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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Perdida em seus olhos cap 9 Revelações



Cap. 9 – Revelações

               Luna estava deitada no celeiro com Ronald, a conversa fluía descontraída, mas ela estava ficando impaciente a espera de um toque dele. Fazia muitos dias que estavam naquele namorico e ele a nada de tocá-la. Dizia sempre que a respeitava muito, às vezes a respeitava mais do que ela desejava. Será que ele não gostava dela o suficiente para acariciá-la com mais fervor do que o habitual? Luna estava disposta a descobrir e usaria tudo que sabia para tirá-lo do sério.

                ... Ronald estava deitado de costas, de olhos fechados, Luna ficou sobre ele e apoiou seu peso nos braços para que ele não percebesse a proximidade dela. Vagarosamente ela umedeceu os lábios e passou a língua sobre os lábios dele. Quando Ronald abriu os olhos deu de cara com aquele olhar e sorriso maroto. Por alguns instantes ele não fez nada, e ela ficou apreensiva quanto à reação dele.

                 Mas logo ele a puxou para si e a beijou de verdade. Capturou a língua dela e a sugou com avidez e sensualidade, entrando naquele jogo sensual com qual Luna estava acostumada.

                Ela estremeceu ao sentir as mãos ágeis a passear sobre suas coxas e entrarem sorrateiramente sob seu vestido, e prendeu a respiração quando ele a puxou de encontro a si, e pode sentir toda a sua excitação. Ele não era indiferente aos seus carinhos, não era! E agora ele a girava com facilidade se colocando sobre ela seus beijos molhados e calorosos deixavam um rastro de fogo por onde passavam. Num movimento rápido ele expôs um de seus seios e se pôs a beijá-los e depois os sugou avidamente, enquanto sua mão passeava pelo ventre dela. E os dedos da outra mão se insinuavam perigosamente pelo elástico da calcinha. Luna gemeu totalmente entregue aquele prazer.

                 Ronald se levantou abruptamente sem aviso e ela se assustou, ao olhá-lo, ele lhe estendia a mão. Ela aceitou, mas antes que se aproximasse dele novamente e ele disse:

_Ora de ir pra casa mocinha!- ele a ajudou a se recompor e depois lhe virou as costas.

_O que há com você? Você não me quer é isso? Eu fiz alguma coisa errada?Olha para mim?- ela gritou nervosa – O que está havendo?

Ronald se aproximou dela com uma fúria imensa.

_O que está havendo? Garota você não me conhece! Eu estou louco de desejo!- ele segurou a mão dela e a pôs no volume que tinha na parte da frente da calça, Luna prendeu a respiração e não soube o que fazer – Você está sentindo? Está vendo?Esse é o meu desejo por você! Eu a quero mais que tudo! Queria poder te jogar nesse chão e te possuir até ouvir você gritar! E implorar para que eu pare!- ele disse ofegante.

_E o que te impedi de fazer isso? – ela o desafiou com o queixo empinado, enquanto sua mão o acariciava ousadamente onde ele a colocara momentos atrás.

_Eu não vou fazer seu jogo! Não sou um de seus brinquedos Luna! Não quero só um beijo, um abraço e um desejo de boa noite! Eu a quero por inteiro! Então é melhor pararmos por aqui, tenho certeza de que você só quer deitar e rolar comigo como você sempre faz com todos os homens! Comigo é diferente, agora você encontrou um homem de verdade! – ele disse ajeitou o chapéu na cabeça e saiu.

                   Um tremor percorria todo o corpo de Luna, aquele homem era tudo que ela queria e com certeza o faria perder a cabeça! Ah sim ela faria! E seria em breve, muito breve!

********************************************************



                  Hermione pensara muito sobre seu pai e sobre Draco. Não queria decepcioná-los, ela se abriria com Draco, queria conversar com ele. Sabia que todas as noites ele ficava na biblioteca e foi até lá para esperá-lo.

Quando ele entrou na semi-escuridão se surpreendeu ao vê-la.

_Hermione quer falar comigo?

_Promete que não vai olhar para mim? Não quero que olhe para mim.

_Tudo bem!- ele disse se sentando numa poltrona atrás de onde ela se sentara.

