Capitulo 36
Wrath entrou na sala de jogos, e pode perceber o celular sendo esmagado com as próprias mãos e arremessado na parede mais distante.
_Ela se foi, meu irmão. Ela não me quer mais. – ele disse sentido.
_Eu sei. - a voz do rei foi forte, mas com muito sentimento.
_Sabe? –os olhos azuis de Thormenth brilharam intensamente – Sabia que ela partiria e não me avisou?
_Em primeiro lugar, não sou um leva e trás. Não quero me meter na vida dos moradores dessa casa, eu sou um rei, não um santo casamenteiro. E você e a Minnah realmente são fodidos bastardos ao me colocarem em inúmeras confusões.
_Porque não me avisou que ela estava indo? Eu poderia...
_Tê-la impedido? A forçado novamente? Esfria a cabeça meu irmão. Não vá errar de novo. Pode ser que não receba o perdão novamente.
_Quando anoitecer irei atrás dela, como um cão de caça. Eu a procurarei.
_Eu faria o mesmo se fosse você!- Wrath quase sorriu – mas só te peço cuidado!
_Não a forçarei a voltar. Mas ela terá que me explicar o motivo, e espero que seja plausível. – ele disse irritado.
_Ela me prometeu que caso precise de ajuda me procurara, e eu darei a segurança que uma fêmea precisa.
Thormenth o olhou, queria agradecê-lo pela promessa a ela. Mas não se sentia bem. Então não o faria. Apenas acenou e saiu para o centro de treinamento. Praticar tiros, ou o pugilismo no saco de pancadas, pareceram ótimas idéias de passar o dia, e quando anoitecesse...
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Minnah tentou se concentrar na dança, mas por um momento ficou paralisada, ele estava próximo, podia sentir seu sangue nele. Muito próximo.
Thormenth parou na frente do estabelecimento humano, o local estava cheio, e ele entrou sem problemas, apenas olhar aos seguranças e mandar uma mensagem aos idiotas fora suficiente. Droga, o que diabos ela estaria fazendo num lugar tão vulnerável?
Minnah prendeu a respiração e continuou fazendo seu corpo se remexer ao som da canção sensual, muitos homens aplaudiam e tentavam segurá-la, outros se limitavam a colocar dinheiro em seu decote, e no elástico de seu short curto e colado. Ela sorriu, sabia que ele estava a observando, então era melhor dar a ele um motivo pra sonhar.
Thormenth caminhou desgostoso pela multidão, não precisava ser um vampiro pra saber onde ela estava, dezenas de homens e algumas mulheres a observavam. Minnah estava linda! Seu corpo, moreno esguio, dava voltas sobre uma barra de ferro, se enrolando como uma serpente! Trajava um minúsculo corpete prateado frente única, que quase não tampava seus seios fartos. O umbigo estava de fora, com um pircing grande e chamativo. A saia, ou o pedaço de pano que ela usava como saia, eram dois meros pedaços de pano, costurados e feito para balançar sobre as formas avantajadas. Nos pés ela trazia sandálias altas, trançadas as pernas igualmente prateadas. E pode ver na borda de suas vestimentas notas e mais notas. Seu sangue ferveu, no verdadeiro sentido da palavra ferveu. Era isso que ela fazia? Dançava? Há quanto tempo? Não podia haver mais do que a dança, ou ele sentiria. Não sentiria? Caminhou às cegas por entre as pessoas e subiu no palco com um pulo. Muitos gritaram, outros vaiaram, por um lado da visão, pode notar humanos se aproximando, certamente seguranças.
_Sai daqui agora! – ele disse num rosnado, que ela quase não entendeu.
_Estou trabalhando! Mas pelo jeito você quer fazer parte do show! Então vamos lá. – ela se aproximou dele, e o abraçou, forçando o passar as mãos em sua cintura, rebolou no ritmo da música e se jogou para trás, com a certeza de que ele a segurava. Seus cabelos longos esbarraram no chão.
E pelo gemido, dos humanos, Thor imaginou a visão que eles tinham dos seios dela. Sua ereção cresceu, e suas presas saltaram, com a necessidade de mordê-la e demarcar seu território para aqueles humanos idiotas. Ela endireitou a coluna devagar e deu as costas para ele, saindo rebolando exageradamente, e ele segurou o braço dela. Rosnando como um cão raivoso.
