Textos que podem conter conotação sexual, palavras, atos e cenas descritivas de violência e sexo. Só leia se for maior de idade.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Penélope ClearWatter





Parte II
            Sem hesitar se levantou e com passos rápidos caminhou em direção a ela, sendo seguido de perto por Ronald.
            _Mione! Mione! - ele falou alto, antes de abraçá-la.
            Draco gemeu e se levantou quando viu os dois idiotas, avançando sobre ela. Ouviu-a soltar um grito de espanto quando foi envolvida por braços fortes.
            _Que isso? Soltem-me! Eu não conheço vocês. Parem! - ela tentou se livrar das mãos que a tocavam.
            Draco se apressou e puxou Ronald pela camisa, o empurrando longe:
            _Tira as mãos da minha noiva! Agora!
            _O quê?- muitos gritaram ao mesmo tempo.
            Hermione se livrou de Harry e se aproximou de Draco, e antes que pudesse abraçá-lo. Ronald se aproximou com gestos rápidos.
            _Não vai tocá-la! - Ronald rugiu desferindo um soco na boca de Draco que permaneceu firme, e revidou.
            _Não vai mesmo! - Harry também o atacou com fúria.
            Draco apanhou por alguns segundos, até que Hermione se pôs entre eles, e gritou:


            _Para! O que estão fazendo seus idiotas?
            _Hermione? O que você está fazendo?
            _Hermione? Não sou essa Hermione, meu nome é Penélope ClearWatter! Sou a noiva de Draco Malfoy! E quero saber por que estão atacando meu noivo assim? – ela disse enfurecida, apontando a varinha para os dois.
            Todos assistiam a confusão passivamente, Draco se levantou cambaleante, e abraçou Hermione por trás.
            _Estou bem amor! - ele disse beijando o pescoço dela, e olhando com deboche para os dois rapazes a sua frente.
            _Bem? Você foi atacado!
            _Hermione, escuta não sei o que ele te fez, mas você é a Hermione.
            _Não sei quem é essa Hermione. E não estou gostando nada disso! - ela disse e ficou de frente para Draco.
            Conjurou um lenço branco e começou a cuidar do lábio machucado do noivo.
            _Hermione! Perdeu o juízo? – Ronald gritou.
            Minerva interferiu naquele momento.
            _Hoje não haveria aulas mesmo, seria um tempo pessoal para os alunos. Creio que seja o momento adequado para começar esse tempo. E Potter, Weasley, Malfoy e ClearWatter creio que esse tempo para vocês deva começar na minha sala...
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            Hermione foi a primeira a se sentar, enfrente a diretora. Draco se pôs de pé segurando o ombro dela.
            _Alguém quer comentar a cena do salão comunal?
            _Queria apenas proteger a minha noiva do ataque de dois imbecis. - Draco disse arrogante.
            _Não é sua noiva! É a Mione e estamos procurando ela por meses, desde a batalha final! – Harry disse alto.
            _Não sou a Hermione, e nunca te vi antes garoto. Por Merlin! Nem estive nessa batalha. É a primeira vez que entro nesse castelo! – ela disse irritada.
            _Ah quanto tempo conhece Draco? Ele te enfeitiçou Hermione!
            _Não fale asneiras. Ela é minha noiva!
            _Silêncio. – a diretora exigiu – Entendo que a semelhança entre a senhorita ClearWatter e a senhorita Granger sejam impressionantes. Mas isso não é evidência de que seja a mesma pessoa. Eu mesma investiguei o passado da senhora ClearWatter, e afirmo que ela não pode ser a senhorita Granger.  Que, aliás, tenho muito pesar, mas acredito estar morta!
            _Não! Ela não morreu e está bem diante de nossos olhos. Acredita mesmo que um corte de cabelo e uma veste da sonserina vai mudá-la? Hermione você é nossa melhor amiga!
            _Não dê ouvidos a ele meu amor! Eles são malucos!
            _Não provoque senhor Malfoy. Senhorita ClearWatter creio que vivera com uma sombra sobre você por parecer com um ente querido perdido pela guerra.
            Hermione assentiu inteligentemente. E olhou para Harry e Ronald ambos muito alterados. Apesar de tudo sentia simpatia por eles. Não podia negar.
            _Olha. Não sou a pessoa que vocês procuram, sinto muito! - ela disse doce.
            _Podemos ir?- Draco perguntou apressado e a diretora assentiu, e ele a puxou pela mão.
            Tão logo os dois saíram à diretora, continuou.
            _Creio, que devam se afastar da senhorita ClearWatter. Não estamos dispondo de tempo e cabeça para problemas.
            _Mas é ela, tem que ser ela. - Rony choramingou.
            _Ela é uma ClearWatter senhor Weasley, nascida no Brasil, criada na Austrália, recém chegada a Londres. Eu mesma investiguei isso quando vi a foto dela, na matrícula. Sosseguem os corações de vocês, se a verdadeira Granger tiver que aparecer, ela aparecerá. Agora vão!
            Os dois saíram cabisbaixos e derrotados da sala da diretora.
            _Ela já apareceu. Acha que ele alterou a memória dela? – Rony perguntou. 
            _Acho sim. Podemos tentar reverter o feitiço dele. Um ‘’finite incantatem’’ talvez. - Harry se pôs a pensar.
            _Muito óbvio... - Rony resmungou
            _Então vou me aproximar dela. É isso. Me aproximarei de Penélope ClearWatter!
********************
            Draco estava segurando firmes nas mãos de Hermione quando atravessaram os compridos corredores que levavam a sonserina.
            _Draco, pode ir mais devagar um pouco, estou com um pouco de dor de cabeça. - ela pediu pálida.
            _Eu só quero te levar para descansar ok?- ele disse parando e a encarando.
            _Eu não esperava essa reação de alguns alunos. 
            _Não são alguns alunos. São os asquerosos do Potter e do Weasley. E te quero longe deles. Entendeu longe. Nunca de ouvidos a eles.
