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segunda-feira, 18 de abril de 2011

Sacrificio- Cap 47 - Distantes

Capitulo 47 - Distantes
          Voltar para a mansão Malfoy foi diferente, ainda mais entrar com uma familia. Hermione não se sentia confortavel naquela casa, mas juntos, ela e Draco haviam programados reformas que com certeza, fariam a diferença e trariam luminosidade aos comodos frios. A vida estava feliz talvez pela primeira vez naquela mansão. Draco já podia ver os três correndo pelos imensos corredores e brinquedos espalhados para todos os lados.    

      O casal estava no terceiro andar da mansão, onde ficava o quarto principal, e embora as portas fossem as mesmas, por dentro Draco havia programado uma mudança radical... e no mesmo corredor, Hermione pode ver as placas com os nomes dos filhos.

                _Draco, eu não acho que seja prudente eles dormirem separados por enquanto...

                _Não vão, e vão ficar no quarto ao lado do nosso, mas quero que saiba que desde que chegaram a essa casa eles terão todo o conforto - ele disse esnobe.

                _Draco eles são apenas bebês, ainda não entendem, sobre isso.

                _São Malfoys e merecem o melhor!

                Ele quase gritou e ela riu, entrando no quarto que tinha a inscrição colorida na porta: “Filhos amados’’.

                O quarto era amplo, arejado, e modernamente trouxa... Os movéis claros e coloridos, faziam ter a impressão de estarem em qualquer outro lugar, menos na mansão Malfoy.

                _OH!Draco ficou tão lindo! Tão trouxa! - ela disse e se virou para encará-lo com um sorriso.

                _Não gostou? Posso...

                _Ora.. seu.. grande tolo...- ela caminhou até ele e o abraçou o beijando com emoção. Draco correspondeu com entusiasmo e ela se afastou enrubescida.

                _Ainda tem vergonha de mim? Acho que já passamos coisas o suficiente para não ficar mais vermelha por me beijar com tanto ardor! - ele disse com seu habitual sarcasmo.

                _É que me lembrei de uma coisa, e não queria parecer oferecida - ela disse se encolhendo.

                _Oferecida para mim? Ficou louca mulher?

                _Draco, se lembra o que devíamos fazer quando eu tivesse a criança?

                _Fazer outra? - ele disse brincalhão.

                _Claro que não seu tolo! Estou falando sério. Draco devíamos estar preparando nosso divórcio. - ela disse receosa.

                Draco se calou por um instante como se não entendesse bem o que ela falou.

                _Você definitivamente está louca! – ele disse de mau humor.

                _Era o plano!

                _Sim, mas não era o plano te engravidar de três filhos - ele disse ríspido - Depois de tudo, que passamos, de tudo que eu senti, de como eu mudei, você fala isso para mim? Você perdeu o juízo se pensa que vou deixar você ir a algum lugar, se vou deixar meus filhos irem a algum lugar - ele disse severo e ficando vermelho.

                _Draco, calma, eu só...

                _Pensou errado Hermione! - ele gritou - Eu sou humano! E não vou aceitar você me fazer de bobo! Eu amo você! E amo os meus filhos, e se não quiser me ver bravo de novo, nunca mais, nunca entendeu mencione esse divorcio. Posso ter lutado do lado certo da guerra, posso ter me beneficiado com os sacrifícios alheios, mas eu ainda sou um sonserino, e sonserinos não aceitam serem dispensados. Você é a minha família e ponto final.

                Hermione sentiu as lagrimas aflorarem, ele tinha um jeito sutil de dizer que queria ficar com ela para sempre... caminhou até ele mais uma vez e se jogou nos braços dele, ele estava emburrado, mas logo aceitou o abraço e o beijo carinhoso.

                _E eu ainda sou grifinória e corajosa o suficiente para passar o resto dos meus dias com um sonserino, lindo, malvado, mas que eu amo. - ela disse dengosa.

                _Malvado é?

                Ele a apertou entre seus braços...

