Textos que podem conter conotação sexual, palavras, atos e cenas descritivas de violência e sexo. Só leia se for maior de idade.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Anel de Diamantes- A Face da dor


Cap.21

_Samantha! – Hermione chamou pela terceira vez.

A loira a que estava mais branca que um papel a encarou.

_Ele quer que eu a tire daqui! – ela disse num impulso.

_Ele quem? – Hermione perguntou confusa – Sam são apenas sonhos. Você precisa ir atrás do Draco e trazê-lo. – Hermione disse aflita, precisava que a loira mantivesse a lucidez.

_Nós precisamos sair daqui Hermione! Agora!



_Eu não vou a lugar nenhuma Samantha, eu não estou passando bem. Além do mais o Draco protegeu a casa, as instalações de seguranças são infalíveis.

_Não, para quem tenha o sangue Malfoy! Vamos Hermione, preciso te levar. – ela disse aflita se sentando a beira da cama de Hermione.

_Você está me assustando Samantha!

_Me escuta, pelo menos uma vez, me escuta Hermione. Tenho que te tirar daqui entendeu? A mansão não é segura!

_Claro que é!

_Hermione seu filho está correndo perigo! E eu preciso cuidar de vocês.

_O que?

_Não posso te explicar agora vem comigo...

Hermione a olhou atônita, não sabia que caminho seguir. Seu ventre estava pesado e dolorido. Suas costas ardiam, anunciando que as tribulações não lhe fizeram bem. Estava preocupada, e se o Eros nascesse antes do tempo? E se a Samantha a tivesse levando a uma armadilha? E se essa fosse à única alternativa de salvar ao seu filho? Respirou fundo e tomou uma decisão. Não poderia mais voltar a trás...

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Draco e Harry entraram no hospital, sem nenhum tipo de alarde, constataram facilmente que o Dr. Richardson já não estava ali, conseguir o endereço do mesmo, foi mais rápido do que imaginaram. Harry como auror exigiu a informação, e Draco com seu poder de persuasão, conseguiu ainda mais rápido o que necessitavam.

Se olharam por instantes em completa sintonia e aparataram diretamente ao local indicado.

...

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O apartamento era luxuoso. Os movéis estavam arrumados, porém a grossa camada de poeira demonstrava que ninguém parecia estar vivendo ali, pelo menos há alguns dias. Em silêncio inspecionaram o lugar...

Draco olhava com desdém e irritação as molduras na parede que traziam diplomas de graduação em medicina, em áreas especificas. Um monte de ‘’merda’’ que de nada lhe serviam tendo visto que ele não fora capaz de manter a sua dignidade. E agira de maneira impensada e violenta com suas pacientes e acompanhantes.

_Draco não há nada aqui! É como se ele não viesse para casa há semanas! – Harry bufou desanimado.

_Tem alguma coisa errada Potter, eu sei que tem. - O loiro afirmou olhando a dispensa. – O filho da puta é realmente organizado.

_Sim, e eu acreditaria que ele é uma boa pessoa. – Harry disse olhando uma foto que estava sobre a lareira, onde Kevin aparecia sorridente ao lado de uma mulher de cabelos castanhos. – Acreditaria! Mas não posso imaginar as mãos dele machucando a Gina.

Harry disse e num acesso de raiva passou a mão sobre a lareira derrubando tudo que havia ali, descontando sua raiva e sua frustração nos objetos. Draco o olhou surpreso com a reação de Harry. E caminhou até ele, que procurava quebrar qualquer coisa que estivesse a sua frente.

_Harry! – ele chamou segurando o braço de Harry, e o fez se virar para ele num impulso.

Se surpreendeu ainda mais ao ver os olhos verdes repletos de lágrimas, por baixo das lentes transparentes dos óculos.

_Ele a machucou! Ele feriu a minha Gina. Ele a machucou. Que espécie de marido eu sou, que deixo outro homem a ferir? Que droga! – Harry disse exaltado.

_Você não deixou. E tão pouco eu deixaria se estivesse lá. O que eu mais quero no momento é encontrar esse... – Draco disse e se sentou no sofá, como se todas as suas forças se esvaíssem de repente.

E Harry se sentou ao lado dele.

_Eu a amo Harry! Como nunca imaginei amar. - Draco disse calmo e de olhos fechados, para ele ainda era difícil expor suas emoções de maneira tão clara. – Ver ela nos braços dele, ver ele a beijando me matou por dentro, e me fez sentir uma dor tão grande. – ele fez uma pausa e deu um suspiro profundo. - Eu a pedi em casamento, queria que meu filho nascesse dentro de um matrimônio. – nesse momento ele não pode mais evitar as lágrimas. - Eu tentei fazer tudo certo Harry, tentei acabar com esse maldito contrato, tentei fazer com que o anel de diamante que está no dedo dela fosse mais real ainda. Que o significado dele em seu dedo não fosse apenas protegê-la. Queria que ele fosse realmente dizer que ela é minha. Minha mulher, minha amante, minha amiga! Mas ela não quis. Ela não me quer Harry. E eu acho que nunca vou tê-la.

Harry abriu a boca para dizer algo, porém sentiu algo debaixo de suas costelas, e levou a mão rapidamente. E encontrou um bip.

_O que é isso? – Draco perguntou curioso.

_Um bip, mas esta sem bateria. Deve ter muito tempo que ele está jogado aqui. Tem o símbolo do St. Mungus.

_E porque o Doutorzinho filha da mãe ia deixar isso jogado ai? Não devia ser um instrumento de trabalho dele?

_Sim, vou tentar um feitiço para fazê-lo funcionar. - Harry disse já com a varinha apontada pro pequeno equipamento em suas mãos. _Deu certo! – ele se alegrou depois de instantes e Draco se aproximou, para ver melhor.

_Nossa! Tem muitas chamadas aqui! É como se ele não o atendesse há muito tempo. – Harry disse e encarou o loiro.

_O que isso quer dizer?

_Podemos voltar ao hospital. Lá saberemos se ele não atende, ou até podemos conseguir com que eles o localizem. Dizemos que é algo com a saúde da Hermione, de repente ele morde a isca.

_Vamos nessa!

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Hermione e Samantha saíram sem que os elfos percebessem, embora Hermione caminhasse com dificuldades, Samantha a ajudava. Logo Samantha dirigia pela auto-estrada.

_Samantha, para onde estamos indo? – ela perguntou preocupada apertando o ventre enrijecido.

_Longe, Hermione, estou tentando te levar pra longe! – Samantha disse tentando conter as lágrimas.

_Eu preciso do Draco! Samantha eu preciso falar com ele. – ela disse ofegante.

_Calma, eu precisava apenas te tirar de lá. A mansão não é segura. Logo encontraremos o Draco para cuidar de nós. – ela disse transtornada e Hermione suspirou resignada, sentindo-se muito cansada.

... Não soubera dizer quando pegara no sono. Apenas acordou ouvindo uma sirene ao longe e a voz de Samantha praguejando.

_Droga! Merda! Droga!

_Sam? O que foi? – Hermione disse sonolenta, tentando ver pelo vidro do carro onde estavam, mas a única coisa que conseguiu foi avistar pelo retrovisor uma viatura da polícia trouxa.

Só assim se deu conta de que estavam em alta velocidade. Mas quando a viatura se aproximou. Samantha se viu obrigado a diminuir velocidade e parar no acostamento.

_Onde as mocinhas vão com tanta pressa? – o policial se aproximou com a arma em punho, e perguntou sarcástico.

_Em lugar nenhum, estamos passeando. – Samantha disse fingindo inocência.

Hermione gemeu com a mão na barriga.

_Não seria de se espantar se estivessem indo pra maternidade. Tendo visto que a maternidade fica em outra direção. E está para cair um temporal.

_É mesmo nem percebi!- ela disse rindo.

–Onde está sua habilitação engraçadinha?

