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quinta-feira, 21 de julho de 2011
Miedo - Recaída
Recaída
Don tirou os lençóis sujos de cima de si e os jogou no chão, que estava cheio de roupas jogadas; levantou-se e olhou para Maxime, ou Maureen, ou qualquer que fosse o nome daquela mulher ruiva de pele parda. Ele a tinha conhecido naquele bar, como chamava mesmo, Dungeon Black? Tanto faz. Ela aparentava ser mais bonita na noite passada, pensou tristemente, enquanto olhava para o seu corpo nu, que estava começando a envelhecer, como o seu próprio.
Ele então se virou e começou a vasculhar o quarto, que estava escuro, devido a uma toalha esfarrapada que estava pendurada na janela com grampos, e desarrumado. De algum modo, conseguiu encontrar suas roupas no meio da bagunça de Maxime/Maureen e se vestiu rapidamente, cheirando-se. Fedia. A deliciosa mistura de álcool, cigarros, perfume barato e suor iriam sem dúvida ofender sua irmã mais nova e seu cunhado. O que não era bom, visto que ele era hóspede permanente na casa deles.
Ele caminhou até a casa de modo rabugento, rosnando para criancinhas que olhavam para ele e chutando lixo na calçada. Maxime/Maureen tinha sido uma transa legal, mas ele ainda se sentia esgotado e infeliz. Ninguém tinha aquela coisa especial que a sua sobrinha Hermione tinha, e ele era muito covarde para abusar de qualquer outra pessoa: a maioria das mulheres e meninas contariam para alguém. Porém, sua Hermione tinha sempre sido tão dócil e amável e ele tinha tido um bom tempo para melhorá-la, para ensiná-la o que ele gostava. Submissão e medo. Isso o fazia se sentir poderoso.
“Suponho que eu seja um cara sádico”, pensou, rindo baixo. Ele olhou para uma garotinha que passava, cuja mãe o havia olhado de relance.
_Oh, senhora, menina linda você tem aí! – gritou para ela, rindo zombeteiramente. A mulher passou a andar mais rápido, puxando a filha.
_Pervertido. – Ele a ouviu sussurrar enquanto lhe franzia as sobrancelhas. Nossa, as pessoas andam tão severas ultimamente.
***
Era sábado de manhã e todo mundo menos Draco e Hermione estavam em Hogsmeade. Eles tinham sido proibidos de visitar o vilarejo como punição pela transgressão do dia anterior, mas não parecia tão ruim se comparado a outras que eles haviam recebido.
Quando Hermione saiu pelo buraco do retrato, a primeira coisa que chamou sua atenção foi Draco, apoiado na parede do corredor com seu sorriso de sempre estampado na cara. E ela primeira vez em, bem, toda a sua vida, ela não se sentiu assustada ou brava.
_Vai se ferrar, seu tocaieiro! - Ela sussurrou por hábito quando passou por ele. A Mulher Gorda grunhiu em desaprovação e disse, tristemente:
"Romances nestes tempos estão estranhos, estranhos, estranhos."
Draco meramente riu e se apressou para que pudesse alcançar Hermione.
_Vai, você sabe que poderia olhar para o meu rosto maravilhoso o tempo inteiro, gracinha.
_Mérlim! Até Filch poderia pensar em alguma coisa menos nojenta e dolorosa do que esta punição. Por favor, não, Malfoy. – Ela disse, apressando o passo em uma tentativa que ela sabia ser inútil de deixar para trás o sonserino de pernas longas. Bem, pelo menos ela havia tentado.
Ele a alcançou com facilidade e ela já estava ofegante, então a morena resolveu desistir.
_Doentinha, Granger?
_Você não estaria se tivesse esse cheiro nojento constantemente te seguindo para todo lugar? Oh, espere, você sente seu próprio cheiro, não sente?
_Oh, nossa! Meu coração está sangrando. Isso foi duro. – Ele riu maliciosamente e a puxou de modo brincalhão. – Você sabe que ama este perfume!
_Não sei se consigo senti-lo com este cheiro de sonserino decrépito que você emana naturalmente! – Ela deu de ombros como se dissesse 'o que eu posso fazer?'.
_Aqui – ele disse, a puxando e colocando a cabeça dele perto de seu pescoço. Na verdade era bem gostoso. Pitadas de menta, neve e orvalho, com um leve toque de canela e calor.