_Sai. Daqui. Agora.
Minnah sorriu desafiadora.
_E se não sair?
_Não pague para ver fêmea!
Minnah o olhou nos olhos, que saiam faíscas, pensou em se desmaterializar, mas sabia que Wrath arrancaria a cabeça dos dois, por se exporem daquela forma.
Sorriu para o público e procurou os olhos de Kirk, acenando que sairia. Antes de entrar no camarim, Thor parou.
_Te vi olhando para aquele humano já posso ir arrancar a cabeça dele? – ele disse saindo.
Mas não precisou ir longe Kirk estava ali próximo a eles, com mais três seguranças.
_Está tudo bem Minnah? Você conhece o sujeito? Ou quer que...
_Calma Kirk, esse cara é... Meu irmão. – ela disse rápida
_Um caralho que sou!
_Cala a boca Thormenth! Esta tudo bem Kirk só me da um momento que resolvo isso, e já volto pra lá, Ok? – ela disse saindo e entrando no camarim sendo seguida por Thor que fechou a porta atrás de si.
_Só vai voltar naquele palco, se o inferno congelar!
_Ótimo, avisa pro capeta comprar um agasalho! O que esta fazendo aqui Thormenth? – ela disse fria e sarcástica.
_Vim te buscar e te levar de volta a mansão!
Ela riu com deboche!
_E como vai fazer? Me arrastar pelos cabelos?
_Minnah você não tem noção de como eu quis te morder ali na frente de todos, tomar seu sangue e te marcar, deixar meu cheiro em você... E – ele hesitou - te provar que é minha!
_Vá em frente Torhmenth, me tome contra minha própria vontade. Dessa vez não haverá perdão!
Aquilo foi como uma bofetada nas faces de Thormenth, que ficaram vermelhas. Ela soube que ele estava no limite.
_Minnah eu só quero que volte ok?
_Não. Porque eu não quero ficar perto de você Tohrmenth, entenda. Arrume outra fêmea se alimente dela, que eu arrumarei um macho para me alimentar.
_Que seja um dos meus irmãos. - ele disse num fio de voz
_O quê? - ela quase gritou.
_Eu saio da mansão, deixe que um dos meus irmãos a alimente, mas volte!
_Deixaria que um dos seus irmãos me alimentasse Thor? – ela perguntou e ele pode notar a mágoa.
_Eu não ficarei para assistir. Mas apenas volte, lá é seguro para você.
_O inferno que vou voltar! E você não pode abandonar a luta assim. Eles precisam de você.
_Mas você não precisa não é mesmo Minnah?
_Escuta! Eu só quero que me deixe em paz. Eu apenas quero encontrar alguém que me alimente, e quero viver longe de tudo que me faça lembrar você!
_Tem que haver uma explicação! - ele gritou batendo os pulsos fechados sobre um aparador de vidro.
Os batons, esmaltes e espelhos caíram juntamente com o vidro do móvel. Uma parte do vidro cortando a lateral do pulso forte. O cheiro de sangue dele a fez enregelar-se.
Ela o queria, e como negar!
_Não pode negar seus instintos. Sabe que posso manter esses humanos longe, e me meter entre suas pernas até que...
_Ganhara meu ódio! - ele disse de olhos fechados, e prendendo a respiração.
_É isso que quer? Minnah Sorrah é isso que quer? - ele disse sério, sem se importar com o corte em sua mão.
_É. – ela disse engolindo em seco. Era melhor ele ir embora logo, logo senão, ela não resistiria e tudo o que planejou estaria perdido.
_Então Adeus estrela da manhã! - ele disse serio, e passou a língua sobre o lugar que sangrava.
Minnah abriu os olhos, não podia acreditar nas palavras dele. Quando viu a língua vermelha, passando lentamente sobre a pele dele, sentiu um calafrio, aquela língua... Ele... Suspirou fundo.
_Adeus Tohrmenth.
Ele se desmaterializou, sem se importar. Minnah sentiu seu corpo ceder, e caiu de joelhos. As lágrimas abundantes em seu rosto. Seu choro alto.
