Textos que podem conter conotação sexual, palavras, atos e cenas descritivas de violência e sexo. Só leia se for maior de idade.

sábado, 5 de novembro de 2011

Miedo 25 - Unidos por uma unica causa







Unidos Por Uma Única Causa


Silêncios são como flocos de neve. Todo o silêncio é a diferença. Há silêncios emocionalmente tensos, irritados, excitantes e carinhosos. Há silêncios confortáveis ​​e desajeitados. Há silêncios pensativo. Silêncios abafados, paralisandos, silêncios irritantes, emocionantes e silêncios alegres. Alguns silêncios são grossos, e outros são tão frios como a brisa no Inverno. Alguns silêncios voam, e alguns se arrastam. Alguns você esquece, outros que você vai lembrar para o resto de sua vida.


Esse silêncio foi o último. Foi um silêncio apartado, que fazia você querer fechar os olhos e engolir em seco. Era tão grosso, quente e prurido como um cobertor de lã em julho. Foi um silêncio que parecia puxá-lo para baixo, como areia movediça, e fazer todos os movimentos lentos e quase dolorosamente agoniantes. Parecia uma coceira na garganta enquanto você estava em uma aula importante. Você precisava desesperadamente tossir, mas você segurava-o quanto fosse humanamente possível, esperando que ele fosse embora. Mas não ía. E finalmente você não consegue mais segurar, cobre a boca e tenta fazer a tosse sair o mais quieto possível.

_Eu só descobri hoje. – Hermione foi a primeira a quebrar o silêncio. Draco olhou para ela, assustado, acordando de um sonho ou encantamento de algum tipo. Seus olhos mostraram confusão.

Sua história saiu em cacos e lembranças, fatos e impressões. Finalmente ele conseguiu juntar todos os pedaços. Hermione ia ter um bebê... Era tudo muito confuso para ser resolver assim tão rápido. Algo dificil para absorver. Hermione havia se calado, e Draco olhou para ela novamente decidido a fazer uma coisa que jamais imaginou fazer.

_O bebê é tanto meu problema como seu. Eu vou ajudá-la Hermione, é claro. Dinheiro não será problema, você sabe disso.


Hermione estava rindo de leve, o rosto enterrado nas mãos. Não conseguia acreditar no que estava ouvindo.

_Mérlim, não me provoca desse jeito. – Ela repreendeu, sorrindo palidamente. Seus lábios tremeram quando ela disse:  – Talvez não seja seu.

Draco não tinha nem pensado em Don. Ele se levantou bruscamente, e começou a caminhar pelo  amplo espaço da torre. Hermione o observou ainda da janela. Sua cabeça estava girando. Depois de alguns minutos de silêncio, ele falou, sua voz soando um tanto fria:

_Que seja. Minha e sua. Aquele homem nunca vai chegar perto dessa criança.


Hermione olhou para cima. A pedra em sua voz era indiscutível. Ela simplesmente assentiu. Claro que sim. Ela nunca se sentiu tão esgotada em toda a sua vida. De repente Draco estava ajoelhado na frente dela. Hermione piscou e olhou em seus olhos cinzentos.


_Eu não me importo quem é o pai, eu quero ajudar você. – Retrucou suave.


Hermione se sentiu esperançosa.

Pela milionésima vez naquele dia, Hermione sentiu lágrimas em seus olhos. Ela piscou derramando a solução salgada. Ela não tinha certeza se qualquer homem concordaria em elevar e sustentar um bebê que talvez não pudesse ser dele, ainda mais com a mulher que quebrou seu coração. Talvez Ron ou Harry...

_Obrigada, Draco. Mas eu acho que você está tomando em demasia. Você pode não se sentir desse jeito em sete meses. – Ela disse baixinho, tocando sua mão.

_Está enganda. Hermione, isso não vai mudar ou desaparecer.
Eu não vou mudar de opinião como acha que vou. Eu mudei, mudei por você. Isto não é uma decisão que tomo preciptadamente,  todos os riscos estão sendo avaliados e isso é uma questão de honra para mim agora. É o que eu tenho que fazer.