_Eu nunca soube exatamente o que aconteceu, me lembro vagamente de ter tido uma família. Era bonito e eu gostava! - ela disse com um tom sonhador – Nós nos mudávamos freqüentemente, nunca parávamos em lugar nenhum. Acho que éramos de uma colônia itinerante, não me lembro bem. Um dia minha mãe descobriu que meu pai tinha outra mulher, e teve uma filha com ela. A Gina. Nós somos filhas do mesmo pai, mas eu e Luna temos a mesma mãe, e Gina é filha do meu pai com outra mulher. Por isso somos tão diferentes fisicamente. Houve muitas brigas e nós fomos embora no meio da noite, e a Gina veio com a gente, ela disse que era um passeio e levou a Gina conosco, acho que foi por vingança! Vivemos aqui e ali, algumas vezes tínhamos abrigo outras dormíamos no dormíamos no relento, mas fomos felizes apesar dos pesares. Eu faria doze anos em breve e minha mãe decidiu que era hora de termos algo na vida, de criarmos raízes em algum lugar. Foi o que ela disse quando nos deixou naquela fazenda e partiu sem olhar para trás. O dono da fazenda nos tratou bem, e me colocou para dormir num quarto separado das meninas. Insisti que não precisávamos mais do que um que um cantinho par dormir, mas ele não aceitou. Nunca tinha ficado sozinha num quarto, fiquei com medo e custei a dormir. Mas, não vi quando ele entrou no quarto, acordei com ele me beijando!- Hermione não pode conter as lágrimas, e ele fechou os olhos emocionado sentindo a dor dela, ao perceber que ela chorava.

_Ele me beijou tocava meu corpo e dizia para que eu não gritasse, dizia que era para eu ficar quietinha que ia ser bom, e que se eu não me comportasse, minhas irmãs talvez se comportasse melhor quando ele fizesse o mesmo com elas. Não podia deixar que ele fizesse aquilo com elas. Elas eram pequenas. Eu fiquei paralisada de medo, ele não podia tocar nas meninas! Eu tinha tanto medo, e ele me beijava e me apertava, estava apavorada! Fechei os olhos para tentar fingir que não estava acontecendo aquilo, mas ele gritou e me fez abrir os olhos, e me obrigou a olhar a tocá-lo e ver o que ele fazia. Foi horrível! Eu tentava não olhar, mas ele gritava me assustando e eu estava olhando para ele quando ele me possuiu, e eu pude ver o brilho de satisfação dos olhos dele! – ela soluçou -  A dor que eu senti, não foi só física, algo dentro de mim se rompia para sempre! Naquele dia ele não roubou só o meu corpo, ele levou a minha alma! - ela chorava muito.

                  Draco se e levantou devagar e tocou nos ombros dela. Ela se assustou, mas relaxou no instante seguinte o deixando confortá-la.

_AH!Hermione, como eu gostaria de poder voltar no tempo e ter te tirado de lá! – ela ignorou o comentário e continuou seu triste relato.

_Ele ficou sobre mim o resto da noite, o suor dele caindo sobre mim, o cheiro dele, impregnado na minha pele. Ele me tocava, onde eu nem sabia ser possível, meu corpo ardia, doía, mas ele continuou lá. Se satisfazendo, como um animal sobre mim!

                   Draco sentiu a garganta fechar, admitir que ela tinha passado por aquilo tudo o transtornava, e ele sentia um ódio muito grande dentro de si. Imaginar outro homem a tocando...

_ Quando ele saiu disse que voltaria na noite seguinte. Consegui dormir um pouco depois que ele saiu, meu corpo todo doía, não fazia idéia do que tinha acontecido. Acordei cedo, e saí de lá e levei minhas irmãs embora, não poderia correr o risco dele as tocarem também. Eu fiquei tão doente Draco! Tão doente! Me sentia tão sozinha. Mas não podia contar a ninguém o que ele tinha feito comigo! Eu não tinha coragem! E eu tinha medo do que as pessoas iam pensar de mim. E se outro homem quisesse fazer o mesmo. – Draco tentou reprimir as lágrimas, mas foi inevitável

                 Imaginar as angústias, as dores, a solidão, doía! Doía só imaginar...