_Minha o quê? – ela fingindo não entender.

_Ótimo, dirigindo em alta velocidade e sem habilitação? Desçam do carro agora! – ele disse brusco.

_Não mesmo!- Samantha disse

E tentou pegar a sua varinha, mas o policial colocou a arma apontada pra cabeça dela e Hermione segurou a mão da loira.

_É melhor fazer o que ele disse!

***

Hermione conseguiu que ficassem sob custódia policial até pagarem a fiança. Pediu para que entrassem em contato com Draco, ou Harry.

A sala que estavam aguardando era confortável Hermione estava sentada confortavelmente numa poltrona e Samantha andava de um lado par o outro enquanto tentava convencer Hermione de que estava certa.

_Hermione. Confia em mim, por favor. Eu só quero seu bem.

_Samantha você não fala coisa com coisa, eu te segui feito uma louca. Imaginando estar protegendo meu filho. Mas estou com medo Samantha. Estou sentindo dores, e não sei se é do parto.

_Calma, ele não pode nascer agora ainda não. – ela disse andando enfrente Hermione de um lado para o outro.

_Eu só quero ir pra casa, eu quero encontrar o Draco.

_Eu não vou deixar você voltar! Eu não posso, ele acabaria comigo!

_Ele quem? Samantha você está me assustando! Para com isso! – Hermione gritou irritada.

_Hermione me escuta. – Samantha disse se sentando do lado dela, e Hermione a repeliu.

_Sai de perto de mim Samantha! – Hermione disse e se levantou o mais rápido que pode. E praticamente se arrastou pela sala, queria distância de Samantha.

Ela continuou sentada na poltrona, e tampou o rosto com as mãos.

_Você não acredita em mim não é mesmo? Você e seu filho correm perigo! – ela disse trêmula.

_Samantha eu tenho muitas coisas na cabeça, e não estou com cabeça pra viver esse joguinho estúpido que você criou em sua mente.

_Não é um jogo Hermione. – ela gritou – Eu estou fazendo o que ele me pediu.

_Ele quem? Infernos Samantha! Eu preciso saber o que quer de mim. Eu vou sair por aquela porta e vou te deixar aqui sozinha. Vou procurar o Draco, o Harry ou a Gina e vou pra casa.

_O nome é Ronald Weasley!

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Draco e Harry não precisaram ir além da recepção do hospital para descobrirem o que queria saber. Realmente era preciso sugerir ao ministério que treinasse e desse algum tipo de proteção à mente dos funcionários, qualquer um poderia invadir as mentes e requerer qualquer tipo de informação.

_O Dr. Richardson, exigiu atender somente a uma paciente, a Sra. Weasley, que se não me engano está noiva do Sr. Malfoy. Ele recusou qualquer outra paciente apesar da quantia exorbitante de galeões oferecidos a ele. – ela disse como se Draco não estivesse ali, falava automaticamente enquanto Harry olhava fixos nos olhos dela. Usando uma magia antiga e hipnótica.

_Como vocês conseguem contactar ele para que ele venha ao hospital?

_Ele sempre aparece nas horas e dias previamente marcados, e se precisamos falar com ele apenas, deixamos uma bilhete em sua sala, ninguém nunca vê como ele entra e vê esses recados, mas ele simplesmente os recebe.

_Vocês notaram algo diferente nele?

_Não, os funcionários estão apenas comentando que ele é bastante persuasivo com o que ele deseja e além do mais ele está mais serio do que quando chegou. Alguns dizem que ele está apaixonado pela Sra. Weasley.

Ela disse e Draco rosnou atrás de Harry, que desviou o olhar.

_Já sabemos o suficiente Harry!

_Obrigado querida! Você foi um amor!- Harry disse enquanto beijavam a mão da enfermeira que sorria encabulada, com o charme do moreno.

_Ela caiu nesse charminho idiota e nesses olhos verdes? Ah, vamos embora Harry estou enjoado. - Draco disse com uma careta que fez Harry se lembrar de quando estavam na escola.

_Está com inveja do meu charme Malfoy!

_Não mesmo Harry Potter!

Eles se olharam e começaram a rir.

_Ainda vou encontrar esse desgraçado e vou fazer picadinho dele.

_Não antes de mim! – respondeu Harry.

_Olha acho melhor irmos pra casa, saí e deixei a Mione gritando feito louca, vou acalma-la. Mas vou colocar meio mundo atrás dele, enquanto cuido da Mione.

_Ótimo, você viu que a Gina não ficou muito melhor, vou colocar a outra parte do meio mundo atrás dele também, e vou ver como a Gina está.

_Tudo bem, qualquer coisa entre em contato, quem o encontrar primeiro segura até o outro chegar!

_Feito!- disseram com um aperto de mão. E aparataram a seguir...

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Harry entrou em casa e notou o silêncio, foi até a cozinha e tomou um pouco de água. Certamente Gina tinha saído, e teria que procura-la, ou talvez estivesse dormindo, aparatou no quarto, e estava exatamente como deixara, ela não havia estado ali, resolver chamar por ela, sem resposta. Olhou o banheiro a biblioteca, e nada, desceu as escadas e avistou a cabeleira ruiva espalhada no chão.

_Gina!- ele gritou correndo até ela, que estava deitada no chão totalmente inconsciente, tinha os lábios roxos, e a pele muito fria.

_Merlin, Gina! O que houve? Merda, merda!

Harry a pegou nos braços, e aparatou com ela para seu quarto, a colocando na cama, colocou a mão aberta sobre o peito dela, e disse:

_Enervate. Gina! – ele quase gritou quando ela tossiu um pouco, e chamou por ele, sem que saísse voz alguma. – Meu amor! O que houve? – ele disse a abraçando.

_Ah! – ela apenas gritou e não correspondeu ao abraço.

_Gi! Merlin! – ele exclamou a olhando e notando a roupa suja de sangue entre as pernas, e a mão no ventre.

_Harry! – ela choramingou.- Minha mãe. Quero a minha mãe! –ela disse chorando, ele a deixou na cama, e disse aflito:

_Gina, o que está acontecendo? Não diga que ele tocou você dessa maneira! Ele não... - Harry disse com dificuldades.

_Eu preciso da minha mãe Harry! Agora!- ela disse com a voz fraca antes de perder os sentidos novamente.

_Oh! Merda...

Harry correu até ela, e a pegando nos braços disse terno e preocupado:

_Eu vou levar você pra sua mãe Gina! – ele disse aparatando com ela para a Toca.

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Draco chegou em casa rápido. Tão logo entrou na mansão um elfos veio lhe receber.

_Boa noite meu senhor!

_Boa! Vou subir e não quero ser incomodado, ao menos que seja o Potter.

_Senhor?- o elfo disse amedontrado. – Tenho algo import...

_Nada é importante nesse momento. Preciso resolver assuntos pessoais. Me entendeu? Me incomode por alguma coisa que eu não queira e eu acabo com a sua maldita raça.

Ele disse e saiu sem deixar que o elfo lhe falasse.

***

Entrou no quarto, e encontrou os lençóis revoltos, porém ela não estava, olhou o banheiro e também não a encontrou. Aparatou no quarto de Samantha e entrou sem se importar se ela estivesse ou não. Vazio. Porém uma coisa lhe chamou a atenção. Uma gaveta estava aberta.

Com passos rápidos caminhou até o móvel. Sentiu seu coração disparar. Estava vazio.

Com um piscar de olhos estava novamente em seu quarto, enfrente o armário que ela guardava as coisas dela.

Abriu-o.

As roupas estavam lá.

Sentiu um alivio imenso o consumir.

Mas onde ela estaria? Gritou pelo elfo que o recebera.

_Onde ela está? – ela gritou tão alto que se ela estivesse na mansão o escutaria.

_Eu não sei senhor. - o elfo disse gaguejando temendo a reação de seu dono.

_Como não sabe? Mas que merda! Ela não devia ter saído!