_Eu diria orgulho. – Ela balançou a cabeça rapidamente, abortada.

_Honra. – Repetiu deixando bem claro que não tinha nada haver com orgulho. – Mas isso é apenas um incentivo a mais. Eu ainda te amo Hermione. Eu acho que sempre te amarei.

_Você realmente me ama? – Perguntou ela meio desconcertada.

_Eu a amo o suficiente para deixá-la ir. – Hermione sorriu entre um soluço. De repente tudo parecia animado, todas as cores mais brilhantes, o frio menos cortante, e o som da sua respiração mais forte. Seus olhos se fecharam. – Eu a amo o suficiente para convencer meus pais a me deixar casar com você. Suficiente para viajar numa vassoura até o outro lado do país, para lutar por você, para esquecer anos de formação, a minha formação, a base da minha vida. Eu te amo o suficiente para pensar em você todo dia, e sonhar com você todas as noites, e eu te amo o suficiente para não ficar com você. Se você devolver o meu amor ou não. O fato é que eu te amo Hermione. – Ela engoliu em seco e olhou para longe de seu olhar intenso. Seu rosto estava rubro.

_Eu vou ser mãe adolescente. Vou ficar gorda e...

_E mesmo assim vai continuar linda...

_Draco, você não entende que eu te amo também? É claro que eu te amo, mas...

_Mas o quê! Você quer nos fazer infelizes e sozinhos pelo resto de nossas vidas? Porque tenho certeza de uma coisa... Nenhuma outra vai ocupar o lugar que você ocupa aqui... – Ele colocou a mão no peito, bem em cima do coração.


Ela sacudiu a cabeça

_Você vai esquecer de mim em breve. Vai namorar outra garota e eu serei apenas uma lembrança distante. Nós ferimos um ao outro Draco. Você sabe disso, não ai dar certo...


Cansado de escutar os argumentos dela, Draco resolveu tirar a prova dos noves... Se aproximou dela e num rompante a beijou. Hermione se entregou ao beijo como havia se entregado das outras vezes, só que com mais paixão dessa vez.


Quando terminou Malfoy a olhou profundamente. Ela desviou o olhar para que ele nãob percebesse nada neles.

_Todo mundo se machuca, meu amor. É parte da vida. Só porque somos jovens não significa que não somos estúpidos. Eu não sou idiota e nem você. Olhe-me nos olhos e diga me se isso não é amor verdadeiro. Diga-me que vai desaparecer em poucos anos. Diga que você pode viver sem mim.

Hermione olhou nos olhos e disse:


_Eu posso viver. – Mentira!  Gritou sua consciencia.  – Eu posso viver sem sexo... –Para de ser mentirosa! – Eu... Por que você está fazendo isso comigo? – Perguntou voltando a chorar.

_Por que você está fazendo isso conosco?

_Pare de torcer as minhas palavras!

_Pare de torcer o nosso relacionamento. – Retrucou ele brincalhão.


Era como se o mundo tivesse acelerado e os dois tivessem progredido. Quando deram por si, estavam rindo, chorando  e se abraçando.

_Você não pode assumir esta responsabilidade. – Hermione insistiu soltando-o do abraço.

_Você não pode assumir essa responsabilidade sozinha. – Draco respondeu.

_É muito difícil.

_Ser separado é muito mais difícil. Ficar longe de você supera todas as dificuldades do mundo. – Falou ele passando a mão no rosto dela para enxugar a linha que a lágrima fez na buchecha rosada dela.

_Você não sabe nada sobre crianças. – Hermione resolveu ignorar o ultimo restante da frase.

_Ah, e você sabe alguma coisa?

_Não, mas posso aprender.

_Vamos aprender juntos.

_E se a gente brigar?

_Nós sempre brigamos.

_Porque na maioria das vezes você implica comigo.