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                Quarenta Dias depois...

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                Gina estava na mansão, andando atrás de Hermione, carregando Órion, e Hermione acalentava Adhara.

                _Vamos Mione, será um final de semana maravilhoso. Todos estarão lá.

                _Todos menos a família Malfoy - ela disse enfática.

                _Posso saber o porque? Mione, a mamãe vai ficar triste de vocês não forem. Acredita que ontem, ela estava se lamentando por ter tempo que não via o filho loiro dela?! Ri demais!

                _Ela se afeiçoou muito ao Draco. O que não é difícil tendo visto que ele é absurdamente lindo e charmoso. - ela disse zombeteira.

                _Arg! - Gina fez uma careta  - Isso pega é. Meu Merlin que vocês não continue se multiplicando assim, já são três! Imagina uns 10 Malfoyzinhos sobre a face da terra? Ah Vou implorar para que o Lorde volte! – Gina disse e o bebê no colo dela sorriu - O coisa linda!

                _Não Gina, não quero ir. O Draco está extremamente irritado e...- Hermione se sentou desanimada.

                _Mas porque ele está assim? Qual é o problema? – Gina perguntou sem rodeios e  Hermione ficou rubra.

                _Sexo. – Hermione num fio de voz.

                _O que? - Gina quase gritou.

                _Cala a boca Gina. Não devia nem estar falando isso.

                _Sou sua amiga. Pode dizer o que está havendo.

                Hermione fez alguns minutos de silêncio, enquanto via a pequena menina em seus braços, coçar o cabelo, e sugar o seio que ela oferecia.

                _Ele não me procura mais. Nunca mais me procurou sabe. Às vezes vejo que ele está animado e tal, mas evita encostar em mim. Acho que sou eu. Já olhou para mim, não tenho tempo de cuidar de mim, dos meus cabelos. Das unhas, da minha pele, estou sempre cheirando a leite, e a fraldas sujas. E ...

                _E acha que ele não te quer por isso? Merlin, você está cuidando dos filhos dele. Vocês estão juntos. Não creio que seja esse o problema.

                _Será?

                _Bom, mas você tem ajuda, os empregados, os elfos e...

                _Sim, mas não posso deixar as crianças assim...

                _Não é deixar assim... Bom, façamos o seguinte... Arruma - se bem, eu venho te ajudar, e vamos pra toca, lá terá muita gente dispostas a cuidar dos fofinhos. E você pode seduzi-lo.

                _Só você mesmo Ginevra! E como vai o love com o Zabini?

                _Bem, ele e meio quenteeee sabe... - foi a vez de Gina ficar vermelha.

                _Meio? Sei...



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                _Draco, você sabe que a Gina, veio nos convidar para irmos a Toca?

                _E porque ela não falou comigo? - ele perguntou indiferente, enquanto lia alguns papéis atrás de uma enorme mesa de mogno.

                _Oras, ela achou mais prudente que eu falasse.

                _E porque, por acaso não sou o chefe dessa família? Não precisa ficar de cochichos por ai.

                _Caramba Draco, você não que ir é isso? É só dizer. - Hermione disse ríspida, enquanto tentava sufocar as lágrimas. – Se você pensa que vai me manter nessa mansão, o tempo inteiro, apenas porque você esta de mau humor está enganado Draco Malfoy. Você não manda em mim.

                _Oh Senhorita estressadinha? Eu não disse que não vamos, ou que não quero ir.

                _E porque quer ser o soberano, o bonitão que vai mandar em tudo não é? É seu lado sonserino aflorando é bom se manter assim, não é? Precisa provar que e o melhor, que as leis são suas isso é ridículo Draco! Você está uma pilha há dias! – ela acusou.

                _Sim. Talvez seja porque estou nervoso por falta de sexo. Sou um homem caramba, não posso viver tanto tempo sem fazer sexo!- ele gritou ficando de pé.

                E os dois se encararam furiosamente.

                _E que tal se você tivesse me procurado?- Hermione gritou de volta.