            _Ciúmes? – ela disse com um sorriso maroto.
            _Talvez Penélope, eles me odeiam, desde sempre. E a recíproca é verdadeira. Portanto te quero longe deles. Longe.
            Hermione mordeu a língua e recomeçou a andar, sentia-se estranha não compartilhava a antipatia do noivo pelo moreno e o ruivo do salão. Ao contrário sentira um saudosismo que não podia entender. Conversaria com eles, sim deixaria claro que não era essa tal Hermione Granger. 
            *****  
            _É ela Droga! Eu sei que é!- Ronald chutou o seu malão enfurecido.
            _Também tenho certeza, o perfume, o sorriso, eu não me enganaria. Só temos que bolar um plano. Acho que ler a mente de Malfoy é uma boa idéia, preciso pega-lo desprevenido. – Harry arquitetou.
            _Eu vou me aproximar dela. Eu... – Rony gaguejou e Harry o olhou.
            _Você a ama não é? Mais do que uma irmã, você a ama!
            _Não acredito que está me perguntando isso? – Rony respondeu vermelho.
            _Ótimo, meu melhor amigo está apaixonado por uma mulher que está agora nesse momento, na sonserina diretamente nos braços de Draco Malfoy. – Harry disse dessa vez enfurecida. – E eu que pensei que depois que Voldmord estivesse destruído, meus problemas acabariam.
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            Penélope ClearWatter teria que se acostumar que seria alvo de muitos olhares. Uns de admiração outros de desprezo e de curiosidade. Mas ela não se importava, não enquanto passeava de mãos dadas com o loiro pelo castelo. Draco parecia escolher os lugares mais desertos, mas mesmo assim havia muitos olhares, até mesmo os retratos da parede a olhavam com admiração.
            Pararam na torre leste, bem no alto, e ele a sentou no espaldar da janela, de costas para o vidro, como se fosse uma boneca. Draco a olhou firme, seu rosto fino, estava brilhante, ela era vaidosa, ou pelo menos ele a fizera pensar que era. Não podia negar que seu coração se apertava ao olhar para ela, estava tremendamente satisfeito com a reação dos dois idiotas. Eles estavam tão enfurecidos, como ele pensou que ficariam. Mas ali olhando para ela que trazia um sorriso feliz no rosto parecia tão injusto o que fizera. Ela era tão inocente. Mas não fazia sentido, ele mesmo perdera toda a sua inocência de modo bruto e sem cuidado. Porque ela apesar de todo o horror da guerra ainda trazia aquele ar angelical. Sentiu seu coração disparar.
            _No que está pensando? – ela perguntou docemente, acariciando os cabelos dele.
            Sentiu um gosto amargo na boca, aquilo não acrescentara na hora, ela não pensara em carinho, afeição. Mas era o que sentia, talvez fosse o lado Granger aflorando.
            _No que você está pensando? – ele devolveu a pergunta.
            _Eu penso em como me sinto. Sinto-me bem nesse castelo. Sinto uma felicidade diferente aqui dentro. - ela mostrou o coração.
            Ele olhou para a blusa branca, e a gravata sonserina frouxa que ela tinha sobre o peito. Devagar ele a livrou da gravata e abriu os primeiros botões de sua blusa.
            _Também sinto algo diferente aqui. - ele disse sapecamente beijando o colo dela. E ela suspirou.
            Draco beijou a pele suave, gostara dos poucos momentos que tiveram juntos. Sempre fora um garoto ativo, desde que entendera sobre sexo, tinha as meninas aos seus pés. Não entendia se por medo, ou status, mas era fácil conseguir qualquer garotinha para se atracar. Com sua libido adolescente aflorando sempre encontrara uma válvula de escape. Mas a verdade é que desde o fim da guerra já não tinha interesse em coisas sexuais. Pelo menos com as outras garotas. Porque pelo menos quando estava ao lado da Granger seu pênis ficava numa meia ereção latente. E era só ela se aproximar se insinuar para o maldito crescer em suas calças, o deixando desconfortável. A noite às vezes quando se lembrava do gosto dela, do gosto de sua pele, ele se deixava liberar por suas fantasias. Muitas das vezes eram em sonhos, outras gozava deliberadamente na solidão de seu quarto porém com única mulher em sua mente. Não importava de como a chamasse Hermione ou Penélope era ela.
            Com suavidade mordiscou seu colo, e sugou em seguida, sabia que provavelmente aquilo deixaria uma marca, mas que se danasse tudo! Ele queria aquilo, além do mais seria ótimo, quando os amiguinhos dela visse.
            Ela abriu as pernas e ele se achegou entre elas. Sua ereção roçando o tecido de sua saia entre as pernas. Merlin! Aquela menina era fogo puro! E ele soube que se queimaria! Devolvendo a mordida, ela levantou a saia de modo que ele estivesse mais próximo, somente a barreira do tecido de sua calcinha e de sua calça estava entre eles. Draco gemeu agoniado, e esfregou seu corpo no dela. Merlin! Abriu a boca, e nesse instante quase a chamou de Granger.
            _Penélope, eu... Droga! Não faz isso!- ele pediu, jogando a cabeça para trás, enquanto ela beijava e brincava com a sua orelha.
            _Você tem um cheiro bom! Já te disse isso?
            _Não. - ele respondeu sério, enquanto passava os dedos pela borda da calcinha dela.
            _Você tem. Já disse que seus dedos são maravilhosos?- ela provocou.
            _Não. Porque ainda não te dei os motivos certos para isso! - ele gemeu e venceu a barreira, tocando a intimidade dela.
            Seus dedos frios se encontraram com a umidade quente e ambos gemeram profundamente. Ele roçou os dedos delicadamente indo e voltando sobre a pele tenra. Mordeu a base de seu pescoço, e choramingou o nome dela, ele mesmo estava a um passo de explodir. Queria tomá-la por inteiro, sentir não somente seus dedos sobre ela, mas também, seus lábios, seu pênis. A queria completamente.  Roçou a entrada por vários minutos, mas sem penetrá-la. Ela gemeu entregue, e ele a levou ao ápice.