_Você me dá motivos.


_Ah, é? E quais motivos eu te dou? – Perguntou ela de maneira desafiadora.

_A lista é bem grande... No começo era porque você era intragável, depois era porque era a mais inteligente, a melhor amiga do Potter e do Weasley e por aí vai... – Ele parou por segundos de falar e olhou para ela profundamente. – Mas agora – se apoximou do rosto dela lentamente – é porque morro de ciúmes de você.


_Achei que ia dizer que me amava! – Disse ela aparentemente decepcionada.


_Eu não te amava. – Pronunciou baixinho, suspendendo o rosto dela com a ponta dos dedos. – Eu te amo.


E a beijou de novo.

_Agora é só casar comigo!

_Sim.  – Respondeu sem saber realmente o que estava dizendo. Estava entorpecida pelos lábios dele.

_Sério? – Perguntou esperançoso. Sorriu em seguida.


Quando percebeu que dera uma resposta positiva, se deu conta que iria cometer uma loucura.

_Oh, Mérlim! Não. Somos jovens demais...

_Nossa idade não é impedimento nenhum. E quero me casar com você. Hermione, você me daria a imensurável honra de se casar comigo?


Ela ficou muda. Analisou todas as possibilidades e impossibilidades. Não teve outra saída se não concordar. Respirou fundo entes de responder.

_Sim. – Ela e ele sorriram um para o outro. – Eu te amo, Draco. Merlin! como eu te amo.

_Eu sei. Eu também me amo. – Brincou ele de maneira divertida, mas Hermione desfez a brincadeira dando um empurrão no ombro dele, fazendo-o rir muito. – Tá bom, tá bom, já entendi.

Antes que ela voltasse da sua falsa zanga, Draco a surpreendeu com um abraço. Eles agora estavam de pé e ele a girava em torno de si enquanto ela retribuia ao abraço caloroso. Quando o rompante de alegria passou ele a colocou no chão, mas não a soltou dos braços.


_Todo mundo vai pirar. – Lembrou ela.

_Todo mundo sempre pira quando se trata de Draco malfoy.


_Não seja convencido. – Brigou Hermione fazendo-o rir de novo.


_Desculpe. – Foi mais forte que eu.


Ela sorriu, mas logo seu semblante se tornou sério outra vez.

_E se o bebê for de Don?


Draco ficou calado. Hermione sabia que ele analisava essa possibilidade.

_Não importa. Será uma oportunidade para começar de novo. Ele vai ser inocente nisso tudo.


Hermione o encarou. Seus olhos brilharam.

_Eu te amo.

_Eu também te amo. – Respondeu ele depositando um selinho na boca dela.

_Vamos ficar bem, não vamos?

_É evidente que sim. Ainda mais agora que aceitou ser minha esposa... Tudo vai ficar maravilhoso...


Ela sorriu e ele a beijou de novo. Só que dessa vez o beijo foi mais quente e apaixonado.


****




Hermione estava meio inclinada a simplesmente jogar a carta mais recente de seus pais no lixo, em vez de lê-la. Considerando a forma como as coisas tinham ocorrido ultimamente, algo lhe dizia que não podia ser uma boa notícia. É claro que ela estava feliz com Draco, e o suporte contínuo de Harry e Rony fazia com que seu relacionamento com Draco ficasse mais fácil. Até sua aceitação aparentemente fáceis da sua gravidez... Os dois pareciam conformados, mas tudo parecia triste no momento. Assim, quando a coruja deixou cair o familiar envelope em seu prato no café da manhã – após o seu reencontro com Draco –, ela fez uma careta de apreensão. Suspirando, ela pegou e, com súbita inspiração, acenou para Draco e fez-lhe sinal para segui-la para fora do Salão Principal. Ela sorriu tranquilizando-o quando ele mostrou sinais de preocupação. Era bom não estar mais sozinha.


