo.... e atingiram as costas de Lucius...

_Cissa! – ele grunhiu afrouxando o aperto do pescoço de Draco.

_Você não vai destruir tudo que amo! Você Lucius é tolo e asqueroso assim como seu fracassado mestre, a diferença é que ninguém nunca tentou amá-lo eu tentei te amar, a diferença é que ele já está morto e você vai morrer agora, com seu próprio veneno!

Draco empurrou o pai de cima dele que estremecia fortemente, à medida que o veneno da víbora penetrava em seu corpo. Narcissa tombou ao chão, e cairia caso Harry não a amparasse.

Ofegante Draco foi até seu pai, e tomou-lhe a mão num gesto bruto, retirou o anel, sem que Lucius pudesse se mover.

_Isso não é seu! Isto pertence a Futura Sra. Malfoy. – fala Draco friamente enquanto via o olhar de Lucius. - Escute minhas palavras, velhote. Quero que saiba disso antes de morrer. - fala Draco no ouvido de Lucius enquanto ele estremecia. - Seu neto será um mestiço. E não será só um neto. Terei uma familia inteira. Pelo menos uns 8. E todos serão mestiços. E a partir do nascimento deles, todos irão olhar para os Malfoys e verão uma família Mestiça e feliz! Sua famosa fortuna será dividida entre os mestiços que eu e Hermione gerar! Agora, quero que morra, pois o seu lugar no inferno está reservado ao lado do seu Lord!

Kevin deu passos rápidos até onde Hermione estava e se assustou ao ver a quantidade de sangue que saia dela, manchando o vestido e o chão ao seu redor.

_Merlin, preciso te ajudar.

Lucius viu Draco se levantar cambaleando e ir até a mãe... Ela estava nos braços de Harry, e sorriu débil ao ver o filho.

_Meu filho!

_Minha mãe, ele se foi! Ele se foi.

Lucius morreu de olhos abertos, vendo sua mulher e seu filho abraçados, junto de Potter, num abraço carinhoso!

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_ARHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!! – grita o Demônio recuando rapidamente.

_Sentiu minha alma? Sentiu o amor que a preenche? – pergunta Rony sorrindo ao ver o demônio se contorcer em agonia como se tivesse levado milhares de crucios ao mesmo tempo. – Esse é o Poder do Amor. O amor que sinto por aquela que foi minha esposa. O amor que vou compartilhar contigo, agora.

_Afaste-se! – rosna o Demônio ao ver Rony avançando rapidamente.

_Ah... que é isso? – pergunta Rony ironicamente. – Não quer um abraço? Acho que você precisa de carinho.

Movendo-se rapidamente, Rony abraçou o demônio, indiferente aos urros de agonia que ele soltava. Manteve seu abraço, não com força e sim com delicadeza, sentindo o demônio perder as forças, até que ele se tornou rígido. Segundos depois, o demônio se desintegrou numa nuvem de poeira, e em seus braços apertados num abraço, Samantha surgiu desfalecida.

_Bem... não teve o mesmo efeito que teria se eu usasse uma Colt 40, mas quebrou o galho. – fala Rony sorrindo acariciando o rosto de Samantha que tremia involuntariamente – Calma garota! Calma, - porém descansou em seus braços, como se estivesse num sono profundo – você estará em paz, e ao lado de quem a protegerá. Você encontrará sua felicidade Samantha! Agora, vamos trazer a Doninha Saltitante até aqui. – fala Rony sorrindo - O que eu podia fazer, eu já fiz.

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O grito de Hermione mais uma vez se sobressaiu o barulho da luta, e Draco se assombrou. Seus olhos a encontraram num segundo e viu o Dr. Richardson ajoelhado entre as pernas dela, que gritava em sua dor.

_Se afaste dela! – Draco gritou e aparatou ao lado do Doutor batendo ferozmente de encontro ao corpo dele, o jogando longe de Hermione.

Harry e Narcissa não puderam fazer muito, Draco o estuporou e seguiu o atacando novamente.

_Draco! – Harry e Narcissa gritaram ao mesmo tempo.

_Seu desgraçado, nunca mais vai encostar um dedo na minha mulher e nunca mais vai bater em mulher nenhuma! Avada Kedrava!