            Ofegante, ela o olhou com os olhos brilhantes.
            _Isso foi... É como se nunca tivesse sentido isso antes! – ela disse surpresa - Você me fez gozar!
            _Sim. E tem muito mais do que isso! Claro que se você se comportar. – ele disse rezando para que seu amiguinho dentro de suas calças também se comportasse ao menos até chegar a seu quarto – Vamos. Você já conhece o castelo agora!- ele debochou.
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            Depois de muito insistir Draco havia ido para a refeição sozinho. Ela não diria a ele, mas queria ver o castelo dessa vez. Sozinha! Sem distrações. Caminhou por mais de uma hora, tudo era tão lindo! E tão surpreendente, mas ela sabia exatamente aonde ir, que caminho seguir. Só não entendia o porquê, era apaixonada pelo castelo, e mesmo que vivesse mil anos, continuaria a ser apaixonada por aquelas paredes... 
            Deu um suspiro longo quando passou pelo quadro da mulher gorda. Era como se seus pés quisessem entrar. Olhou alguns instantes, enquanto o mulher do quadro a encarava.
            _Olá! É bom ter você de volta! Os filhos da Grifinória sempre voltam.
            Ela sorriu feliz.
            _Sou da sonserina como meu noivo!
            _Hum! Precisaria de uma senha, mas sendo quem você é, permito a sua entrada.
            _E quem eu sou? – ela perguntou arqueando as sobrancelhas.
            _Descobrira no tempo certo.
            A mulher disse e o retrato se abriu.
            Hermione passou pela entrada, e sentiu o saudosismo tomar conta de sua pessoa, quando entrou no salão. De repente as vestes verdes e prata lhe pareceram tão erradas. Olhou para tudo com carinho e seus olhos se encheram de lágrimas. Era saudade, mas de que e por quê?
            _De volta para a casa Penélope? - a voz do moreno atrás de si, a sobressaltou.
            _Oi! - ela respondeu ofegante.
            _Hermione, eu não sei o que o Malfoy fez. Mas sei que se esta aqui é porque essa Penélope é apenas uma fachada.
            _Potter não é?
            _Costumava me chamar de Harry, sempre fez isso desde os 11 anos.
            _Te vi a primeira vez há poucas horas. – ela sorriu de lado como se risse dele,
            _E como entrou aqui? Essa é sua casa, a única verdade.
            _Não pode ser. Olha imagino que tenham gostado muito dessa tal Hermione Granger, mas... - ela gemeu e levou a mão na cabeça.
            _O que foi?
            _Dor de cabeça! Forte! Mas eu estava bem há alguns minutos atrás... Eu... – ela disse confusa, tentando sair.
            _Isso é prova de que aquela doninha asquerosa fez algo com sua mente. Hermione ouça a voz da razão, e volte para nós.
            _Para um herói você ataca muito gratuitamente as pessoas.
            _Língua ferina como ele. Sorriso torto e debochado. É melhor voltar logo Mione! - Harry sorriu com saudades. E ela devolveu o sorriso sentindo a dor de cabeça passar.
            _Você não vai desistir não é mesmo?
            _Não enquanto não tiver de volta!
            _Pior para você. – ela disse saindo.
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            Hermione voltou aos corredores e olhou no relógio, Draco devia estar chateado. Caminhou poucos metros e sentiu um aperto firme, em seus braços.
            _Onde você estava? Procurei-te o castelo inteiro!
            _Ai! Calma Draco, eu só me distrai.
            _Se distraiu? Porra menina eu estava louco atrás de você! – ele gritou nervoso apertando os braços dela, e a sacudindo.
            _Por quantos minutos estive desaparecida? Qual é Draco? – ela o desafiou se livrando das mãos dele, e dando uns passos para longe dele.
            _Não me dê as costas enquanto falo.- ele gritou.
            _Você não está falando, está gritando, é diferente.
            Draco sentiu um impulso de esbofeteá-la, socar a cabeça dela na parede, de beijá-la. Mas a forma de conter sua frustração era gritar.
            _Caralho, eu fiquei preocupado.
            _Eu não sou uma menina de cinco anos. Draco Malfoy! - ela gritou de volta.
            _Então para de se comportar como tal.
            _Eu não fiz nada apenas...
            _Saiu de perto de mim.
            _E desde quando as palavras noivo e dono tem o mesmo significado?
            _Desde que... – eu a encontrei naqueles escombros, ele queria dizer, mas mordeu a língua.
            _Vai à merda Draco!
            _Escuta aqui Penélope... - ele gritou tão alto, que muitos alunos que passavam pararam para olhar.
            _Ei, não grite com ela. – a voz grave do ruivo chegou até eles, e Draco se virou.
            _Era o que faltava! - ele praguejou.
            _Tira as mãos dela agora Draco Malfoy, ou vou azarar você! –ele disse se aproximando.
            _Tirar as mãos da minha noiva? É isso que ela mais gosta, minhas mãos sobre ela! Cai fora Weasley, isso é coisa de casal.
            Hermione olhava atônita para o rapaz alto e ruivo, ele estava com as faces vermelhas e muito irritado. De repente aquela expressão apareceu em sua mente, como se já tivesse visto ele muitas vezes, como se sentisse saudades. Nesse instante sua cabeça doeu, como se fosse explodir. Os gritos dos dois não ajudavam em nada, e eles ainda discutiam, e as vozes começaram a ficar mais distantes... E distantes...
            _Draco... - ela sussurrou tão baixo, que era impossível que qualquer um dos dois escutasse no calor daquela discussão.
            Harry chegou e os surpreendeu:
            _O que está havendo aqui? – nesse instante as pernas dela cederam e a escuridão a tomou.
            Harry a impediu de cair no chão, e o grito dele chamando o nome dela, foi o que chamou a atenção dos outros dois.
            _Oh Merlin! - Rony disse e se aproximou.