 _Vivemos de migalhas e de frutas roubadas de pomares, mas eu sabia que alguma coisa estava acontecendo, só não sabia exatamente o quê. Chegou um tempo que eu não agüentava mais andar tanto, me escondia das pessoas não queria que ninguém me visse daquele jeito. A minha barriga crescia a cada dia, e quando começou a se mexer, parecia que iria me quebrar por dentro de alguma forma, eu era muito miúda, estava pior naqueles últimos meses. – ela disse e abraçou o próprio corpo como se sentisse frio - Naquela noite chovia muito e nos abrigamos no celeiro da casa do seu pai. Eu precisava descansar, minhas costas doíam muito! As meninas conseguiram dormir, mas eu não. Fiquei ali sentindo dores, e mais dores, chegou um momento que ficou insuportável e eu não pude deixar de chorar e gritar, eu era só uma criança, sozinha e com muito medo! – ela disse aos prantos e Draco também tinha seu rosto banhado por lágrimas que corriam pesadas – Era um peso maior do que eu podia carregar. Eu sentia o mundo desaparecer, ouvia a chuva e o choro assustado das meninas, tudo parecia tão longe, tão distante, foi quando seu pai apareceu e me levou nos braços. Eu não sabia onde estava, só sabia que meu corpo não suportava mais dores, e eu ouvia as vozes me pedindo para ter força, que eu iria conseguir. Minha mente queria tentar, mas meu corpo era frágil então suportava mais, tinha a impressão que ia explodir. Eu sangrava, podia sentir o cheiro do meu sangue se esvaindo, pensei que tivesse morrendo, sabia que tinha haver com o que aquele homem tinha feito comigo. Mas nunca imaginei que fosse doer de novo. Mas doía, doía imensamente, doía mais do que eu podia suportar. Ouvi um grito tão alto, tão forte, mas não era o meu, não podia ser, mas era. E de repente acabou, a dor não era mais tão intensa, então abri meus olhos e a nevoa que tinha sobre eles causada pela dor se dissipava devagar e pude ver um bebê. E os olhos dele eram tão azuis como o céu, como o do homem que tinha me violentado! Azuis como seus olhos Draco!

                       Nesse momento Draco se ajoelhou na frente dela chorando e suavemente acariciou sua face limpando suas lágrimas.

_Oh! Hermione Eu sinto tanto!

_Quando ela morreu, eu não sabia se ficava triste ou feliz! Eu não tinha nada para lhe oferecer aquela criança!Nada! Nem a roupa do corpo, não tinha condições de amamentá-la. Mas ela era minha filha. Tinha saído de dentro de mim! Seu pai Draco foi um anjo ele e a sua mãe, foram dois anjos que me ajudaram a sobreviver, eu devo minha vida a eles! Por isso jurei que nunca, nunca nenhum homem me tocaria e aquela seria a minha família daquele dia em diante!

_Hermione, me desculpe? Não era minha intenção faze-la relembrar tudo isso!

_Não Draco, você não me fez relembrar, eu nunca me esqueci, e não há um só dia que eu não me lembre dos olhos dela! E como seria a minha vida se ela tivesse sobrevivido! Mas, enfim, talvez eu só não consiga dormir!

_Me deixe te fazer companhia?

               Ela hesitou, parecia travar uma batalha dentro de si mesmo, enfim ela deu um breve sorriso entre lágrimas e assentiu com um movimento da cabeça...

               Draco se sentou em uma cadeira próxima a cabeceira da cama e segurou as mãos dela carinhosamente. Relembrar aquilo tudo provavelmente a deixara exauta, e ela dormiu com seus dedos frágeis envolvidos com a mão quente e máscula de Draco. O medo se fora... Pelo menos naquele momento ela não o temia.

****

                  Logo pela manhã, Draco a procurou, mas ela já havia saído, e seguindo suas intuições estavam certas, ela estava sentada no chão, rodeada de flores bem perto do pequeno túmulo, e lágrimas silenciosas desciam por sua face calmamente para não assustá-la ele se aproximou e disse:

_Está uma linda manhã, você não acha?

          Mas ela permaneceu imóvel e fingiu não vê-lo. Ele se sentou na frente dela e tentou conversar:

_Hermione, eu sei que isso é muito difícil, mas...- ele começou a dizer mas ela gritou

_Você não sabe nada! Ninguém sabe nada!Me deixa em paz, só quero ficar em paz, é pedir muito? – ela terminou agressiva.

_Hermione! Você precisa se acalmar, a vida é cheia de alegrias e tristezas...

_Onde estão as minhas alegrias Draco? Onde?