_Protego! – Narcissa e Harry gritaram em uníssono mais uma vez... Draco ao perceber que alguém o protegera de seu feitiço olhou para trás furioso.

_Inferno! – ele gritou – Me deixem matá-lo.

_Não meu filho! Você não é um assassino, você não é como o Lucius! Não!

_Draco precisamos tirar a Mione daqui! – Harry alertou vendo o local ser invadido por mais aurores que prendiam os comensais que ainda lutavam.

Draco pareceu ponderar suas ações e deu um passo para trás, Narcissa pode ver o ódio se dissipando dos olhos do filho.

_Draco! – Hermione gritou – Eu não agüento mais!

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Uma explosão de luz se fez ouvir antes que Draco a alcançasse, todos protegeram os olhos. E instantes depois viram Rony aparecendo novamente.

Sua figura envolta numa pálida luz azul. Nos braços trazia Samantha desacordada...

Todos soltaram uma expressão de espanto, a figura angelical se aproximou do Doutor e lhe entregou a mulher que ele recebeu prontamente em seus braços.

_Cuide dela! – a voz grossa despertou em Harry e em Hermione uma saudade infinita...

Ele passou lentamente por Narcissa a olhou e sorriu, passou por Draco e fez um gesto de comprimento, ao passar por Harry sorriu abertamente, e se aproximou de Hermione. Sorriu terno.

E os envolveu num campo magnético novamente de forma que ninguém poderia ver o que se passava.

_Mione! – ele chamou doce se abaixando perto dela. Que tinha os olhos fechados numa expressão de dor.

_Mione olhe pra mim! – ele pediu doce e ela abriu os olhos devagar.

_Ron... – ela sussurrou.

_Ainda te amo, sempre amei... através do tempo, através da vida e

Rony tocou o ventre dela, e ela sentiu a dor se esvaindo, depois tocou o rosto dela, e ela adormeceu imediatamente. Beijou-a na testa e com um sorriso se desmaterializou...

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Draco, Harry, Narcissa e Kevin que assistiam a cena em silêncio viram a luz forte surgir novamente e num instante depois ela se foi...

_Hermione... – Draco a viu úmida de suor, desfalecida entre as duas paredes, entre suas pernas o sangue ainda era abundante.

_Merlin! – Harry murmurou sentindo as lágrimas o sufocar.

Draco se aproximou devagar, tocou o rosto frio e pálido.

_Por Merlin Hermione! Não me deixe. Eu não suportaria te perder! – ele disse a abraçando.

_Dra..co! – ela sussurrou fraco, porém não pode abraçá-lo, pois voltou a sua inconsciência...

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_Samantha! – Kevin chamou a colocando no chão.

Carinhosamente retirou os cabelos loiros da face clara, e chamou mais uma vez.

_Samantha! Fala comigo! Por favor! – ele pediu apreensivo.

_Você ainda está aqui!- ela balbuciou – Quando vão me dar uma cela particular? – ela disse como se sofresse algumas dores.

Kevin a olhou, queria poder tirar suas mãos que a apoiavam e deixá-la cair, mas apenas sorriu, não acreditando no que ouvia.

_Temo que não conseguirá se livrar de mim tão cedo, me sinto meio responsável por sua pessoa!

_Kevin! Eu me sinto fraca! – ela balbuciou depois de um breve sorriso.

_Vou ser sua força, enquanto você precisar. Vou cuidar de você Samantha! Eu prometo! – ele disse ao vê-la cerrar os olhos e lágrimas caírem escorrendo pela face pálida.

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Fora um tumulto grande quando os aurores chegaram à casa dos Wealeys escoltando Draco, Harry e Narcissa. Kevin e Samantha foram levados diretamente para o hospital. Harry assumira a custódia de Narcissa. Ambos queriam levar Hermione para o hospital, mas Narcissa avisara que ela necessitava de paz, par ter o filho, e que estava debilitada. E levá-la para o hospital apenas dificultaria o processo do nascimento de Eros.

_Harry! – Gina gritara desesperada quando virá o marido entrar pela porta. – Meu amor você voltou. – ela o beijava e ele a pegou no colo.

_Você não deveria correr assim. – ele disse entre beijos.