_Minnah... Minnah está tudo bem? - a voz de Kirk se fez ouvir da porta.
_Só quero ficar sozinha me deixe em paz! - ela respondeu chorando.
_Sozinha? Onde ele foi Minnah?
_Ele não está mais aqui ok? Eu só preciso de um minuto sozinha, por favor, Kirk... - ela pediu entre soluços.
O homem saiu e Minnah deu vazão a sua dor...
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A mansão estava silenciosa, ninguém fazia um barulho, mas todos podiam ouvir os móveis se quebrando no quarto de Tohrmenth.
Estava frustrado, mas não queria lutar, naquele momento, queria destruir. Não queria nada daquele quarto que compartilhara com ele, não queria uma roupa, um lençol. Nada! Nada que contivesse o cheiro dela, o gosto dela, lembranças dela. Atear fogo ao quarto era uma boa idéia, talvez arder nas chamas lhe faria se sentir melhor. Mas certamente os irmãos ficariam nervosos com isso. Olhou para as janelas, ainda faltava algum tempo antes de amanhecer. Se armou e saiu pelo corredor. Tinha consciência de que não poderia desmaterializar-se naquele momento, embora tenha feito isso ainda perto dela, mas não agitado daquela maneira, não conseguiria.
Era uma boa notícia que os irmãos não estivessem na porta de seu quarto. Desceu as escadas, e quando chegou à porta, suspirou cansado.
_Um fodido segundo para saírem da minha frente! – ele rosnou baixo, ainda prendendo uma das armas na cintura.
_Não vamos sair irmão e você sabe! Eles estão ai por ordem minha! – Wrath.
_Mas alegre-se estaríamos aqui da mesma maneira. - Raghe disse sorridente.
_Eu só quero sair. Numa boa! Sair! – ele disse tentando parecer calmo.
_Não mesmo irmão, sinto sua tensão! Não é uma boa estar nas ruas. - Vishous alertou.
_Um caralho para você e sua sensibilidade Vishous, saiam da frente, podem me prender aqui, mas terão que me bater, e saiba que não farei disso uma tarefa fácil. – ele rosnou, se preparando para lutar.
_Nos empenharemos então, seu fodido cabeça quente! – Zsadist disse dando um passo a frente.
Todos sabiam que Zsadist ainda era o mais selvagem dos irmãos e se tivesse que partir para cima de Thormenth não seria preciso pedir duas vezes.
_O que diabos estão fazendo? - a voz de Beth alta, fez todos os machos no recinto olharem para ela – Pela virgem, podem ser civilizados? Ao menos uma vez. Torhmenth pode falar comigo um segundo? – ela pediu, sua voz se tornando doce.
Thormenth pensou em negar, pensou numa resposta malcriada. Ele podia se rebelar contra Wrath, responde-lo, xingá-lo. Mas não podia fazer isso com a sua rainha. A respeitava o suficiente para fazer o que ela quisesse.
A essência escura de Whrat impregnou o ambiente, e Beth o olhou. Caminhou até ele e sussurrou em seu ouvido:
_Relaxa! Quer que eu te ajude, não quer? Sou a rainha me deixe agir como tal!
_Deixarei quando estiver debaixo de mim! - ele disse e a puxou pelo cabelo, dando um beijo forte e exigente em sua boca.
_Garoto levado! Depois cuido de você! – ela disse alto e piscou para que todos pudessem ver.
Beth colou uma das mãos no braço de Thor, que estava cabisbaixo, e saíram.
_Então garoto levado! Você recebe palmadinhas no traseiro Wrath? Isso eu pagaria para ver. - Raghe disse brincalhão, dissipando a tensão do ambiente.
_Talvez veja quando suas bolas estiverem presas no ventilador de teto do meu quarto! – Wrath grunhiu
Os risos se espalharam pela sala da mansão...
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_Não estou disposto a dividir meus sentimentos, minha rainha. Nem com você. - Thormenth disse duro, logo que Beth o fez se sentar ao seu lado no sofá.
_Não sou rainha nesse momento! Sou apenas sua amiga. Sua e dela. – Beth disse pacífica.
_Não quero falar dela. - ele disse em um tom que para ela pareceu pirraça.