            Draco sentiu um frio na espinha, não havia motivos para ela desmaiar, ah não ser que a mente dela estivesse ferrada. Não, ela não podia se lembrar não agora.
            _Solta ela Potter! Vamos tire as mãos dela.
            _Ela precisa ir pra ala hospitalar seu imbecil!
            _Não ela precisa ir pro meu quarto! Sai fora Potter! – ele rugiu e a tentou pega-la, mas Ronald o segurou.
            _Draco... - ela balbuciou.
            Draco sorriu vitorioso dando um arranco nas mãos de Ronald e a pegando dos braços de Harry. Saiu com ela com passos rápidos em direção a sonserina.
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            Hermione acordou, sentindo um pano úmido em seu pescoço, e seu colo. Piscou várias vezes antes de abrir os olhos.
            _Oi! – Draco foi suave, e ele mesmo percebeu e se perguntou, quando era suave assim.
            _Oi! - ela disse, mas não houve som, sua voz havia falhado.
            _Se sente melhor? Quer alguma coisa?
            _Sim, quero um pouco de água. - ela disse e ele lhe deu prontamente a água e ela tomou devagar – Minha cabeça doeu tanto! Eu pensei que morreria. Meu cérebro parecia uma omelete. - ela tentou sorrir – ainda bem que passou.
            _Sim, e você está aqui! – ele disse e acariciou o rosto dela.
            _Você estava me refrescando? - ela perguntou olhando para o decote aberto até na altura do sutiã.
            Ele olhou e abaixou o olhar, ela poderia jurar que ele havia enrubescido.
            _Pode continuar Draco Malfoy, foi isso que me ajudou a recuperar, eu creio... - ela disse sorrindo e ele se curvou sobre ela, e a beijou.
            O tempo pareceu passar sem que nenhum dos dois percebessem era apenas eles, e as sensações de seus corpos. Draco estranhava aquilo tudo, não tinha urgência de estar dentro dela, era como se quisesse prologar cada minuto em contato com ela, sentindo seu sabor, seu cheiro. 
            _Me faça um favor? Não suma assim ok?
            _Você pira? Quando eu sumo? Você fica pirado Draco Malfoy?
            Bom, a pergunta dela o confundiu. Ele poderia responder que não, que ela pouco importava para ele, que era apenas uma peça do destino para a sua vingança. Mas tudo lhe pareceu tão inútil, tão fugaz. Não era aquilo que sentia, embora não devesse dizer isso, era óbvio que não sentia aquilo. Seu coração bateu descompassado. Ele sentiria falta dela. E a proximidade dela lhe traria sofrimento, logo ela estaria longe dele. De volta ao lado do bem. Eles teriam Hermione Granger de novo. A princesinha de Hogwarts. E ele continuaria sendo o mesmo perdedor e mais fodido do que sempre porque agora ele estava apaixonado!
            Draco se levantou depressa.
            _Que foi?
            _Claro que eu piro! - respondeu automaticamente e ela sorriu.
            _Vou para meu quarto.
            _Não vai jantar? Podemos descer juntos? – ele disse tentando se controlar.
            _Tudo bem então. Só preciso me recompor.
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            _Ele estava gritando com ela Harry. Tenho certeza, de que ela desmaiou por algum motivo. – Rony alegou.
            _E se ela estiver grávida dele?
            _ Mas porque acha isso?
            _As mulheres grávidas desmaiam? Não desmaiam? E eles são noivos, eu duvido que ele mantenha as mãos asquerosas longe dela.
            _ Ah, eu mato ele, definitivamente eu mato o desgraçado!
            Ronald dizia, quando o casal, na entrada do salão, chamou a atenção. Estavam de mãos dadas, suas roupas levemente amassadas, e suas feições avermelhadas, como se tivessem acabado de sair de um bom amasso.
            _Pelo menos ela parece melhor. – Harry disse com uma careta.
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            As aulas do dia seguinte começaram cedo. Hermione se preparou com esmero, não queria chegar atrasada, sabia que gostaria da aula de transfiguração. Encontrou com Draco no corredor, ainda de calça de pijama e sem camisa.
            _Ei, está louco? Vai chegar atrasado às aulas.
            _Dormi mais do que a cama, me espere e em um segundo estarei pronto.
            _Nem sonhando Draco Malfoy. Estou indo! Acho que posso encontrar sozinha o caminho. Além do mais todos os alunos estão indo para as salas, não me perderei nesse castelo. E você anda logo! – ela disse beijando-o rapidamente no rosto e saindo.
            Draco resmungou e voltou para o quarto, a verdade é que estava arrasado. Havia passado boa parte da noite em claro, tentando entender, o que sentia, e pensando sobre como mudar essa situação a seu favor. Tudo estaria bem até que ela recuperasse a memória. Se isso acontecesse ele automaticamente teria que retirar o feitiço da memória, caso não fizesse isso ela poderia perder a razão. Enlouqueceria e sua mente estaria perdida para sempre. Exausto se deitou de novo.
_Que se danem as primeiras aulas, sou um Malfoy! O que mais eles podem me ensinar? Foda-se!
            Ele resmungou antes de pegar no sono novamente.
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            Hermione assistiu à aula com atenção. Aqueles feitiços eram muitos menos do que ela se sentira capaz de fazer. Os alunos estavam todos em silêncio copiando os feitiços novos, quando um vento estranho jogou uma de suas folhas no chão. A primeira reação foi olhar para a janela, não havia vento. Deixou a pena sobre a mesa, e se abaixou rapidamente para pegar, quando levantou a cabeça, e tentou pegar a pena novamente, ela se mexeu sozinha, e ela olhou atônita.
            O desenho de uma lontra foi surgindo a sua frente. O animalzinho parecia brincar numa poça de água, e se remexia jogando ‘’água’’ para os lados.
            As letras se formaram logo a baixo.
            ‘’Seu patrono é uma Lontra! Pergunte a Draco Malfoy, se ele sabe disso? ‘’
            Assustada ela olhou para os lados e encontrou os olhos verdes de Harry Potter, e logo atrás dele, havia os olhos azuis do ruivo.