_Eu queria ter ido com você Harry, mas mamãe não deixou, eu fiquei desesperada! – ela choramingou.

_Sua maluquinha, nosso bebê está aí dentro, você não iria colocar nossa filha em perigo! Mas está tudo bem.

_Harry vocês trouxeram a Narcissa? – Gina arregalou os olhos ao ver a mulher entrar pela porta.

_Calma, está tudo bem. Ela está com a gente! - ele disse e Draco entrou com Hermione nos braços.

_Merlin! – ela sussurrou

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Gina retirou as colchas da cama, para receber a amiga...

Draco colocou Hermione inconsciente na cama, a Sra. Weasley entrou no quarto correndo logo atrás dele. A mancha de sangue entre suas pernas, era um sinal de que o tempo era o maior inimigo naquele momento.

Draco respirava ofegante, ele a olhou com alívio. Os cabelos macios, porém sujos de suor grudaram na face gelada de Hermione, ele os removeu com as pontas dos dedos.

_Hermione acorda! Por favor, acorda! Fala comigo!

_É melhor você sair menino Malfoy! - a velha senhora disse afoita colocando uns travesseiros sobre as pernas de Hermione abertas. De modo que os joelhos ficassem num nível elevado – Gina, pegue um pouco de água, vamos limpar o rosto dela. Vamos lá, fora daqui vocês dois! – ela disse expulsando Harry e Draco que saíram do quarto.

Draco se pôs a andar de um lado para o outro.

_Eu nem acredito que conseguimos. Ela está aqui! E está a salvo. Eles não conseguiram, eles não conseguiram.

Harry dizia de olhos fechados como se quisesse que a informação penetrasse em sua mente, ainda não acreditava naquele feito.

Foi quando...

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Hermione tomou consciência de seu corpo, embora ainda não tivesse aberto os olhos reconheceria aquelas vozes ao seu redor.

_Mione querida! Você está a salvo!

_Você está em casa agora. E está tudo bem! Eles trouxeram você de volta!

Ela tentou dizer alguma coisa, mas a dor a atingiu como um raio, e embora imaginasse que não tivesse forças, o grito saiu forte de sua garganta!

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... O grito de Hermione cortou a noite. Draco sentiu seu coração falhar.

_O que foi isso Harry? – ele perguntou num fio de voz.

_Não sei. Mas não me parece boa coisa!

_Calma, rapazes, são coisas de mulheres, eu esperei seis nascimentos, do lado de fora. É assim mesmo! – disse o Sr. Weasley calmo.

_Assim mesmo? Assim mesmo? Ai Merlin e a Gina está grávida! – Harry disse rapidamente e Draco gemeu agoniado.

_Não, isso não dá pra mim! Isso não dá pra mim! – ele gritou de repente e caminhou até a porta, mas o senhor Weasley o impediu.

_Não rapaz. É um momento delas. – ele disse sério o olhando nos olhos, e pela primeira vez Draco sentiu como se tivesse um pai.

_Eu não posso esperar!- ele disse manhoso.

_Você vai esperar! – O Sr. Weasley disse com a voz firme.

Harry olhou a expressão do loiro e imaginou que ele fosse atacar o sogro, porém ele se afastou com passos firmes até um jarro ornamental que estava num canto do corredor.

O pegou com gesto rápido e seu grito de fúria se misturou com o grito de dor que saiu do quarto. Harry caminhou alguns passos, mas o sogro o segurou e lhe fez um sinal para que deixasse.

Rapidamente Draco caminhou para a porta aberta que encontrou no corredor, era a biblioteca. E num gesto nervoso começou a quebrar o que encontrava enquanto gritava ferozmente. A mesa foi o primeiro alvo e embora fosse antiga e pesada, Draco a revirou como se não passasse de um brinquedo.

Velas e candelabros voaram pela sala, livros, vasos de flores... Voaram sem que o loiro se desse conta de que não estavam na sua mansão. Respirou pesado, e procurou a parede. O papel que a revestia era dum tom rosado com flores diversas, tão diferente da decoração escura e sombria com a qual crescera.

Desferiu o punho com força, contra a parede, seus dedos estalaram e ele fechou os olhos mediante a dor, à melhor forma de suportar era mais um golpe. E quando levantou a mão... Braços fortes o seguraram.

