Textos que podem conter conotação sexual, palavras, atos e cenas descritivas de violência e sexo. Só leia se for maior de idade.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Tormentas


Cap. 1
         A noite estava tranquila Tohr caminhou lentamente pela rua deserta, faltava pouco para o nascer do sol, e ele não tinha vontade de se recolher a sede da irmandade. Gostaria de ficar ali e apreciaria o nascer do sol, e ir ao Fade, virar cinzas pouco importava... Pois era assim seu coração, morto sem vida... Cinzas!
         Passou por um grupo de humanos, adormecidos, sujos, embriagados. Sorriu amargo, gostaria de compartilhar a sarjeta com eles, mas suas obrigações para com a irmandade o faziam firme. Era impressionante como os seres humanos se julgavam os donos do mundo enquanto deixavam os de sua raça, a mercê do tempo. Era um mundo cruel: Ômega, Lessers, seres humanos idiotas. Porque pela virgem não poderia ser tudo tão mais fácil? Porque não poderia ter sua shellan de volta? Tudo ficaria bem se Wellessandra estivesse ali, novamente em seus braços, sua nalla. Com seu filho, sua descendência que também se perdera nas mãos dos malditos.
         Sentiu a atmosfera em sua volta enregelar-se. Respirou fundo, tentando se controlar, não poderia perder a noção de novo. Não agora que seu corpo e sua mente estavam tão bem. Estaria mesmo bem? Isso ele duvidava, jamais estaria bem novamente sem ela.
         O ar do amanhecer inundou seus pulmões, acalmando-o, mas o alertando que o amanhecer estava perigosamente próximo. Mas, além disso, algo fez seu nariz coçar. Não era um cheiro adocicado, por sorte ou por azar, adoraria lutar, e se expor ao perigo do nascer do sol. Isso era tão comum, às vezes pensava que ninguém o recriminaria de um acidente o fazer permanecer no sol e acabar com toda a sua dor anterior que só ele conhecia. Mas o cheiro estranho o instigou, era sujeira e  medo.
         Aspirou forte mais uma vez e olhou a sua volta, havia apenas humanos deitados ali, na sarjeta. Fechou os olhos tentando identificar, havia o cheiro de lágrimas, sujeira e medo, era um pretrans. Uma fêmea precisamente.
         Seu cheiro era fraco, assim como ela estava. Imaginou por que um vampiro prestes a passar pela transição estaria ali. Aproximou-se dos humanos, sem receio, e observou que o cheiro praticamente insuportável de sujeira vinha de um dos amontoados afastados dos demais. Sem receios ele puxou o tecido fético e puído, que devia ter sido um cobertor em seus melhores tempos. Um grito fino, não incomodou os demais moradores daquele beco sujo, mas o que estava debaixo daqueles panos se encolheu num grito estridente.
         _Quem é você? E o que faz aqui? - Tohr perguntou sua voz saindo mais firme e mais dura do que desejara.
         Os olhos esverdeados que o encararam, não se afastaram, por alguns segundos, mas no outro, o pequeno corpo coberto de trapos e sujeira se esgueirou por seu lado esquerdo, querendo se safar. Mas agilmente Tohr a segurou, queria segura-la pelos braços, mas ela foi muito ágil e seus dedos chegaram ao emaranhados de cabelos, igualmente sujos. O puxão nos cabelos a fez para e ofegar grunhindo alto de dor.
         _Onde pensa que vai?
         O pequeno corpo lutou, para se soltar do agarro forte, das mãos do guerreiro. Uma luta inútil, que sabia ser perdida, mas aquela fêmea parecia não entender, não desistiria. Mordeu forte a mão que estava em seu ombro.
         Tohr gritou com a dor, e num impulso, virou a mão tentando afastar os dentes afiados, que lhe feriam a sua pele, mas como era forte o tapa, foi com mais intensidade do que desejava, e arremessou o pequeno corpo longe, de modo que ele caísse com um grande baque de encontro a parede.
         A respiração de Tohr falhou por um momento, nunca machucara uma fêmea, achava uma heresia aquele que machucava uma. Mas a virgem sabia que não havia sido por mal, sentia o calor do sol, pinicando a sua pele. Precisava ser rápido. Devia ter algo em torno dos vinte minutos, para estar num lugar seguro. Pensou na possibilidade de deixar aquela pré-trans, mas não podia correr o risco de que quando voltasse ela não estivesse mais ali, e não estaria mesmo tendo visto, que havia sido machucada, por ele. Que a virgem o ajudasse e tomasse a decisão certa. Olhou para a figura a sua frente, pode ver um pouco a sua pele: escura. Os olhos estavam fechados, mas não impediam as lágrimas de correrem.
         Pegou o telefone mandou uma mensagem, algo simples com as palavras ajuda e transporte. Por sorte havia irmãos naquelas redondezas, e não demorou mais do que cinco minutos para avistar o carro preto chegando. A fêmea ainda permanecia no lugar, chorando com as mãos na face atingida, certamente ainda tonta pela pancada.
         Blaylock foi que desceu do carro, com seus olhos dispares inquisidores. Pensara de imediato em encontrar o irmão lutando com Lessers, mas o encontraram em meio a mendigos, de pé com os olhos fixos, em uma figura encolhida.
         _Oh, o que temos aqui um pré-trans?
         _Uma fêmea precisamente. Pensei que saberia.- Tohr disse com um toque de humor negro.
         _Sim, percebo, e esta amedrontada e machucada.
         Tohr sentiu um aperto no peito. E Qhuinn notou a diferença no ar, mostrando um arrependimento.
         _Vamos, não temos tempo a perder.- Quinn disse e se encaminhou para o lado da fêmea, tentando pega-la. Mas ela, se afastou.
         Tohr rosnou e ela se encolheu ainda mais.
         _Olha aqui Gracinha, você tem apenas duas opções vir comigo ou com ele? Qual prefere? Ah e fugir não é uma das opções.

Um comentário:

  1. aaiii posta mais!!!!!!
    pleaseee!!!!
    eu estou amandoooo!!!!
    posta mais lá na comu tbm!!
    bjs!

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