            ‘’Me deixem em paz!’’
            ‘’Ele tem um patrono? Não. Sabe por quê? Ele é mal. Não haveria lembranças boas, na vida daquela serpente. Ele nunca amou ninguém. E a você ele odiou mais do que a nós. ’’    
            Hermione sentiu as têmporas doerem levemente. E se levantou, sem ao menos pedir licença e saiu da sala. No corredor, caminhou sem direção. Era claro que seu patrono era uma lontra. Mesmo não se lembrando de um dia ter conjurado um, sabia, que era uma lontra. Mas e Draco sabia?
            _Hermione?- a voz de Harry atrás de si, a assustou.
            _Já te disse que meu nome é Penélope. Penélope ClearWatter.
            _Tudo bem. Mas Penélope, me ouça um minuto. Me dê apenas a chance de te explicar algumas coisas. Por favor?
            Aquela voz, doce, fez seu coração saltar, se sentia tão segura, tão bem.
            _Longe daqui! Não quero que Draco chegue, e me pegue com você! - ela disse saindo.
            Caminharam em silencio até o corujal.
            _Seja breve Potter! Não sei por que aceitei falar contigo! Mas é melhor você do que aquele ruivo idiota. Mas não me tente convencer dessa idéia maluca. – ela disse impaciente.
            _A Hermione foi minha melhor amiga. E sempre será, mesmo que eu nunca mais a veja ou a toque. Ela sempre estará aqui comigo!
            _Eu sinto muito!
            _Eu e o ruivo idiota, lembramos dela, com a mesma frequência que respiramos. E só voltamos a Hogwarts, porque acreditamos piamente que aqui a encontraremos novamente.
            _Desejo sorte! – ela disse e tocou a mão dele solidária.
            _Você é como ela, até o seu calor! – ele tocou a mão sobre a dele emocionado – Ela não apareceu mais desde a batalha final. Ela e Rony se separaram por segundos e nunca mais a vimos. Eu gostaria que Voldmord estivesse vivo, se isso significasse ter minha amiga de volta!
            Hermione sentiu as lágrimas aflorarem.
            _Gostaria de ser essa pessoa, mas não sou. Mas me simpatizo com você. Só não deixe meu noivo saber ok? Ah e avisa pro ruivo idiota também.
            _O Ronald a amava! E nunca conseguiu dizer isso a ela, mas ele a amava.
            Hermione sentiu lágrimas em seus olhos. Queria abraçar aquele garoto a sua frente.
            _O que diabos estão fazendo aqui?- a voz de Draco fez com que Harry erguesse a varinha de repente. Mas ele a abaixou quando viu Draco com cara de poucos amigos.
            _Adeus Penélope ClearWatter! – ele disse e saiu sem olhar para trás.
            _Eu pensei que estaria na sala de aula! – ele disse de mau humor.
            _Vai ficar me seguindo? Não gosto disso Draco! - ela respondeu limpando os olhos marejados.
            Draco não disse nada apenas a puxou pelo braço.
            _Draco Malfoy! Ficou maluco perdeu o juízo? Solte-me!
            _Sim, claro! E vou me atracar com qualquer uma que me encontrar, assim como você faz quando viro as costas. – ele disse enfurecido.
            _Ah! Mas eu não me atraquei com ninguém, seu estúpido bastardo! – ela tentou se livrar do aperto dos dedos dele em seu pulso.  
            _ClearWatter é melhor se comportar como minha noiva senão a trairei com cada saia que houver dentro desse castelo!
            _Filho da Puta! – sem pensar ela desferiu um golpe, de punho fechado sobre a face dele. Acertando sobre o olho direito.
            Draco a olhou soltando faíscas, e levou as mãos até seu pescoço. Lembrou-se de imediatamente do terceiro ano, quando tiveras ganas de enforcá-la.
            Hermione gemeu, sufocada. “Um arrepio percorreu sua espinha quando as mãos frias tocaram seu pescoço. Ele tinha total poder sobre ela naquele momento. Se quisesse poderia matá-la, bastava aumentar a pressão que fazia em seu pescoço. Mesmo com aquele olhar gélido sobre si e a expressão de raiva na face dele, ela não tinha medo. Sabia que aquela era só uma forma dele liberar seu ciúme por ela. Sim, eles poderiam facilmente se odiar.”
            Draco a olhou nos olhos, castanhos, umedecidos, e ele pensou que poderia acabar com tudo ali, não precisaria amá-la. Mas era incapaz de machucá-la, mesmo que seu rosto latejasse com o golpe recebido. A empurrou longe com descaso e saiu, sem olhar para trás.
            Hermione levou as mãos onde estiveram as mãos dele momentos atrás e respirou calmamente...
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            Draco caminhava enfurecido de volta para seu quarto, quando encontrou com Pansy Parkinson no corredor.
            _Olá Draco!
            _Parkinson!
            _Oi, suponho que não tenha recebido as minhas cartas, porque estava ligeiramente ocupado com sua mais nova diversão! - ela disse sarcástica.
            _Mandei os elfos interceptarem todas as correspondências vindas de você. Terminamos antes da guerra lembra? – ele disse igualmente sarcástico.
            _Ah, pensei! Que fosse uma medida para me proteger, já que você estava tão fiel a Voldmord e seus comensais. – ela fez beicinho e ele a olhou diretamente.
            Ela se tornara uma mulher muito bonita, era magra, alta, seus cabelos pretos muito lisos iam até a altura dos ombros. Tinha traços finos e delicados, via-se nela uma sangue-puro. Mas era ardilosa como uma serpente. E ele já estava cansado, o que poderia querer com ela, já tivera aos montes. Sexo, e não estava interessado.
            Ele sorriu de lado, olhando para as pernas dela.
            _Pansy, de onde tirou uma idéia dessas? Eu jamais pensei sequer nessa situação. Apenas coloquei fim porque já não tinha mais interesse no seu corpo. - ele disse e saiu.