_Eu não significo nada pra você? – ele perguntou embora seu íntimo estivesse com medo da resposta. Uma resposta que não veio, pois ela apenas desviou o olhar como se ele a machucasse.

_Sou seu amigo Hermione. Será que todas essas semanas foram em vão? Ah! Hermione, como eu queria voltar no tempo e salva-la de tudo! - ele disse pesaroso e levantou a mão devagar para tocá-la.

                Num instante ele pensou que ela fugiria, mas mesmo trêmula ela permaneceu. Ele deslizava os dedos suavemente pelo rosto dela. Que ela nem teve certeza se era tocada. Suavemente ele afastava as lágrimas que brotavam com tanta facilidade daqueles olhos castanhos. Num impulso ele segurou o rosto dela com as duas mãos, o que a assustou, porém ela era incapaz de tirar os olhos dos dele.

                Ele se aproximou devagar, sabia que não podia fazer aquilo, mas num momento irracional, ele encostou seus lábios no dela. Hermione tremia de medo, e ele achou que ela fosse desmaiar. Mas ele queria toca-la talvez pudesse compensar de alguma forma a dor que ele tinha sofrido. Sentia a dor dela agir diretamente em seu peito.

                 Mas o toque suave dos lábios dela veio como um bálsamo para sobre todos os seus medos. Por alguns segundos ele fechou os olhos e não percebeu que ela estava imóvel e pálida, muito pálida. Num movimento lento ela afastou seus lábios e murmurou:

_Não! Não... Você não deveria ter feito isso... –  e saiu correndo o mais rápido que suas pernas podiam ­...

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                Gina não sabia o que tinha na cabeça, não queria desistir do casamento por nada, mas também não podia e nem conseguia se privar dos carinhos e do sentimento que nascia inesperadamente em seu peito por Harry. Ele tinha muita facilidade em seduzi-la e a convencia a passar horas conversando, e quando a beijava o assunto era completamente diferente.

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                    Nos dois dias seguintes Hermione evitou Draco o máximo que podia, mas já era impossível, Draco entrou na biblioteca e ela estava sentada em uma poltrona de braços cruzados.

_Que bom que veio? Eu esperei você nas tardes passadas.

_Você me disse que era para eu vir só quando quisesse.

_Sim, mas poderia ter me avisado. – ela ficou em silêncio e ele continuou. - Tudo bem, eu te assustei e... - ela o interrompeu.

_Eu não tenho mais medo de você, eu estive pensando e não preciso ter medo de você. – ela disse firme, embora evitasse fitá-lo.

_Não?- ele disse surpreso. - Que bom!

_Você é meu amigo! E não preciso temer você!

Draco não podia acreditar no que ouvia, mas tinha que ser verdade!

_Qual o motivo dessa mudança repentina?- ele perguntou desconfiado.

_Eu pensei muito nesses dois dias, e não acho que preciso ter medo de você! Você é meu amigo!

_Então... Não tem mais medo de mim? – ele perguntou franzindo o cenho.

_Não!- ela afirmou.

              Ele então se aproximou e segurou as mãos dela a fazendo descruzar os braços.

_Por que será que algo me diz que você esta mentindo?

_Eu não estou mentindo? – disse ela ainda sem fitá-lo.

_Então olhe para mim. – ele ordenou, ela hesitou mas fez o que ele pediu.

     Ele levantou as mãos para tocar o rosto dela, ela estremeceu e ficou pálida.

_Você está com medo?

                  Ela não respondeu a pergunta e ele a beijou suavemente, com um delicado toque no queixo a fez entreabrir os lábios trêmulos e os beijou devagar, bem devagar. Draco continuou de olhos abertos até vê-la fechar os seus olhos numa entrega doce, só então ele fechou os dele também, e pode naquele instante se deliciar com a maciez e o doce sabor dos lábios dela...

                   Foram doces momentos até que Draco se afastou depressa e disse, ao vê-la levar as mãos aos lábios surpresa como se tivesse experimentado  melhor dos sabores.



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N/ A: Cap. Grandinho esse né? Srrsrsr

E triste, mas o que acham que agora a Mione se entrega a esse novo sentimento? Será que o Draquitoo Lindo conseguira quebrar as barreiras do coração dela?

 Parece que o primeiro obstáculo já foi! Me avisem ai como está pra me animar ta? Beijos!



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