_Eu só tenho outra carta dos meus pais... Eu pensei que nós poderíamos lê-la juntos. – Respondeu a ele quando o mesmo a indagou sobre o assunto.


Uma vez que estavam fora das portas maciças e longe de olhos curiosos Draco beijou o topo de sua cabeça e ela sorriu com a enorme intimidade que eles tinham quando estavam juntos. Era como se nunca tivesse passado aquela semana dolorosa e decepacionante. Às vezes parecia que eram duas peças de um quebra-cabeça que se moldavam perfeitamente no jogo.

Ele pegou o envelope dela, habilmente abriu e lhe entregou a carta. Hermione abriu e mal olhou para ela antes de devolvê-lo, preferindo que ele lesse para ela. Ele entendeu imediatamente.

"
Querida,

Eu não quero encomodá-la com isso de novo, mas isso é realmente necessário. Há dias não tenho mais notícias sobre Don. Parece que a menina que fizera a acusação teve algum tipo de avaria e é incapaz de testemunhar. Seus pais insistem que ela não esteja envolvida no julgamento de qualquer maneira. O advogado de Don tem insistido que suas declarações dadas à polícia devem ser excluídas do caso, uma vez que ela não é uma testemunha estável e confiável. Eles trouxeram um psicólogo para atestar que as meninas nessa idade, muitas vezes fabricam histórias para chamar atenção para si.... o processo contra o Don parece muito mais fraco do que pensávamos, tudo isso aconteceu e é apenas o pré-julgamento. Está parecendo provável que as taxas serão descartados ou pelo menos o caso adiado até que a menina seja mais velha.
Eu não sei se esta é uma notícia boa ou ruim para você, pois você ainda não me escreveu! Você está bem? Por favor, deixe-me saber, querida, eu estou interessada e preocupada acima de tudo... Desde que nos deixou no Natal eu tive esta preocupação terrível em meu coração sobre você ... espero que seja sem fundamento.

Te amo, mamãe.


Draco fez uma pausa em sua leitura periodicamente para olhar para ela, mas Hermione simplesmente olhou para a frente. Quando ele terminou, ela o abraçou e fechou os olhos. Após alguns momentos, ele falou de novo.

_Então, o que você vai fazer?

_O quê? – Ela perguntou, saindo do abraço.

_O que você vai fazer sobre Don?


Hermione piscou.

_Nada? – Ela finalmente olhou para ele. Ele olhou para o castanho como se quisesse descobrir o que ela pensava a respeito.

_Nada? – Espantou-se o garoto. – Ele estuprou uma menina, Hermione!


Draco parecia de repente enfurecido, tanto que se afastou dela. Hermione olhou para ele em choque e perplexa.

_Não foi provado! – Ela começou a chorar. Draco lançou-lhe um olhar piedoso. – Ele... Eu não ... Não é meu problema. – Ela terminou de maneira fraca, ainda tentando descobrir o ângulo de Draco.

_Não é problema seu? – Perguntou ainda com voz indiganada. – Ouça Hermione, eu sei que você ama Don, de alguma forma estranha, e eu sei que você quer protegê-lo. Mas não é apenas sobre você e ele. Ele nunca vai te tocar de novo, porque não vou permitir. Mas agora não se trata apenas de vocês dois. Pare de pensar como uma vítima. Pense sobre o bebê. Pense na garotinha que você não conhece, mas que tinha sonhos... Pense em todas as meninas que Don pode conrromper com sua psicologia medonha, elas não merecem passar pelo que você passou, por favor, pense bem nas meninas inocentes, assim como você foi um dia...


Draco andava para os lados agora, embora tenha mantido contato visual com ela. Sua atitude era tão intensa que estava praticamente emitindo faíscas.

_Mas Draco... – Hermione ia argumentar, mas algo dentro dela a fez pensar melhor. – Você está certo. Se eu volta com ele, ele não vai tocar mais em nehuma menina.