_Meu senhor achamos que ela se foi com a Senhorita Samantha.

_Mas que inferno elas pensam que estão fazendo? Ah, mas se acontecer alguma coisa com a Mione ou com o Eros eu mato a Samantha! Ah mato! Claro depois que eu der um jeito naquele doutozinho de meia tigela. –Draco bufou irado.

Saiu dizendo maldições e entrou na biblioteca. Precisava beber algo forte. Não saber onde Hermione estava, o deixava com os nervos a flor da pele.

Droga! Se o Doutorzinho tivesse com ela de novo? Se a Samantha estivesse louca, e a entregasse a seu pai? Com raiva ele jogou o copo no bar, onde estavam outras garrafas, fazendo um grande barulho e produzindo muitos estilhaços.

E se ele nunca mais a visse? E se fizessem mal ao Eros?

Draco suspirou cansado e se jogou na poltrona.

_Hermione!Hermione. –sussurrou.

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Harry aparatou na sala da Toca com Gina nos braços, logo pode ouvir um soluço demonstrando que ela recobrara os sentidos.

_Harry! Está doendo! – ela disse chorando tentando apertar o próprio ventre.

_Vai ficar tudo bem. Sra. Weasley, Sra. Weasley!- ela gritou pela sogra que apareceu rápido.

_Oh Merlin! O que houve?- ela disse limpando as mãos no avental.

_Mãe! Está doendo!- Gina reclamou.

_Vamos levá-la para o quarto Harry!

Tão logo a colocou na cama, a senhora weasley se aproximou e ao ver a filha cheia de marcas, sangrando e muita pálida perguntou mais uma vez.

_Por merlin Harry! O que aconteceu com a minha Gina?

_Eu falhei mais uma vez Molly, eu deixei que machucassem a minha mulher! – ele disse pesaroso, e se sentou ao lado dela.

A Sra. Weasley correu para buscar uma poção calmante para Gina, para que ela pudesse se acalmar e contar o que estava sentindo. Tão logo ela tomou a poção, a velha senhora pediu que Harry saísse do quarto. Muito a contragosto ele saiu e ficou esperando do lado de fora. A cabeça a mil. Ainda bem que estava sozinho. Pensou em como gostaria de dividir aquela dor que sentia com alguém. Mas a única pessoa que lhe vinha a mente era Draco. Ele vinha se mostrando um bom amigo, mas será que ele o atenderia naquele momento. Se Rony estivesse vivo poderia contar com ele mesmo se Gina não fosse sua irmã. A lealdade de Ronald era inquestionável.

Sem pensar foi para a lareira. E chamou por Draco.

A imagem que apareceu foi de um Draco extremamente furioso e cansado, era como se anos tivessem os separado e não apenas pouco mais de uma hora.

_Como está a Gina Harry?- ele perguntou antes que harry pudesse dizer qualquer coisa.

_Ela... Draco! A Gina está passando mal. Estou na toca com ela. A sra. Weasley esta cuidando dela. Mas... Draco, ela está sangrando. Tem alguma possibilidade daquele infeliz ter...- Harry não foi capaz de terminar.

_Acho que não. Pelo menos não nas memórias que eu vi. Acho

que nada ficou oculto. Eu vou para ai! – ele disse se mostrando preocupado.

_È melhor não assustar a Mione! E como ela está?

_Eu não sei! – ele disse desgostoso.

_Como não sabe?

_Ela saiu com a Samantha, e eu não sei pra onde?

_A Samantha é confiável?

_Não.Eu vou aí. E a gente se fala. Vou deixar ordens para que se elas voltarem entrem em contato comigo imediatamente.

_Ok! Vou ver se a Sra. Weasley me fala alguma coisa sobre a Gina.

_Até!

Harry bateu na porta do quarto e entrou logo que ouviu a senhora weasley lhe chamar. Gina estava muito, muito pálida, e parecia dormir.

Ele empalideceu ao vê-la inerte.

_Calma meu filho, foi a poção que dei a ela, que a deixou assim.

_O que ela tem? – ele perguntou apreensivo.

_Espero descobrir agora. Consegui conter o sangramento, mas preciso saber das condições dela para dar continuidade ao tratamento, ou se não for possível fazer isso em casa, teremos que leva-la para o hospital.

A mãe de Gina disse e logo começou a murmurar alguns encantamentos. Harry já tinha visto aquilo antes... Uma nuvem de fumaça prata saiu do ventre de Gina, demorou apara formar uma imagem, porém, entre a fumaça densa surgiu o rosto angelical de uma menina.

Ela tinha os cabelos despenteados, na altura do ombros, ela liso, porém havia cachos ruivos nas pontas. Seus olhos eram incrivelmente verdes, e ela quase lhe sorriu, parecia fraca, e com o olhar triste.

Harry não piscou, temia que a imagem se desfazesse. Mas foi inútil ela se desfez, e ele fechou os olhos. Mãos fortes seguraram o ombro dele.

_Merlin!- ele sussurrou. E seus olhos encontraram os de Draco. Que sorriu.

_Bem vindo ao clube amigo!

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Hermione se deteve por alguns instantes a mão na fechadura da porta. Respirou fundo, as lágrimas querendo lhe sufocar.

_Não brinque com isso Samantha! Ele não poderia te dizer nada, ele está morto. Há anos ele se foi! – ela disse fraca.

_Se você sabe disso porque não se casou com o Draco? – foi à vez de samantha gritar.

_Isso não é da sua conta! – respondeu Hermione ríspida.

_Ele está tentando te proteger.

_Ele se foi! Ele não está mais aqui!

_Então porque você não está vivendo o amor do Draco? Por quê?

_Você não sabe nada! Nada!

_Sim, eu sei que você se nega a um amor verdadeiro para se entregar a uma lembrança!

_O Ron não é só uma lembrança! - Hermione gritou.

_Sim, é. É um espectro que te segue, esperando você ser feliz para ele ser liberto. E você se nega a tal felicidade. Negando a partida dele. Hermione, ele quer te ver feliz. E ele sabe que sua felicidade está com o meu primo. Por isso ele não quer que nada te aconteça, e que nada aconteça a seu filho.

Hermione abriu a boca, mas não foi capaz de emitir nenhum som. Olhou para Samantha, mas sua visão estava turva.

_Samantha isso machuca demais. Por favor, não me faça sofrer mais!

Samantha caminhou até ela e a ajudou a se sentar novamente.

_Hermione! – ela disse tirando os cachos de cabelos castanhos que emolduravam o rosto de Hermione, num gesto carinhoso. – Ele está com você todos os dias. Mas ele precisa partir seguir o caminho dele, e ele escolheu meu primo para cuidar de você!

_Isso é loucura! O Ron jamais me deixaria com o Draco. Ele o odiava.

_Alguma coisa mudou Hermione. Alguma coisa mudou!

_Você está me enganando Samantha! É um pecado enorme, você me fazer isso! Eu não mereço isso.

_A primeira vez que ele disse que te amava, estavam em detenção, por andarem pelo castelo de Hogwarts a noite.

Ela disse e Hermione prendeu a respiração totalmente absorta com a revelação. E ela continuou falando pausadamente como se ouvisse alguém estivesse falando para repetir.

_Quando fizeram amor pela primeira vez, os dois tremiam tanto, que dificultou o processo. Ele estava com medo de te machucar, e chorou quando viu o sangue nos lençóis da sala precisa. Você levou dias para convencê-lo de que podiam fazer de novo. - ela deu um breve sorriso – Mas alcançaram o orgasmo juntos na segunda vez. E você mordeu o ombro dele, e ficou roxo, ele não quis tirar a mancha com magia, disse que lembrava você!

_Merlin! – Hermione abraçou Samantha naquele momento sabia que não poderia estar inventando coisas tão intimas, coisas que só os dois sabiam. Coisas que eram apenas deles.