_Quer sim. – ela disse com um sorriso amável – Você está magoado. É apenas isso! Thor...
_Eu não entendo, estava tudo tão bem entre a gente. Sabe as coisas... Estavam... Tão certas e de repente. - ele disse engasgado, evitando chorar.
_Sim, mas a coisas que fogem ao nosso controle. Olhe a minha vida! Quem diria que acabaria me casando com um gigante de cara amarrada, e que seria a rainha de uma raça inteira? Se me contasse eu choraria de rir antes de acreditar. A vida te trouxe Minnah num momento difícil para você. Para ela também não é fácil. Vocês têm um relacionamento conturbado, mas...
_Não há mais um relacionamento! Essa é a verdade! Não pode existir mais.
_Me ouça Thormenth, de tempo ao tempo. É a solução para vocês. A Minnah está com a cabeça confusa, ela é uma fêmea, tem um lado guerreiro, tem algo de outra mulher em sua alma. Entenda ela. – ela pediu doce – Não é fácil para Minnah!
_Mas também não é para mim! Beth ela dança, expõe seu corpo... E sabe mais lá o que ela faz!
_Ela não está em seu juízo perfeito. Escuta, você é um cavalheiro, sempre foi. Supere isso seja forte por vocês dois, não a odeie. Depois que isso passar vão se sentir idiotas pelas razoes.
_Não será necessário Beth, eu não a aceitarei mais em minha vida! Não há mais volta para nos dois... - ele saiu depois de beijar respeitosamente a mão direita de Beth.
‘’Ah, você pode pensar assim, guerreiro, mas essa história não está no fim... ’’- ela sussurrou antes de ver Wrath entrar pela porta e ela sorriu, sabia bem o que ele queria...
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Minnah sorriu quando viu dois brutamontes entrando na casa de shows. Blay estava bem vestido como sempre, e Quinn estava com seu habitual couro e muitos pircings. Ela sorriu feliz em vê-los estava com saudades.
Os dois assistiram passivos e atentos a apresentação, e a seguiram quando ela foi para o camarim.
_Oi!- ela disse feliz abraçando primeiro Blay e depois Quinn- Que saudades!
_Também, estávamos gracinha!- Blay sorriu, e ofereceu a ela uma cadeira giratória.
_Quando vai contar a ele que está grávida? – Qhuinn perguntou sem rodeios.
_Eee...- ela gaguejou.
_Soubemos assim que entramos nesse recinto. O que está fazendo Minnah? Ficou maluca? É uma fêmea grávida! - Blay se indignou.
_E o que entendem disso?
_Só porque gostamos um do outro, não quer dizer que não sejamos machos, e que não entendemos de fêmeas. – Qhuinn se justificou.
_Minnah somos seus amigos. Muitos na mansão estão preocupados, e todos torcem para que vocês façam as pazes. – Blay disse.
__Ele não quer uma shellan, não quer um filho. Não posso chegar e simplesmente impor isso a ele. Ele é um guerreiro!
_Pela virgem deixem de ser cabeça dura! Vocês estão sofrendo a toa!
_Ah e vocês levaram mesmo quanto tempo para se acertarem? Só me deixem com as minhas escolhas. – ela respondeu de má vontade.
_Está bem... mas sabe nos encontrar se precisar ok? – Qhuinn disse e a beijou nas faces – Como está cuidando da sua alimentação?
_Há vampiros civis por ai, dispostos a me alimentar. – ela disse brincalhona.
_Mesmo? Não me fale onde encontrá-los... sou capaz de arrancar a cabeça de qualquer um que fira minha amiga. – Blay disse sorrindo.
_OH Seu galante! Eu me alimento deles, não o contrário. E nunca é o mesmo. E eles nem se lembram de mim.
_Altera a memória deles?
_Eles são tão fracos, e não quero que tenham lembranças minhas.
_Melhor assim. Bem vamos indo. – Qhuinn disse a beijou, e os dois saíram.
_Sentirei saudades. – ela disse e ambos a olharam e acenaram, não precisavam de muito para entender que aquilo era o mesmo que dizer para que não a procurassem, e se ela queria isso, assim seria.
Semanas depois...
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