_Você não vai se ferir!

_Me solta Potter! – ele grunhiu entre dentes.

_Não! Se machucar não vai aliviar a dor dela.

Draco soluçou e Harry o virou para ele num gesto brusco.

_Eu não suporto vê-la sofrendo Harry! Não suporto!

_É porque você a ama!

_Harry o que eu faço? O que eu faço?

_Vamos esperar Draco! Esperar! – Harry disse e o abraçou.

Eram amigos e naquele momento precisavam um do outro.

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_Narcissa! Eu quero a Narcissa! – Hermione gemeu sem forças, e Molly chamou Narcissa com um feitiço, à mulher entrou no quarto rapidamente.

_Ele não está se mexendo! Ele não se mexe! – Hermione contou chorando.

_Calma. Eu vou acalmar o Draco e trazer ele aqui. Ele ainda não sabe do feitiço.

_Que feitiço? Narcissa não podemos usar feitiços em partos. – Molly protestou.

_Mas foi preciso, se não tivesse feito isso o Eros teria nascido... nas mãos do Lucius. – Narcissa explicou.

_Meu filho! – Hermione chorou. – Ele não se mexe, Merlin eu o perdi...

_Não Mione, calma.

_Menina venha aqui! – Narcissa chamou Gina que chorava emocionada num canto do quarto.

_Pra que? – Gina perguntou triste.

_Vejo que você também será mãe em breve.

_Como sabe?

_Sou uma bruxa! Sou uma Black! Venha aqui!

Gina a olhou desconfiada.

_Coloque a mão direita sobre o ventre dela, e repita comigo: - Gina fez o que foi pedido, ela e Hermione se olharam nos olhos.

_Pelo dom que a mim mulher...

_Pelo dom que a mim mulher...

_Foi concedido de poder gerar vidas...

_Foi concedido de poder gerar vidas...

_Rogo para que a vida que você carrega responda em nome da vida que há em mim...

_Rogo para que a vida que você carrega responda em nome da vida que há em mim...

_Que com o mais puro sentimento eles se correspondam...

_Que com o mais puro sentimento eles se correspondam...

_E que suas almas estejam interligadas pela eternidade...

_E que suas almas estejam interligadas pela eternidade...

_Onde um estiver o outro saberá...

_Onde um estiver o outro saberá...

Nesse instante tão logo as palavras foram repetidas. Eros se remexeu violentamente dentro do Ventre de Hermione, de modo que todos que estavam no quarto pudessem ver os movimentos. E o ventre de Gina que ainda não demonstrava a gravidez deu um estremecimento.

_Eles se mexeram! – Gina disse pálida.

_Ele está vivo! Meu neto está vivo! – Narcissa disse emocionada.

Hermione e Gina choravam entre lágrimas.

_Eu vou chamar o menino Draco. – Disse Molly saindo.

********************************************************************

Molly entrou na biblioteca onde Draco tinha tido seu acesso de raiva. Harry e Arthur tentavam consertar a sala, enquanto o loiro estava jogado no sofá, pálido e acabado.

_Oi!- ela disse tímida.

_Como eles estão? Como está Hermione? – Draco perguntou ficando de pé.

Molly olhou para o marido, para o genro e enfim para o loiro.

_Por favor, Molly fala alguma coisa mulher! – Arthur se irritou já que Draco não tinha forças para falar nada.

_Ela quer te ver Draco. Você tem que ser forte por ela, e pelo seu filho.

Draco engoliu em seco e caminhou devagar... desviou os olhos para que ninguém visse as suas lágrimas.

********************************************************************

Entrou no quarto devagar... podia ouvir a respiração dela ofegante, e aumentar o ritmo com a sua proximidade. Seus olhos pararam sobre a cama, ela estava suada, havia muito lençóis, uma bacia de água, toalhas, e travesseiros, sobre as costas e pernas dela. Prendeu os lábios num gesto infantil. Ela parecia sofrer muito, e se sentiu culpado, apesar de tudo não podia compartilhar a dor dela, e dinheiro nenhum do mundo pagaria por aquilo. Como ele fora estúpido o suficiente para achar que poderia pagar uma mulher por aquilo?

_Draco! – ela sussurrou com um breve sorriso e lhe estendeu a mão.

