Textos que podem conter conotação sexual, palavras, atos e cenas descritivas de violência e sexo. Só leia se for maior de idade.

sábado, 2 de julho de 2011

Miedo - Propriedade



Propriedade


Draco, tendo Hermione como sua mais nova obsessão, imediatamente notou seus olhos vermelhos e a sombra de uma de suas marcas que ela, em sua pressa naquela manhã, havia esquecido de cobrir. O resto já havia, por sorte, desaparecido.




Ele a observou vindo em sua direção no meio da multidão e teve um déjà vu, mesmo sabendo que a morena não tinha um pão de chocolate em sua mão. O loiro, então, abriu a porta de uma classe que não estava em uso e quando Hermione passou, a puxou para dentro e fechou a porta atrás dela. Ele se encostou à mesma e esperou pacientemente até que a morena se virasse para ele, já sabendo quem seria. Um olhar de pura fúria estava estampado em seu rosto cansado.


_Que merda de problema você tem, Malfoy? Você precisa de ajuda. Eu não tenho tempo pra isso, tenho que ir pra aula. Saia da frente. – Ela ordenou um tanto quanto chocada com sua confiança e armada com todo o apoio que havia recebido de seus amigos na noite anterior.


_Meu problema é o seu rosto. Porque você está com os olhos vermelhos? – Ele perguntou sabiamente, olhando para ela. Ele odiava quando as pessoas respondiam rudemente para ele.


_Não te interessa. – A morena retrucou, se sobressaltando quando Draco a puxou forte para mais perto dele, a olhando de modo intimidante e repetindo a pergunta. Ela franziu as sobrancelhas, mas disse:


_Eu estava chorando, se isso te importa. Agora posso ir? – Os dedos do loiro tocaram a mancha em seu rosto que havia quase desaparecido de modo preocupado.


_E sobre isso? – ele demandou a dureza em sua voz estranhamente acompanhada da preocupação que sentia.


_Don. – Hermione disse, profundamente odiando ter de falar seu nome. O ato de dizê-lo invocava muitos sentimentos nela: culpa, medo, repulsa, tristeza. Ouvir ou dizer o nome sempre foi como uma pancada em sua estabilidade. Draco pareceu confuso.


_Ele está aqui? – Ele perguntou, sem muita certeza.


_Não, seu idiota. Acho que não permitiriam a entrada de uma pessoa completamente trouxa no castelo. Eu não passei maquiagem esta manhã, e esqueci o feitiço, foi isso. – Ela tentou fazê-lo soltá-la como na última noite, mas dessa vez a força que ele fazia em seu braço só aumentou. - Você vai me deixar ir ou não? Eu vou pegar uma detenção.


_É verdade, você vai. Então porque não perder a aula inteira? – Ele perguntou com um sorriso lateral.


_Não, Draco. Eu quero ir pra aula! O que você vai fazer? Segurar-me aqui contra minha vontade? – Ela demandou, ficando impaciente e empurrando o peito do loiro para que ele a deixasse ir.


_Boa idéia! – Draco respondeu radiante, roubando sua varinha mais uma vez e guardando-a em seu bolso antes de fazer um feitiço para fechar a porta. – Sabe Granger? É realmente fácil te desarmar! – Ele continuou de modo convencido. Hermione, cujos pensamentos estiveram correndo em sua cabeça em uma velocidade considerável, pareceu sentir uma mistura de admiração, raiva e resignação.


_Vai se ferrar. – Ela disse, sem entusiasmo, se livrando dele e indo se sentar em cima de uma carteira. – O que diabos você quer? Quanto mais rápido isso acabar, melhor. – O loiro sorriu cordialmente.


_Ah, eu quero muita coisa. A Mansão Malfoy, riquezas infinitas, um emprego como auror, meu pai morto, um filhote de cachorro, conhecimento de todos os seus pensamentos e sentimentos.


_Um filhote de cachorro? – Ela indagou surpresa dessa vez.


_Não vamos falar sobre isso. Você está em desvantagem. – Ele a lembrou, friamente. Hermione colocou as mãos ao alto sarcasticamente, em sinal de derrota.


_Eu não quis te zoar, Mestre Draco! – A morena disse sarcasticamente.


_Hum, gostei de como essa palavra soou. Acho que você devia começar a me chamar desta maneira o tempo todo! – Draco sugeriu.


_É, e talvez eu devesse começar a beijar os seus pés, referir a mim mesma em terceira pessoa e usar uma fronha como roupa, também!


_E não é que você está cheia de idéias boas hoje? Se ao menos eu tivesse a fronha em mãos! – Ele disse, sorrindo maldosamente.


_Talvez uma fronha extragrande. – Hermione emendou zangada.


Ela então percebeu que estava meio que brincando com Draco, e também que estava rapidamente começando a confiar nele (o que não era muito bom). Quando havia sido a última vez em que ela havia confiado em outro homem que não fosse seu pai, Harry ou Rony? Há muito tempo atrás. O que estava acontecendo?


Draco caminhou até ela, o sorriso zombeteiro ainda intacto, e ficou parado em sua frente de modo desafiador.


_Então, porque você estava chorando? – O loiro perguntou ao se apoiar na carteira em que Hermione estava sentada, inclinando-se um pouco para frente e colocando uma mão em cada um dos lados da morena. Ele a estava pressionando, e sabia disso.


