Draco estava deitado na sua cama, de braços e pernas abertas. Olhando para o teto. Conseguira arrancar de Harry a informação que ela partiria as duas. Faltavam apenas cinco minutos. E ela não aparecera. E não viria. As lágrimas irritavam seus olhos. Mas ele não as deixava pingar. Ela não voltara. Simplismente não voltara. Esperara o dia todo. Olhara incessantemente para o relógio, e ela não aparecera.
Não queria que terminasse assim... não tinha noção de como cuidaria de Eros sozinho... Precisava dela desesperadamente. Mas ela não voltaria... era fato. Enfim, as lágrimas que estavam guardando rolaram desempedidas, pela face branca...
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_Senhora, há um problema, e a senhora não pode tomar a chave do portal. - um agente do ministerio avisou.
_O quê? Que problema? E porque não posso? Eu posso e vou.- Hermione disse irritada.
_Senhora facilite, antes de sair do país fazemos uma inspeção. E a senhora não está apta a sair do país.
_Olha aqui. Eu sou uma cidadã nascida trouxa, bruxa. Sempre cumpri meus deveres, não devo nada... nada ao ministerio e a sua corja. Sou viúva, e tenho meus direitos. E eu quero sair do país nesse momento.- ela quase gritou mandona.
Mais dois oficiais do ministerios se achegaram ao pequeno tumulto. Afinal ela era amiga do Potter e dos Weasleys, e era capaz de azarar todos os aurores do departamento de transporte mágico. E tinha o agravante de dormir meses com um Malfoy.
_A senhora não pode sair. Porque tem um contrato mágico em aberto.
_O quê?- ela gritou empalidecendo.
_Isso mesmo, e não pode sair do país levando o sangue Malfoy contigo.
...
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Draco cochilara ouvindo o choro de Eros. Sua mãe estava com ele naquele momento, e ele conseguiu cochilar alguns momentos, até que Narcissa entrou no quarto.
Levantou-se num salto, poderia ser Eros com a febre que não abaixava.
_Filho! Tem uma chamada do Departamento de Transporte do Ministério. Parece que a Hermione não está conseguindo sair do país.
_Não quero saber mãe. Ela quis ir embora, não quis? Pois que vá. Não vou rastejar. Errei, mas não vou me humilhar. - ele disse amargo se sentando.
_Sei. Mas é que isso te interessa sim, e muito. Ela não conseguiu sair por causa de um contrato em aberto. Ela não pode sair levando um Malfoy.- Narcissa disse apreeensiva.
Draco se levantou num pulo.
_Cadê o Eros? Não vou permitir que ela o tire de perto de mim... isso não! - ele rugiu, se levantando e colocando a camisa.
_O Eros está no quarto dele, dormindo. Eu cuidei dele o dia todo. -Narcissa disse devagar, e Draco parou e olhou para a mãe incrédulo.
_Não acredito... não pode ser... ela está levando um Malfoy... ela está gravida?!
_Bom, pelo tempo que passavam dentro daquele quarto, não é de se admirar. Afinal vocês não ficavam jogando snap explosivos.- Narcissa disse sarcástica, vendo o filho muito pálido.
_Inferno! Eu... o que eu faço agora?... Eu...
_Você vai buscá-la, Draco. E resolver a vida de vocês... Lindo! Mais um bebê! Essa familia enfim vai prosperar -Narcissa disse feliz- E é bom andar de pressa, ela está muito nervosa. Não quero que nada de mal aconteça a ela ou a meu neto... ou neta.- ela disse com um sorriso e Draco gemeu.
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Hermione chorava copiosamente, já tinha jogado tudo que encontrou pela frente nos aurores que insitiram em ficar na sala, para qual a a haviam levado. Sua varinha fora confiscada para o bem de todos, e ela esperava impaciente pela chegada de Harry. Ela respirava profundamente, tentando controlar os nervos... Não se sentia bem. As emoções dos últimos dias tentavam derrubá-la a qualquer maneira.
Não podia acreditar no que estava acontecendo, mas tinha lógica. Ela engravidara de novo, antes de deixá-lo, então antes do contrato inicial ter fim. Sabia que uma das claúsulas, era não deixar o país com um filho dele, seja no ventre ou nos braços. Não estava com Eros, então não havia outra explicação. Ela estava esperando um filho dele. Outro. Em tão pouco tempo. Merlin como ela ia passar por isso... Mal suportara um peso de um contrato mágico... e agora isso...
