Textos que podem conter conotação sexual, palavras, atos e cenas descritivas de violência e sexo. Só leia se for maior de idade.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Anel de Diamantes - De volta ao começo


Cap 34 - De volta ao começo

O homem de dentes sujos e maltrapilho saiu da cela de Askaban com um sorriso no rosto. Era fácil ter o que queria em Askaban. Ser um guarda afinal, lhe dava certos privilégios, e ser designado à função de cuidar de uma bela jovem, era um presente dos céus. Tivera o que queria. Aliviara-se sobre o corpo cálido e branco. Ela era deliciosa! Não tinha nada a perder. Preferia ganhar o que lhe ofereciam a tomar de bom grado. Embora não tivesse problemas em tomar a força o corpo de uma mulher. Tê-la submissa a seus desejos era tudo de bom. Cumpriria a sua parte no acordo. A adaga seria entregue, da forma que ela queria....

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                Hermione acordou naquela noite, estava preocupada. Draco dormia ressonando tranqüilo. Alisou o ventre que já dava sinal da gravidez. Não enjoara muito como fora de Eros, mas os rompantes sexuais estavam deixando o loiro exausto. Sorriu para si mesma. E se levantou, queria ver Eros, mesmo que fosse madrugada.

                Chegou ao quarto e permaneceu lá por vários minutos, apenas olhando o filho adormecido. Estava entretida, mas não se assustou com o barulho na porta. Sorriu mais uma vez.

                -Você não fica mesmo na cama sem mim, não é?

                -Não há motivos, para estar lá. - ele se aproximou e a enlaçou pela cintura, e ela aceitou o abraço retribuindo com os braços em volta dele.

                -Draco estou preocupada com o julgamento amanhã.

                -Não fique. Não há motivos. Meus advogados sabem que quero essa mulher atrás das grades. E vão cuidar disso.

                -Estou com medo. - ela confidenciou baixo.

                -Não fique. Vou entender se quiser ficar em casa.

                -Não. Quero estar lá e ver com meus olhos ela sendo presa. Vou ficar mais tranqüila.

                -Ok! Que tal agora uma massagem relaxante hein?- ele mordiscou a orelha dela e ela se encolheu.

                -Adorei!

                ***

                Hermione se arrumou com cuidado. Estava pálida e passou um pouco de maquiagem. Draco também não se arrumou com entusiasmo. Colocou uma camisa azul de seda. E uma capa verde. Hermione sorriu ao ver. Bem sonserino. E ele sorriu do vestido vermelho. Tão grifinória.

                Despediram-se de Eros e Narcisa, que abraçou a ambos com igual carinho.

                -Tenham cuidado!

                -É só um julgamento mãe.

                -Eu sei filho, mas tomem cuidado... - ela avisou. Draco revirou os olhos, e Hermione riu. Adorava vê-lo submisso ao amor de Narcisa.

                ********************************************************************

                A ré foi trazida, e para espanto de todos, não estava suja, mas sua aparência era chocante. O que demonstrava o quanto Askaban ainda era cruel. Ela parecia ter envelhecido uns cinco anos, da pior maneira. Olheiras profundas, os cabelos sem cuidados. Mas algo nela fez Hermione estremecer. O olhar contido, sério e cruel.

                Draco segurou firme nas mãos de Hermione enquanto os advogados e promotores falavam sem parar. O julgamento durou duas exaustivas horas. Nas quais Draco perguntara varias vezes se Hermione estava bem, e se ela queria sair. Mas ela se recusara. Queria estar presente a todo custo. E o veredicto final do Ministro fez Hermione estremecer, ao mesmo tempo em que Draco apertava as mandíbulas, nervoso.

                -Eu, como Ministro da Magia condeno a Ré Alyce LaViegas á uma vida em Askaban.

                Hermione e Draco suspiraram aliviados. E não puderam ouvir o restante das palavras do ministro, pois Alyce começou a gritar, enquanto guardas a tiravam do recinto.

                Alguns advogados de Draco pediram a saída dele e de Hermione, e eles se encaminharam para a porta, enquanto os berros de Alyce eram ouvidos por todos.