_Senhoras! O Sr. Malfoy chegou e pagou a fiança. Ele está aqui para levá-las.

Um policial disse muito sério, e Draco apareceu na porta, seu rosto estava frio, mas Hermione não percebeu, pulou nos braços dele e o abraçou.

_Draco, que bom que está aqui! Que bom! – ela disse, ele não disse nada apenas, a beijou rapidamente nos lábios, e se afastou a olhando nos olhos.

Hermione afrouxou o aperto ao redor do pescoço dele, aquele não era os olhos deles, não era o cheiro dele. Ela pensou num segundo e no outro sofreu um invasão a sua mente que a fez deslizar entre os braços dele completamente fora de si, sem poder fazer nada.

_Draco! Hermione! – Samantha gritou quando o policial se aproximou dela e a segurou e ela viu o sorriso cínico nos lábios de Draco.

Não era ele!

Ele tentou gritar porém também perdeu os sentidos instantes depois sem saber o que a atacara.

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Harry estava sozinho ao lado de Gina, segurando a sua mão. Ela acordou. E apertou os olhos.

_Harry, o que aconteceu?

_Nada meu amor. Vocês estão bem agora!

_Ah! –ela gemeu e fez menção de se levantar e ele a deteve.

_Calma, ai! Você vai precisar ficar mais quietinha por uns dias!

_E a Mione como está, ela está bem mesmo? Você disse que nós estamos bem! Aquele filho da Puta queria machucá-la.

_Gina, eu não estava falando da Hermione! – ele disse contrariado, por não saber notícias da amiga.

_Não? Mas você disse vocês estão bem. – Gina perguntou confusa.

_Eu me referi, a você e ela. – ele disse cobrindo o baixo ventre dela com as mãos direita, num gesto carinhoso.

_Ah!Merlin! Não é possível!

_Ela é linda Gina! E vocês vão ficar bem, as duas!

A voz dele saiu embargada, e ela deu um salto na cama, e o abraçou forte.

_Não vou deixar que ele se aproxime de vocês de novo! Ele nunca mais vai te machucar! Eu prometo.

_Eu te amo Harry!Eu te amo!

Minutos depois ela o soltou.

_E a Mione como está? E o Draco? Ele vai matar esse cara porque ele beijou a Hermione.

_Não sabemos onde ela está.

_Como não? Ela não voltou pra casa?

_Sim voltou, mas... ela saiu com a Samantha e não sabemos pra onde elas foram.

_Com a maluca da Samantha? Ah merda! – Gina resmungou antes de animar no peito de Harry.

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_E ai? Ela está bem? – Draco perguntou logo que Harry entrou na sala em que ele o esperava.

_Sim. Ela está bem, apenas preocupada com a Mione agora, mas ela adormeceu. E você teve alguma notícia? – Harry perguntou.

Porém Draco não respondeu, pois uma coruja entrou pela janela pousando próximo a Draco, que pegou o envelope que ela trazia.



‘’Caro Senhor Malfoy,

Venho por meio desta comunicar que o Senhor agiu de maneira repreensível na presença de trouxas ao levar a senhorita Hermione Weasley e a senhorita Samantha Malfoy de uma instituição trouxa. Como forma de remediar suas ações apagamos as memórias das pessoas presentes, porém o senhor deve responder ao nosso Ministério por ter feito uso de magia na presença de trouxas. Dessa forma, o senhor está intimado a comparecer ao Ministério de Magia Inglês no dia estipulado abaixo para maiores esclarecimentos.

Atenciosamente, Departamento de Mau Uso de Magia na Presença dos Trouxas.’’



_Mas que P.... – ele começou a dizer, mas viu que a Sra. Weasley se aproximava. - é essa?

_Não sei, mas seja o que for, você não as tirou de departamento trouxa nenhum! – Harry disse rápido.

_Claro que não! Então... Infernos! Meu pai está com elas!

_Não pode ser! Pode ser que ela esteja com o Dr. Richardson.

_Eu vou atrás dela Harry! Agora! Se ela estiver com meu pai ele vai mata-la!

_Calma Draco! Eu vou entrar em contato com os aurores, vamos desviar a atenção do doutor, para elas. A encontraremos.

_Vá Harry traga a menina Mione pra casa, eu cuido da Gina! Mas voltem logo.

Ela disse abraçando Harry e em seguida abraçando Draco. E logo os dois saíram. Ao chegarem na porta, Draco disse:

_Harry se você não quiser ir. Sei que deve estar querendo ficar com a Gina e...

Harry o fez parar e o encarar:

_Aprenda uma coisa Malfoy, amigos são para os momentos bons e ruins, e eu queria muito ficar com a minha esposa, mas não vou estar feliz sabendo que ‘’você’’ e a Hermione precisam de mim.

Draco não disse nada, apenas colocou a mãos das costas de Harry num gesto afetuoso. E partiram em busca de Hermione...

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Abriu os olhos e estava num lugar escuro, um quarto escuro, sem janelas, sem nenhuma corrente de ar, sentiu-se sufocada, e mudou de posição tentando respirar melhor. Fechou os olhos para tentar conter a tonteira que a pegou desprevenida com o gesto brusco.

_Então a sangue ruim acordou! – a voz arrastada que ela conhecia muito bem desde criança se fez ouvir, e ela se estremeceu.- Enfim nos encontramos, não é mesmo.

Com dificuldades ela se sentou na cama.

_Cadê a Samantha? O que fez com ela?

_Estúpida devia se preocupar com o que vou fazer com você!

Ela o olhou. O homem demonstrava traços de maus-tratos, como se os anos como fugitivos do ministério enfim pesasse na beleza Malfoy que ele carregava consigo. Suas vestes que outrora fora impecável, se demonstrava o quanto eram surradas pelo tempo.

A mulher ao seu lado, era imensamente bonita, embora também demonstrasse em sua aparência as dificuldades lhe impostas.

Hermione engoliu em seco.

_Me deixe ir embora! – ela disse firme embora seus lábios tremessem, Lucius ainda era uma figura imponente, que a fazia sentir medo.

_Você pensou mesmo que poderia entrar na minha mansão, mandar na minha casa? – ele gritou, a assustando – E carregar o meu sangue nesse ventre imundo?

Num gesto defensivo ela segurou o ventre, sem tirar os olhos dele.

_Como você ousou se deitar com meu filho? – ele berrou. – Por você e com você meu único filho desgraçou o nome e a honra da minha família! Mas vai pagar, ao menos algo de estupendamente maravilhoso vai vir dessa união absurda. – ele riu com desdém.

E ela permaneceu em silêncio.

_Seus dias de glória acabaram sangue-ruim, você e seu filho servirão ao Lorde das trevas!

_Nunca! – ela disse baixo.

_Sim, você devia se sentir honrada, de apesar de ter o sangue imundo e ter traído ao lord todos os anos de sua vida. Você servira a ele com a vida que gera!

_É MELHOR NÃO TOCAR NO MEU FILHO!- ela gritou forte e Lucius sorriu maquiavélico.

_Não vou tocar nele, não enquanto ele estiver vivo! – ele riu novamente.-

_Você não pode mata-lo, ele é seu neto!

_Neto! Nunca fui apegado a família! Ainda mais depois que o merda que se diz meu filho falhou e pelo que sei agora se bandeou para o lado doa traidores.

_Meu filho é uma criança inocente! Você não pode fazer mal a ele!

_Sim, é a inocência dele que me fez escolhe-lo. Devido à inocência dele será mais fácil roubar-lhe a alma. E quanto ao sangue, creio que um ritual de purificação o livrara das impurezas por ter sobrevivido de uma sangue-ruim. Será uma honra que o espírito do lorde das trevas habite em meu neto!

_Você não pode fazer isso! Você não vai fazer isso! O Draco não vai permitir! – ela gritou tremendo muito.