_O que você acha? Delicioso, não? – Draco perguntou, depois sorriu seguramente.
_Sim, na verdade. Não combina muito com você. Não conseguiu achar nada mais... (ela parou por um segundo para pensar)... ovo podre? Leite estragado? – Hermione rolou os olhos e se afastou do loiro.
_Ok, ok. Eu desisto. Você tem um leque gigantesco de insultos, Granger. É impressionante.
_Quase tão impressionante quanto o fato de você não ter me deixado em paz por um segundo? Você é um grosso, Malfoy.
_Hei, você me pertence, eu tenho o direito de te infernizar o quanto eu quiser.
_EU TE ODEIO! – Hermione berrou, brava, lembrando da maldade do loiro. Ela parou, virou-se para ele e o observou.
_Merlin, seu humor muda tão facilmente assim? O que foi isso? – Draco pareceu confuso e um pouco ofendido pela mudança de tom da morena.
_Eu pertencendo a você? Talvez? Só um pouco? Você é um idiota bastardo mimado, maldito e sem nenhuma consideração, sabia disso? – Hermione sentiu-se ficando cada vez mais nervosa devido ao fato de ser propriedade do sonserino.
_Não fale comigo desta maneira, sua vadia sangue-ruim! – Draco berrou, seu temperamento forte sobressaltando-se devido às palavras da morena. Ele a empurrou na parede, rapidamente, pressionando a garganta de Hermione com o antebraço. O sonserino viu o medo claramente estampado em seus olhos, assim como a raiva que povoava o coração dela rapidamente.
_Draco. – A voz dela estava rigidamente controlada, mas ambos sabiam o quanto ela estava assustada. E o quão vulnerável.
_Nós não tínhamos decidido que você passaria a me chamar de mestre? – perguntou de modo desagradável, sua voz como se fosse um tapa. Houve um longo silêncio e ele a olhou nos olhos. Os seus próprios estavam puros, aço inultrapassável. – Então? – ele finalmente perguntou. Ela sabia o que ele queria.
_Mestre. – Hermione olhou para algum ponto acima da cabeça do loiro. Seu coração estava batendo um milhão de vezes por segundo, e era tão forte que chegava a doer. O braço dele em sua garganta estava dolorido, embora ela conseguisse respirar e falar normalmente.
_Sim?
Ela estava aterrorizada. Por um momento havia pensado que aquilo tudo era só um jogo bobo. Ela havia esquecido de ter medo, tinha confiado, tinha. Oh, Céus.
_O que você deseja que eu faça? – Ela respondeu, ainda olhando para o ponto acima dele.
_Olhe para mim. – Ela obedeceu, e passou a olhá-lo nos olhos. – Peça desculpas.
_Eu não... – o braço dele passou a pressionar sua garganta de modo mais forte e ele sentiu a mão livre do sonserino na sua coxa. Seu medo era insuportável, ela mal conseguia engolir a saliva. – Desculpe-me, Mestre. – Ela soltou com um pouco de dificuldade; as palavras tinham gosto de fel. Com Don era diferente. Ela realmente pertencia a ele, o que ele fazia a ela era o que ela merecia, maldita como era. Mas com Draco… Ela merecia? Talvez, mas isso não a fazia parar de odiá-lo.
_Diga: 'Eu sinto muito por ter te ofendido, Mestre. Eu sou meramente uma simples diversão, para o seu uso'.
Ela repetiu o que ele havia dito, virando sua cabeça para o outro lado e fechando os olhos. Ela estava se sentindo nocauteada, e o medo estava fazendo-a querer vomitar.
_Sua vadia – ele finalmente tirou o braço do pescoço dela, que balançou um pouco antes de virar para a parede e se apoiar nela. Draco ficou um pouco afastado, observando-a.
_Eu disse: 'Sua vadia'. – Repetiu para seu próprio prazer. – Você não liga, Hermione?
O uso de seu nome foi como um punhal no coração da morena. Diferente de quando falou o primeiro nome dele. Ela virou-se para encará-lo, ainda se apoiando na parede.
_Você só me disse o que eu já sei, Mestre. – Falou o adjetivo com desdém, ignorando a dor na garganta.
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