                -Vocês não vão ficar juntos! Não serão felizes com aquele bastado fedido. Filho de uma puta. Não vai ficar bem. Escute-me, Hermione, você não o merece. Não merece. Draco ela é um vaca, não é mulher pra você! Draco me escuta me tire daqui e te farei feliz, Draco...

                -Por Mérlin, alguém cale a boca dessa mulher. - Draco disse se virando.

                Ela sorriu ao encarar Draco nos olhos, estavam apenas numa distancia de um metro mais ou menos, eram o mais perto, que estavam, pois eles se encaminhavam para a saída. Era o mais perto que Alyce chegaria dele e de sua família de novo.

                Alyce sorriu, e gritou por Hermione, que parou enrijecida, embora ela dissesse asneiras, Hermione não pode ignorar.

-Hermione – ela fez uma pausa - Ele pode não ser meu, mas seu ele também não será.

Com um gesto brusco livrou uma das mãos que o auror segurava, sem estar presa por magia, retirou a pequena adaga das vestes e a jogou em direção a Draco.

                Houve uma grande confusão, Hermione sentiu o aperto das mãos de Draco na sua afrouxar, e o viu tombar em câmera lenta. Enquanto muitos dos advogados e funcionários do Ministério tentavam ampará-lo. Ouviu a voz dele dizendo seu nome e viu alguns aurores lutando contra Alyce, que se debatia. Era como se não houvesse entendido o que acontecia. Mas os gritos a sua volta, mostrando que algo estava errado...

                Draco estava olhando para ela, quando a viu atirar a faca, em sua direção, como Hermione estava próxima, ele pensou apenas em protegê-la, mas não havia necessidade, aquela adaga era para ele, e o atingiu do lado esquerdo da barriga. Ele gemeu, embora estivesse satisfeito por não ter atingido Hermione, e ela não conseguiria lançar outro objeto, mesmo que o tivesse, pois estava sendo imobilizada pelos aurores.

Na queda soltou a mão de Hermione. Sentiu muitos braços o segurarem, mas não conseguiu manter-se de pé. Caiu de encontro ao chão enquanto apertava firme a adaga em sua barriga.

Alguns aurores e advogados a afastaram, enquanto um deles tentava falar com Draco, ela não podia ouvir o que falava, mas viu os lábios de Draco se mexendo.

-Ela está bem... ela está bem. - O homem disse apoiando a cabeça dele, mas Draco ainda tentava se levantar.

-Draco! Draco!- ofegante Hermione lutava contra muitos pares de mãos que tentavam afastá-la de Draco. Não chorava, seu desespero impedia as lágrimas de descerem livremente.

-Tira as mãos dela. Solte-a. - Draco rugiu de onde estava, e foi o suficiente para que ela conseguisse chegar até ele, e caísse de joelhos próximo ao loiro.

-Draco!

-Oi!- ele fez uma careta.

-Me deixa ver isso!- ela disse e corajosamente, o fez retirar a mão de onde estivera a adaga. Draco obedeceu pálido e, sem contestar, retirou a mão para que ela visse a ferida.- Mérlin... Draco. Por favor.. alguém ajude...- ela soluçou e ele sorriu.

-Calma, ow, calma....- ele gemeu, quando alguém remexeu nele- Vai ficar tudo bem. Você, o Eros, a nossa filha, eu acredito que é uma menina!- ele tentou sorrir.- E minha mãe. Vão ficar bem, cuidando uns dos outros... e...- ele fechou os olhos e os abriu espantado, como se lutasse pela lucidez-

-Draco, por favor, não desmaia. Não. Alguém ajude. Socorro. - Hermione gritou e pode ver Harry chegando abrindo espaço até eles.

-Draco! Mas vocês dois vivem em confusão não é mesmo?- Harry tentou brincar retirando as mãos de Draco da ferida e tentando um feitiço de cura, que parasse o sangramento. - Chamem um medibruxo agora!- Harry berrou e muitos saíram de perto, e logo uma equipe de medibruxos chegaram.

-Qual é a situação?- um deles perguntou.

-Ele foi atingido por uma adaga, a mais ou menos um metro de distancia. Tentei um feitiço de cura, mas não teve resultados.