            Enfurecida ela disse:
            _Soube que fez algo com a Granger! Porque tanto interesse na sangue-ruim?
            Draco venceu a distância entre eles e apontou o dedo no rosto dele.
            _Minha noiva não é a Granger! E eu não fiz nada!
            _Sim, e eu sou uma Weasley! – ela sorriu- Te conheço Draco Malfoy. E sei que posso denunciar você ao ministério.
            _Denunciar de que garota? Ficou doida?
            _Os Malfoys têm segredos, livros de magias, e você pode ter usado algum desses. Eu ouvi seu pai e sua mãe falando uma vez, na mansão que precisavam manter os livros secretos da família Malfoy ocultos. E pelo tom de voz dele, era óbvio que se tratava de livros de magia negra!
            _Feio! Ouvindo atrás das portas? Prove que tais livros existam. E antes de mencionar sobre isso eu enfeitiço você!
            _Então é ela, não é? Mas por quê?
            _Você entende algo sobre vingança Pansy? Sobre bater exatamente onde mais machuca? Não. Creio que não. Eu não sou mais aquele menino mimado do primeiro ano. Eu senti dor e medo. E resolvi tirar do Potter algo que ele amava. Não achei justo que ele vencesse a guerra e continuasse tendo tudo. - ele disse baixo e perigosamente no ouvido dela- Assim como não acho justo, você intrometer na minha vida! – ele estava tão próximo que ela pode sentir o hálito dele.
            _É pra ficar com medo? – ela tentou beija-lo, e ele se esquivou.
            _Se gosta de se ferir não!
            Draco saiu e deixou Pansy sorrindo no corredor.
***********************************
             Hermione permaneceu sentada na beira do lago negro, o tempo restante das aulas, seu coração estava perturbado, mas tinha uma coisa em mente. Era Penélope ClearWatter, amava seu noivo, e queria estar com ele. Se levantou, e sentiu-se completamente zonza, uma imagem brotou em sua mente. Ela, juntamente com Harry e Ronald correndo por aqueles caminhos, felizes.
            _Devo estar ficando maluca. - resmungou antes de caminhar para o castelo.
*************************************************
            Draco não mandou entrar quando bateram na porta. Mas Blaise Zabine entrou assim mesmo.
            _Nossa amigo! Já anda matando aula. Soube que não assistiu às primeiras aulas.
            _Esse povo é muito fofoqueiro, não tem mais nada pra fazer a não ser cuidar da minha vida? – perguntou de mal humor.
            _Não. Soube também que a Parkinson voltou hoje. Estava mesmo precisando dar uma... – ele ia dizendo e Draco o interrompeu.
            _Me poupe dos detalhes sórdidos Zabine. Não tenho interesse na sua vida sexual. – ele disse azedo.
            _Ei, mas você também fez com ela várias vezes. - Zabine se indignou.
            _Mais vezes do que possa contar. Mas não preciso que me lembre disso.
            _Tudo bem, só estou te achando muito tenso, acho que deveria se aliviar. A Penélope deve ser...
            _Não se atreva a terminar! – Draco gritou.
            _Nossa, territorial? Pensei que pudéssemos compartilhar. - ele disse se fingindo de ofendido.
            _Encoste nela, e terá um inimigo!
            _Ok! Mensagem recebida. E aliás sabe-tudo metidas não fazem meu gênero, e nem deveria fazer o seu. Mas pelo jeito...
            _Blaise me deixa em paz, já tenho coisas demais nessa minha cabeça fodida!
            Ele disse abrindo a porta indicando claramente que o outro deveria sair.
            Blaise saiu e Draco se sentou, logo a porta se abriu novamente e Blaise colocou a cabeça para dentro:
            _Mas que ela é uma sangue ruim muito gostosa, ah isso é?!
            Draco lançou um feitiço que ricocheteou na porta, e ele pode ouvir Blaise rindo.
************************************
            Hermione caminhou sozinha pelo castelo, estava cansada, e confusa.
            _Posso te fazer companhia? – o ruivo de olhos azuis que surgiu em sua frente como se tivesse aparecido do nada a encarou com um sorriso tímido.
            _Olha não estou num bom momento para ser chamada de Granger! – ela respondeu cansada.
            _Posso de chamar de Penélope se você preferir.
            _Não é por preferir é meu nome.
            _Você sempre gostou desse nome, o usou na guerra, enquanto procurávamos horcruxes. - ele disse e ela saiu andando e ele a seguiu. Suspirou resignada, e continuou andando ao lado dele.
            _Pode andar um pouco mais devagar? Escuta a minha amiga sempre andava assim, apressada quando não queria mais me ajudar a fazer minhas lições.
            _Esperta era ela.
            _Muito esperta. Ela sempre fazia as introduções para mim.
            _Escuta e como ela fazia para se livrar de você?- perguntou sagaz.
            _Ela nunca conseguiu sabe! - ele disse confuso, e ela riu de lado.
            _Você é um bobo Ronald Weasley!
            _Sim, ela também me disse isso muitas vezes.
            _Você é legal! - ela disse e ele se animou- Mas podemos falar de outra coisa, ou de outra pessoa, sem ser essa sua amiga?
            ...
            O assunto rendeu até chegarem ao refeitório, já era hora do almoço, e Hermione parou antes de entrarem.
            _Acho melhor nos separarmos por aqui, acho que meu noivo não vai ver bem o fato de eu estar conversando com você.
            _E você tem medo dele?
            _Não, só não quero brigar com ele, mais uma vez...
            _Hum! Pelo jeito a noivinha do Draquinho gosta de ficar de papos com outros pelos corredores! Acho que o Draco precisa saber disso.
            Hermione encarou a bonita moça morena que estava atrás de uma pilastra.
            _Quem é você?
            _Te apresento a Parkinson, outra sonserina mau caráter. – Rony respondeu irritado.
            _Olha boca Weasleyzinho! Pode ficar sem os dentes.