Ainda chorava quando a porta se abriu... ela levantou o olhar. E sentiu o coração gelar. Ele estava ali, na sua frente, vestido formalmente. Num relance notou o abatimento estampado no rosto dele, mas, ainda sim ele era lindo, e sua expressão séria, a fez perder a noção de tudo...
Avançou sobre ele, dizendo impropérios...
_Seu desgraçado, fiho da puta! Seu sacana dos infernos...- Ela batia no peito dele, enquanto ele se defendia sem jeito. Mas enfim ele tentou segurá-la.- Seu bastardo! Cretino! Cafasgeste! Odiota! Me solta!- ela berrou quando ele a prendeu entre os braços fortes.
_Hermione! Calma!
_Calma o inferno! Calma o cacete! Olha o que fez comigo? Você me engravidou de novo! Seu bastardo!- ela disse cansada tentando se livrar dos braços dele.
_Não foi por querer. E não me arrependo. - ele queria dizer que não fizera nada sozinho, mas achou melhor não irritá-la mais.
_Eu te odeio! Te odeio! Draco malfoy! Odeio!
_E eu te amo! Amo Hermione. Amo muito!- Hermione parou de lutar, quando as palavras dele, fizeram efeito em sua mente...
_Eu te odeio...- ela disse antes de sentir o mundo girar desmedidamente, e pode sentir os braços dele a apertando com mais força... a segurando, enquanto tudo escurecia.
_Hermione! - Draco chamou angustiado, segurando-a totalmente fora de si.
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Hermione acordou, e não abriu os olhos, primeiro desfrutou da sensação macia, da seda em seu corpo. Não precisava de muito pra saber que estava de camisola, e entre os lençois de seda, de Draco. O cheiro... o cheiro dos dois juntos, fez seu corpo se eriçar.
_Se sente melhor? - a voz dele, a fez abrir os olhos depressa. E encontrou apenas ele a sua frente, e seus olhos cinzas, que a prescutaram com devoção. – O medibruxo disse que você esta muito fraca... Mas que reverteremos isso facilmente. Mas agora você vai me ouvir, sem dizer nada você vai me ouvir.- ele disse sério.
Ela respirou fundo algumas vezes.
_Porque você me traiu?- ela perguntou direta.
_Não a traí. Meu coração não.
_E seu corpo. Você esteve com outra.
_Contra a minha vontade. Eu não sabia que era ela. Eu juro. Aqueles sucos que ela me servia, continha algum entorpecente... Você acredita mesmo que eu brincaria com seu amor Hermione? Acha que depois de tudo eu ia fazer isso? Agir como um tolo idiota? Hermione eu chorei por você . Eu tenho que chorar por você ... Eu a amo. E sinto por tudo... tudo. Mas eu não a traí. Não da forma como pensa. Você é a única mulher que está em minha mente. E embora aquela vadia tenha usado meu corpo. Foi só isso. Ela nunca terá meu coração. Porque ele é seu. Inteiramante e completamente seu...
Hermione ouviu as palavras de Draco atentamente, e se sentou na cama, num pulo. Enlaçou-o pelo pescoço. Draco não esperava aquele gesto de abandono. E a abraçou.
_Seu idiota! Idiota! Grandíssissimo idIota! Eu te amo. Muito mais do que eu queria...
Ele sorriu, a beijou na testa e disse:
_Verdadeiramente, loucamente e intensamente, é assim meu amor por você!
Hermione nao conseguiu segurar as lágrimas.
_Inferno, não acredito que esteja grávida e emotiva de novo. Justamente quando preciso ser mais forte.
Draco porém não disse nada, apenas segurou o pescoço dela, com ambas as mãos, a forçando o olhar... e a beijou, um beijo calmo, lento, e envolvente.
_Me faz esquecer... apaga da minha memória a sua imagem e a dela... por favor... me faz esquecer...- ela sussurrou segurando ambos os braços dele.
_Isso é perigoso. Feitiços na mente são perigosos.- ele disse se afastando um pouco dos lábios dela.
_Eu confio em você. Cegamente... verdadeiramene, loucamente e intensamente.- ela disse num fio de voz.-Mas precisa tirar da minha mente... ao menos a imagem de vocês dois, mesmo que eu saiba, quero sumir com essa imagem, por favor...
_Não sei Hermione, se algo der errado? E se...- ele disse apreensivo.