                Draco a olhou, seus olhos cintilando ferozes, e ele saiu a deixando sozinha.

                _Droga! – ela praguejou quando ele aparatou em sua frente. E depois subiu depressa para seu quarto, esperando com toda força de seu pensamento, que ele não estivesse lá. Deitou-se e chorou amargamente.



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                Draco aparatou num bar trouxa, que aprendera a freqüentar. Fez isso nas sombras para não se visto. Sentou-se no balcão e pediu uma bebida.

                Seus pensamentos estavam desordenados... não sabia o que fazer...

                Como contaria que estava morrendo de desejo, que seu corpo palpitava ao vê-la adormecida, ao vê-la cuidando dos filhos. Sentia-se péssimo por vê-la tão cansada. Não queria ser injusto, ela vinha dando tanto de si cuidando dos filhos. E ele ali, insano por uma migalha de atenção. Por um pouco de carinho, e prazer. Fora o medo que tinha de machucá-la. Às vezes o simples fato de lembrar-se dela gritando em agonia fazia sua ereção brochar completamente. Não queria que ela passasse por aquilo de novo.

                Uma loira, de seios fartos e traseiro grande passou o encarando. E ele sentiu o estomago revirar. Era inconcebível a idéia de estar com outra mulher.

                Bebeu até sentir a visão turva, queria chegar em casa depois que ela estivesse dormindo... Não queria sentir o cheiro dela e vencer o medo que o dominava.

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                O dia seguinte, foi estranho para ambos, eles mal se falaram, Draco estava arredio, a barba sem fazer, dava um aspecto feroz, e Hermione evitava se aproximar de mais...

                No final do dia, ele se aproximou sorrateiro quando ela terminava de vestir Lyon.

                _Quero que deixe, as crianças, com as babás e os elfos, e se prepare. Vamos à casa dos Weasley’s esse final de semana.

                Hermione o encarou sem dizer nada, aquela situação era horrível.  E ela também estava impaciente, pensou em mandar ele a merda. Mas refreou seus impulsos. Não queria brigar com ele.



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                Era sábado, pela manhã, e Draco estava no banho, Gina havia vindo para ajudar com os trigêmeos. Hermione se vestia em silêncio, optara por uma roupa totalmente trouxa, e simples, um jeans com detalhes em strass, e uma camiseta larga e decotada rosa. Estava apenas de calça jeans, quando Draco entrou, estava à procura de um soutien, quando ele saiu do banho. O cheiro da colônia que ele usava a fazendo se lembrar de momentos íntimos e prazeroso, o olhou de relance, ele estava tremendamente lindo, todo de preto, e a camisa de gola alta colada ao corpo o deixava ainda mais sexy.

                Com licença, ela disse colocando a toalha sobre os seios, e se virou para deixar o quarto. Mas ele a segurou pelo braço. Nenhum dos dois disseram nada, apenas se olharam.

                _Preciso ver como a Gina está se saindo, me vestirei em poucos minutos - ela disse de cabeça baixa, sem coragem de encará-lo.



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                A chegada as casa dos Weasley’s foi magnífico, tantos rostos conhecidos tantos amigos, animaram um pouco Hermione, e Draco não podia negar que estava contente ao ver a cor retornando a seu rosto. Estavam distante porém o carinho, e estar entre amigos estava agradável.

                Hermione conversava animadamente com Harry e Blaise, que tentavam conviver sem a habitual troca de ofensas.

                Draco estava entretido, na escada, oculto pela sombra de umas plantas ornamentais que Molly colocara na escada. E a olhava com admiração. Tanta que não viu Arthur se aproximar.

                _Você a olha como se estivesse com saudades dela. - ele comentou baixo, Draco o olhou e voltou a observar Hermione. – Olha garoto, sei como a vida a dois é difícil. E não precisa ser cego para não ver que está acontecendo algo errado.

                Draco suspirou pesadamente. E hesitou, como se escolhesse bem as palavras.

