Textos que podem conter conotação sexual, palavras, atos e cenas descritivas de violência e sexo. Só leia se for maior de idade.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Miedo- Interesse



Interesse

Hermione voltou feito um zumbi para seu quarto e caiu em sua cama com a roupa do colégio. O que estava acontecendo? Como ela foi deixando-se ser conduzida? Conduzida em namorar Neville, em deixar que Draco Malfoy a beijasse.
o.

Primeiro: ela sabia que era medo. Fato. E também sabia que esse medo a estava engolfado lentamente. Ela tinha acabado de deixar Draco Malfoy beijá-la. Ela se sentiu desamparada e fora de controle, em choque. Como ela deveria impedi-lo? Não havia nenhuma maneira.

O medo paralisou-a, tornou difícil para ela respirar, tão difícil que uma simples inalação exigiu esforço, e uma exalação doía. Ela se deitou em sua cama imóvel, branca como um fantasma, e permaneceu assim até finalmente adormecer.

Ela acordou na manhã seguinte, lentamente, e se arrastou para fora da cama sonolenta. Lilá e Parvati ainda estavam dormindo, e ela agradeceu a Merlin por isso. Ela entrou no banheiro, tomou banho, escovou os dentes e os cabelos, lavou o rosto e passou batom, para assim disfarçar a palidez, em seguida, trajou vestes limpas da escola, pois ela havia dormido com o uniforme do dia anterior. Sua mente estava misericordiosamente silenciosa. Ela não pensava em tudo, simplesmente funcionou. Seu corpo ferido de exaustão.

O café da manhã transcorreu sem nenhuma ocorrência grave, ela sentou-se entre Harry e Rony, e Draco e não apareceu. Neville bajulou-a bastante naquele dia, constantemente, fazendo piadas idiotas e sorrindo, colocando o rosto rechonchudo próximo ao dela e sussurrando coisas em seu ouvido. Ela não registrou a maior parte do que ele falava. Ela foi lentamente saindo do seu estado de transe, quando Harry balançou a mão na frente do rosto dela. Na classe de transfiguração ela deu um “chega pra lá” delicado em Neville, fazendo-o perceber que estava incomodand

Malfoy precisava entender que não havia nada de errado com ela. E ela tinha que descobrir por que ela era tão ruim, e encontrar uma maneira de ajudar a si mesma. O que havia de errado com ela? Por que era ela tão diferente das outras meninas? Era simples a resposta, elas não eram ruins, como ela, elas não faziam os homens fazerem aquilo.

Harry acenou com a mão na frente do rosto de Hermione outra vez, que piscou e lentamente olhou para ele. Parecia que o resto do mundo, estava atrás de uma cortina, um véu, vivendo como de costume, e ela estava presa em câmera lenta.

_Vamos? Aula de poções Hermione. Você não está ansiosa para chegar até as masmorras? Snape vai estar lá! -
Rony disse a dela. Eles eram tão alheados não eram? Será que eles não conheciam maus caminhos?

Hermione caminhou com eles para as masmorras, e insistiu pela primeira vez em sentar nos fundos da classe. Ela sabia que Draco estava sempre na frente da classe, e ele tinha cheiro de chocolate, amargo chocolate. Snape desertou sobre várias poções, e surpreendentemente Hermione não estava ouvindo. A escola era o seu refúgio, um lugar onde nada pessoal importava, era como um conforto para cercar-se com ele, a buscar a excelência em um mundo onde ela achava que poderia alcançá-lo.
Sua cabeça girou quando ouviu Snape chamar seu nome.
_Malfoy e Granger! – disse Snape fazendo-a acordar de vez do seu transe. Draco, que estava perdido em um sonho, olhou para cima com ar sonhador.
_Granger e Malfoy! - Snape chamou novamente, olhando por cima de sua mesa, procurando por eles.  – Por favor, encontrem um lugar para se sentarem e comecem a trabalhar!

Hermione piscou e olhou para Draco, que tinha levantado e estava esperando por ela em uma mesa vazia que tinha encontrado. Ele se mostrou mais impaciente, quando ela começou a demorar. Ela caminhou em sua direção vagarosamente.