Hermione ainda estava lutando para aceitar essa nova forma de pensar sobre a situação, mas o que Draco havia dito estava certo. Ela era a única que sabia sobre o comportamento de Don Juan. Era sua obrigação proteger os outros dele.

_NÃÃÃOO!!! Merlin me ajude! – Draco gritou sobressaltando a grifinória. Quando ela percebeu ele havia parando na frente dela e colocando as mãos sobre a cabeça como se quisesse segura-la ali em cima do pescoço. – Ficou louca? Você é bonita, inteligente e esperta, mas ficar perto daquele mosntro danificou seu cérebro. Ele é um crápula – Draco estava sussurrando agora, quase que para si mesmo. – Hermione, você não pode voltar para ele. Não é apenas sobre você e ele, nunca foi. Trata-se de seus pais, é sobre as outras garotas, é sobre Harry e Rony, é sobre mim, e acima de tudo sobre o bebê, ok? Se você voltar com ele, você irá destruir todas essas pessoas, bem como a si mesma e, eventualmente ele – Sua mão tocou o ventre dela de maneira carinhosa.


Draco estava lutando para encontrar uma maneira de apresentar a idéia de uma forma que fazia sentido para ela. Ela se preocupava mais com os outros do que ela. Hermione entendeu o conceito de justiça, mas não sabia aplicá-la a si mesma. E por alguma razão, ela se preocupava com Don. Se ele pudesse fazê-la entender agora, então talvez eles poderiam acabar com tudo isso.

_Todos? – Hermione murmurou, pensativa.

_Todos se preocupam com você. Don é um homem doente, Hermione. Ele está muito doente. As pessoas doentes precisam de ajuda. Mas só você, Harry, Ron e eu sabemos que Don está doente. Então, temos que ter certeza de que ele receberá a ajuda de que necessita.

_Draco, estou com medo. – Hermione estava tremendo.


Ele sabia que em algum nível, ela compreendia que ele lhe disse, e que ela já estava lutando contra isso. A grifinória não estava preparada para esta etapa no processo de cura, mas infelizmente era necessário a ocorrer. Antes de o bebê chegar, antes de eles começarem um novo capítulo de suas vidas juntos. Assim, Draco ignorou a pontada que sentiu em seu coração enquanto olhava nos olhos dela, assustados, mas ainda confiando nele, e continuou.

_Você precisa dizer a alguém o que Don tem feito a você. – O corpo dela estremeceu como se tivesse sido atingido fisicamente, e ela agiu como se quisesse afastar-se, mas Draco agarrou-a pelos ombros. Ele podia sentir a sua retirada em si mesma, fechando portas, rigidez, fechando-se como uma flor no frio, mas ele não ia permitir. – Hermione! Ouça-me! Este é o único caminho. Você tem que dizer a alguém. Você tem que contar para seus pais, ou a polícia trouxa, para que eles saibam como cuidar de Don e torná-lo melhor!

_Não! – Ela soltou como um soluço angustiado, fechando os olhos em seguida.

_Hermione, você está me ouvindo? – Draco esperou até que ela concordou minuciosamente. – Esta é a melhor coisa para todos. Sei que vai ser difícil, mas vou apoiá-la e estar com você. Meu amor por você vai te proteger. Isto irá nos proteger, e a todas as meninas. Você quer que elas se machuquem, Hermione ? Você quer que elas tenham o que você teve? – Hermione chorava copiosamente agora, mas Draco não quis parar. Hermione praticamente gritou quando ele disse isso, e Draco tinha começado a chorar também. Lágrimas silenciosas foram escorrendo pelo rosto enquanto ele segurava em seus ombros como um vício, o rosto a uns trinta centímetros longe do dela, que estava contorcido de dor e angustia. Sua voz era suave, mas constante e veloz como um rio. – Você tem que fazer isso por Don. Você tem que ajudá-lo. Ele está doente e a única coisa que pode ajudá-lo é a justiça. Justiça para você, para ele, a menina, e todos as outras garotinhas no mundo que vão sofrer por causa dele. Você tem que parar com esse massacre, meu amor. Seus pais merecem saber o que está acontecendo.