Ansiara tanto por vê-lo novamente. Ela o amava desesperadamente, sem culpas, sem receios, simplesmente o amava.

Ele tocou os dedos dela, e não pode impedir a lágrima de cair. E se jogou sobre ela, evitando que seu peso a incomodasse, mas exigindo um abraço, ele precisava tanto daquele abraço, como precisava do ar para respirar.

Se abraçaram chorando, ela com os braços envolto no pescoço dele, quanto ele tinha a cabeça enfiada entre os cabelos revoltos dela. Se permitiram chorar alto de dor... de alívio... e de amor...

_Ah! Draco! – ela gritou e ele se afastou, mas ainda sustentando o aperto em seu pescoço.

Sabia que era uma contração... ficou imóvel como se pudesse senti-la junto com ela.

_Draco me ajuda... eu não agüento mais esperar... por você! – ela disse se contorcendo em dor.

_Eu... – ele gaguejou – não sei o que fazer! É melhor chamar...

_Tem que ser você Draco! Ai! Ele só virá ao mundo pelas suas mãos! – ela conseguiu dizer.

_Merlin! – ele tocou a barriga dela, e sentiram a bolsa arrebentar finalmente, umedecendo os lençóis.

Hermione gritou mais uma vez.

_Está na hora Draco! – ela ofegou, enquanto ele se ajeitou entre as pernas dela...

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_Harry! – Gina procurou abraçar o marido.

_Gi, você está pálida! O que houve?

_Harry! A nossa filha se mexeu!

_Ah? Mas... não é muito cedo?

Ele perguntou se aproximando dela e tocando o ventre, que se mexeu sob suas mãos!

_Você sentiu isso? – ele perguntou assustado e de olhos arregalados.

_Sim, foi ela! – Gina disse feliz o beijando.

Arthur riu e saiu acompanhando Narcissa e Molly deixando os dois sozinhos.

_Harry! Aconteceu uma coisa que você precisa saber! A Narcissa fez um encantamento... envolvendo nossa filha e o filho da Mione!

_Que tipo de encantamento? – ele perguntou surpreso.

_O Eros e ela! – ela disse se referindo ao seu ventre. – Eles estão interligados!

_Gina! A MINHA FILHA ESTÁ PROMETIDA AO FILHO DO MALFOY? – ele quase gritou se afastando dela.

_Mais ou menos!

_Mais ou menos? Mais ou menos? Gina, a minha filhinha que nem nasceu ainda, você já conseguiu arrumar um casamento pra ela? E na família Malfoy?

_Ah Harry pensei que você e o Draco tivessem vencido a rivalidade, e fossem amigos! – ela disse sarcástica.

_E somos! Mas não quer dizer que aceito o filhinho dele com as mãos na minha menina! – Harry disse indignado. – Gina ele é um Malfoy! Você sabe muito bem pela Mione como é a libido do Malfoy! – ele disse com uma careta e Gina caiu na gargalhada. – Para de rir Ginny! É sério! Merlin a minha menina nas mãos de um maníaco sexual!

_Ah Harry é só um bebê!

_Sim e é macho! Ele vai crescer!

_Harry me escuta pode ser que eles sejam amigos, quase como irmãos!

_Ah? Assim como nós dois? Ou como o Ron e a Mione? A Ginny, minha filhinha! – Harry choramingou como um menino birrento.

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Ainda não podia ver o filho, mas sabia que ele estava próximo. Se abaixou sobre o ventre e o beijou.

_Eros, estou aqui! Vou acabar com esse sofrimento de vocês dois. Nasça meu filho em minhas mãos! – ele sussurrou falando com o bebê que se remexeu lentamente.

Hermione não pode controlar os gritos que saia de sua boca, curvou a coluna quando a dor se uniu como um relâmpago dentro de si. Pode sentir as mãos de Draco entre suas pernas, e o exato momento em que Eros deixou seu corpo e passou para as mãos de seu pai.

Os dedos longos de Draco estavam trêmulos.

_Ah! – Draco respirou ofegante, tendo o corpinho flácido, úmido e mole em suas mãos. – Merlin!

Hermione chorou emocionada, ao ouvir a tosse infantil, e em seguida o choro forte ecoar pelo quarto.