            _Isso não é uma ameaça, é? Afinal de contas quem estava do lado perdedor era você! – ele disse com desdém.
            _Não importa quem esteve de qual lado, importa são os galeões e o sangue que trazemos em nossa veia.
            _Sim, e no seu caso sangue de cobra não é mesmo Parkinson? Não adianta sermos bonita e gostosa, se o que tem por dentro é venenoso e asqueroso. - ele revidou.
            Pansy gargalhou.
            _Me acha gostosa Weasley? Então apenas olhe, porque jamais tocará em mim, contente-se com a sua amiga sangue-ruim, porque o meu Draco, estarei pegando de volta.
            _Espero que não esteja se referindo ao Draco meu noivo! – Hermione disse incomodada.
            _ Você pensa que é uma pessoa que não é garota! E não devia ter se metido entre mim e Draco. – Pansy apontou para Hermione
            _Até mesmo porque nunca tivemos nada além de uma boa transa não é mesmo Pansy? - a voz de Draco surpreendeu a todos.
            _Nada? Se você chama de nada as horas deliciosas que passamos juntos na cama, querido? Sua memória deve estar fraca!
            _Na cama e em qualquer canto. Caso não saiba: existe diferença entre diversão e seriedade. E você nunca foi levada a sério por mim ou por qualquer para o qual abriu as pernas nessa escola.
            Pansy enrubesceu, e avançou sobre Hermione.
            _E uma sangue-ruim é? – ela gritou muito próximo ao rosto de Hermione, e ela empalideceu.
            A palavra sangue-ruim ecoou na mente da morena, e foi como um martelo atrás de seus olhos ouvia exatamente a voz de Draco, falando sangue-ruim, a chamando de sangue-ruim. Era estranho porque ele mesmo não mencionara aquela palavra, ela nunca havia ouvido.
            Draco venceu a distância e segurou Pansy pelos cabelos, e a empurrou para longe de Hermione.
            _Já te disse Parkinson. Quero-te longe dela. Bem longe. E o mesmo serve para você Weasley, longe da minha noiva!
            Draco disse com desprezo, olhando Pansy e Ronald praticamente abraçados, pois ela caíra encima dele, e ele fora quem impedira a queda dela ao chão. Segurou Hermione pelo braço e a puxou, indo em direção ao quarto.
            _Draco! Espera, estou com dor de cabeça.
            Ela reclamou e ele parou com um suspiro.
            _Vai passar logo ok? – ele acariciou o rosto dela, e a beijou suavemente.
            _Você já conjurou um patrono? – ela perguntou tremula.
            _Eu te disse, que não. Como poderia? Cresci aprendendo magias das trevas, não isso. Pergunte-me se lançar um cruciatus, muito... muito forte? Sim, posso. - ele mesmo respondeu. - Sabe por quê? Porque eu mesmo levei muitos crucios, para aprender como se fazia.
            _Oh! Draco! - ela o abraçou e o beijou ternamente - Minha pobre criança. Amo-te Draco Malfoy, por tudo que já foi, e principalmente pelo que sei que pode se tornar: uma pessoa melhor.
            _Sua alma é Grifinória. Corajosa. Destemida. E sempre acredita que tudo pode ser melhor. – ele disse suave, a abraçando forte.
            _Draco, essas pessoas me confundem... Eu... Às vezes não sei quem eu sou. Só tenho certeza de que quero ficar ao seu lado.
            _Eu também.
************************************************
            Já passava da meia noite quando... Hermione acordou sobressaltada.
Estava na guerra, na mansão dos Malfoys, e sentia uma dor forte pelo seu corpo. Cruciatus. Via a figura pálida de Draco em um canto, sem fazer nada enquanto uma mulher com aparência de louca, a torturava.
            Acordou sobressaltada, a camisola, grudada em seu corpo, os gritos ecoando pelas paredes frias. Suas colegas de quarto a olhavam assustadas. Não eram de conversar, sequer davam papo para ela, a maioria queria distância de Draco Malfoy, assim como não queriam ser mencionadas que pertenceram a sonserina.
            Uma delas correu para fora do quarto em busca de ajuda... Hermione só pode ouvir a porta batendo, mas os gritos presos em sua garganta não paravam de sair, como se de repente estivesse enfeitiçada.
************
            Draco ainda não tinha sequer se deitado para dormir, quando ouviu baterem na porta. Resmungou um entre de má vontade. Não estava a fim de agüentar mais chatice de Blaise e tinha apenas dez minutos que ele partira. Estivera horas atormentando perguntando o que ele faria se ela recobrasse a memória logo. Mas essa resposta nem ele mesmo tinha. Estava nervoso, cansado, e muito perto de lançar um avada kedrava em Pansy Parkinson, e olha que ela só estava de volta a 24 horas!
            A pequena sonserina do 4° ano abriu a porta, mas não entrou.
            _Senhor Malfoy? É a sua noiva. A ClearWatter ela não está bem! – a voz soou trêmula como se tivesse receio de falar, e Draco se sentiu péssimo, ela não era Voldemort ou seu pai, jamais ansiara conseguir medo das pessoas.
            Venceu a distância entre a cama e a porta com uma passada.
            _O que aconteceu? Alguém chegou perto dela?
            _Não, estávamos dormindo, e acordamos com os gritos, parecia um pesadelo, mas ela está acordada, e continua a gritar... – a menina disse temerosa, e ambos saíram apressados pelo corredor.
            Draco entrou no quarto, encontrou Hermione sentada na cama, num emaranhado de lençóis, seus gritos ensurdecedores poderiam acordar o castelo inteiro. Suas pernas fraquejaram, e se aquela fosse à hora da verdade? Ainda queria estar perto dela, aprender mais com ela, compartilhar beijos e abraços. Não estava pronto para deixar Penélope ClearWatter partir.
            Sentou-se na cama rapidamente e segurou o rosto dela.
            _Ei, ei... Eu estou aqui! Penélope olhe para mim! Penélope olhe para mim! – Draco teve que suportar os empurrões que ela dava nele, e enfim prender as suas mãos, tentando afastá-lo de seu rosto. Ela chorava como se sentisse a maior dor do mundo, e demorou a abrir os olhos.