_Tenho mesmo que acertas umas contas com aquele moleque! Claro depois que o meu mestre estiver vivo no filho dele! – ele riu e Hermione se levantou. E o encarou de frente.

_Eu te mato! Se você fizer algum mau ao Draco eu te mato! Já não chega todo o ma que trouxe a vida dele?

A mão de Lucius se levantou e desceu pesada sobre a face dela, e ela caiu sentada com o impacto. Com a mão no rosto, ela sentiu as lágrimas caindo de seus olhos, e seus cabelos serem puxados violentamente.

_Eu vou acabar com ele. Pode ter certeza! E vou criar seu filho, que será meu lorde, até que ele esteja pronto para reinar novamente!

Hermione queria reagir mas como não conseguia, o olhou irada, e cuspiu na face do homem.

_Eu te odeio! –ela gritou agitando seu corpo, tentando se livrar das mãos dele.

_Sua vadia!- ele ia desferir outro golpe contra ela, dessa vez de punhos fechados.

Hermione se preparou para o golpe, porém esse não veio, pois Narcissa segurou o pulso do marido ainda no ar.

_Não queremos machuca-la não é mesmo. Pelo menos não agora – ela respirou pesado, como se o marido não fosse acreditar em suas palavras – não podemos correr o risco de que ela entre em trabalho de parto antes da hora. Não é mesmo?

_Cuide dessa infeliz! – ele disse e saiu bufando.

_É melhor não irrita-lo. Talvez eu não esteja por perto. E as mãos de Lucius são pesadas. – ela disse tão logo ele se afastou.

Hermione não disse nada apenas se sentou e ficou em silêncio.

_Ele pode ser violento! Como Draco está? – Hermione apenas chorou e não disse nada_ Estou louca de vontade de vê-lo ao menos mais uma vez! Sinto saudades! Muitas saudades de meu filho!- ela disse e Hermione penas a encarou. Me diga como ele está? – A mulher perguntou esperançosa.

_Narcissa, não quero você de papo com essa daí! Venha ate aqui agora! –a voz severa de Lucius se fez ouvir através da porta.

Narcissa apenas esboçou um sorriso gentil, ao qual Hermione não correspondeu e saiu. E ela chorou por horas.

Tinha medo por ela, por Samantha, por Draco e principalmente por Eros. Não sabia o que aconteceria, certamente Draco não a encontraria... Adormeceu entre soluços...



**********************************************************

_Você não vai tocar nela! Eu não vou permitir.- Samantha gritava forçando as correntes que prendiam suas mãos e seus pés.

_Não apenas vou toca-la, como você me ajudara! – ele disse irônico.

_Não mesmo! Onde ela está? Me leve até ela. Eu não o ajudarei nesse ritual imundo. Não ajudarei.

_Claro que ajudara minha doce sobrinha. Usarei você Samantha e seus dons sua sensibilidade em meu favor. Você tem poderes demais querida sobrinha, mais do que você imagina, é uma pena que não saiba usa-los. Prefere mante-los às escondidas. Mas agora você usará seu poder para ressucitar o meu mestre!

_O Draco não vai deixar! Ele acaba com você antes de tentar encostar no Eros.

_Eros? – ele riu com sarcasmo- Nome idiota! E lógico que ele me agradeceria por torna-lo um lorde. E quando ao pai estúpido que ele tem... Draco estará morto. E pelas minhas mãos!

Ele disse e deixou Samantha chorando ajoelhada ao chão.

Ela chorou por alguns minutos, ate que uma voz que veio de um canto escuro se vez ouvir:

_Não chore deve haver uma maneira!

_Quem é você? – ela perguntou.

A figura saiu rasteira ao chão e ela pode ver parcialmente a face do homem de incrível olhos brilhantes.

_O que está fazendo aqui?

_Sou prisioneiro também, embora não represente tanto perigo como você, não me amararam a grilhões.

_E eu deveria ficar feliz por isso?- ela disse amarga

_Tem sempre um lado bom! - Ela suspirou cansada. - O que você tem demais? Para fazerem isso?

_Não te interessa. Infernos, nem um cativeiro particular... Ai que vida! – ela resmungou e o estranho voltou as e ocultar nas sombras... e o silencio reinou.

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24 horas...

24 horas sem notícias...

24 horas se ela estava viva...

24 horas de angustia ...

24 horas de dor...

24 horas sem ela!

Draco andava de um lado para o outro. Não sabia mais onde ir. Perdera as contas de quantas vezes aparatara de um lugar para o outro. Contratara detetives bruxos e trouxas para trabalharem lado a lado com os aurores, atrás de qualquer pista que a levasse até elas. O Dr. Kevin parecia ter sumido do mapa, ninguém sabia de seu paradeiro.

_È melhor ir pra casa, Vai ver como a Gina está. Estou acostumado com a solidão. Vou sobreviver! – ele disse a Harry que estava jogado numa poltrona.

_Eu estou aqui Draco e estou bem. E você não vai ficar sozinho, não enquanto eu e o Harry estivermos ao seu lado. – Gina disse se aproximando e ele e Harry olharam ao mesmo tempo.

Ela sorriu para Harry, e caminhou ate Draco o abraçando.

_Vamos para casa. Você não tem que ficar sozinho.

_Eu a amo Weasley! Eu a amo!

_Eu sei, guarde isso e diga para ela, assim que conseguirmos trazê-la pra casa. Vamos.

**********************************************************

...Não...Eu não vou ajudar... Não Hermione! Não deixe ele nascer. Não faça força! Não! Não Hermione!Draco socorro! Me ajudem, tira ela daqui! Eros! Não nasça agora por favor, por favor!

Samantha gritava, tinha o corpo impregnado de suor, e rolava de um lado para o outro no fino colchão que fora colocado próximo onde as correntes se prendiam ao chão.

_Moça! - a voz soou fraca na escuridão. –Moça!

O homem sacudiu gentilmente a moça a sua frente que tinha os olhos fechado e uma expressão de desespero.

_Acorda! Acorda por favor!

Ele a sacudiu violentamente, ela estava envolta num sonho profundo, acariciou a pele muito pálida, e os cabelos úmidos de suor, ela era muito bonita. E parecia aflita demais.

Enfim ela abriu os olhos e ele apreciou a cor cinza deles, embora estivessem umedecidos por lágrimas, e desfocados pelo pesadelo. Ele a segurou delicadamente.

_Calma, já passou. – ele a acariciou, ela estava tremendo. – Você está com febre...

_Quero água! Água! – ela disse fraca.

Ele se levantou e começou a bater na porta incessantemente, tentando chamar a atenção de alguém. Logo um homem alto e forte apareceu.

_Quero um pouco de água. E um pano limpo.

_Está querendo demais, não está não?- ele disse rude e cruel.

_Seu chefe não vai gostar se a prisioneira morrer de sede e febre.

_Ah! Está bem... vou trazer...

Disse e saiu resmungando. E o prisioneiro voltou para perto da mulher. E ficou ao lado dela.

_Ele vai conseguir! Ele vai mata-la. Me ajude! Me ajude! Ele vai mata-la, e o Draco vai sofrer, sofrer...

_Calma, eles vão conseguir se livrar dessa! Calma Shiii...

Ele passou a noite cuidando da jovem amarrada a grilhões teve pena e se perguntou diversas vezes se sobreviveriam a esse seqüestro...



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Hermione acordou com a voz de Narcissa ao seu lado.

_Trouxe um pouco de suco, e um pedaço de pão.

_Eu não vou comer nada disso. – ela disse mal-humorada.

_Você não pode ficar com fome.- a mulher disse indignada- Quando foi a ultima vez que se alimentou?

Hermione não respondeu.

_Você vai precisar de força! Queremos que esse bebê nasça com segurança.

_Sim, e com vida para ser usado num ritual de magia negra não é mesmo? – disse irônica – Eu não vou comer essa porcaria!