_O que devemos fazer? – ela perguntou, acomodando-se sobre um tamborete. O ar de tensão que pairava entre eles realizou a sua habitual antipatia, desprezo e rivalidade, mas agora novos elementos foram adicionados ao coquetel. O medo e a incerteza. E a atração.

_O que? Eu não estou escutando você, sabe-tudo. Achei que você sabia de tudo. – Draco zombou.

_Não, eu não sei. – Hermione respondeu irritada. Ela não tinha forças para um confronto.

_Eu já imaginava. Mas infelizmente para nós, Pansy tomava notas para mim. – Draco deu uma tapa sobre a mesa à sua frente, fazendo-a saltar assustada. Ele notou isso. – O que está acontecendo com você, Sangue-ruim? Você está muito agitada. – Draco sorriu.

_N-nada. – Hermione disse rapidamente, sacudindo a cabeça, olhando as anotações. – Oh, – ela olhou para as notas em desânimo. – Temos que trabalhar juntos pelo resto do ano escolar, Malfoy. – ela anunciou.

_O quê? – ele disse alarmado pegando as notas das mãos delas. Hermione deu um passo para trás. – Snape é louco? Eu deveria o fazer engolir essas anotações.

_Tem medo de fazer parceria comigo? Tem medo do que seu pai diria se soubesse? - Hermione fez o comentário e em seguida, repreendeu-se mentalmente. Não atrair atenção para si mesmo! Não caçar encrenca para seu lado.
E se ele ficar com raiva? E se ele resolver fazer alguma coisa? Draco deu um passo para mais perto dela que recuou outro.

_Escuta aqui, sua sangue-ruim, não ouse insultar a integridade da minha família. – ele murmurou, olhando para ela com raiva. Em instantes, ficou surpreso ao sentir a eletricidade no ar entre eles e recuou rapidamente, derrubando um banquinho e alguns ingredientes causando uma comoção na sala.

O tumulto era uma distração bem-vinda e que ambos concentrados em recolher a bagunça, quase não se olhavam. Eles estavam acabados, Snape estava anunciando o fim da aula.

_Espero que todos vocês tenham tido um bom começo a respeito do projeto. – ele disse, olhando incisivamente para Draco e Hermione.



***

O dia definhava lentamente, aulas, refeições e conversas e piadas que passam em um borrão de indiferença.
O mal-estar descansando em seu estômago tornou difícil a refeição para Hermione, e certa ansiedade repousava sobre seu peito como um peso. Ela temia a ceia, mas, sendo a melhor amiga de dois adolescentes, não houve maneira de retardá-la. Muito menos evitá-la totalmente.

O trio fez seu caminho para a sala e os olhos dos alunos repousaram sobre eles, como de costume. Apesar dos anos de atendimento, Harry Potter era ainda a estrela brilhante de Hogwarts. Afinal, ele dava provas desse brilho ano após ano. E Ron e Hermione tinham atingido o status de celebridade, assim, não apenas por estar sempre com Harry, mas através de seus próprios feitos heróicos e personalidades carismáticas e encantadoras. Hermione ficava melhor quando passava alguns meses longe de Don. Bem, geralmente muito melhor. Este ano, porém, parecia haver mais desafios.

Hermione abaixou a cabeça, deixando Harry e Ron receberem toda a atenção. Mas ainda assim, sentiu que a observavam. Ela olhou para cima. E os seus olhos se encontraram com os olhos cinza. Draco. Ela estremeceu como se estivesse com frio. Talvez estivesse. Estava congelada por aquele olhar. Mas abaixo dele brilhava outra coisa. Interesse. Um interesse súbito, talvez até profano, mas havia. Draco não saberia explicar, era algo além de si mesmo.

Draco encarou. Nada o intrigava tudo sempre lhe pareceu muito simples e direto. Tudo, exceto Hermione Granger.
Ele queria descobrir. Sua mente o obrigava a isso, ele precisa descobrir os seus segredos. A confusão não era um sentimento que ele estava acostumado, e ele não gostou muito. Ele iria chegar aos mistérios desta menina, porque senão ela não seria deletada da sua mente.

E assim começou sua perseguição por Hermione.

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