_Eu não posso. Eu não estou pronta. Não, Draco, não, por favor. – Hermione estava de olhos vermelhos, ainda choramingando quando implorou. Draco apertou sua mandíbula, até que finalmente ela ficou em silêncio, olhando-o profundamente por de trás das lágrimas.

_Eu sei que você está pronta Hermione. Esta não é o verdadeira você. A verdadeira Hermione Granger é apaixonada e amorosa, inteligente e orgulhosa e forte. E a real Hermione Granger ama valores morais e justiça acima de tudo. Você lutou por justiça para os elfos domésticos quando você era uma criança, você lutou por justiça para nascidos trouxas e mestiços contra Voldemort, então agora, com certeza, você pode reivindicar a justiça para si mesma. Exigir justiça para seus amigos, sua família, para todas as vítimas e para o bebê. É a única maneira de ajudar Don. É a única maneira de acabar com isso, Hermione.  – Draco se afastou dela, soltando os ombros, mas guiando-a quando ela escorregou para o chão para se sentar e olhar para ele. Ele se ajoelhou na frente dela e ela enxugou as lágrimas de seu rosto por um longo momento, em silêncio dolorido.

_Eu não posso. Eu não sou forte o suficiente. – Ela sussurrou. Draco fez uma careta. Tinha que ser feito. Levantou-se abruptamente.

_Então você não é minha Hermione. Está tudo acabado entre nós, até que acabe tudo entre você e Don, Hermione. Deixe-me saber quando estiver pronta para acabar com essa barbaridade absurda, até lá, esqueça que eu existo...


Suas palavras foram breves e enquanto ele se afastava um pouco os seus movimentos eram robóticos. Fazer aquilo rasgou seu coração, mas precisava fazer. Hermione tinha que reagir e se fosse preciso deixá-la deseperada, ele faria. Porém, ele sabia que a amava o suficiente para fazer qualquer coisa por ela, mesmo que partisse seu coração.


Hermione tinha que tomar uma decisão e rápido. Ia deixar o amor de sua vida partir depois de tudo resolvido? Logo agora que eles estavam se dando bem e tudo porque? Por causa de um homem que só a ferira físicamente? Dizendo que a amava, mas o que queria mesmo era abusar do corpo dela? Ela não podia permitir estragar tudo com esse medo estupido. Draco dissera que ficaria do lado dela, mas se ele sumisse de suas vistas agora, talvez jamais tivesse o apoio dele e de qualquer outro. Rony e Harry jamais a apoiariam se descobrissem que um “inimigo” queria ajudá-la e que por medo ela recusará-se de denunciar Don. Eles nao a perdoariam. Perderia seus únicos amigos assim como estava perdendo seu amor naquele momento. Reagiu.


_Draco... Espere! – Gritou enquanto ficava de pé.


Continuou de costas para ela e sorriu. Seu método serviu-lhe direitinho.