_Melhor eu trazer do que meu marido. Pode comer não tem nada demais nessa comida. – ela se aproximou de Hermione – Não quero que meu neto seja prejudicado.- ela tentou tocar o cabelo da castanha.

_Não toca em mim! – ela gritou se encolhendo na cama.

Hermione respirou ofegante. E sentiu lágrimas a sufocando.

_Eu não quero o seu mal. E nem sou a favor das coisas que meu marido faz. Você pode não acreditar mas...- ela foi interrompida por uma voz alta.

_Narcissa!

_Tenho que ir, ele não me quer próxima a você!

A mulher saiu e Hermione olhou para a comida, tinha fome, mas não comeria.

Eros se mexeu, e ela disse ao próprio ventre.

_Nós vamos agüentar Eros, eu não vou comer, não vou...

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_Não tem notícias Harry. Nenhuma. Não é possível! Meu filho deve estar nascendo.

_Calma Draco, Calma! Vamos encontra-las.

_Quarenta e oito horas! Essa multidão de gente atrás delas! – ele disse desesperado.

_Você precisa dormir um pouco. – Gina aconselhou.

_Dormir? Sem saber se ela está bem? Não dá Gina, não dá!

_Draco! Me escuta: De que adianta se encontrarmos ela e você nem conseguir ir ao encontro dela, de tanto cansaço? Tome isso! – Gina lhe entregou uma poção.

_Não mesmo! – ele se afastou.

_Deixa de ser teimoso! – Harry disse – Eu vou para as ruas, junto com os aurores e detetives, verei o trabalho de perto. Fique tranqüilo.

_Já disse que não Potter!

_E eu disse que sim, venha até aqui! – exigiu a Sra. Weasley e se sentou, Draco olhou para todos e se sentou ao lado da matriarca weasley. – Toma, bebe isso! Vai te acalmar, e eu prometo que te acordo assim que tiver qualquer noticia, por menor que seja. Beba criança! – Draco pegou o copo das mãos dela, e tomou enquanto Harry ria.

_Não ria Harry!- a sogra chamou a atenção. Enquanto obrigava Draco que já se sentia tonto pela poção se deitar no sofá com a cabeça em seu colo.

_Cuida de tudo pra mim Harry!- ele disse num murmúrio

_Cuidarei meu amigo! Cuidarei...- Harry disse vendo os olhos do loiro se fecharem de cansaço.

_Obrigado amigo...

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Lucius entrou no quarto que Samantha estava e a encontrou adormecida.

_Deixe ela dormir! Ela custou para pegar no sono.

_E quem lhe disse que te devo ordens? Imprestável! Então quer dizer que gostou da minha sobrinha? Patético!- ele disse fazendo uma careta. – acorda sobrinha!- ele cutucou Samantha com os pés

_Para! Deixe ela descansar!

_Não me de ordens! – ele olhou com desprezo par o homem sujo a sua frente.- Crucius!

O grito que ele soltou foi alto o suficiente para acordar Samantha.

_Para Lucius! Para! – ela pediu.

_Que é isso? Um caso de amor? – ele riu alto - Crucius!- e foi à vez de samantha gritar enquanto ele ofegava livre da dor. – Dói não é mesmo? Melhor se fosse nele!

_Covarde! Ela é uma mulher! E está presa.

_Sim sou. E você é um homem e deve agüentar uma tortura ainda maior. Greyback, leve nosso convidado e faça uma tortura como só você sabe. Mas, não se esqueça quero esse traste com vida.

Logo o outro comensal entrou e arrastou o homem para fora, certamente para uma sessão de tortura. Samantha gritou porém foi em vão.

_Não é preciso sofrer por ele Samantha. A sua tortura será dada por mim. Mesmo assim não serei menos duro que ele! Te quero furiosa... É assim que dever ser. Sem controle com ódio de mim... quero o ódio aflorando de sua pele...

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Hermione sentia fome, muita fome, estava fraca, e tremia o tempo todo. Narcissa entrou no quarto aquela tarde, era a sexta refeição que ela trazia e Hermione não tocava.

_Querida, você precisa comer, ou beber ao menos alguma coisa. Por favor. – a mulher implorou, Hermione a olhou, os lábios ressequidos e o olhar frio. – Se você ficar assim... vai se melhor pro Lucius! Entenda.

_Eu prefiro morrer com meu filho dentro de mim, do que permitir que Lucius o mate! – ela disse fria.

_Não é isso que eu quero. Não é isso! Eu quero do fundo do meu coração que o meu filho te tire daqui antes do anoitecer de amanhã.

_O que eles vão fazer comigo? E com o meu filho? – ela perguntou esperançosa

_O Lucius acredita que conseguira reencarnar o lorde no corpo dessa criança amanhã a noite durante o nascimento dele que será durante o eclipse.

_E se eu não entrar em trabalho de parto?

_Ele já pensou nisso, e já tem uma alternativa caso não aconteça.

_E a Samantha? Pra que ele precisa dela?

_A Samantha é uma médium poderosa, e tem a mente e o corpo aberto para receber espíritos. E ele pretende invocar um demônio através dela amanhã ao anoitecer.

Hermione abriu a boca num espanto, e sentiu seu coração acelerar.

_Tenho que ir, por favor, coma um pouco. Por favor!

A mulher se virou para sair. Hermione engoliu em seco e disse:

_O Draco é um homem excelente! Carinhoso! Gentil! E o amo muito! Muito!

Ela disse com os olhos rasos de água, e a mulher a olhou e deu um breve sorriso.

Tão logo ela se afastou. Hermione olhou as frutas na bandeja e comeu. Estava faminta e devorou a refeição em poucos minutos. Dormiu logo em seguida estava imensamente cansada e com medo...

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Acordou com os gritos... gritos altos fortes, de dor, alguém estava sendo torturado.

_Merlin! – ela se levantou e a dor em seu ventre a assustou. - Não Eros não! – disse ofegante diante da dor e enrijecimento de seu ventre.

Se deitou de novo, esperando a dor passar. Mas ela não passou, da mesma maneira como os gritos continuavam...

**********************************************************

Draco ainda dormia quando uma mulher o procurou na toca.

_Draco, meu filho, tem uma mulher e uma criança a sua procura.- A Sra. Weasley o chamou delicadamente mesmo assim ele acordou num sobressalto.

_Tem uma mulher e uma criança a sua procura. – ela repetiu.

Draco se levantou rapidamente e desceu as escadas da toca de dois em dois degraus, e tão logo sua cabeleira loira apareceu na sala de visitas, ouviu a voz doce de Fantine.

_Anjo! – a menina correu até ele que a recebeu de braços abertos, num abraço caloroso.

_Oi meu amor! – ele disse carinhosamente com amenina em seus braços. – Tudo bem com você? Me desculpe ter sumido. É que são muitas coisas acontecendo.

_Eu soube que estão procurando a Sra. Weasley. – ela fez uma pausa – Eu sinto incomodar nessa hora mas a Fantine queria muito, muitíssimo falar com você! – a mãe da menina se desculpou.

_Tudo bem. Vamos nos sentar.- ele convidou e ele se sentou com Fantine no colo e a mãe dela se sentou a sua frente.- Então, o que quer falar comigo? – ele perguntou curioso.

_Você estava chorando anjo? – ela perguntou doce com as mãozinhas na face de Draco.

_É que estou passando por um momento difícil Fantine!

_É a tia Mione não é? Eu sei onde ela está! – a menina disse doce e inocente.

_O que? – Draco e a mãe dela perguntaram ao mesmo tempo.

_Fantine, é feio brincar com isso. O sr. Malfoy está sofrendo e você esteve comigo o tempo todo, não tem como saber onde ela está.- a mãe ralhou com a menina.

_Você se lembra quando eu fiquei muito mal no hospital? Então ele me disse que vocês só acreditariam no momento certo. E esse é o momento certo.

_Do que você está falando?- Draco perguntou confuso.