_Mione... ele está aqui! Comigo! – Draco arfou para falar, as lágrimas pingaram de seus olhos, e caíram sobre o bebê que esperneava entre seus dedos, que lhe pareciam grande e desajeitados demais para segurá-lo. Num gesto impulsivo e paterno ele levou o pequeno corpo ao peito, como se quisesse aquecê-lo.

Hermione se deixou descansar sobre o colchão, a dor já não era tão intensa. Embora sentisse a visão turva e girando fixou-os olhos em Draco. Que olhava a criança admirado.

O choro se fora, e embora estivesse inquieto, ele se acalmara no colo do pai.

_Draco! – ela sussurrou muito fraca e ele a olhou se sentindo culpado por não dar atenção a ela.

_Nosso filho Mione!- ele riu débil.

E se aproximou dela, como se cada movimento fosse quebrar uma dúzia de ovos de dragão... Se aproximou ainda entre as pernas dela, tendo visto que mãe e filho ainda estavam ligados pelo cordão umbilical.

Os lábios ressequidos de Hermione se entreabriram quando ele lhe ofereceu o filho. O olhou como senão acreditasse que fosse capaz de segurar o filho. Mas estendeu os braços, e o recebeu entre lágrimas.

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_Ah Harry aposto que a minha ruivinha de olhos verdes vai conseguir domar o loirinho de olhos cinza! – ela disse rindo o abraçando.

_Sim. Claro se sair com a sua libido! – ele se abraçou a ela riu.

_Ai Harry! Você é demais! E eu te amo! – ela disse – Merlin como será que ele está se saindo? – ela perguntou se preocupando com o Draco.

_Ah eu espero que eu não tenha que fazer o mesmo quando nossa filha nascer.

_Ah! Pois quero você do meu lado, e de preferência vou estar torcendo ‘’SUAS PARTES’’ num gesto carinhoso.

Harry engoliu em seco.

_Está maluca ruiva?

O choro estridente de criança recém nascida ecoou pela casa.

_Nasceu! – Gina gritou eufórica e saiu em disparada.

************************************************************

O pequeno se remexeu ainda resmungando, em algo que parecia um choro por ter sido afastado do calor do pai, mas tão logo Hermione o aninhou entre o peito, ele se calou e abriu os olhos devagar, piscando várias vezes. Antes de enfim enxergar a sua mãe.

_Ah! – Hermione abriu a boca em espanto, e Draco não fez diferente.

Os pequeninos olhos eram de um violeta claro, límpidos como cristais, a íris escura e ao seu redor a cor lembraria o oceano de praias claras, se não fosse num tom tão violeta.

Hermione e Draco se olharam por uns instantes e viram um passarinho pousar na janela, ele saudou em resposta e fazendo um gracejo. Hermione sorriu e ele se desvaneceu no espaço como se tivesse cumprido a sua missão.

Draco não pode entender, mas sabia que depois Hermione o explicaria. Ela mais uma vez deu atenção ao rostinho que estava junto ao seu seio. Acariciou a cabecinha úmida.

_Ele é lindo! – ele disse baixo.

_Ele é perfeito! – ela respondeu olhando o bebê com veneração.

_Ele é nosso filho! – Draco completou.

E Gina entrou no quarto abrindo a porta num impulso.

_Ele nasceu!

_Sim Gina! – Hermione disse.

_Ele é Lindo! – Gina disse se emocionando se aproximando rapidamente e tocando a cabecinha do bebê. Narcissa também entrou no quarto seguida por Harry, Molly e Arthur. Que se aglomeraram ansiosos para ver a criança.

_Ele está com fome! – disse Narcissa carinhosamente, tocando o neto emocionada. – Amamente ele!

_Não posso, me sinto suja, daquela cela, dessa roupa. Ainda não! – ela disse triste.

_Tudo bem, fora todos vocês, vamos cuidar da mais jovem mamãe. – Molly avisou – Vamos menino Malfoy, você já fez o que era necessário. Eu e Narcissa terminamos aqui! – ela disse carinhosamente, e Draco tentou resistir.

_Vou ficar bem! Ele está aqui, está tudo bem! – Hermione disse para Draco e ele a beijou nos lábios.

_Jura que fica bem? – ele perguntou manhoso.