***Draco sabia que era por causa dela que sua respiração soava rapida e derregulada. Seus passos incertos quando ele a guiou para o seu quarto em direção à cama onde iam se deitar o fez sorrir de lado. Ela era intensa quando queria. Mas pela primeira vez na sua relação com uma garota, Draco não teve nenhum receio porque ela estava ali com ele num lugar onde só garotos poderiam entrar. Ou tão pouco preocupado que ela fosse deixá-lo logo em seguida. Ou mesmo deixá-lo de volta em sua vida complexa e notável. Não. Ela queria estar ali. Ela o fez guiá-la até ali.
Hermione subiu na cama de costas, e Draco seguiu com ela ficando por cima enquanto a beijava. As mãos dela desabotoavam os botões do uniforme da escola enquanto ele tentava a todo custo retirar as vestes dela. Agora que ambos estavam despidos da cintura para cima, Draco a puxou para seu colo, elevando o rosto dela a altura do seu. Ela o segurou pelos ombros e se insinuou movendo o quadril de modo sensual. Draco atacou seu pescoço e seios e com um suspiro pesado a deitou na cama outra vez, tendo em vista que ele permanecia com ela ajoelhado na cama, a volta aposição anterior foi até um pouco agressiva, mas Hermione não se importou com isso. Com pressa ele se desfez da calça, e da saia dela, as peças intimas foram as próximas a sumirem de vista. Hermione abriu as pernas para que pudesse acomodá-lo entre elas e sua pele se arrepiou toda quando entrou em contato real com a dele. Ele atacou seu pescoço como um animal faminto, mas ela só gemeu mesmo quando o alvo de seu ataque foram os seios. Draco a fez se encolher um pouco quando sua língua contornou o umbigo de modo sugestivo, e ela se arqueou toda quando ele sugou com força seu ponto intimo. Brincou ali por um tempo até resolver penetrá-la com os dedos. Simulou o sexo rapidamente e a fez gemer agoniada. Seu corpo macio curvou-se com a onda de espasmos que a invadiu e ela gritou. Draco a beijou na barriga em dois pontos diferentes antes de deslizar pelo seu corpo com a boca até alcançar seu rosto, em seguida ele a puxou para outro longo beijo. Ao erguer o corpo e invadi-la, observou todas as expressões do rosto dela. Hermione não conteve o gemido de prazer que escapou de sua boca ao senti-lo dentro dela. Abriu os olhos e olhou para ele, Draco a observava. Sua mente passou um pequeno filme fazendo-o lembrar de todos os meses atrás, quando ele tinha descoberto pela primeira vez como ela era bonita, quando ela tinha sido a sua deusa do luar no trem. Pensando melhor: ela continuaria sendo sua deusa do luar eternamente. Ela sorriu timidamente.  E ele soube naquele momento que tinha tomado todas as decisões corretas. Ela se moveu tentando se aconchegar debaixo dele e foi inevitável não fechar os olhos. Ela abriu a boca minimamente e ele se inclinou para beijá-la.


Cobriu todo o corpo dela com o seu e moveu-se. Moveu-se até achar que estava cansado e que outra posição seria mais satisfatória. Virou-a na cama e a fez calvalgar em seu corpo enquanto se apossava de seus seios, pescoço e boca.


Draco Malfoy sabia muito bem levar uma mulher a loucura quando queria e Hermione ficaria louca se não alcançasse o climax rapidamente. Porém o loiro estava disposto a prolongar o ápce o quanto fosse possível. Mudou novamente de posição e comandou os atos dos dois. Ela queria gozar mais ele não deixava e quando o prazer vinha com toda a força ele fazia um esforço e controlava, mas, porém quando num certo momento ele almentou o ritmo ela igualou o movimento dele e acabou gozando, trazendo o prazer dele para se juntar ao seu.


Quando ele desabou na cama ao lado dela, demorou alguns minutos para recuperar as forças e abrir os olhos.


_Qualquer dia ainda morro com seus movimentos imprevísíveis – ele murmurou entre o fôlego que tentava recuperar.


Ela sorriu e retrucou:


_Morrerei primeiro, se continuar a me torturar dessa maneira toda vez que se deitar comigo.


Ele abriu os olhos e se virou para ela apoiando-se no cutuvelo.


Hermione o encarou e sua boca esboçou um lindo sorriso.


Oh, céus! Como amava aquela garota. Seria pedir demais que ela só tivesse olhos  para ele?


_O que foi? – A castanha perguntou vendo que ele ficara sério de repente.


_Não é nada. Estava apenas te admirando.