_Do anjo ruivo que ama a tia Mione. – ela respondeu calma.

_Anjo ruivo? - a mãe da menina se sobressaltou. Você esteve falando sozinha esses dias.

_Não era sozinha que eu estava falando. Era com ele. O anjo de branco! Foi ele que me salvou no hospital!

_Merlin! O que ele te disse? _Draco perguntou eufórico.

_Você não vai acreditar nela não é mesmo? Pode ser uma fantasia infantil. Ela tem passado por muitas provações.

_Acreditar nela é a única esperança que tenho no momento.

_Anjo, caso não acredite nisso eu trouxe isso aqui.

Ela disse retirando da bolsinha que trazia consigo uma folha de uma arvore. Ela abriu as mãos e a pequena folhinha verde se remexeu na palma clara.

_Isso é... – Draco não pode terminar de dizer.

Harry entrou na sala nesse momento, e presenciou metade da conversa.

_Olá. Nenhuma notícia. Sinto muito! Oi Fantine! Que bom te ver aqui. O que é isso? – Harry se aproximou segurando a mão da menina, e a folha se remexeu ainda mais. – É uma folha do salgueiro lutador!

_O anjo ruivo que trouxe! Para provar que eu não falo mentiras.

_Ela está em Hogwarts?- Draco se surpreendeu.

_Ou na floresta proibida!- Harry concluiu

_Eu vou busca-la Harry agora! – O loiro disse e se levantou, beijou Fantine na bochecha e aparatou com Harry em seu encalço. Que mal teve tempo de chamar reforços.

**********************************************************

Hermione se levantou devagar precisava pensar em algo precisava proteger seu filho. Tentou pensar em alguma coisa, mas não usavam magia nos nascimentos, era contra todas as regras. Não havia solução, ele nasceria no momento em que Lucius queria.

Narcissa entrou no quarto e a encontrou gemendo de dor.

_Merlin não. Por favor, Hermione, agora não.

_Narcissa, eu acho que... – ela gemeu - ... está na hora!

_Calma.- ela disse se ajoelhando ao lado de Hermione, e segurando o ventre duro. – Tenta ficar calma, é o melhor a se fazer.

_Está doendo muito! – ela choramingou

_Ele está vindo... finja que não tem nada. Segure a dor, finja que não tem nada!- ela disse em seu ouvido. E se afastou.

Lucius entrou logo a seguir.

_O que foi Cissa? Está na hora?

_Não meu marido! Foi um alarme falso. Essa sangue ruim não sabe nada!

_Imprestável! Fique atenta Cissa qualquer dor que ela sentir me avise...

_Sim meu marido.

Tão logo Lucius saiu ela se aproximou de novo.

_Soube que você foi a aluna mais brilhante de Hogwarts!

_De que isso me adianta agora? – ela gemeu

_Então conhece muitas coisas. Há Deuses rúnicos que podem te dar proteção. São magias poderosas antigas que não podem falhar. Ou pode custar a sua vida!

Ela disse e o novamente Lucius a gritou e ela saiu apressada...

**********************************************************

Já se passara muitas horas desde que sentira a primeira contração... ela andava com dificuldades pelo quarto embora sentisse dores não conseguia permanecer parada.

_Eu preciso conseguir proteger o meu filho! Eu preciso. – Hermione disse entrando no banheiro, tinha tido uma idéia...

Hermione tentava quebrar o espelho do banheiro, usando o copo de alumínio que lhe trouxeram. Lucius era ardiloso e apesar dos dias que estavam ali, jamais a deixar totalmente sozinha, ou desamarrada, ou com qualquer objeto que possibilitasse uma fuga ou que chamasse alguém.

Ela teve que abafar com um grito quando o espelho se quebrou, e os cacos caíssem, entre seus pés. Ela precisava ser rápida. Pegou um dos cacos, e riscou a palma de sua mão. Formando um símbolo rúnico.

Era o símbolo Beorc, referente aos processos de gestação e nascimento. E a Deusa Frigga protetora das famílias, e das crianças. Imploraria proteção a seu filho.

O sangue brotou da ferida manchando o chão de piso branco.

Dizia num sussurro, as palavras pedindo proteção.

_Oh Deusa Frigga,suprema mãe, mãe de todos os Deuses. Aquela que ama, como eu amo o ser que cresce em meu ventre. Rogo-lhe proteção. Deusa do destino, na palma de sua mão entrego meu destino, o meu sangue e o meu filho. – ela disse fechando fortemente as palmas de sua mão, onde o símbolo, fora feito. - Dever-te-ei o sangue de minhas veias, e que meu filho nasça apenas pela mão daquele que o gerou. – Hermione gemeu quando Eros se remexeu fortemente em seu ventre – Lhe imploro, apenas pelas mãos daquele que o gerou e que lhe quer tão bem quanto eu! Em nome do seu filho Balder que foi injustamente enviado ao mundos dos mortos, pelo qual pediu clemência, porem foi em vão. Não deixe que meu clamor também seja em vão. Proteja meu filho!

Hermione disse e ouviu alguém batendo na porta do banheiro precisa de um sinal, precisava saber se havia conseguido. Caiu de joelho no chão frio. Foi quando ouviu um canto vindo da alta janela que havia no cômodo. Um pardal pousara. Sua estrutura pequena a olhava e se remexia. Ele cantou como se a saudasse.

Hermione sorriu, sabia que o pardal era um dos animais consagrados a Deusa.

_Você está protegido Eros, não importa o que eles façam. Você não vai nascer em mãos erradas, não vai. – ela disse alisando o próprio ventre. E quando abriu a mão direita. O machucado havia se curado e uma fina linha traçava em sua palma, o símbolo beorc, o símbolo da sua proteção.

**********************************************************

Draco e Harry aparataram muito próximo a Hogwarts e o primeiro lugar que pensaram em procurar foi na casa dos gritos. Inútil, não havia nada nem ninguém.

Andaram pelo terreno da escola sorrateiramente, não queriam ser pegos de surpresa, ate mesmo porque quando os aurores chegassem era provável que quem estivesse com hermione soubesse e eles poderiam tentar fugir.

Horas depois Draco e Harry sentiram o frio da noite tomando toda a floresta proibida. E se lembraram de quando eram muito pequenos e estavam nessa mesma floresta.

_Esse lugar ainda me dá arrepios.- Draco disse abraçando a si próprio.

_Ainda com medo?- Harry disse sarcástico.

_Não Harry. Dessa vez, quero encontrar a minha mulher e meu filho.

_Tudo bem então vamos logo com isso.

A noite densa fazia difícil caminhada, pareciam andar em círculos e não chegarem a lugar algum.

_Harry!- o vento trouxe uma voz e ele colocou a mão na testa.

_Ouviu isso?Ai!A minha cicatriz ta doendo. Como a anos não acontecia. – ele reclamou

_Harry!

_Rony? – Harry chamou a reconhecer a voz do amigo.

_Isso está muito estranho! Muito! – Draco reclamou.

_Depressa! Harry! Depressa....

_Rápido Malfoy, por aqui... – Harry chamou saindo correndo e Draco apenas o seguiu batendo nos galhos das arvores que estavam no caminho.

_Onde você está indo como sabe que é por ai?

_Eu simplesmente sei. Ahhhhhh!- Harry gritou e se curvou diante da dor, e quando Draco tentou ajudar um flash de luz o cegou e ele olhou para o céu. E ela estava lá a marca de Voldemort, a marca que só um servo poderoso poderia conjurar como o Lorde. Seu pai.

**********************************************************

A dor abrandara depois de ter feito o ritual, embora as vezes ainda a sentisse frequente, preferiu esconder sua dor se eles não tivessem informações sobre o parto conseguiria retardar o ritual. Rezava para que Draco chegasse logo. O feitiço rúnico que usara para proteger Eros, era forte e eficaz, porem teria conclusões desastrosas se demorassem a resgatá-la. Ela precisava de Draco o mais rápido possível.