                _É que estou com saudades. Estamos meio distantes...

                _Sei como é. Eu e Molly passamos por isso, é comum...

                _Comum? Eu não sei como vou tocar na minha esposa de novo e... _ Draco desabafou e Arthur o olhou apenado.

                _Vamos a biblioteca, você precisa de uns conselhos paternos... creio que eu tenha experiência o suficiente para isso.

                Draco o seguiu, um pouco envergonhado, ao se ver sozinho com o patriarca da família. Ele tinha uma expressão cansada porem imensamente feliz. Sentaram-se um em frente ao outro nas poltronas.

                Arthur permaneceu em silêncio, até que Draco começou.

                _Desde que os trigêmeos chegaram, nós não conseguimos ficar mais juntos. Não acontece nada. - ele disse frustrado.

                _Sei. Vocês não fizeram amor é isso?

                _É. Não é mais como antes e... e eu não sei se posso tocá-la. Não sei o  que ela vai achar. Tenho medo de brigarmos por isso, mas estou meio louco.

                _Entendo! Olha Draco, é um momento delicado, você tem que ser delicado... ela vai te aceitar de novo. Vocês se amam, mas precisam se entender.

                _Mas eu tenho medo. Sabe, ela sofreu tanto... e eu me sinto insensível querendo...- ele não pode falar.

                Arthur riu pelo nariz, e Draco quase o mandou a merda, ele se abrindo, e o outro  rindo.

                _Ela quer tanto quanto você - a resposta surpreendeu Draco.

                _Você acha mesmo?

                _Olha menino, vocês são jovens tem uma vida ainda, deixa esse medo.

                _Não a quero grávida de novo. Nunca mais! - ele confidenciou com medo que talvez nem ele próprio tinha se dado conta.

                _Seus filhos são lindos. Lógico que com essa propensão a gravidez múltipla de vocês realmente precisam dar um tempo, mas isso não quer dizer nunca! Veja quantos filhos eu e Molly tivemos, uma batalha cada um, mas também vitórias e orgulhos, amo meus filhos e minha esposa, e sei que cada dor, cada angustia será recompensada com a felicidades deles e olha que no caminho ainda ganhamos filhos agregados.

                _Filhos agregados?

                _É. filhos que não geramos, Mas que amamos como nossos, como o Harry, a Hermione, e agora você. – ele disse simplesmente.

                _Eu?

                _Ora querido você sempre precisou de uma família de verdade!

                Draco sorriu meio emocionado, não podia sucumbir aos Weasley’s daquela maneira. Naquele instante Molly abriu a porta.

                _Arthur, preciso de....Oh desculpe não sabia que estava com alguém.

                _Sem problemas querida, estávamos apenas batendo um papinho de pai para filho. Assuntos de garotos!

                Molly sorriu terna.

                _Filho, os problemas se resolveram, e o Arthur tivemos muitas crises dessas, mas depois tudo se ajeita..Mulheres gostam de flores, um jantar romântico, gostam de se sentirem desejadas... nada que seja caro, nem sempre dinheiro é a solução, uma simples flor do jardim pode fazer a diferença. – ela disse e abraçou Draco - Arthur preciso mesmo de sua ajuda, o Rony, está lá no quarto agarrando aquela menina sonserina... Já foi um problema trazê-la, não me deixe arrepender de permitir. Afinal sonserinos são bem vindos na minha casa, mas na cama dos meus filhos...

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O sol estava se pondo, quando Hermione acabara de sair do banho, escutou vozes, e olhou pela janela. Viu alguns vultos passando rápidos, e muitos gritos... só então reconheceu o quadribol... com tanta progesterona na Toca era quase impossível que não houvesse jogo. Sorriu vendo os amigos e o marido disputarem. O olhou entre as cortinas, sentia tanta falta dele, era difícil sentir saudades de quem estava ao lado dela todos o dias, mas a verdade é que estava morrendo de saudades de seu sonserino metido!

***********Fim do Capitulo ******************

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