_Sim. – ela sorriu.

_Vamos garotos! – Arthur apressou...

_Me chama assim que terminarem, quero ficar com eles! - Draco disse ao sair...

****************************************************

Harry, Gina, e o Sr. Weasley levaram Draco muito atormentado pra um dos quartos, para que ele pudesse tomar um banho e se acalmar. Ele tremia e estava muito nervoso.

Tão logo entraram no quarto, Gina foi providenciar um banho para ele, o Sr. Weasley saiu para tratar com alguns aurores que ainda estavam pela casa.

_Ele nasceu em minhas mãos Harry! Eu vi ele nascer.

_Como foi? Como se sentiu?

_Potter! – ele disse caminhando com as pernas vacilantes pelo quarto, enquanto Harry sentava numa poltrona e o observava. Curioso pelas respostas. Era algo diferente, mas Harry queria saber como ele se sentira ao ver o filho nascer.

_Oi! Draco você está bem?

_Não! Potter posso desmaiar agora? – Ele perguntou e como num flash Harry viu Draco cair desacordado no chão.

_Malfoy! – Harry chamou se assustando e correndo até ele.

Conferiu os pulsos rapidamente, e olhou a temperatura da testa dele com a costa das mãos.

_Acorda seu loiro burro! Sua doninha! Acorda!

_Harry o que houve? – Gina chegou apressada saindo do banheiro – Harry!

_Ele desmaiou Ginny!

_Merda, vou chamar a mamãe!

*************************************************************************

Uma hora depois Draco havia tomado banho e preparava para ir ao quarto que Hermione estava.

_Meu filho você precisa descansar um pouco. – Narcissa sugeriu notando a palidez do filho.

_Nem pensar eu preciso ficar com eles!

_Draco, eles estão dormindo. Lado a lado. A Mione coitadinha dormiu antes de terminarmos de cuidar dela. Dormiu com o pequenino aninhado ao seu lado. É a coisa mais linda de se ver. – A Sra. Weasley disse sonhadora.

Draco a olhou e sentiu a dor dela pela primeira vez, era duro para ela, cuidar de uma criança que deveria ser seu neto, mas que não o era. Caminhou até ela e a abraçou.

_Obrigado! Muito obrigado por cuidar deles!

_Que isso meu filho! Faço porque amo vocês como meus próprios filhos! Agora me faz um favor? Deite-se nessa cama e descanse por ao menos uma ou duas horas ok? Eu e sua mãe cuidaremos deles.

_Tudo bem! – ele disse e logo caminhou até sua mãe e abraçou também. – É muito bom ter você de novo mamãe.

_É muito melhor estar de volta!

**************************************************************************

Draco acordou a casa estava silenciosa, sinal de que todos descansavam, tinha dormindo um pouco o suficiente para acordar com os ânimos renovados, até seu rosto tinha recuperado um pouco de cor. Ele pensou se olhando no espelho. Com pressa seguiu para o quarto onde Hermione estava.

O quarto estava à meia luz de um abajur. Iluminando o rosto dela e do pequeno ''embrulho'' ao seu lado. Em silêncio ele se ajoelhou ao lado da cama, e observou o filho. As mãos pequeninas, a pele quase transluzente. O ralo cabelo dourado no alto da cabecinha miúda. Sorriu admirando o contorno dos lábios pequeninos, a sobrancelha quase inexistente... o narizinho fino. Ele era perfeito!

Sorrindo feito bobo observou Hermione, os cabelos encaracolados jogados para trás, tinha face muito pálida, respirava devagar e ritmado. Os lábios sempre tão vermelhos e convidativos estavam ressequidos e pálidos. Como eu a amo! Draco pensou e se lembrou da época da escola, quando a desdenhava tanto! Levou as mãos ao rosto dela, precisava senti-la próxima por ao menos um minuto, mesmo que ela estivesse dormindo.

_Hermione! – ele sussurrou com a mão na face dela. – Hermione! Você está com febre! – Num gesto rápido, ele alisou todo o rosto e pescoço dela, confirmando a alta temperatura.

_Draco! – ela sussurrou e conseguiu abrir os olhos por alguns segundos, mas fechou-os novamente, entrando na inconsciência do sono...



*********************Fim do  Cap.**********************

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