_Você me deve isso Draco. É a unica coisa que pode fazer por mim... e por nossa familia.
_Tudo bem... mas tem coisas que você precisa saber.
_O que?
_Primeiro, o Eros está doentinho, ele está abalado com a sua falta.
_Eu sinto muito!
_Eu sei. Mas escuta. A Alyce está em askaban, porque...- Ele teve dificuldades de se expressar.
_Por que?
_Descobrimos que ela é a culpada de toda a regressão do Eros.
_Como assim?- Hermione se sentou na cama, e se livrou das mãos de Draco, preparando-se para ir ver o filho.
_Ela vinha agredindo ele fisicamente e emocionalmente.- ele disse com se sentisse vergonha.
_Ela bateu nele?- Hermione o encarou ficando muito vermelha.
_Muito!- ele disse e prendeu os lábios entre os dentes- E falou atrocidades para ele. Ele é um menino esperto e entende quase tudo. Então ela está em askaban por isso.
_Eu vou matar aquela cretina!- Hermione gritou ficando de pé.
_Calma, ai. Eu mesmo ainda não fiz nada, apenas a deixei lá. Porque era mais importante para mim, ter você de volta.
_Vou arrebentar essa vadia...- Hermione chorou ainda mais, e Draco se pôs de pé ao lado dela.
_Não agora, o Eros precisa de você primeiro. Eu preciso. Você está fraca, precisa se recuperar.
Draco se pé atrás dela e a abraçou, quando ela já estava perto da porta, para sair do quarto.
As mãos grandes dele, tomaram todo o baixo ventre dela, e ele apoiou a cabeça na curva de seu pescoço. Ele acariciou o ventre dela, e ela se arrepiou.
_Nosso filho Mione. Mais um bebê. Não posso crer.
_Nem eu. Não planejamos...
_Eu sei. Mas fico com medo por você apenas. Passar por um parto novamente e...
_Ei não se preocupe com isso agora ok? Me responde um coisa...
_Fale...
_Porque seu advogado estava falando sobre um novo contrato. Eu não quero mais contratos Draco. Nunca mais.
_Escuta, não sei bem o que aconteceu, mas provavelmente ele estava falando da quantia que mandei pra sua conta novamente, mas não foi como pagamento, eu só queria que você estivesse confortável...e... mesmo que longe de mim.- ele disse ficando rubro e a abraçou ainda mais apertado.
_Você tem me provado que mudou mesmo! Mas eu quero ver meu filho mais que tudo... nesse momento...- ela se afastou dele, e logo chegou no corredor, parou ao ter um pressentimento.
***
Draco estava parado atrás dela, com a varinha em riste e murmurou:
_Parcionate Obliviate...
Murmurou outros pequenos encantamentos, notando a rigidez do corpo a sua frente.
_Hermione...- ele chamou calmo e baixo, estava receoso, se aquilo desse errado, seria o fim... se errasse poderia mudar a vida de todos... preferira pegá-la desprevenida, seria mais fácil, de dar certo.
Ela se virou devagar, sorriu abertamente.
_Obrigada... eu preciso ver meu filho, e minha sogra. Acerto com você mais tarde na nossa cama.- ela disse alegre e ele sorriu.
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Hermione entrou no quarto e Narcissa a abraçou. Antes de dizer qualquer coisa.
_Menina, que felicidade ter você de volta! Foi tudo um grande engano. Você precisa dar uma chance ao meu filho... ele e esse menino precisam de você.
Hermione sorriu para a sogra. Achou engraçado, Narcissa Malfoy tentando sutilmente interceder pelo filho e pelo neto.
_Já estamos nos acertando. Como está o meu filho?
_Bem, não tem comido ou dormido direito. Eu fiz o que eu pude, mas cuidar desses dois não é fácil.
_Obrigada!- Hermione beijou a face da sogra. E caminhou até o berço.- Eros! Meu amor, a mamãe está de volta... a Mione está aqui. Eros...- Hermione o pegou no colo e ele se remexeu sonolento.
_Mionne... mamãee, mmaamãee...- ele disse meio dormindo, sem ter conciência que estava no colo da mãe.
_Eros, a mamêe está aqui! Abre os olhinhos, acorda meu amor. A Mione está aqui...
Eros choramingou e abriu seus olhinhos violetas, e Hermione prendeu a respiração. O amava. Não entendia como um dia pudera negar aquele amor. Mas o amava.