            _Sou eu Draco. E estou bem aqui ao seu lado. – ele disse doce.
            _Ela estava me ... Me... Torturando. Draco ela estava me machucando.
            _Ela quem? Você está segura aqui.
            _Aquela mulher. Não sei o nome, mas ela era mau, cruel, tinha um ar de loucura sobre ela, e ela mandava mil crucios em mim. Draco não quero que ela me machuque novamente.
            Draco empalideceu.
            _Não, ela não vai te machucar.
            Ela se agarrou a ele, como se fosse seu bote salva-vidas, forte.
            _Vem. Vou cuidar de você. – ele disse a fazendo se levantar.
            Draco atravessou o caminho devagar, segurando uma Hermione trêmula e muito abatida.
            Em seu quarto fechou a porta, e indicou a cama para que ela se deitasse.
            _Não vou conseguir dormir! – ela disse chorosa.
            _vai, sim. Eu estou ao seu lado! – ele disse se deitando e a abraçando delicadamente.
            Ela deu um suspiro de aceitação e fechou os olhos

********************************************
            Hermione acordou algumas horas depois, o quarto estava em silêncio, e na penumbra, o dia ainda não amanhecera totalmente e apenas pouca luz, entrava pelas grossas cortinas. Pode sentir a respiração lenta dele em seu pescoço, e o abraço sobre a sua cintura.
            Virou-se devagar queria olhá-lo, sentia um aperto no peito. Seus olhos se depararam com o brilho cinza dos olhos dele.
            _Não dormiu?
            _Estava zelando seu sono. Não queria que acordasse assustada! – ele disse suavemente- Conseguiu descansar?
            _Sim, ela não incomodou, e nem tive dor de cabeça. Como poderia? Você está ao meu lado. – ela sorriu se levantando, estava animada.
            Entrou no banheiro, e voltou apenas alguns minutos depois. Draco tinha os olhos semicerrados.
            _Oi! Está com sono?
            _Não, eu andei treinando ficar acordado muitas horas seguidas.
            Ela sorriu e se sentou ao lado dele.
            _O nome dela era Bellatrix Lestrange. E você também estava lá. Mas eu sentia muita dor. - ela explicou.
            _Deixa isso, foi apenas um sonho. – ele mentiu, sabia que era mentira. Não fora um sonho, fora uma memória. – Vem aqui. – ele a beijou e devagar, Hermione não hesitou, se deitou sobre o peito dele, e o beijou com igual carinho.
            Depois deu um suspiro profundo.
            _Alguém já te disse que beija muito bem?
            _Sim, todas as garotas que beijei. - ele disse convencido.
            _Ah! – ela tentou se afastar emburrada, e ele a segurou.
            _Não preciso que ninguém diga isso. Preciso que você sinta e saiba que beijo bem. – ele sorriu de lado.
            Hermione sentiu seu corpo tremer de desejo, e se aproximou novamente, mas dessa vez, não havia lugar para carinho, apenas para desejo. Ela estava sobre ele, e sentiu a ereção dele entre os dois, sorriu maliciosa, e mordiscou a orelha dele.
            Draco gemeu, não sabia o que fazer, seu organismo era uma corrente elétrica, muito próxima de entrar em curto circuito, e tê-la tão perto, não ajudava muito.
            _Penélope não sei se é uma boa idéia. Eu ando muito nervoso, e... - ele procurou as palavras.
            _Você quer isso tanto quanto eu. – ela disse lânguida enquanto o sentia apertar a sua cintura.
            _Eu acho que você pode estar confusa, com todas essas pessoas falando e falando, talvez você não tenha certeza de quem é. - ele disse tentando parecer calmo, verdade era que seu corpo fervia.
            _Você tem certeza de quem eu sou Draco?
            _Tenho. – ele respondeu sincero, sabia que ela era a Granger, sabia que era sangue-ruim e sabe-tudo!
            _Então me basta. Se você sabe quem eu sou, nada mais importa. - ela o beijou calorosamente.
            Draco tentou ser doce, calmo, mas simplesmente era impossível, sentia seu ventre queimando de desejo queria possuí-la, mesmo que ela jamais o perdoasse por isso. Ele viveria aquele momento, e a levaria consigo.
            Suas mãos passearam sem reservas pelo corpo dela, e não pode deixar de sorrir de lado, quando ela gemeu entregue.
            _Sorrindo Draco Malfoy?
            _Gosto de te ver entregue. - ele foi sincero, com um sorriso ainda atravessado em seus lábios.
            _Eu também prefiro te ver entregue. - ela disse o obrigando a colocar as costas no colchão. E o beijar com desenvoltura.
            Os olhos dela mantiveram nas expressões do rosto dele, enquanto beijava e mordiscava o mamilo intumescido, e o umedecia com saliva, e movimentos circulares. Draco Malfoy gemeu, e tombou a cabeça para trás fechando a conexão entre os olhares. Mas ela continuou, mordiscando, lambendo, sua pele branca, e morna.
            Hermione suspirou, no umbigo deu atenção especial, e arranhou a barriga com os dentes. Quisera souber como era, sua infinita curiosidade não era apenas quanto aos livros, era quanto ao seu próprio corpo, e ao corpo dos meninos também. E essa curiosidade ela acabaria naquele momento, enquanto lambia toda a pele acima do elástico da box que ele usava, podia sentir o volume debaixo do tecido de lycra.  Draco suspirou apressado.
            _Her... - ele sussurrou baixo, mas parou a tempo. Entretida demais ela não percebeu, ou não estava interessada, no que saia da boca dele. - INFERNO! Penélope, eu não sei se consigo aguentar isso!
            Foi à vez dela sorrir de lado, e o encarar.
            _Pode aguentar Malfoy, pois eu vou até o fim! Quero descobrir como é. - ela disse firme e decidida.

Fim da Parte II


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