O medibruxo de meia idade afastou Harry e lançou alguns feitiços rapidamente, e logo gritou por seus auxiliares.

-A adaga estava coberta de poção contra feitiços. Prepare a unidade intensiva agora.

-O que? - Hermione perguntou, preocupada, e muito pálida, ainda segurando as mãos de Draco.

-Não haverá cura mágica para o ferimento...

-Fica calma Hermione... - Draco sussurrou fraco - Calma, você não pode ficar nervosa.

-Você entendeu o que ele disse Draco? Não haverá cura mágica, então deverá se curar da maneira trouxa. - Ela disse com os olhos arregalado, mostrando o quanto estava assustada com aquilo tudo.

-Eu sei. Mas confio nos trouxas, e em sua medicina. - ele disse com um breve sorriso.

-Desde quando?

-Desde que amo uma mulher trouxa.

-Seu bobo!- Hermione sorriu entre lagrimas.

-Vamos tirá-lo daqui, não temos muito tempo. - O medibruxo exigiu, e dentre de instantes, Hermione era afastada de Draco e Harry a amparou a ajudando a se levantar.

-Eu quero ir com ele.

-Você vai! Vamos.

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O trajeto até o hospital foi realizado magicamente, e quando Hermione se viu, já estava num longo corredor branco. Pode ver a maca adentrando numa porta e ela pôs seus pés em movimento, se era lá que ele estava então era pra lá que ela ia. Foi quando as mãos de Harry surgiram e prenderam seu braço.

-Harry. Tenho que ir.

-Hermione! Calma.

-Senhora, esse é um hospital trouxa. E a senhora está grávida, portanto são necessários alguns cuidados. Essa não é uma área apropriada a gestantes.

-Que se foda, se é ou não uma área apropriada... Eu vou entrar e ficar com ele. - Hermione rugiu arrogante, e Harry a olhou como se não a conhece.

-Ei, ei. Ficar com o Malfoy está afetando seus neurônios? Escuta. Não pode colocar a sua criança em risco. Foi isso que ele quis dizer.- Harry interferiu e ela o olhou irritada.- Draco vai ficar bravo se souber que colocou o bebê de vocês em risco Hermione, pense.

-Harry....- Hermione se abraçou ao amigo, se deixando chorar livremente.

-Oi, minha amiga, estou aqui. - ele a abraçou com carinho, pensando que não era justo que ela passasse por algo semelhante.

-Não quero que ele fique sozinho. Eu queria estar ao lado dele. Fica com ele Harry, por favor. Não o deixe sozinho...

Harry sentiu um aperto no peito. Era inevitável não se lembrar de quando Ronald se fora. Fora ele que ficara ali, ao lado dele, enquanto ela esperava por noticias, e que não foram agradáveis. Com o coração partido pelas lembranças tentou afastar aqueles pensamentos.

-Já mandei chamar a Narcisa e a Gina, elas vão te fazer companhia. E eu vou lá...

Hermione o olhou nos olhos, ele ainda usava óculos, e seus olhos tinham o mesmo verdes brilhantes e inocentes. Mas ela pode vislumbrar neles a mesma dor que ela sentia.

Hermione fechou os olhos, e se deixou sentar na cadeira que lhe fora oferecida por uma enfermeira, não sabia até quando poderia ficar de pé.

Fechou os olhos, não queria ver Harry se afastar. Não queria ser arrastada ao passado...

Mas estava ali... mais uma vez... sentindo a vida da pessoa que amava se esvair aos poucos... impotente... sem poder fazer nada...

-Oh meu Deus... Merlin... de novo não... de novo não...

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Harry sentia seus sapatos chiarem pelo piso ladrilhado do corredor. O cheiro de anti-séptico e medicamentos o levando diretamente para alguns anos atrás, quando ficara tantas vezes por ali. Abriu a porta. Sabia instintivamente aonde ir. Fechou os olhos podendo ver claramente o sorriso de seu amigo, de seu irmão, quando ele chegava. Harry! Podia ouvir seu nome e a expressão de felicidade de Rony assim que ele cruzava o batente da porta. Quando Hermione chegava era diferente. Não era aquela expressão de carinho e amizade. Era pena, como se o amigo não quisesse vê-la, o que não era a verdade, ele apenas sabia o que aconteceria, e deixá-la seria o fim do amor que viveram... Merlin, precisava afastar esses pensamentos. Aquela era outra situação, outro caminho. Mas que podia chegar ao mesmo fodido final. E Hermione mais uma vez estaria a beira da loucura... não. Não permitiria que aquilo acontecesse com ela de novo... ela definitivamente não merecia.