_Mamãae, mamãae...- ele disse a encarando sério como se não acreditasse, que era ela.
_Oi, amor da minha vida. Eu voltei. E estou aqui.- o menino sorriu e esfregou os olhinhos.- E vou ficar com você sempre... sempre... eu te amo meu filho...
Eros abraçou a mãe, e deitou a cabeça no pescoço dela, a mãozinha na face como se quisesse tocá-la ainda mais.
Draco entrou e ficou parado na porta, olhando a cena, para ele a mais linda de todas. Sua mãe ao canto, com lágrimas nos olhos. Sua mulher e seu filho aconchegados um ao outro. E saber que havia outro Malfoy em seu ventre era tudo de bom.
Sorriu para si mesmo se lembrando do que dissera a Lucius, naquela fatidica noite: ‘’Seu neto será um mestiço. E não será só um neto. Terei uma familia inteira. Pelo menos uns 8. E todos serão mestiços. E a partir do nascimento deles, todos irão olhar para os Malfoys e verão uma família Mestiça e feliz! Sua famosa fortuna será dividida entre os mestiços que eu e Hermione gerar!’’(trecho do cap.22). - Bom para oito faltavam, apenas 6 agora...- ele pensou.
Hermione o olhou, se virando de modo que ela e Eros podiam vê-lo.
_Posso saber o motivo desse sorriso zombador em seus lábios...
_Mais tarde minha querida... muito mais tarde...
_Papaii... papai...- Eros chamou e Draco se aproximou.
Ele quis ir no colo de Draco e quando Draco foi pegá-lo ele voltou a se agarrar à Hermione. O que fez os três na sala rirem.
_Draco meu filho... pega a fila... porque perdeu seu lugar...-Draco fez uma careta...- Se conforme porque ai vem mais um Malfoy...- Narcissa foi até ele e o abraçou.- Cuida da sua familia meu filho... cuida... porque você e ela merecem.
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Evitaram tocar naquele assunto da babá maldita. Deixariam que os advogados da familia dessem conta de tudo...
Naquela noite Hermione esperou que Eros adormecesse para poder ir para seu quarto. Passou pelo quarto rapidamente... não querendo olhar a cama meticulosamente arrumada, e ele não estava lá.
Tomou banho rapidamente e caminhou para o quarto, o encontrou de pé proximo a cama. E ele soltou um suspiro profundo ao vê-la e tomou um gole do wisky de fogo.
_Espero que essa bebida não esteja batizada com alguma coisa do Harry.- ela disse bobamente, sem ter nada melhor pra falar.
_Não mesmo. Vem cá amor...- ele chamou enquanto colocava o copo numa mesinha e ela se aproximou .
Draco a segurou entre seus braços e a beijou com calma.
_Senti sua falta imensamente. - ele sussurrou.
_Não vamos falar disso. Apenas me ame, como se não houvesse amanhã.
Draco não disse mais nada, enlaçou-a por baixo do joelho, e outra mão em suas costas. A deitou na cama com carinho. E a olhou por alguns instantes. Ela ainda estava pálida, mas linda, seus cabeos estavam ondulados, vistosos. E ele sorriu, desfazendo o nó do robe de seda verde musgo que ela usava.
Suspirou encantado, ao ver os seios fartos e empinados.
_Tão deliciosos! Mione eu.. me perdoa... mas eu não posso esperar muito... estou no limite.- ele disse sensual. E ela sorriu pelo nariz.
O puxando pelos cabelos, o fazendo manter o contato se seus lábios. A sucessão de gestos a seguir foram rápidos, porém gentis... e com um gemido rouco dele, ela se sentiu preenchida. Completamente. Os lábios dela procuraram os dele com abandono. Hermione gemeu com os lábios encostados no pescoço dele. Não houve muito mais que movimentos, duros, rápidos e necessários. Tinham pressa... e se aliviaram pouco depois do início daquele ato. Draco gemeu extasiado passando a lingua pela orelha dela.
_Eu amo você.- ele disse, mas ela não respondeu, estava cansada, e o êxtase a deixara sem ação.
Draco esperou pela resposta alguns minutos, e ela não veio. Então se ajeitou, ainda sentindo seu membro dentro dela, e a olhou...
Sorriu... ela estava dormindo.
_Boa noite Hermione!- ele disse e adormeceu a seguir.
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