_Como eu já disse, não é do seu...– ela parou quando ele, ameaçadoramente, inclinou-se para um pouco mais perto. Hermione levantou uma sobrancelha e manteu o contato visual mesmo que estivesse começando a ficar com medo. –... Interesse. – Ela concluiu, com vigor renovado.


_Você é do meu interesse, Granger.


_O que me faz ser do seu interesse loiro aguado? – Ela demandou confusa.


Ele não gostou muito do insulto, mas mesmo assim manteve-se calmo. Pois sabia que o que falaria a seguir a tiraria do sério rapidinho.


_Bom, você é minha. – Ele deu de ombros como se fosse óbvio.


_O QUÊ? Você não pode possuir uma pessoa, Draco! Você não pode ME possuir! Pelo amor de Merlin! Isso foi a pior besteira que eu já ouvi em toda minha vida.


Hermione estava atordoada, mas ao mesmo tempo vagamente impressionada. Era com certeza uma mentira!


_Na verdade, Senhorita Granger, no mundo bruxo há uma lei antiga pouco conhecida que permite que bruxos puro-sangue comprarem sangue-ruins. Olhe para o seu medalhão. – Ele apontou para o medalhão dourado pendurado no pescoço da morena que havia aparecido ali misteriosamente sem ela notar. Ela ergueu o medalhão de dentro de suas roupas e olhou para a clara descrição que ali jazia:


Propriedade de Draco Lucio Malfoy.


Enfurecida, ela levantou-o novamente para tentar tirá-lo, mas percebeu que de repente ele se tornou muito pesado. Ela procurou freneticamente por algum fecho, ou abotoamento.


_Eu sou o único que pode tirá-lo, Senhorita Granger. – Malfoy disse cruzando os braços na frente do peito de modo distraído.


_Isso não pode ser legal, seu bastardo! Eu vou encaminhar isso para as autoridades! Tire essa coisa de mim! – Ela ordenou tentando arrancar o medalhão. A jocosidade que havia estado presente no ar desapareceu.


_Na verdade, é quase que ilegal. Bom, durante as revisões de leis o Ministro pretende fazer a posse de sangues-ruim ilegal. Porém, sangues-ruim que foram adquiridos antes dessa lei de posse ser abolida continuarão sob propriedade de seus possuidores. – Hermione estava achando o simples ato de respirar um pouco difícil.


_Quando? - Foi tudo o que ela conseguiu falar.


_Ah, eu me informei na loja de sangue-ruins ontem à noite. Mandei um correio coruja. Eu posso entender que você nunca a tenha visto, fica na Travessa do Tranco. – Sorriu Draco.


_Isso é uma brincadeira. Tem que ser uma brincadeira... -ela o olhou de modo suplicante, implorando para que ele dissesse 'Rá, te peguei dessa vez, Granger!', mas o loiro só a olhou de volta, solenemente.


_Aqui está a sua varinha, de volta. Você não pode me machucar, é parte do combinado. – Ele disse ao entregar lhe a varinha. Hermione levantou a mão e levou-a a face do loiro, mas logo antes de haver qualquer contato ela simplesmente parou. Ela só podia encostar-se à bochecha dele se fosse para acariciá-la.


_Maldito! – choramingou, ainda não acreditando. – Por que sangues-puro iriam querer alguma coisa com sangues-ruim, de qualquer jeito?


_Escravos, cozinheiros, domésticos. Antigamente, sangues-puro que cansavam de suas esposas podiam engravidar sangues-ruin e descartá-las sem pensar, daí não haveria o problema da gravidez como haveria se eles tivessem o feito com uma sangue-puro. –Hermione pareceu tão enojada que ele rapidamente adicionou. – Claro que não foi por isso que eu te comprei!


_POR QUE você me comprou? – Hermione perguntou, acusadoramente.


_Como eu já disse, você é muito interessante. – Draco respondeu abrindo ainda mais o sorriso canalha.


_Interessante? INTERESSANTE? Então me faça uma pergunta! Chame-me pra ir tomar uma cerveja amanteigada! – Desesperada, ela desceu da carteira e tentou socar a parede, mas um pouco antes de fazê-lo sua mão foi repelida.


_Você também não pode se machucar. – Draco explicou. – Bom, isso me concede acesso a você muito mais facilmente e protege a você e a mim, assim eu tenho muito mais controle sobre você. – Ele deu de ombros. – Parece muito benéfico. E de qualquer jeito, eu sempre tive uma queda por possuir coisas. Culpa da minha educação.


Hermione o fuzilou com o olhar. Mas sua vontade era de fuzilá-lo de verdade com uma metralhadora trouxa.


_ “Coisas”! Por que você não pode manter isso desse jeito? Por que você tem que possuir pessoas também? – Ela reclamou bufando de raiva..


_Calma Granger, eu não vou te machucar ou qualquer coisa! Isso é tão ruim assim? Draco mais uma vez moveu-se para mais perto dela, seus olhos quase implorando por perdão. Ela não disse nada, mas seus olhos o disseram que aquilo era realmente horrível. Ele quase chegou a retirar o medalhão, mas seu orgulho não o permitira fazê-lo. Pelo menos não enquanto ele não tivesse feito tudo o que queria com ela. Quando quer que isso fosse, já que parecia que Hermione era cheia de surpresas.


Porém, se mantivesse o contato visual, sabia que com certeza tiraria aquele medalhão dela e a deixaria ir. Então, ele fez a primeira coisa que lhe veio na cabeça e, a agarrando repentinamente, trouxe seus lábios aos dela. Hermione pega de surpresa deixou-se beijar por ele sem resistir.





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