Por um segundo ela sentiu as bochechas esquentarem. Não estava muito acotumada a ficar totalmente nua na frente de um homem. Embora já tenha ficado na frente dele por algumas vezes, dessa vez estava sendo diferente. Draco tinha mexido com uma parte dela que jamais imaginou que um homem fosse capaz de tocar. E aquele olhar intenso e brilhante a deixava envergonhada. Talvez não estivesse segura do seu porte físico – gritou sua mente –, suas pequenas e quase invisíveis estrias a deixava insegura de seu corpo. Será que ele estava analisando seu corpo para descobrir se ela tinha mais alguma imperfeição?


O pensamento a fez se cobrir rapidamente com o lençou verde e se sentar na cama de costas para ele.


Draco vendo a reação dela, estranhou.


_O que houve? – perguntou esperando uma resposta que não veio rapidamente. – Hermione... Aconteceu alguma coisa?  Ele se aproximou.


_Não aconteceu nada.


_Então por que se afastou? Eu fiz alguma coisa?


_Não. É claro que não. – Eu só fiquei um pouco envergonhada, só isso.


_Envergonhada? – Perguntou estranhando mais ainda. – Por que ficaria envergonhada comigo?


_Eu não sei ao certo, mas acho que fiquei envergonhada por você ficar me olhando, analisando meu corpo como se quisesse descobrir todos os meus defeitos físicos.


_Defeitos físicos? Hermione eu não estou entendo nada do que você está dizendo. Você não tem defeitos físicos.


Ela se virou para ele chocada. Ele só podia estar brincando.


_Você está brincando, não é?  Toda mulher tem defeitos físicos. Seja ele uma celulite, ou estrias, que é o meu caso, ou uma gordurinha sobrando aqui, ou ali...


_Pára. Eu não acredito no que eu estou ouvindo. Você está preocupada com o que eu posso estar achando do seu corpo, sendo que temos problemas muito maiores para resolver?


Hermione pareceu não ter ouvido o que ele falou e desatou a falar asneiras.


_Eu sempre tentei acabar com elas com cremes que minha mãe me indicava, mas nunca conseguia. Don sempre disse que eu devia me cuidar mais, para que ele não tivesse que olhar para elas quando me tocava, eu usava cremes muito bons, por isso elas são quase transparentes e...


Draco foi rápido em fazê-la se calar. Ouvir o nome daquele infeliz o fez querer usar um feitiço imperdoável.


Colocou a mão na boca dela delicadamente e se aproximou mais ainda sussurrando.


_Shiii... Pára com isso. Você não tem estrias – ela ia protestar dizendo que tinha sim, mas ele não deixou. – E mesmo que tenha, elas não vão fazer eu parar de amar você.


_Mas eu achei que...


A frase foi interrompida pelos lábios dele pressionados aos dela.


Depois do beijo, Hermione manteve os olhos fechados enquanto ouvia o doce sussurro das palavras dele ao ouvido.


_Eu te acho linda de qualquer jeito.  – Agora as mãos dele afastavam o lencóu do corpo dela delicadamente. – Você é e sempre continuará sendo minha deusa do luar. Assim como daquela vez no trem...


As palavras dele morreram ali, pois seus braços envolveram a cintura dela, puxando-a para seu colo. Hermione seguiu todos os comandos enquanto tinha a boca invadida pela língua dele.


Draco explorou com vontade todos os recantos e quando Hermione o empurrou na cama ele a truxe junto só para ter seus rosto perto do seu. Assim poderia beijá-la enquanto se afundava nela até a base de seu sexo.


Enquanto deixava que ela comandasse o ato, ele se divertia sugando e beijando seus seios, pescoço e colo.


Mas quando sentiu que ela gozaria igualou os movimentos dela apenas para alcançar o que já havia atingido. Vendo que não conseguiria naquela posição, virou na cama e estocou com força fazendo Hermione gemer mais um pouco.


Quando chegou ao ápce, ele deixou cair o corpo por cima do dela e meio minuto depois rolou para o lado, deixando voltar a sua respiração normal. Hermione se acochegou ao peito dele e puxou o lençou, antes abandonado, por cima da cintura de ambos. Draco a abraçou e velou o sono dela até o mesmo o dominar.


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