                Entrou na sala de emergência, o rosto de Draco estava virado para a porta como se esperando a chegada de alguém, e Harry viu seus lábios se curvando num sorriso, nada sarcástico, um sorriso de irmão, de amigo, do mesmo que Rony lhe dirigira tantas vezes. Sentiu que cederia, fechou os olhos, e ouviu Draco pronunciar o nome dele, porém entrecortado. E olhou-o. A enfermeira acabava de colocar uma mascara para auxiliar na respiração.

Encaminhou-se depressa, e se aproximou da cabeça dele.

-Estou aqui. Como você está? – ele sorriu fracamente.

Um enfermeiro orientou Harry a se trocar e permanecer o mais quieto possível.

-Ele será operado, senhor e, excepcionalmente pediu que o senhor permanecesse ao lado dele. 

Harry olhou para Draco impressionado, e ele retirou a mascara.

-Ainda sou o mesmo medroso de sempre Potter, tenho medo, e não posso pedir que Hermione ou minha mãe fique aqui comigo. E você é forte, eu sei.- Draco sorriu mais uma vez dessa vez num misto de deboche e desafio.

Harry suspirou profundamente. Queria mandar ele à merda. E dizer que não suportaria perder outro amigo. Que também tinha medo, mas se deteve. Apenas se virou e foi se trocar.

Quando retornou, os medibruxos gritavam ordens, e já trabalhavam sobre Draco, que estava pálido como nunca e tinha a testa brilhante pelo suor.

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Gina e Narcisa chegaram juntas, e sem as crianças. Hermione estava sentada no corredor, sozinha de olhos fechados.

-Hermione!- Narcisa chamou enquanto se aproximava, e Hermione se levantou e pulou nos braços da sogra, com abandono.

-Cyssa! Cyssa!

-Que aconteceu por Merlin... Mione, onde está o meu filho?

-Parece que estão operando-o. -Ela se afastou e procurou por Gina. –Gina! Estou aqui de novo.. mais uma vez no fim da linha... e dessa vez não sei se sobrevivo se o Draco se for...- ela disse com um soluço, e Gina se uniu ao abraço de Hermione e Narcisa.

-Não fala assim Mione... não fala assim.

-Eu morro com ele Gina... eu juro que morro...

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Harry se aproximou, Draco tinha os olhos abertos, mas olhava fixamente as luminárias do teto. Tocou o ombro dele, e disse:

-Estou aqui Draco Malfoy. E não vou deixar que tenha medo.

Draco o olhou com os olhos lacrimejando, dessa vez com tubos finos entrando em suas narinas. Harry percebe que ele quer lhe falar e se aproxima mais do loiro

 - Harry, se eu não sobreviver, você cuidara dela, e dos meus filhos, e da minha mãe?

Harry negou com a cabeça... não podia estar vivendo aquilo novamente, não mesmo.

-Não, Draco, a família é sua. Você cuidará deles. Não se atreva a nos deixar, justamente agora que a Hermione te ama, justo agora que eu gosto de você.

Draco forçou as vistas, tentou falar algo, mas não pode, apenas podia jurar que viu uma lagrima brilhando por detrás das lentes dos óculos de Harry Potter, mas, enfim a escuridão o dominou.

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N/A.: Bom, não me matem, não me lancem maldiçoes sem saber hauahauahauhau Cap pequeno e tenso, uma reviravolta e tanto, mas pensem tem que ser assim, pra fic aumentar... sem melodrama mexicano não rola.... kkkkkkkkk Beijos, ta pequeno pra logo eu fazer outro....

 

Um comentário:

  1. Pq vc faz assim? :/
    Quando as coisas tao boas vc da uma reviravolta ruuumm.
    Mas ta muito boa a historia :).

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