Narcissa a vestira e a aprontara para o ritual. Vestes negras e maquiagem pesada, seus cabelos ganhara uma coloração escura, estava descalça.

Não pudera evitar as lágrimas quando se vira no espelho. Não parecia ela. Não com aquela aparência fria e cruel. As lagrimas borraram a maquiagem, a deixando com a imagem ainda mais deprimente. Parecia um cadáver, pálida envolta com as cores escuras.

_Narcissa!Traga a sangue-ruim. O eclipse está começando.

****

Narcissa apenas a olhou com pesar, antes de cobrir a cabeça dela com um pano escuro e a encaminhou para a sala.

Era difícil caminhar descalça e ainda sem saber para onde estava indo. Sentiu que era forçada a se deitar. O mármore frio fez sua pele se arrepiar. Sentiu seus braços e tornozelos serem presos. Suas pernas estavam abertas, só não se sentia exposta pois a camisola comprida tampava entre suas pernas.

Sentiu frio. Ouviu um canto. Uma voz de mulher!

Era uma melodia triste, não havia letra, apenas o som alto e melodioso. Alguém descobriu seu rosto.

_Samantha!

Ela se assombrou o ver a imagem da loira. Ela trajava um vestido vermelho, longo, com muito véus ao redor de sua cintura. Seus olhos eram vermelho sangue, assim como o batom de seus lábios, seus cílios escuros lhe davam um olhar ainda mais sombrio. Em suas mãos um punhal e um cálice de prata.

Hermione olhou em sua volta, havia algumas figuras encapuzadas de joelhos ao redor da pedra de mármore a qual fora amarrada. Velas e candelabros ornamentavam o ambiente deixando tudo mais sombrio.

Samantha olhou para o teto, que se abriu, como um carro com teto solar. O céu se mostrou encoberto por nuvens, porem o brilho da lua podia ser visto. Sua voz se elevou ao mesmo tempo em que asas enormes se projetaram de suas costas negras como a noite.

Hermione não pode deixar de gemer, a presença pareceu afetar Eros que se retorceu no ventre da mãe. Hermione gritou com a dor forte e quente que a atingiu.

A voz de Lucius soou fria, e ele deu um breve sorriso ao ver que ela sentia dor.

E então ela percebeu que não havia volta, Lucius ergueu a varinha e conjurou a marca negra, que pairou sobre a imagem da lua.

_Tragam o Doutor. Está na hora dele trabalhar.

_Não! Ele não!- ela murmurou.

Porém viu, um dos comensais trazendo um doutor, sujo, a barba sema fazer.

As lágrimas impediam de ver o que faziam. Estava com os pulsos e tornozelos amarrados sobre o altar branco localizado no centro da sala
Encolheu-se como pôde quando uma melodia fúnebre ecoou suavemente pelo salão e sabia que não tardaria o seu fim e do seu filho. Que Merlin ajudasse aquela pobre moça. Pois ela nada podia fazer por nenhum deles Os olhos da loira estavam desfocados e uma camada aquosa cobria sua visão. Estava enfeitiçada.

O Dr. Se aproximou levado aos tropeções ate Hermione, levantou lhe o vestido enquanto ela gritava e tentava se contorcer.

_Me deixa em paz! Me deixa em paz! Tira as mãos de mim! Por favor! Me solta!

Ele a examinou sobre os olhos atentos de Lucius e dos outros comensais, estava sobre o efeito de veritasserium não poderia mentir.

_E então? Ele está vindo? – Lucius perguntou ansioso.

_Ela já tem dilatação o suficiente! Mas não sei por que ainda não começou. – ele disse serio - Me desculpe.- ele disse olhando para Hermione.

Lucius o jogou longe com um estupefaça, e se aproximou de Hermione.

_Sua vadiazinha! Escondeu de mim todas as suas dores não foi? Escondeu que ele estava vindo. – Lucius disse e deu um tapa forte na face de Hermione e sorriu.- Tarde demais.

Samantha iniciou um murmúrio baixo, e se aproximou devagar. Lucius deu passagem a ela.

Ela cantava enquanto levantava rasgava o vestido da castanha. De modo que o ventre se sobressaísse demonstrando a pele clara. A barriga protuberante ondulava levemente ao toque da lamina fria,mostrando claramente o medo que Hermione sentia ao toque.

Samantha colocou o punhal no decote entre os seios, e segurou a taça com as duas mãos, derramando sobre o ventre algo brilhante e viscoso. Sangue!

_Não! Para Samantha!

A voz arrastada de Lucius se fez ouvir em algum lugar próximo e ele parecia se divertir ao falar com Hermione.

_Sangue de unicórnio livrara o bebê de qualquer vestígio de seu sangue imundo. E ele será purificado para receber a alma de meu mestre.

Samantha disse algo em outra língua que Hermione reconheceu como uma oração a Deuses pagãos. E Hermione sentiu dores violentas, e grita inconsciente de seus berros. O sangue de unicórnio queimava a sua pele.

Suas asas negras se agitaram violentamente e ela se afastou dando lugar a Lucius, que se aproximou. Lucius segurou a perna de Hermione seu toque era gelado, e ela gritou, com a varinha ele fez um contorno entre as suas coxas, e ela sentiu a pele queimando como ferro.

_A marca negra está em ti! Por onde meu mestre deve passar.

_Não! Não! A marca negra não! – ela gritou suando muito.



**********************************************************

Draco e Harry chegaram a uma grande clareira, mas não conseguiram passar por ela. Harry sem pestanejar estendeu sua varinha a gritou: _Desilusion!

Uma casa de porte médio feita em pedra aparece. E uma grito de mulher ecoou sombrio pela noite. Ansioso Draco deu um passo a frente e Harry o segurou:

_Calma, não podemos nos aproximar assim.

_Eu nao vou perder tempo Harry, é a voz da Mione! – Draco disse _Precisamos ser cautelosos. qualquer falha pode custar a vida dela.

Draco suspirou e engoliu em seco, concordando com Harry.

**********************************************************

Lucius se afastou sorrindo. E Samantha apareceu novamente em seu campo de visão. Hermione arregalou os olhos ao notar que ela agora trazia uma serpente em suas mãos.

_Merlin!- Hermione gemeu.

A imagem de Samantha com aquela víbora serpenteando pelos braços e pescoço era algo assustador. Ela viu Samantha se aproximar ainda com os olhos desfocados e com cantando sombriamente.

_Samantha! o que voce vai fazer? Sam? Samantha não! Samantha! - ela implorou.

Mas Samantha continuou andando e colocou a cobra sobre a mesma mesa que Hermione, que gritou desesperada, porém deteve seu grito ao sentir o toque frio da serpente. As lágrimas saiam rapidamente pelos olhos de Hermione, que já não via saída para aquela tortura.

Samantha se postou aos pés de Hermione duas adagas cruzadas sobre o peito, as asas negras que desprendiam de suas costas, estavam rentes como em descanso. Ela fechou os olhos, e sangue deles escorreu pela face, fazendo dois riscos sombrios.

Hermione sentiu a lingua da serpente sobre seu ventre, e Eros ficou tão imovél quanto ela tentava ficar, prendeu a respiração e Sentiu o mundo girar. Olhou para Samantha novamente e ela abrira os seus olhos e olhava para um ponto proximo a sua cabeça. Soltava um rosnado baixo, e suas asas abriram perigosamente. com medo do que acontecia ela tentou olhar para cima e ver o que Samantha via, e achava ameaçador. Prendeu a respiração diante do que via.

Ele estava lá. Estava sem camisa, seu cabelo ruivo, maior do que sempre esteve, seus olhos verdes brilhantes, e de suas costas pendiam enormes asas brancas.

_Rony..._ ela balbuciou e sentiu tudo ficou tremendamente... escuro.



********************** Fim do Cap. *********************************

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